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7 Histórias para uma tarde de Verão
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7 Histórias para uma tarde de Verão
E-book215 páginas2 horas

7 Histórias para uma tarde de Verão

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Sobre este e-book

Como tardes de verão dão para muita coisa, e nisso dar-me-ão a razão. Uma sesta, tostando-te ao sol de sereno, esse moreno que te pediram alojamento de OLÁ… Está bem! é um pouco demais.

O que é certo, é que nessas tardes, disfrutamos da companhia de amigos do primeiro amor, momentos cheios de diversão e de cumplicidade. Os verões mudam os ânimos, rimos, viajamos, descobrindo paisagens maravilhosas, e talvez, acabamos de nos contentarmos com essa pessoa que nos move tudo o que é nosso. Em outra época, fez-se o possível para que os bailes fossem o momento perfeito, para aqueles que enviaram o seu coração á memória, mais depressa que o normal.

É tempo de que nos abrigue a brisa, descobrindo a paixão na pele de dois corpos, que se unem para viver uma historia inesquecível… Sim, para muito, até para ler, sete historias que se abrem, numa tarde de verão.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento20 de out. de 2021
ISBN9781667415567
7 Histórias para uma tarde de Verão
Autor

Jossy Loes

Jossy loes nació en Venezuela un caluroso julio. Proviene de una familia que al parecer cada generación necesitaba experimentar nuevos horizontes y de su infancia recuerda siempre a sus abuelos leer, pero lo que le marcó esas ganas de escribir fue el instituto. Su profesor de Literatura le abrió las puestas de la imaginación inculcándole el amor a la lectura y recreando ensayos. Estudió ingeniería en Venezuela momento que se atrevió comenzar escribir pequeños relatos que solía pasar a sus amigos por correo electrónico sin decir de donde provenían. Grandes cambios en su vida, hicieron que dejase a un lado esa parte que la llenaba y un buen día el amor logró que cruzara el océano donde asentó sus raíces, estudió administración y comprendió que había llegado la oportunidad para poder lograr su sueño, escribir. Su primera novela fue una distopía juvenil que no está disponible de momento, llamada Antarlia un nuevo mundo, seguidas de historias de género románticos (comedia) ¿Te llamas Julieta?, Las pelirrojas también se enamoran, Y te cruzaste en mi camino, así como también ha escrito relatos para antologías solidarias desde el 2015. En junio del 2017 salió a la venta Trigésimo cumpleaños reeditada y la novedad es su traducción al italiano y próximas traducciones.

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    7 Histórias para uma tarde de Verão - Jossy Loes

    Os Acordes Do Coração

    Força, engatatão!

    1

    —Olá, está ocupado? —perguntei à jovem que estava sentada numa cadeira, junto á sua mala.

    Olhou para mim surpreendida, assinalando com o dedo. Ao ver que não respondia, sentei-me com o meu trolley e a minha guitarra, à espera do próximo voo com destino a Dublin.

    —E então? Vais para Dublin ou para Belfast?

    A jovem não podia articular palavra alguma, apenas pestanejava, contudo, eu precisava de falar, soltar tudo o que fluía em mim.

    —Sim, sou eu —disse-lhe, para que reagisse —. Pensei que o corte de cabelo e o chapéu de basebol, em conjunto com estes enormes óculos, ajudaria, mas vejo que não. —Olhei fixamente para ela, e continuei —. Importas-te que desabafe um pouco? É que preciso mesmo, e prometo que depois poderás tirar todas as selfies que quiseres.

    A jovem voltou a pestanejar rapidamente, e imaginei que as palavras que disse, não eram as mais certeiras.

    —Merda! Acho que não me expressei bem.

    Tentei transmitir-lhe confiança com um sorriso, e desta vez afirmou com a cabeça, com isso, senti um certo alívio. Sei que não o devia ter feito, mas estava tão habituado a roubar suspiros com esse gesto, que já saía sem pensar. Decidi esquecer-me um pouco do guitarrista, da estrela pop, e ser o homem ansioso que estava a seu lado.

    —Sabes? —Disse, novamente —É o terceiro ano que volto com a mala cheia de ímanes dos sítios que percorremos, desde que a minha música conseguiu ser número um em vendas. O terceiro ano, em que pisarei novamente as ruas antigas de Dublin, a ilha Esmeralda, que me pôs os pés na terra, a ilha que me convida a voltar e ver a minha fada irlandesa, com quem um dia tropecei, neste mesmo aeroporto.

