Resíduos sólidos orgânicos na geração de energia: caracterização dos resíduos sólidos de restaurante e seu potencial de geração de energia
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Resíduos sólidos orgânicos na geração de energia - Ricardo Alberto dos Santos Coutinho
1. INTRODUÇÃO
Estima-se que no mundo 1,3 bilhão de toneladas de comida são desperdiçadas ou se perdem ao longo das cadeias produtivas de alimentos. esta quantidade representa em torno de 30% de toda comida produzida em um ano no planeta. A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) tem como meta até 2030 reduzir pela metade as perdas nos sistemas de produção e abastecimento, incluindo o momento pós-colheita, que responde por 46% da quantidade de alimento que vai parar no lixo. já as perdas que ocorrem principalmente nas fases de produção, armazenamento e transporte corresponde a 54% do total. (FAO, 2017).
Outro problema relacionado ao desperdício de alimentos deve-se a etapa de transporte dos produtos, do ponto de produção até o consumo final. Em geral as estradas brasileiras não têm condições de rodagem adequada, há também problemas relacionados ao uso de mão de obra despreparada, que acaba desperdiçando e estragando uma maior quantidade de produtos e o uso de embalagens de péssima qualidade, que comprometem a integridade do produto final. Muitas vezes o investimento no processo de logística ou de embalagem não compensa devido ao baixo valor agregado das mercadorias, o que acaba corroborando para o aumento do desperdício em geral (RODRIGUES et al., 2019).
Além disso, em nível global, dados recentes sobre segurança alimentar apontam para uma possível reversão de tendências em todo o mundo. Após mais de 10 anos em declínio, estima-se que os números de fome no mundo aumentaram para 815 milhões de pessoas em 2016, em comparação com 777 milhões em 2015, embora ainda abaixo de cerca de 900 milhões em 2000 (FAO, 2014). Segundo o relatório mais recente da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2018 cerca de 820 milhões de pessoas passam fome, tornando muito difícil atingir a meta de fome zero até 2030 (ONU, 2018).
Sabe-se que a composição dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) não é uniforme no mundo. Essa composição depende do grau de desenvolvimento econômico de cada nação. Nas nações industrializadas, aproximadamente 70% dos resíduos são inertes e 30% são considerados biodegradáveis. Nas nações em desenvolvimento, como o Brasil, ocorre exatamente o contrário. Como consequência traz um impacto desnecessário sobre o a vida útil dos aterros sanitários, que são utilizados em geral para a disposição destes resíduos. A reciclagem dos resíduos inertes e a destinação correta aos resíduos biodegradáveis trará como benefício direto aos aterros o prolongamento da sua vida útil e gerando economia. O problema vital nas nações em desenvolvimento, como o Brasil, reside na identificação de oportunidades e procedimentos para desviar esses resíduos dos aterros. As cidades não possuem logística reversa programada para resíduos biodegradáveis. Esses resíduos são simplesmente destinados aos vazadouros a céu aberto (lixões) que contam com mais de 50% de sua capacidade ocupada por restos de produtos orgânicos, o que representa um desperdício de matéria e de energia que poderiam estar sendo reincorporadas ao sistema, em forma de composto, proporcionando elevado ganho ambiental e financeiro (FEHR, 2002).
O gerenciamento dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) veio a se tornar um dos grandes problemas que os municípios devem resolver, sendo um desafio que inclui a sociedade na busca de soluções, uma vez que a segregação correta destes resíduos ocorre na origem de sua geração e é nesse momento que se define o que será reciclado do que será descartado para o aterro sanitário. Com relação à geração de resíduos a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) define algumas diretrizes voltadas ao princípio de não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos gerados e principalmente sua disposição final ambientalmente correta. Acredita-se que com estas diretrizes venham a prolongar a vida útil dos aterros sanitários e acabando com a ocupação predatória de áreas de expansão urbana das cidades, inclusive de áreas de preservação permanente (PNRS, 2010).
A cidade de Niterói possui em seu histórico de destinação de RSU em locais inapropriados e hoje busca soluções para seu passivo ambiental, assim como toma medidas rumo a uma gestão correta de seus resíduos (BERK,2013). Uma das principais estratégias para essa adequação e na melhoria e o incentivo à coleta seletiva de materiais recicláveis. A reciclagem transforma materiais como o plástico, o papelão e o alumínio em novos materiais que poderão ser comercializados como novos produtos (CONCEIÇÃO e SILVA, 2009). Uma etapa que colabora com a reciclagem é a coleta seletiva. A coleta seletiva consiste na separação de resíduos sólidos na fonte, ou seja, no momento em que são produzidos (MACHADO et al., 2006).
Há no município de Niterói o registro da mais antiga iniciativa de coleta seletiva no Brasil, contudo a mesma permaneceu concentrada no bairro de São Francisco onde foi criada. A Companhia de Limpeza Urbana de Niterói (CLIN) também elaborou um programa de coleta seletiva que igualmente não se desenvolveu muito contendo-se a uma pequena porcentagem de reciclagem dos resíduos (EIGENHEER e FERREIRA, 2014).
A partir de uma pesquisa bibliográfica este trabalho busca verificar, estratégias mais eficazes e eficientes de coleta seletiva que podem servir de modelo para o município de Niterói. É importante discutir e analisar também todas as vertentes envolvidas na questão da reciclagem para entender a atividade de forma holística e completa.
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo geral
O objetivo geral deste trabalho constitui analisar a geração de resíduos orgânicos em uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN), localizada no município de Niterói e a viabilidade do seu uso para a geração de energia.
1.1.2 Objetivos específicos
Foram objetivos específicos deste trabalho:
· Quantificar através de observações in loco os resíduos gerados e sobras em uma UAN;
· Sugerir possíveis intervenções visando à redução do índice de desperdício de alimentos em uma UAN;
· Avaliar a possibilidade de uso dos restos orgânicos gerados em uma UAN para geração de energia através da utilização da tecnologia de digestão anaeróbia;
· Indicar o potencial de geração de energia, através de extrapolações numéricas do município de Niterói.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA FOME
Produzir alimentos de acordo com as reais necessidades da população é um desafio presente nas diversas sociedades ao longo da história. A fome, associada à falta de produção de alimento, serviu de argumento para incentivar a expansão de novas áreas agrícolas e gerar modelos teóricos alarmistas sobre o destino da população (MARAFON, et al., 2011).
Malthus (1789), expõe as possíveis contradições entre o crescimento