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Dentro De Casa
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E-book264 páginas3 horas

Dentro De Casa

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Sobre este e-book

“Dentro de casa” é o último livro da Trilogia-Seattle transpira vingança, onde mais uma vez a estória gira em torno da família que sofreu nas mãos do Doutor Robert e posteriormente nas do Deputado Roy Carter. Quando eles imaginavam que suas vidas regressariam ao normal, seu filho volta a se relacionar com a mesma garota que tentou matar a sua irmã. Essa é uma estória de amores mal resolvidos, vingança e acima de tudo muita investigação e suspense.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento28 de out. de 2020
Dentro De Casa

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    Dentro De Casa - Eric Ebling Dubugras

    Eric Ebling Dubugras

    DENTRO DE CASA

    1ª Edição

    São Paulo

    Clube de Autores

    2020

    Agradecimento:

    Cada dia fico mais surpreso como as coisas acontecem em nossas vidas.

    À princípio tudo parecia ser um evento rotineiro como em muitas famílias, mas no final tudo se encaixou perfeitamente, da mesma forma que a última peça de um quebra cabeças que demorou muito tempo para ser finalizado.

    O meu agradecimento dessa vez é para um doce.

    Um doce? - você deve estar questionando.

    Sim, um doce mutante.

    Em alguns dias age como se fosse um beijinho, seu açúcar produz energia, sua glicose proporciona um bom funcionamento do cérebro e a serotonina nos propicia o hormônio da felicidade.

    Outros atua como um chocolate, puro prazer, aquela deliciosa sensação de bem estar que faz o nosso desgaste físico ir embora.

    Esse néctar nasceu dez anos depois de mim, minha irmã caçula. A Karina chegou como um lindo bolo de aniversário, daqueles que de tão belo, pensamos duas vezes antes de tocar, com medo de estragar aquela obra de arte.

    Desde cedo mudou a rotina da casa, tudo que era regra parecia não fazer mais sentido. Cresceu e continuou nos enchendo mais de orgulho e carinho.

    Inteligente, determinada, mãe dedicada, dentre outros tantos atributos. Hoje se tornou uma Ópera, uma sofisticada torta francesa formada por diversas camadas, uma mais intrigante que a outra que faz o conjunto da obra beirar a perfeição.

    Enfim, esse reconhecimento é para uma pessoa que faz os nossos dias serem mais harmoniosos que só a sua presença já faz nos sentirmos muito melhor.

    Capítulo 1

    Comemoração

    Todos reunidos em um churrasco na casa de Josie.

    Depois de meses estressantes com os casos do Dr. Robert e do deputado Roy Carter, eles tinham muito o que comemorar.

    - Um brinde! Ao nosso novo amigo, que nos salvou de uma grande enrascada. Sem nos esquecermos de sua parceira que, mesmo sem nos conhecer, se arriscou pela nossa proteção. Obrigada, Lucas e Sheilla! – disse Josie.

    Todos levantaram seus copos em direção aos dois.

    - Vocês não têm o que agradecer, todos sabem que a princípio o meu objetivo era esclarecer o sumiço do delegado, mas tenho que reconhecer que acabei me afeiçoando a todos vocês – responde Lucas.

    - Por uns mais do que por outros – brincou Paul, levando um beliscão de Josie.

    - O que eu fiz demais? – resmungou ele baixinho.

    - Lucas está namorando com a agente Sheilla e Tom está novamente com Clara e Sara. Quer provocar um tsunami? – respondeu Josie, com cara de poucos amigos.

    1

    - Sei lá, não fiz por mal – comentou Paul, meio sem graça.

    Há muito tempo não conseguiam reunir todos os amigos juntos.

    Na piscina estavam Tom com suas mulheres, Clara e Sara, Josie com seu namorado Paul e seu filho George. Perto da churrasqueira, estavam Amanda com seu noivo Russo e o agente Lucas com sua namorada Sheilla.

    Os filhos de Tom e Sara, Thomas e Michael, estavam jogando tênis de mesa. A filha de Clara, Mallory, estava com sua tia Rosie brincando com o cachorro Rufos.

    De todos os envolvidos nos dramas passados, somente Janete, a babá, não estava presente, até porque não tinha muito o que comemorar, já que seu noivo Carlos havia sido assassinado.

    Lucas se aproxima da mesa para buscar uma bebida, quando é interceptado por Clara:

    - Como você está? – pergunta ela.

    - Estou bem, e você?

    -Bem. Queria te agradecer por ter sido tão compreensivo – comenta ela.

