Senhor do amanhã
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Sobre este e-book
A Nova Ordem Mundial é uma realidade e a agenda global segue no intuito de eliminar 80% da população terrestre. No mundo atual, nada é o que parece ser.
Não acredita?
Então leia e desvende o que ninguém quer que você saiba. Descubra quem será o Senhor do Amanhã.
Vanessa Bosso
Olá, seus literalindos! Meu nome é Vanessa Bosso e a literatura é minha segunda paixão na vida. A primeira, sem dúvida, é a minha família. Sou formada em publicidade, propaganda e marketing, coaching emocional e terapia cognitiva e comportamental. Neste momento do tempo-espaço, estou estudando física quântica, neurociência, teoria da simulação e outras loucuras do bem. Onde isso vai me levar? Só o universo sabe... mas uma coisa é certa: muitos livros serão escritos no futuro. Conecte-se comigo
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Senhor do amanhã - Vanessa Bosso
aberta.
- PARTE 1: 2001 -
CAPÍTULO 1
AS TORRES GÊMEAS
11 de setembro de 2001.
Olhando de relance a data estampada no canto superior do The New York Times, Jack enrolou o jornal e o jogou displicentemente no banco traseiro do carro.
Elevou uma das mãos, ajeitando os cabelos castanhos para trás, numa ansiedade crescente. A reunião estava prestes a começar e Jim Sato, seu parceiro, já contabilizava dez minutos dentro do Starbucks.
O cara foi fabricar a porcaria do café?
Alisou a barba por fazer, contrariado. Foi então que seus olhos pescaram o agente Sato atravessando a avenida, um tanto cambaleante devido ao excesso de pacotes: dois muffins de banana, dois cafés e dois cookies para arrematar.
Jack Miller fechou os olhos quando o parceiro quase foi atropelado por um taxista usando um turbante espalhafatoso, desses que batem no teto do veículo. Sorriu, desacreditando na cena.
O agente abriu a porta do carona esbaforido, deixando-se cair pesadamente no banco. Estendeu a embalagem com dois cafés fincados, que exalavam um forte aroma de noite pós-ressaca.
– Espresso double shot? – Jack certificou-se.
– Nem me darei ao trabalho de responder. – Jim bufou.
Jack passou a mão no seu café fumegante e após um longo suspiro, virou o conteúdo fervente numa golada só. A língua nem reclamou, já que ainda estava dormente após tantas doses de whisky num bar desses bem fuleiros.
– A Loren está melhor? – Jack questionou, com o segundo copo de espresso já em mãos.
– Conformada. – Jim baixou o olhar para o muffin de banana. – Não era para ser, Jack.
– Você está bem, Japonês? – Jack o mirou, com um semblante genuinamente preocupado. Antes que Jim Sato se pronunciasse, ele arrematou: – Tenho para mim que terão uns seis filhos.
– Enlouqueceu? Com o salário que ganhamos? E ainda se diz meu amigo?
No silêncio que se seguiu, o agente especial Jack Miller segurou o copo na altura dos olhos, fitando com curiosidade a logomarca do Starbucks. Ele não sabia dizer o porquê, mas algo naquele desenho tinha algo de conspiratório, quem sabe até uma mensagem subliminar. Estranho.
Enquanto Jack se perdia em pensamentos dos mais insanos, um avião voando baixo demais despertou a atenção de Jim. O agente do FBI enfiou a cabeça para fora do carro e acompanhou a trajetória da aeronave até onde a vista alcançava.
Algo naquele vôo estava muito errado.
🞙🞙🞙
Helena saiu apressada do edifício de tijolos, localizado num dos bairros mais cosmopolitas de Nova York, o Soho. Carregava o jornal do dia debaixo do braço e uma pasta com o laptop. O táxi já estava a sua espera.
– World Trade Center, por favor. E se não for pedir muito, preciso que voe.
Para variar, Helena estava atrasada. Entre sacolejos, a repórter lia as principais notícias do dia, lançando olhares para o relógio de pulso a cada cinco segundos.
Que merda de trânsito!
Estressada, enfiou o jornal de qualquer maneira dentro da pasta de couro, recém adquirida na Quinta Avenida, numa das lojas mais disputadas e requintadas do pedaço.
Meia hora depois, descia do táxi bem em frente a torre norte, já enxergando Mike à sua espera. O cinegrafista acenou, apontando para o relógio. Ela se limitou a mostrar o dedo do meio e após pagar ao motorista, dirigiu-se sem qualquer pressa aparente para onde o amigo estava recostado, com todo o seu volumoso material técnico a cercá-lo. Helena adorava irritá-lo.
– Ok, sei que estou atrasada. – já foi dizendo, ajeitando uma mecha de cabelo dourado atrás da orelha.