    Ela fez um pequeno beicinho, e eu sorri, pensando que não devia ser agradável para uma fã, ouvir o que acabava de confessar, mas era a verdade.

    —A minha fada irlandesa, conseguiu com que aprendesse a amar esse país.

    Sim, era o terceiro ano que as minhas mãos pediam voltar a percorrer, palmo a palmo, o seu corpo esbranquiçado, coberto pelo seu cabelo dourado e abundante, que me convidava a descobri-la uma e outra vez, e a me deleitar nele.

    A jovem levantou uma sobrancelha, e ri perante a minha sinceridade, quis retratar-me, depois pensei que não devia, era um artista, as minhas canções falavam de sentimentos, de obstáculos da vida, e era o que sentia. Havia três anos que desaparecia durante uma semana, e me escondia em cada ruela dessa pequena aldeia que me ajudou a conhecê-la.

    Para quê mentir, era como se esse solstício de verão, essas festas pagãs cujas lendas se alimentavam de fantasias, tivessem ganhado vida, para mim, nesse ano.

    Em janeiro de 2013, decidimos tentar a sorte, quando nos convidaram a participar numa viagem por toda a Irlanda, junto a outra das melhores bandas de pop do momento.

    Largos ensaios até ao amanhecer, que apesar de terminarem com grandes dores nos pulsos, e colocar gelo para ajudar a minha mão a se manter em ótima forma, foram recompensados com esse contrato.

    Achava que amava a música, achava que adorava tocar, até que a conheci, e nesse momento tínhamos apenas um propósito, chegar ao topo. Nunca pensei que esse ano me levasse a ficar obcecado com voltar a esse verde país.

    Assinámos o contrato, e meses depois, fomos rumo aos concertos. Tínhamos ouvido rumores estúpidos, e queríamos assegurar-nos de que as nossas fãs ficaram encantadas, por saber que teriam a oportunidade de nos ver de perto.

    —Os meus amigos e companheiros da banda —indiquei á jovem, para continuar a história —, decidiram brincar um pouco, com um grupo de jovens que estavam muito entusiasmadas por ter a sorte de coincidir connosco, aqui neste mesmo aeroporto.

    » Todos esperávamos a que anunciassem a porta de embarque, e quando uma rapariga nos reconheceu, o alvoroço foi inevitável. Não te negarei que gostava de as ouvir todas a dizer o meu nome, e quando optei por tocar a minha guitarra, os gritos aumentaram.

    A jovem bufou, e pareceu estar na defensiva. Não queria ser convencido, contava a verdade antes de ela se levantar e de me dizer qualquer parvoíce, esclareci.

    —Sei que soa como se fosse um autêntico parvalhão, mas é a minha vida diária.

    Fez novamente beicinho, e cruzou os braços. Concluí, que pelo menos tinha mais cinco minutos da sua atenção, e decidi continuar a minha história.

    —Pediram-nos outra canção, e comecei os acordes de um remix que íamos tocar nos concertos, foi então que a vi passar, alheia ao tumulto que começava a nos rodear. Parou, e achei que era pela algazarra das fãs, mas não foi assim, ajustou o iPod, junto aos auriculares, e sem se importar que olhassem para ela, começou a gesticular, com um dedo, a melodia que ouvia.

    » Captou toda a minha atenção. Até esse momento, tinha jurado que me tinha visto de lado, e que me tinha ignorado. Sem remediá-lo, deixei de tocar, dei a guitarra ao meu amigo Niall, e levantei-me para a seguir. Não sei como explicar, queria saber o que ouvia, e porque não se tinha aproximado de nós.

    Tinha essa curiosidade, e ia saciá-la, contudo, um par de raparigas detiveram-me para umas selfies, conseguindo com que a perdesse de vista. Não podia desprezar as minhas seguidoras, dias antes, a nossa canção tinha chegado ao número um, e era o nosso melhor momento. Desfiz-me das jovens, como pude, e comecei a procura-la, até que a encontrei um par de assentos um pouco distante de onde estava o grupo. Lia uma novela de aventuras, acompanhada do movimento constante do seu dedo, o seu cabelo louro, com essa camisa azul dava-lhe um aspeto tão doce, que não duvidei, e sentei-me a seu lado.