    -Não tinha muita opção, apesar da gente estar bem, eu percebi que você tinha saudade deles; nessas circunstâncias não se tem muito o que fazer. Também nunca me prometeu nada, passou o tempo todo tentando entender essa situação e foi transparente comigo.

    - Eu sei, mas a maioria das pessoas não são tão complacentes com uma situação assim; saiba que você sempre estará no meu coração.

    - Agora você não está ajudando muito – brincou ele.

    2

    De longe, Tom olhava aquele conversa com um ar de preocupação, quando foi interrompido por Sara:

    - Deixe de ser ciumento, está tudo bem, eles precisavam ter esse papo. Ela já decidiu ficar com a gente, então lhe dê um voto de confiança.

    - Não estou com ciúmes, só estava vendo a reação dos dois – disse ele.

    - Eles estavam juntos e não tiveram uma briga, ela simplesmente optou em continuar com a gente, então é normal que eles se tratem bem.

    - É, eu sei.

    Do outro lado da piscina, Sheilla é que tentava entender aquela situação. Desde o começo da investigação ela brincava com Lucas que tinha rabo de saia naquela história, e ele sempre negou. Agora ela estava percebendo que aquilo não era toda a verdade que ele vinha pregando.

    - O que tem me preocupado é o Michael – disse Sara.

    - É, ele anda meio cabisbaixo – responde Tom.

    - Eu nunca vi ele gostar tanto de alguém como daquela menina –

    continua a mãe dele.

    - Ele me disse que ela chegou a pedir desculpas, mas ele não consegue perdoá-la porque ela quase matou a sua irmã.

    - Eu não sei o que dizer, se realmente o Lucas não tivesse intervindo, nós teríamos perdido a nossa filha. Acho que de fato Melissa ama nosso filho, só que é uma coisa muito difícil de esquecer – continuou Sara.

    3

    - E tenho certeza de que ele fica em dúvida sobre o que nós dois acharíamos dessa relação, se aprovaríamos ou não. E também não sei como ele encararia a Amanda – complementou Tom.

    - Acho que a Amanda é a mais generosa de todos nós, se fosse para felicidade dele ela iria fazer vista grossa, o problema maior está em sua própria cabeça.

    - Então você está me dizendo que aceitaria numa boa o namoro desses dois? – pergunta Tom.

    - Eu não disse isso! Eu nem sei o que pensar nesse momento. Se um dia isso realmente vier acontecer, eu não sei se aceitaria só pra ver ele feliz ou mandaria ele namorar onde quiser desde que seja longe da gente.

    - Então, você não vai incentivá-lo a procurá-la?

    - Infelizmente, isso nosso filho vai ter que resolver sozinho. Me corta o coração vê-lo assim tão triste, mas quando penso que a cabeça da minha filha poderia ter explodido, me dá até um frio na espinha.

    ******

    A aproximadamente 1800 km de distância, mais precisamente em Los Angeles.

    - Eu realmente preciso voltar para Seattle, os advogados da família já me ligaram inúmeras vezes. Você sabe que com a morte do meu pai e do meu irmão, eu sou a única herdeira – disse Melissa.

    - Eu sei, querida, mas agora que a gente estava começando a se divertir... Daqui mesmo você consegue administrar o seu blog e seus vídeos – disse Pamela.

    4

    - Eu realmente vou ser eternamente grata a você, só que agora eu preciso dar prosseguimento naquelas coisas. O que eu faço com aquele casarão? E os carrões do meu pai? E sei lá mais o que de bens ele possa ter.

    - Mas prometa que depois você volta pra morar comigo? – insiste Pamela.

    - Realmente não tenho a mínima ideia do que vou fazer da minha vida. Você sabe que eu nunca quis nada do meu pai, sempre me virei e ganhei a minha própria grana, mas agora que herdei, terei que resolver isso.

    - Pode dar um carrão dele pra mim? O meu tá tão velhinho! – brincou Pamela.

    - Menina, eu não sei nem o que está no nome dele, se algum é do governo ou da empresa de tecnologia.

    - Estou te zoando! Só quero que você volte logo e ajude a dividir o aluguel do apartamento. Não sei quanto tempo conseguiria pagar ele sozinho, sem ter que colocar outra vagabunda no seu lugar.

    - Eu ia dizer que ia continuar te ajudando até decidir o que irei fazer, mas depois de me chamar de vagabunda, acho que você vai ter que se virar sozinha – disse Melissa sorrindo.

    - Brincadeira! Você é a mulher mais decente que eu conheço –

    respondeu Pamela dando uma gargalhada.

