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O encerramento do aterro metropolitano de Jardim Gramacho: acenos da inclusão social e da implantação do polo de reciclagem em Duque de Caxias pelo protagonismo dos catadores e catadoras de materiais recicláveis
O encerramento do aterro metropolitano de Jardim Gramacho: acenos da inclusão social e da implantação do polo de reciclagem em Duque de Caxias pelo protagonismo dos catadores e catadoras de materiais recicláveis
O encerramento do aterro metropolitano de Jardim Gramacho: acenos da inclusão social e da implantação do polo de reciclagem em Duque de Caxias pelo protagonismo dos catadores e catadoras de materiais recicláveis
E-book214 páginas1 hora

O encerramento do aterro metropolitano de Jardim Gramacho: acenos da inclusão social e da implantação do polo de reciclagem em Duque de Caxias pelo protagonismo dos catadores e catadoras de materiais recicláveis

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Sobre este e-book

O encerramento do maior aterro sanitário da América Latina, o Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho (AMJG), foi pioneiro na formulação de políticas públicas socioambientais no Brasil, ao incluir a questão social nas ações de saneamento e apoiar a organização de cooperativas de catadores de materiais recicláveis. O trabalho objetivou acompanhar o processo de fim das atividades como um lixão, inédito e previsto na legislação de Resíduos Sólidos brasileira, pelo protagonismo de catadoras e catadores de recicláveis.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento31 de jan. de 2022
ISBN9786525215181
O encerramento do aterro metropolitano de Jardim Gramacho: acenos da inclusão social e da implantação do polo de reciclagem em Duque de Caxias pelo protagonismo dos catadores e catadoras de materiais recicláveis

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    Pré-visualização do livro

    O encerramento do aterro metropolitano de Jardim Gramacho - Tatiane Codeço

    capaExpedienteRostoCréditos

    Dedico este trabalho Ao que vai chegar.

    Em primeiro lugar, agradeço а Deus e a virgem Maria, pela minha vida, e por me permitir ultrapassar todos os obstáculos encontrados ao longo da realização deste trabalho.

    Minha gratidão aos professores orientadores, Ubirajara Aluísio e Paula Raquel, pela ajuda e pela paciência com a qual guiaram o meu aprendizado.

    Muito devo às pessoas cоm às quais convivi aо longo do processo de encerramento do AMJG, em especial ao Jorge Pinheiro (ex- SEA) e Carol Andrade (ex-SEA), pelo apoio e fornecimento de dados e materiais que foram fundamentais para o desenvolvimento da pesquisa.

    Registro meu agradecimento especial ao professor Christian Mauduit (In memorian) (Universidade de Aix-Marselha), que esteve comigo ao longo da jornada de pré (e pós) seleção do mestrado, com seus conselhos, ensinamentos e incentivos para eu sair da caixinha da Geografia e ver novos horizontes transdisciplinares.

    À Alessandra e Maria Rosinete (COOPERJARDIM), por terem possibilitado à volta a Jardim Gramacho quando tudo parecia perdido.

    A todos os professores do PEAMB/UERJ, colegas de curso de Mestrado Profissional em Engenharia Ambiental da UERJ, que participaram, direta ou indiretamente do desenvolvimento deste trabalho.

    Aos meus pais, Aluísio Codeço e Cely Codeço, e a minha irmã, Thaís Codeço, a minha comadre Roberta Bastos, que me incentivaram nos momentos difíceis fornecendo à palavra amiga e o carinho, suficientes para eu seguir em frente. Ao meu filho, João Francisco, minha fonte de inspiração. Agradeço aos amigos e familiares e, enfim a todos por todo o apoio e pela ajuda, que muito contribuíram para a transformação da dissertação nesta publicação.

    Conheço minha cidade como a palma da mão E amo de coração, pois nela moro e trabalho

    E o que tenho e valho vou construindo aos pouquinhos Puxando um simples carrinho de catador, minha sina com suor e muito espinho.