    —Olá —disse-lhe —, chamo-me Logan. —Olhou para mim de cima abaixo, levantou uma sobrancelha, esquadrinhando-me tanto, que me senti incómodo. Em vez de me responder, voltou á sua leitura e ignorou-me. Esse gesto feriu o meu orgulho.

    Desta vez, a jovem que tinha a meu lado, riu às gargalhadas, era compreensível. Uma estrela pop tinha sigo ignorada por um ser mortal, pelo que esperei pacientemente até deixar de rir, e prossegui.

    —Desculpa —disse a jovem. —Mas tu merece-lo —respondeu, com sinceridade.

    —Não gostei nada que me fizesse sentir um zé-ninguém —indiquei-lhe à rapariga, que até agora não sabia o seu nome, e apercebi-me que não lhe tinha perguntado —. Desculpa, fui um mal-educado, não sei o teu nome.

    Ela corou.

    —Nicole.

    —Bonito nome, Nicole, por acaso és irlandesa? —a jovem afirmou —. Então, talvez te tenhas cruzado com a minha fada.

    Ela voltou a sorrir.

    —Se não acabas de me contar a história, não vou saber se a conheço.

    —Queres mesmo ouvi-la?

    Nicole olhou para o relógio, e ao mesmo tempo, para o ecrã distante, onde anunciavam os próximos voos.

    —Sim, ainda tenho tempo.

    Pisquei um olho, sorri, e ela, em retorno, rodou os olhos

    —Está bem —disse, para não perder o seu interesse —Não ia ficar assim, pelo que comecei a assobiar e a mexer os dedos com uma das minhas canções, esperando saber se a conhecia, deixou de mover o seu dedo, olhou para mim de relance, enquanto eu continuava a assobiar, fiz silêncio, pensando que tinha atingido o meu objetivo, mas voltou à sua leitura.

    Evitei sorrir, estava a fazer-se difícil, e gostei disso. Pelo que, usei outro método, e outra das canções do grupo, desta vez dava palmadas nos jeans, e novamente olhou para mim de relance, atenta ao ritmo das minhas palmadas, terminei a canção, mas ela voltou ao seu livro e continuou a ignorar-me.

    Não gostei nada de se fizesse de rogada, não estava habituado, pelo que enquanto idealizava como captar a sua atenção, a minha fada fechou o livro, levantou-se, segurando na asa da sua mala, e começou a caminhar. Levantei-me atrás dela, um pouco chateado pela falta de interesse da sua parte, e quando a alcancei, parei-a.

    —Por acaso, não me conheces?

    Ela olhou pausadamente para mim.

    —Não—respondeu, tentando seguir o seu caminho, mas não a deixei.

    —A sério? —perguntei, surpreendido, afastando-me e assinalando-me com as mãos, e ela voltou a olhar para mim, cruzando os braços.

    —Sei quem és, Logan Cooper, vi-te desde que saíram da carrinha, assinando autógrafos e achando eram os Maroon 5, Coldplay ou One Direction, e como não pertences a nenhuma dessas bandas, não vou perder o meu tempo contigo, permites-me, agora?

    Nicole rompeu em gargalhadas, olhei para os lados, e acomodei o chapéu, não desejava chamar tanto a atenção.

    —Sei que fui um completo imbecil —disse a Nicole.

    —Sim, sim, foste, mas continua a me contar como chegou a te ter babando-te por ela.

    —Que direta! —quis discutir esse ponto, mas tinha razão. Nicole encolheu os ombros, e prossegui —. Como digna irlandesa, tinha-me deixado KO sem sequer me tocar, então girei-me e voltei para me refugiar nas minhas fãs e nos seus elogios, uma atitude infantil, num tempo no qual o estrelato era grande.

    Entrámos no avião, no qual Nial e Brett começaram a tocar, animando os passageiros. Eu não estava animado, custava-me entender porque tinha sofrido essa rejeição, levantei-me para lavar a cara e mudar esse humor. Dei uns quantos passos, e os nossos olhos cruzaram-se, mas os seus destilavam ódio.

    Neguei com a cabeça, começando a pensar que raio tinha feito a essa rapariga. Ao sair da casa-de-banho, senti-me ainda mais desconcertado, Brett estava a falar animadamente com ela, caminhei até eles, e o pior que podia acontecer, aconteceu.