    ******

    Quinze dias depois...

    Melissa chega em Seattle e antes de voltar para casa já passa no escritório de advocacia contratado por seu pai.

    5

    - Bom dia, Doutor Julian.

    - Bom dia, Melissa. Vamos ler logo o testamento deixado por seu pai?

    -Eu agradeço, já que chequei de viagem e resolvi vir direto para cá.

    Estou um pouco cansada, mas tinha que definir isso logo.

    - Vou tentar ser breve. Você herdou muita coisa, há alguns meses atrás o seu pai tinha deixado tudo para você e seu irmão, mas depois da morte dele você passou a ser a única herdeira.

    - Preferiria que ele estivesse vivo – comentou ela com a voz embargada.

    - É, eu sei. Enfim, você herdou a casa de Seattle, uma casa de campo na Virgínia e um apartamento em Nova York. Uma conta bancária aqui em Seattle com U$ 102.000,00 e contas no exterior com aproximadamente U$ 400.000,00

    - Meu Deus! – disse ela assustada.

    - Tem também cinco carros avaliados em U$ 150.000,00 e um barco de U$ 35.000,00, além de algumas joias e ouro guardados neste banco anotado no papel.

    - Eu nem sei como devo cuidar de tudo isso!

    - Eu já venho administrando os bens do seu pai há alguns anos, se você quiser eu posso te orientar enquanto não achar alguém que tenha confiança e se sinta melhor.

    - Ok, eu agradeço. A princípio ficamos desse jeito.

    - Tudo bem, vá para casa. Todas as chaves dos imóveis, dos carros e do barco estão nessa bolsa. Se precisar de algo, é só me ligar.

    - Obrigada.

    6

    Ela saiu de lá meio que desorientada, não tinha ideia do que fazer com tanto dinheiro. Sempre teve uma vida muito boa, mas nunca se preocupou em saber de nenhum dos negócios de seu pai, muito menos da administração da casa.

    ******

    Melissa sentou-se no banco da praça que ficava no início de sua rua, estava tomando coragem de chegar em casa. A última vez que esteve lá foi no dia em que brigou com seu pai e partiu; naquela mesma noite ele enfartou.

    Se não bastasse, em poucos dias ele teve alta e em seguida se matou.

    Ninguém lhe tirava da cabeça que tinham implantado um chip em sua cabeça, do mesmo jeito que ele fez com tantas pessoas.

    - Ele nunca foi um suicida. Era um psicopata, megalomaníaco, narcisista, mas suicida? Jamais! – pensou ela.

    Viveu tantos anos naquela casa, mas no momento a única lembrança que conseguia se recordar era do seu último dia, como se grande parte da sua vida fosse resumida a algumas poucas horas.

    Em um momento de coragem, levantou-se e foi em direção daquele enorme portão; esqueceu-se até que seu carro estava estacionado na praça. Apertou o controle remoto e aguardou vagarosamente aquele trambolho se mexer.

    - Não sei como o meu pai tinha paciência com esse portão, ele é tão lento para abrir e fechar que é possível passar um batalhão antes dele pensar em se mexer – resmungou ela.

    7

    Antes de abrir a porta da frente, resolveu dar uma volta ao redor da casa. Encontrou cacos de vidro pelo chão e percebeu que uma das janelas do andar de cima estava arrombada.

    - Comecei bem – pensou Melissa.

    Pegou seu celular e ligou para a polícia; não tinha em mãos os dados da companhia que administrava o alarme.

    - Por que será que ele não tocou? – resmungou ela.

    Voltou para o seu carro na praça e aguardou a viatura. Não achou seguro entrar sozinha lá naquele momento; aproveitou para tirar um cochilo, já que não tinha descansado desde que chegou de viagem.

    ******

    Quase quarenta minutos depois de sua ligação, apareceu um carro de polícia e parou em frente ao portão. Ela pegou seu carro e foi até lá.

    - Boa tarde, policial. Eu cheguei de viagem agora e percebi que uma das janelas laterais está violada, com cacos de vidro para todos os lados.

    - A casa não tem alarme? – pergunta um soldado.

    - Tem, mas não sei por que não está tocando. Na verdade, quem morava nessa casa era meu pai, que faleceu há poucos dias.

    - Você é filha do deputado?

    - Sim, eu sou.

    - Me desculpe, é que todos por aqui sabem que essa casa era dele.

    - Tudo bem.

    8

    - Você tem as chaves?

    - Tenho, estão aqui – disse Melissa, entregando um molho de chaves ao policial.

