Educação em Direitos Humanos: Reflexões e Discussões em Coletânea
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Educação em Direitos Humanos - Elizabete Cristina Rabelo de Araújo
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO
Esta coletânea é dedicada aos(às) educadores(as) do nosso país representados(as), nesta dedicatória, pela Professora Maria Madalena Rabelo de Vasconcelos, pernambucana, sertaneja, defensora de uma sociedade mais justa por meio do saber; que se dedicou ao ensino na escola pública lutando contra a desigualdade, empunhando conhecimentos, tendo como componente desta luta o amor pela Educação.
AGRADECIMENTOS
A todos os(as) autores(as) desta coletânea, que, a partir dos estudos interdisciplinares, construíram saberes transformadores.
PREFÁCIO
Escrever o prefácio deste livro me chegou como um presente. Poder dizer algumas palavras iniciais a respeito desta obra é uma tarefa de muita responsabilidade e ao mesmo tempo de muito prazer. As autoras e os autores, ao dedicarem seus escritos e temáticas na direção da Educação em Direitos Humanos, revelam um zelo e uma profundidade que se expande a partir de plurais investidas sobre questões tão urgentes e necessárias, basiladas em conhecimentos do campo da Educação, da Sociologia, da Filosofia e da Arte.
Os estudos realizados pelas autoras e pelos autores evidenciam uma contribuição que traz em seu conteúdo debates e temáticas atualistas e bem fundamentadas, demarcando o reconhecimento da dignidade da pessoa humana ao refletir categorias como: formação, inclusão e diversidade. Na esteira desse pensamento, vale destacar, ainda, a questão da violência nos processos midiáticos que podem precarizar nosso estar no mundo a partir do momento em que circulam falsas notícias, as atuais e desastrosas práticas das fake news.
Diante do exposto, é possível perceber que o fio que tece a coerência dos textos que compõem este livro está no traço da perspectiva interdisciplinar, possibilitando a aproximação e o fortalecimento do direito à construção do conhecimento crítico e transformador. Nas interfaces múltiplas e plurais em que os debates sobre Educação em Direitos Humanos se entrelaçam ao longo da escrita de cada autor e autora, é possível perceber o quanto a dimensão social, política, cultural e emocional não podem ser dissociadas do direito e da dignidade de cada ser humano na dinâmica da vida.
Ao problematizar a Educação como processo de emancipação, a obra expressa o quanto os debates dos Direitos Humanos desafia, também, a ampliação das compreensões em relação ao papel da Educação como processo de humanização. Remetendo-nos aos dizeres de Hannah Arendt ao pontuar que precisamos reconhecer que fazemos parte da comunidade de seres humanos, e que aqui me inspiro para afirmar que a tensão entre as autoridades e as liberdades não estão para exercer o poder que subalterniza e banaliza as relações de perversidade, colocando o homem e a mulher frente à negação do direito a uma formação humana e humanizadora.