    —Podes tirar-nos uma foto? —perguntou a minha fada, num tom irónico e com um sorriso cínico.

    Estava a gozar comigo, e eu não permitiria.

    —Não tiro fotos, é a mim que as tiram, e não vai ser o mesmo, quando disseres que tiraste uma foto com o imbecil do Brett, e não com... —assinalei-me com as mãos —. Logan Cooper.

    —Vai á merda! —disse Brett, negando com a cabeça o meu comentário desafortunado —. Desculpe —disse o meu amigo a outro passageiro—, podia tirar-nos uma foto?

    O homem levantou-se, e tirou-a, enquanto os olhos da minha fada cintilavam ira retida, respondi com um sorriso de lado, e voltei ao meu lugar, com um humor de cão, ante esse desprezo.

    Dias depois de chegar a Dublin, tínhamos um concerto num festival, que começava no final dessa semana. Fomos até á estação Connolly, pensando que não nos reconheceriam, e enganámo-nos, um grupo de raparigas adolescentes viu-nos, e armou-se a algazarra total.

    Niall teve que ligar ao nosso agente para que nos tirasse desse aperto, não gostou nada de não termos seguido o protocolo, e voltámos ao hotel escoltados pela polícia. E como se fosse uma maldição, a minha jovem fada estava na estação.

    O meu amigo saudou-a e ela sorriu-lhe; ainda me lembro, e tenho vontade de o assassinar, ignorei-a e o estúpido do Brett apercebeu-se da tensão que existia, e quis aproveitar.

    —Hey, Logan! —gritou o cabrão —. Tirar-nos-ás uma foto agora?

    Fiz-lhe um carrinho de molas.

    Nicole riu pela minha expressão. Tinham passado três anos desde que isso tinha acontecido, mas o maldito continua a me importunar com isso. Decidi continuar a minha história, uma forma de parar com as risadas da jovem.

    —Hora e meia depois, íamos para Howth, onde seria o concerto. Hospedámo-nos no hotel de um dos promotores do festival, e decidimos dar uma volta pelo lugar. Segundo a guia do hotel, era uma aldeia pitoresca, com fácil acesso a penhascos e vistas maravilhosas.

    Durante a estadia ali, faríamos turismo sem problema, e decidimos caminhar um pouco, encontrando-nos com um músico de rua, com quem acabámos por cantar as músicas que todos conhecíamos.

    Pela primeira vez em meses, poder tocar sem que tivéssemos que dar autógrafos, ou raparigas perto de nós, era genial, esse momento fez-me recordar quando começámos, e senti-me muito bem.

    Nicole não gostou da maneira com que me referi ás minhas fãs.

    —Sei que não é agradável da minha parte —confessei-lhe —. Muitas vezes, incomodam-nos mais do que pensam, e esses dias apenas respirávamos ar puro, não pensávamos que a nossa fama era tão grande na Irlanda, por isso, tocar qualquer ritmo que não fosse o nosso, era uma boa terapia de vitalidade, e quando me sentia mesmo bem, voltei a vê-la.

    Tentei manter o ritmo e não consegui. Os meus olhos seguiram-na, até que se perdeu entre as ruelas. Estava convencido, que jamais nos veríamos novamente, de facto, tinha-a catalogado como uma fria e vaidosa. —Nicole mudou a expressão para me repreender, levantei a mão, e pedi que me deixasse terminar —. Deves entender, que sou um homem, e que estava chateado pelos seus desprezos, encontra-la ali, naquela pequena aldeia piscatória, era o que menos acreditava que me aconteceria.

    Deixei de tocar, dei a minha guitarra a Niall e segui o caminho por onde ela se tinha perdido. Contudo, parei, era uma aldeia pequena, pelo que mais tarde ou mais cedo, voltaria a encontra-la, e perguntei-me teria paciência para esperar que isso acontecesse.

    Essa nega que me tinha dado no aeroporto estava latente, e queria, de alguma maneira, fazê-la pagar, pelo que entrei no primeiro restaurante que encontrei, e tentei descrevê-la, compreendi rapidamente que estava a fazer figura de idiota. A quem lhe ocorreria perguntar, na Irlanda, por uma loira de cabelo encaracolado, e de olhos verdes?

    Estalei a língua, e voltei para os meus companheiros, eles não estavam contentes por ter

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