    - Ok, nós vamos entrar sozinhos. Depois, quando acharmos que está seguro, eu lhe chamarei.

    Os policiais entram na casa, vasculham tudo e depois de uns 20

    minutos chamam a garota.

    - Está tudo limpo, o alarme estava desligado. Eu gostaria que você desse uma volta comigo e me informasse se está sentindo falta de alguma coisa.

    Depois de mais algum tempo ela verifica que tudo está em ordem, nenhum equipamento eletrônico, nenhum quadro e nenhum objeto de valor está faltando. O cofre permanecia fechado.

    - Deve ter sido algum moleque curioso, eles não entram para roubar.

    Eles invadem só para demonstrar coragem para os outros do grupo ou para conhecer a casa de gente importante. Isso é mais comum do que parece – disse o policial.

    - Ok, muito obrigada. Eu já acionei a empresa de segurança do alarme, eles vão verificar se o sistema está em ordem e já se prontificaram a arrumar a janela quebrada.

    - Ok, se precisar novamente é só entrar em contato. Eu sou o soldado Henry e ele é o Nathan. Nossa viatura é a 1515, fácil de decorar.

    Quando ligar, informe que nós que fizemos a visita. Eles costumam enviar a mesma equipe em um eventual retorno.

    ******

    9

    Final do dia, todos já estavam descansando depois de um dia intenso de muito churrasco e bebida. Lucas estava sentado na varanda abraçado com Sheilla.

    - Você pode me explicar direito essa história de que você estava se afeiçoando mais por uns do que por outros? – pergunta ela.

    - Isso é normal, nós todos não temos mais empatia com umas pessoas do que com outras? – responde ele, sem ser muito convincente.

    - Não responda uma pergunta com outra. Não me faça de idiota, você sabe muito bem que aquele comentário feito pelo Paul gerou um certo mal-estar.

    - Estou brincando. Eu vou te falar, logo no começo a Clara se separou do Tom e da Sara e eu cheguei a sair com ela uma ou duas vezes –

    tentou explicar ele, tentando não dar muita importância ao assunto.

    - No mínimo deve ter sido umas daquelas vezes em que você me deixou plantada em casa, inclusive no dia que íamos comemorar aquela grande descoberta dos chips e você me deu um cano muito ridículo.

    - Sinceridade? Nem sei que dia que saí com ela, foram umas duas ou três vezes no máximo e em dias quase seguidos; logo depois ela me disse que preferia ficar com os dois e eu entendi, até porque eu não dava muita importância nas nossas saídas.

    - Eu te disse desde o começo que tinha rabo de saia na jogada. Eu nunca entendi direito porque você não queria denunciá-los – cobrou ela.

    10

    - Você está dando relevância demais nesse assunto. Eu te disse na época e confirmo agora, sempre achei que eles eram vítimas naquela história. Aquele advogado não prestava.

    - Vou te dar um recado: que seja a última vez que você me faça de besta. Nós não tínhamos nenhum acordo de fidelidade na época, mas você não tinha o direito de mentir para mim.

    - Eu já te disse, não teve nenhuma importância pra mim. E agora somos um casal, nos respeitamos e ponto final.

    - Ok, assunto encerrado, desde que não veja você de conversinha pelos cantos e nem gracinhas exageradas.

    - Me dá um beijo. Você sabe que é a minha escolhida, chega dessa besteira.

    11

    Capítulo 2

    Primeira noite

    Melissa estava deitada no seu quarto. Apesar de ser a única dona de todo aquele casarão, não teve coragem de dormir na suíte principal que foi de seu pai, a presença dele naquela casa ainda era marcante e a incomodava.

    Deitou com a cabeça no lado dos pés da cama, como fazia na época em que ficava conversando horas com Michael adentrando a madrugada. Sentiu saudades.

    - Eu prometi para mim mesma que evitaria ao máximo ficar pensando nele, mas ficar nesse quarto, deitada nessa cama é impossível de não lembrar. Como será que você está agora, meu amor?

    Ela ficou quase duas horas pensando em tudo que fizeram juntos, os passeios, as brincadeiras e as trocas de carinho.

    - Ah! Como ele era gostoso! Eu fui muito idiota em deixar que meu pai me manipulasse daquele jeito. Eu nunca iria acreditar que um dia poderia me apaixonar por alguém que não tivesse nada a ver comigo.

    No meio da madrugada adormeceu...

    Eram quase quatro horas da manhã quando ela acorda assustada com barulhos vindos da parte de baixo da casa.

    12

    Levanta na ponta dos pés, esforçando-se para

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