    Madrugo com a cidade, com suas ruas e avenidas Nas lançantes e subidas vou puxando meu carrinho E andando, devagarzinho vou catando pelo lixo

    O meu trabalho, a capricho recolher aqui e ali

    Lutando pra conseguir chegar primeiro que os bichos. Meu trabalho é muito digno, pois eu trabalho de fato Não é brinquedo ou aparato

    Alguém puxando carrinho, abrindo o próprio caminho No corre – corre da cidade é trabalho de necessidade Braçal e tão cansativo que não há nenhum motivo Pra faltar com a verdade.

    Quantas vezes fui xingado por alguns ‘motoristinhas’ Carimbadas figurinhas que se adonam da cidade

    E em qualquer velocidade, não respeitam o sinal E de um modo geral, não respeitam quase nada Muito menos a jornada de um catador profissional

    Sou o catador de lixo, trabalhador, papeleiro Meu trabalho é pioneiro, na limpeza da cidade Digo isso com vaidade, pois foram os rejeitados Que iniciaram, organizados a reciclagem do lixo Separando com capricho para ser reaproveitado.

    É do lixo que tiramos a comida e o sustento Enfrentando chuva e vento, sol que arde e tempo frio É um eterno desafio, todo dia sempre a pé

    Realidade injusta até, de catador, do papeleiro Daqueles que são lixeiros, tratados como a ralé.

    Somos humanos também, temos família, temos filhos Embora o pouco brilho do carrinho que puxamos Sorrimos, nos alegramos, temos fé e perseverança São lindas nossas crianças, pois toda a criança é linda Elas nos dão força e ainda, nos enchem de esperança.

    Quantas vezes pelas ruas carregando meu carrinho Sigo em frente, sozinho na jornada papeleira

    A cidade é uma clareira de vitrine e manequins Muitos olham para mim e me veem como espantalho Debocham do meu trabalho e nele querem dar um fim.

    Unidos e organizados, papeleiro ou catador Bravo! Irmão trabalhador!

    Brava! Irmã trabalhadora!

    A luta é duradoura

    Pela vida, pela paz, e ninguém é mais capaz Que os bravos catadores.

    Nós somos os precursores de um mundo que se refaz.

    No trabalho que fazemos, é possível perceber Que o importante é viver sem ganância e desperdício

    Sem injustiça e sem vício.

    Quem não vê a desigualdade que se estampa na cidade Pelas grandes diferenças e por eternas desavenças

    Que matam a fraternidade?

    Às vezes, o desânimo, tristeza, falta de apoio Somos trigo e não joio, no mercado desigual

    E o selvagem capital sempre explora nosso cisco E jamais somos bem-vistos…

    Já afirmamos com clareza

    Catadores e lixeiros, nós queremos ser parceiros De um mundo solidário, onde o rico e o operário Respeitem os seres vivos e se tornem mais ativos Na luta pela justiça: no lixo toda injustiça.

    Autor desconhecido

    LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

    APÊNDICE C - Roteiro de entrevista de perguntas fechadas e abertas realizada com catadores do Polo de Reciclagem de Gramacho 157

