Um Mistério Na Vida De Helen
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Um Mistério Na Vida De Helen - José Antonio Vieira
UM MISTERIO NA VIDA DE HELEN
DEDICO ESTE CONTO A MEUS AMIGOS DE GUAXUPE - MG
UM MISTERIO NA VIDA DE HELEN
PRIMEIRA EDIÇÃO – 2016
REGISTRO – 461313
LIVRO 868 – FOLHA 16 FBN
UM INCIDENTE ELETROMAGNETICO TRANSFORMOU A VIDA DE UMA PESSOA DEVIDO A ALTERAÇÕES CELULARES. COMEÇOU A HAVER UM DESCOMPASSO COM AS PESSOAS AO REDOR QUANTO AO ENVELHECIMENTO. HAVIA O LADO POSITIVO ASSIM COMO O LADO DE CRISE EXISTENCIAL.
Um Mistério na Vida de Helen
Helen subia a encosta da montanha agarrada em cipós e troncos de arvores. O tempo estava mudando, com nuvens ao longe que prenunciava uma chuva alguma hora mais tarde.
Ainda eram as primeiras horas após o almoço. Ela havia trazido de casa pequena marmita térmica. Helen não queria desistir naquele momento, queria chegar ao ponto mais alto da montanha, pois sabia que dali poderia caminhar por um terreno mais plano até chegar a uma estrada secundária que dava acesso a pequena cidade onde morava com seus pais, a pouco mais de três quilômetros dali.
A alguns metros antes de chegar ao topo descobriu uma caverna com entrada disfarçada por ramas baixas de uma arvore, resolveu entrar para conhecê-la melhor. A entrada tinha uma abertura suficiente para uma pessoa entrar somente, necessitando de se abaixar um pouco.
Ficou surpresa quando entrou clareando com sua lanterna que sempre carregava a tiracolo quando saia para se aventurar em algum lugar. Havia cristais de quartzo, pedras quase transparentes, para todos os lados, incrustados nas paredes, no chão, no teto, enfiam sobrava pouco espaço para se movimentar. Não dava para perceber onde terminava aquela gruta devido às ramificações existentes a muitos metros da entrada.
Observava cuidadosamente cada um dos cristais, especialmente os da parede. Sabia que eram cristais de quartzos porque a região era muito rica deles e muitos moradores os usavam para fazer artesanatos. Predominavam os de cor branca, mas havia os avermelhados também. Pontas afloravam da terra o que demandava certos cuidados para não se machucar com elas. Eram cortantes como facas. Helen percebeu o rugido do vento lá fora, o tempo estava mudando rapidamente. Talvez fosse o momento de sair dali e voltar para casa usando o seu velho guarda-chuva preto. Voltaria em outro dia para explorar a caverna com mais tempo.
Quando saiu percebeu que o tempo havia fechado de vez e certamente seria se arriscar muito num terreno aberto devido a raios. Resolveu voltar para a caverna e esperar a tempestade passar, com muitos trovões e raios se aproximando naqueles momentos. No primeiro passo ao entrar já chovia fora, alguns minutos depois, de uma maneira torrencial. Sentou-se no chão, sobre um pedaço de madeira, próximo da entrada, onde havia um espaço dentre os quartzos.
Um estrondo ensurdecedor de um trovão deixou Helen apavorada, as nuvens mais pesadas estavam acima dela naquele instante. Aconteceu mais uma queda de raio com um trovão a seguir. Logo depois, um clarão intenso iluminou o interior da caverna e Helen perdeu os sentidos, sorte não ter se posicionado sobre pontas cortantes, salvo um corte no braço esquerdo sem muita gravidade, quando caiu para o lado.
Quando voltou a si, já estava escuro e o tempo já estava mais calmo. O ferimento no braço não era motivo de preocupação, nada como uma boa limpeza do local quando chegasse a casa. Resolveu sair devagar até se recuperar do choque. Viu um grande tronco partido a poucos metros da entrada e deduziu que um raio muito forte atingiu a arvore que estava logo acima da caverna. Fora partida em várias partes pela força da natureza, era uma grande arvore muito frondosa.
Agarrava-se com afinco nas arvores ali na encosta. Ainda tremula sentia que avançava rumo ao patamar que a levaria a estreita estrada de terra, dali iria para sua casa onde seus pais certamente já estavam desesperados pela demora da filha em chegar. Sabia que ela havia ido explorar uma pequena mata a procura de plantas ornamentais, um gosto sabidamente conhecido por muitos.
Vez ou outra caia um pingo de chuva, por isso precisava acelerar o passo antes que começasse a chover novamente. Helen acreditava em um milagre pelo fato