O Ethos e o Poder Simbólico do Jornalismo Policial: Perspectivas críticas em um jornal impresso do Estado de Pernambuco
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O Ethos e o Poder Simbólico do Jornalismo Policial - Giovanna de Araújo Leite
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO
A Deus, suprema força espiritual.
Ao meu pai, Lauro de Aguiar Leite (in memoriam), eterno incentivador dos meus estudos e inspiração constante por me mostrar, por meio de suas atitudes, sua luta em prol de melhores condições de trabalho, desde que foi membro do sindicato de professores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em meados de 1990.
À minha mãe, Ozilene de Araújo Leite, minha guru intelectual, sempre disposta a ler meus textos e a dialogar sobre meus estudos.
À irmã primogênita, Luciana de Araújo Leite (in memoriam), que estará sempre em meu coração, por ter participado em tudo na minha vida, saudades eternas!
À irmã Fabíola de Araújo Leite, que se dispôs a ler e a fazer seus comentários construtivos, meu muito obrigada! Te amo!
A todas(os) as(os) jornalistas que amam o ofício de escrever a notícia.
A todas as vítimas de violência, independentemente de que classe social pertencer.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, ser supremo que cuida diariamente de cada detalhe de nossas vidas e que nem sempre nos damos conta disso.
À minha orientadora, Prof.ª Dr.ª Isaltina Maria Azevedo Gomes, pelos seus inesquecíveis ensinamentos, indicações bibliográficas, correções textuais e analíticas, meu muito obrigada!
Ao Prof. Dr. Wellington Pereira, pelo incentivo desde o início. Você impulsionou meu crescimento intelectual desde quando eu era estudante de pós-graduação.
Ao amigo Prof. Dr. Samuel Barbosa e à amiga Prof.ª Dr.ª Lindinês Barros, pelas contribuições analíticas neste trabalho.
Ao meu amado e inesquecível pai, Lauro de Aguiar Leite (in memoriam), que sempre me acompanhou nos meus estudos e na minha vida: te amo, pai, para sempre!
À minha mãe, Ozilene de Araújo Leite, grande mulher, que me inspira a estudar sempre mais e a refletir sobre os problemas sociais. Àquela que sempre dialoga comigo e lê meus textos com curiosidade e crítica.
À minha irmã primogênita (in memoriam) Luciana de Araújo Leite, responsável pela digitação de todo meu trabalho durante a dissertação de mestrado: muito obrigada! Te amo e te amarei para sempre!!!
À minha irmã, Fabíola de Araújo Leite, que leu atentamente cada parágrafo deste texto, contribuindo bastante para o meu amadurecimento científico.
Aos meus sobrinhos, Fábio de Araújo Leite Medeiros e Fabrício de Araújo Leite Medeiros, que nasceram em meados de 2004 e 2008, respectivamente, e que acompanharam desde crianças a minha pesquisa e esta publicação agora em 2020.
Às amigas, aos amigos, às(aos) funcionárias(os) do Programa de Pós-Graduação em Comunicação – PPGCOM, da Universidade Federal de Pernambuco. Vocês serão para sempre inesquecíveis.
À Editora Appris, por me convidar a publicar este livro, que com certeza foi fruto de muita labuta e pesquisa.
Enfim, a todas(os) que contribuíram direta e indiretamente para a realização desta obra, meu muito obrigada!
Ethos de classe (para não dizer ‘ética de classe’), quer dizer um sistema de valores implícitos que as pessoas interiorizaram desde a infância e a partir do qual engendram respostas a problemas extremamente diferentes.
(Pierre Bourdieu).
PREFÁCIO
O livro de Giovanna Leite é um convite para refletirmos sobre o discurso do jornalismo policial. Nele, é possível compreender a lógica do Poder Simbólico que perpassa a produção jornalística policial e como ela é materializada nas notícias e nas imagens construídas de acordo com a perspectiva do veículo
de comunicação.
De cunho analítico, este livro, resultado de uma pesquisa de mestrado desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPE, revela-se como um importante material, tanto para jornalistas como para professores universitários, pois mostra aspectos do jornalismo impresso policial que merecem ser discutidos na sociedade contemporânea. A partir deste trabalho, é crucial que jornalistas e professores universitários reflitam sobre a escrita do jornalismo policial, a fim de que não haja construções discursivas pautadas em estereótipos sociais. Para que não haja perpetuação de preconceitos, é preciso discutir sobre o tratamento que é dado às classes sociais nas notícias policiais.
O estudo que deu margem a este livro aborda conceitos como o Poder Simbólico e a violência simbólica, teorizados pelo sociólogo Pierre Bourdieu, e o Ethos, apresentados pelo analista do discurso Dominique Maingueneau. A pesquisadora conseguiu reunir notícias policiais sobre um crime praticado no litoral sul de Pernambuco contra duas adolescentes de classe média, publicadas no período de maio de 2003 a dezembro de 2004, e comparou-as a outras notícias policiais envolvendo pessoas de classes menos favorecidas economicamente. A análise mostrou que tanto o Poder Simbólico quanto o Ethos da notícia policial são influenciados pelas diferentes classes sociais abordadas.
Prof.ª Dr.ª Isaltina Mello Gomes (UFPE)
Professora Titular da UFPE
http://lattes.cnpq.br/3715206085360657
APRESENTAÇÃO
Os estudos sobre o Ethos permanecem cruciais para a compreensão crítica e analítica dos fatos, especialmente do jornalismo policial, pois, diante da infinidade de notícias desse segmento jornalístico, transfigura-se, muitas vezes, uma busca incessante de leitores curiosos que se interessam por fatos sobre crimes em geral e acontecimentos inusitados. Percebe-se, contudo, que as notícias policiais acabam constituindo-se como um espaço em que o sofrimento das pessoas é