    ANEXO A - Proposta de modelo de gestão do fundo dos catadores de Gramacho 163

    ANEXO B - Chamada para cadastramento dos catadores do aterro de gramacho 169

    ANEXO C - Formulário PANGEA preenchido junto com o cadastramento 173

    ANEXO D - Regras de acesso ao fundo do catador de Gramacho 177

    ANEXO E - O Polo de Reciclagem de Gramacho 178

    SUMÁRIO

    Capa

    Folha de Rosto

    Créditos

    1. INTRODUÇÃO

    1.1. COLOCAÇÃO DO PROBLEMA

    1.2. OBJETIVOS

    1.3. JUSTIFICATIVA

    1.4. METODOLOGIA

    1.4.1. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS

    1.5. ESTRUTURA

    2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA CONCEITUAL

    2.1. A CADEIA PRODUTIVA DA RECICLAGEM

    2.2. OS CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS

    2.2.1. A IMPORTÂNCIA DOS CATADORES NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

    2.3. DIREITOS SOCIAIS, POLÍTICAS PÚBLICAS E POLÍTICAS SOCIAIS

    2.3.1. O INSTRUMENTO CADASTRO ÚNICO PARA PROGRAMAS SOCIAIS

    2.4. MARCO LEGAL SOBRE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL

    2.4.1. A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

    2.4.2 A LEGISLAÇÃO QUE DESTACA A COLETA SELETIVA SOLIDÁRIA E AS ORGANIZAÇÕES DE CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS

    2.5. A ECONOMIA SOLIDÁRIA NO CONTEXTO DAS ORGANIZAÇÕES DE CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS

    2.5.1. AS ORGANIZAÇÕES EM ESTRUTURA DE REDES SOLIDÁRIAS

    RESULTADOS E DISCUSSÕES

    3. O ESTUDO DE CASO DE JARDIM GRAMACHO

    3.1. O ATERRO METROPOLITANO JARDIM GRAMACHO

    3.2. O PROCESSO DE ENCERRAMENTO DO ATERRO METROPOLITANO DE JARDIM GRAMACHO

    3.1.1 A SITUAÇÃO DOS CATADORES DE JARDIM GRAMACHO

    3.1.2. OS CATADORES DE JARDIM GRAMACHO E AS ORGANIZAÇÕES

    3.1.3 AS POLÍTICAS SOCIAIS NO TERRITÓRIO DE JARDIM GRAMACHO E A INCLUSÃO DO CATADOR

    4.. O POLO DE RECICLAGEM DE GRAMACHO

    4.1. O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO POLO DE RECICLAGEM: A PERCEPÇÃO DOS CATADORES

    4.2. DIFICULDADES ENFRENTADAS E AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO POLO

    CONCLUSÕES

    REFERÊNCIAS

    GLOSSÁRIO

    APÊNDICE A: TERMO DE LIVRE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO

    APÊNDICE B: ROTEIRO DE ENTREVISTAS FECHADAS E ABERTAS REALIZADAS COM EX-CATADORES DO AMJG NO CRAS JARDIM GRAMACHO

    APÊNDICE C: ROTEIRO DE ENTREVISTA DE PERGUNTAS FECHADAS E ABERTAS REALIZADA COM CATADORES DO POLO DE RECICLAGEM DE GRAMACHO

    ANEXO A: PROPOSTA DE MODELO DE GESTÃO DO FUNDO DOS CATADORES DE GRAMACHOPROPOSTA DE MODELO DE GESTÃO OPERACIONAL DO FUNDO DE INCLUSÃO DOS CATADORES E CATADORAS DE GRAMACHO

    ANEXO B: CHAMADA PARA CADASTRAMENTO DOS CATADORES DO ATERRO DE GRAMACHO

    ANEXO C: FORMULÁRIO PANGEA PREENCHIDO JUNTO COM O CADASTRAMENTO

    ANEXO D: REGRAS DE ACESSO AO FUNDO DO CATADOR DE GRAMACHO

    ANEXO E: O POLO DE RECICLAGEM DE GRAMACHO

    Landmarks

    Capa

    Folha de Rosto

    Página de Créditos

    Sumário

    Bibliografia

    1. INTRODUÇÃO

    1.1. COLOCAÇÃO DO PROBLEMA

    A gestão de resíduos sólidos no Brasil é uma atribuição dos municípios serviço público executado e mantido pelo Estado. No entanto, a questão do lixo no Brasil é hoje uma questão social na qual o gerenciamento do que é descartado pela sociedade de consumo tem sido feito com a ajuda de pessoas que encontram no trabalho com o lixo a sua sobrevivência.

    No Brasil, a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do IBGE (2008) revelou que 50,8 % dos municípios brasileiros destinam seus resíduos inadequadamente em lixões a céus abertos. Nesta perspectiva a Política Nacional de Resíduos Sólidos,

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