Tânia Maria Goretti Donato Bazante
Prof.ª Dr.ª da Universidade Federal de Pernambuco
Centro Acadêmico do Agreste/Núcleo de Formação Docente
Sumário
INTRODUÇÃO 13
1
SUBJETIVIDADE E COMUNICAÇÃO: A FILOSOFIA PRÁTICA DA COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA (CNV) NA EDUCAÇÃO 17
Renísia Cristina Garcia Filice, Lorena Silva Santos
1.1 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA (CNV) E A ESCUTA 17
1.2 CONCLUSÃO 26
2
A IMPORTÂNCIA DA QUALIFICAÇÃO E ATUAÇÃO DOCENTE NA FORMAÇÃO HUMANA DOS(AS) PORTADORES(AS) DO TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH) 29
Elizabete Cristina Rabelo de Araújo
2.1 INTRODUÇÃO 29
2.2 TDAH: TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E
HIPERATIVIDADE 30
2.3 A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL DOCENTE NO ENFRENTAMENTO AO TDAH 32
2.4 TDAH: A DOR E AS CONSEQUÊNCIAS 35
2.5 CONCLUSÃO 37
3
A DISSEMINAÇÃO DE NOTÍCIAS FALSAS E A GARANTIA DO ACESSO À INFORMAÇÃO 41
Aquiles Lopes de Oliveira
3.1 INTRODUÇÃO 41
3.2 A REVOLUÇÃO DA INFORMAÇÃO 42
3.3 A AGENDA DIÁRIA E O ACESSO À INFORMAÇÃO 44
3.4 COMUNICAÇÃO E DIREITOS HUMANOS 46
3.5 CONCLUSÃO 48
4
O TEATRO DO OPRIMIDO: FERRAMENTA DE INTERVENÇÃO EDUCACIONAL DA PSICOLOGIA SOCIAL 51
Carla Luna
4.1 INTRODUÇÃO 51
4.2 O TEATRO DO OPRIMIDO COMO INSTRUMENTO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 52
4.3 VIOLÊNCIA DE GÊNERO: MULHER O SEXO FRÁGIL
54
4.4 TÉCNICAS DO TEATRO DO OPRIMIDO COMO PRÁTICA DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA PARA OS ALUNOS DO CURSO DE EXTENSÃO DO UNIFAVIP I WYDEN 58
4.5 CONCLUSÃO 61
5
EDUCAÇÃO X DIREITO: SINCRONIA SOCIAL 63
Andreza Eliane Duarte
5.1 EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO CIDADÃ 63
5.2 DIREITO COMO REGULADOR DE CONFLITOS 64
5.3 DIREITO E SOCIEDADE 65
5.4 EDUCAÇÃO E POLÍTICA 66
5.5 EDUCAÇÃO NO BRASIL 67
5.6 EDUCAÇÃO FRENTE À PANDEMIA 68
5.7 CONCLUSÃO 70
6
TRABALHO INFANTIL NA FEIRA LIVRE: UM OLHAR CRÍTICO SOBRE O EMPREGO DA MÃO DE OBRA INFANTIL NA FEIRA LIVRE NO MUNICÍPIO DE TACAIMBÓ AGRESTE PERNAMBUCANO 73
Ingrid da Mota Araújo Lima, Xênia da Mota Araújo Lima
6.1 INTRODUÇÃO 73
6.2 REFERENCIAL TEÓRICO 76
6.3 CAPITALISMO X TRABALHO ALIENADO X EXPLORAÇÃO 78
6.4 FAMÍLIAS: RESPEITO AO TRABALHO DESEMPENHADO POR SEUS FILHOS OU TUTELADOS 82
6.5 COMO O DESEMPENHO ESCOLAR DAS CRIANÇAS PODE SER AFETADO PELO TRABALHO INFANTIL 85
6.6 CONCLUSÃO 94
SOBRE OS(AS) AUTORES(AS) 99
ÍNDICE REMISSIVO 101
INTRODUÇÃO
As mídias, as redes sociais, o olhar sob a égide do direito e da importância da educação em Direitos Humanos são a temática que une grupos de pesquisadores e pesquisadoras em torno desta obra. Congregamos neste livro mestre e mestras em Direitos Humanos do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Contamos ainda com professoras e alunas de diversos grupos de pesquisa em educação do Centro Universitário Leonardo da Vinci Grupo Uniasselvi – SC, Centro Universitário Maurício de Nassau e do Centro Universitário Unifavip I Wyden.
A proposta da obra foi a de produzir reflexões sobre a temática da educação em direitos humanos juntamente às doutorandas, doutorandos, mestres e mestras, especialistas e demais pesquisadores e pesquisadoras, tanto da Universidade Federal de Pernambuco como das demais instituições que participam desta publicação. A seguir, será exposta a sucinta descrição das ideias apresentadas pelo autor e autoras respectivamente.
No capítulo, Subjetividade e comunicação: a filosofia prática da comunicação não violenta (CNV) na educação
, Lorena Silva Santos e Renísia Cristina Garcia Filice, evidenciam a importância da Comunicação Não Violenta