– Sem problemas. Nosso entrevistado, ao que parece, também está atrasado. O túnel está parado, para variar.
– Ei, Mike, o que acha de filmarmos aqui fora? – seus olhos azulados deram uma geral no ambiente.
– Podemos fazer a entrevista aqui e depois alguns takes lá dentro. – ele concordou, tirando uma carteira de cigarros do bolso da camisa.
Helena salivou, como sempre acontecia quando a questão eram cigarros. Havia parado pela quinta vez no ano, mas pelo visto, a decisão estava prestes a cair por terra.
– Me diga que tem dois. – ela sussurrou, desacreditando em sua fraqueza.
– Achei que tivesse parado. – Mike alfinetou.
– Qual é, tive uma noite daquelas.
Com um sorriso irônico, Mike estendeu a carteira e Helena não se demorou. Puxou dois de uma só vez, guardando um no bolso do casaco. Foi nesse momento que o cinegrafista olhou para o céu e notou algo errado.
– Esse avião está baixo demais. – comentou, paralisado.
– O quê? – ela o encarou, confusa.
– Oh meu Deus, Helena! Ele vai bater!
CAPÍTULO 2
OS TREZE
Numa das avenidas mais movimentadas de Manhattan, um edifício moderno se ergue imponente, arranhando o céu com seu triângulo de vidro fixado ao topo. No último andar, abaixo do heliporto, a colossal sala de reuniões estava imersa em expectativa.
A excitação era palpável, bastava checar o semblante de cada um daqueles treze. Ocupavam espaço em torno de uma mesa criada com a mais alta tecnologia, ainda indisponível para o mercado consumidor. Acompanhavam, em tempo real, a destruição orquestrada pelas mentes mais diabólicas da superfície terrestre.
Os treze debatiam o evento como se assistissem a um jogo de futebol americano. Algumas vozes eram acaloradas e outras banhavam o ambiente com suspiros de ansiedade pelas próximas horas.
Tudo corria de acordo com a agenda global.
O grande sacrifício saiu exatamente como esperado. Aparentemente, ninguém havia notado a troca dos aviões ou o que realmente aconteceu no Pentágono. As pontas soltas foram amarradas em tempo hábil e o que escapou ao controle, seria corrigido no devido tempo.
– As pessoas ficarão tão absortas com o cenário que não perceberão a verdade. – uma senhora distinta comentou, não se dirigindo a ninguém em particular.
– Lembre-se de que algumas pessoas são mais sagazes do que outras. – um homem calvo disse, de forma preocupada.
– Quem será louco de ficar contra nós? Desacreditaremos todos eles. E se isso não funcionar, inventaremos alguma guerra para distraí-los.
– Distração. Essa é a tática perfeita. – alguém concluiu.
As portas duplas de mogno se abriram nesse exato instante. As paredes tremeram, temerosas. Os vidros das imensas janelas chacoalharam, em desacordo.
Aqueles treze homens e mulheres se levantaram imediatamente, reverenciando o poder máximo trazido diretamente do inferno. O portal foi aberto e agora, nem Deus poderia colocar fim à batalha que estava para eclodir.
O jovem não aparentava mais do que 25 anos de idade. Adentrou a sala com seus olhos que ardiam como fogo. Havia um sorriso presunçoso em seu rosto de traços nobres e bem delineados. Fitou os treze, imerso numa tranquilidade que chegava a incomodar.
– Estávamos a sua espera, Mestre. – uma ruiva saudou.
– Finalmente está entre nós. – o calvo ajoelhou, em sinal de devoção.
– É estranho estar num corpo humano novamente. – o Mestre tocou a pele branca, como se fosse uma roupa nova. – Essa imagem servirá para os meus propósitos a longo prazo.
– O espírito do garoto já se foi?
– Não sem antes brigar. Esse moleque deu algum trabalho. – o Mestre soltou uma gargalhada e todos riram com ele, divertindo-se.
– Qual o próximo passo, Mestre? – a senhora distinta questionou, com um olhar abrasador e perigoso.
– Tudo a seu tempo, minha cara. Hoje é dia de festejar.
CAPÍTULO 3
CONSPIRAÇÃO?
Helena e Michael chegaram ao Canal 51 por volta das nove da noite. O lugar estava apinhado de gente por todos os lados. A gritaria e os repórteres ao telefone lembravam a Bolsa de Valores e não a redação de um jornal.
O tumulto cessou quando os aplausos começaram. Helena e Michael foram cumprimentados pelo grande feito daquela manhã. O Canal 51 havia sido a primeira emissora de televisão a transmitir imagens ao vivo do World Trade Center.
Helena limitou-se a acenar com a cabeça, não havia motivos para