As Aventuras De Gago: O Caminhoneiro
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As Aventuras De Gago - José Antonio Vieira
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As Aventuras de Gago: O Caminhoneiro
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José Antonio Vieira – Aventuras de Gago O Caminhoneiro
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Dedico este livro a meus irmãos e sobrinhos.
José Antonio Vieira, mineiro de Bom Jesus da penha.
Reside em São Carlos - SP
José Antonio Vieira – Aventuras de Gago O Caminhoneiro
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José Antonio Vieira – Aventuras de Gago O Caminhoneiro
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José Antonio Vieira
As Aventuras de Gago: O Caminhoneiro Primeira Edição - 2012
Registro 461313
Livro 868 - Folha 16 FBN
José Antonio Vieira – Aventuras de Gago O Caminhoneiro
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Retrata a saga de uma família de origem humilde. Com muito trabalho e perseverança conseguiu atingir objetivos impensáveis, antes de ter um projeto de vida.
Aventuras fazem parte daqueles que tem a missão de irrigar a economia, transportando mercadorias para todos os rincões deste país.
José Antonio Vieira – Aventuras de Gago O Caminhoneiro
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José Antonio Vieira – Aventuras de Gago O Caminhoneiro
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Agosto de 1950, vinha ao mundo no pequeno lugarejo de Minas chamado de Romaria, no triangulo mineiro, o filho de Rômulo e Marta. Um pequeno lugar famoso pela festa de Nossa Senhora da Abadia.
Era uma tarde chuvosa em que a parteira Francisca estava molhada de respingar, não teve tempo de se agasalhar com alguma roupa seca, pois, Lázaro quis vir ao mundo muito rápido. Francisca estava aliviada porque ainda chegou a tempo de virar a criança de posição e facilitar o parto. Um chorinho inundava o ambiente, Rômulo e Marta estavam muito felizes.
Selma, a filha de Francisca, chegava com uma muda de roupa sequinha, foi um alivio.
A parteira foi se despedir de Marta, depois de se trocar, e se emocionou vendo aquela criança sugando o José Antonio Vieira – Aventuras de Gago O Caminhoneiro
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peito da mãe, com uma calma natural de uma criança que bebe o líquido milagroso.
─ Francisca somos muito gratos a você, porque não sabemos o que poderia ter acontecido se Rômulo não a tivesse achado logo, disse Marta.
─ Acredito na providencia dona Marta, as coisas se encaminharam para que este menino viesse ao mundo sem problemas, agora ele tem uma vida pela frente e peço a Deus que ele continue forte e a senhora se recupere logo.
─ Francisca, o meu marido logo irá a sua casa para acertar o seu trabalho.
─ Não se preocupe Dona Marta, não tem pressa.
Era apenas um pequeno povoado calcado na agricultura de subsistência, as pessoas viviam com muito pouco e parecia não faltar quase nada, a solidariedade entre os moradores era muito forte.
A criança crescia forte, a base de alimentação bastante natural, com suas frutas fartas em hortas, do José Antonio Vieira – Aventuras de Gago O Caminhoneiro
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frango caipira e dos ovos, do arroz e do feijão de todos os dias. Somente uma característica deixavam os pais preocupados. Nas suas primeiras palavras, não vinham com
facilidade,
esboçava
com
sofreguidão
e
descompassadas. Outras crianças da mesma idade, já se comunicavam com mais facilidade.
Somente Lázaro parecia ter alguma dificuldade.
Rômulo e Marta resolveram levá-lo a um médico de Uberlândia, onde morava uma irmã casada de Marta.
─ Seu filho é gago, disse o médico para o casal.
─ Mas, doutor, como vamos fazer para curar isto.
Perguntou uma mãe preocupada.
─ Dona Marta, muitas vezes isto desaparece com o tempo. Não se preocupe, o mais importante é que o Lázaro está muito bem de saúde, um tourinho de forte.
─ Poderia ser pior, disse Rômulo, já mais aliviado.
Os anos foram se passando e a gagueira de Lázaro não diminuía. Muitas vezes era motivo de riso por parte de seus amigos e amigas. Havia gente da ala feminina José Antonio Vieira – Aventuras de Gago O Caminhoneiro
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que não se importava com isto, afinal era um rapaz de muitos atrativos físicos.
Muitas vezes era motivo de briga com seus colegas de escola e normalmente o desafeto levava o pior, porque Lázaro era bom nas rasteiras e gravatas. Somente o desavisado provocava uma contenda com ele devido a esta particularidade.
Os professores tinham uma infinita paciência com ele, dando um tempo maior nas suas colocações. Era uma pessoa benquista por todos. Chegavam a dizer para ele que muitos personagens importantes da história mundial eram gagos, não atrapalhando nos objetivos finais.
Lazaro lia, mas, não se sentia atraído por esta prática. Ficava pensando sobre o que fazer no futuro, afinal já estava terminando a quarta série ginasial e se quisesse continuar os estudos precisaria se mudar dali.
Não foi nenhuma surpresa quando Rômulo, seu pai, informou a sua família que iriam se mudar para José Antonio Vieira – Aventuras de Gago O Caminhoneiro
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Uberlândia.
Conseguiu
um
emprego
numa
transportadora.
Marta aceitou com facilidade esta mudança porque sua irmã mais velha morava naquela cidade, elas se davam muito bem.
Uma cidade com futuro promissor devido a sua posição estratégica. Um elo de ligação para diversas regiões do país, especialmente entre o sul e norte, passando pelo centro oeste.
O Centro Oeste explodia em desenvolvimento.
Brasília era o agente catalisador. A estrada Belém Brasília se consolidava, assim como a Brasília Acre.
Uma casa simples na periferia da cidade era o suficiente para irem levando a vida. Rômulo deu um jeito de arrumar um trabalho para o filho como empacotador na própria empresa onde trabalhava, somente depois do serviço militar teria um salário melhor. Não faltava muito tempo para isto.
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Dentro da empresa era pau para toda obra. Faltava um empregado lá estava o gaguinho substituindo, como muitos diziam. No começo, havia caçoadas e foram diminuindo ao longo do tempo. O gaguinho impunha respeito com seu físico avantajado. O dono da empresa mostrava-se impressionado com o trabalho de pai e filho, gente de berço, dizia.
O tempo foi passando e chegou o momento de Lázaro, o gaguinho, de fazer o serviço militar.
Temporariamente a empresa ficaria sem aquele empregado exemplar.
Não é preciso dizer que o sargento encasquetou com o homem logo no primeiro dia de apresentação. Um homem truculento que achou que o recruta estava gozando na cara dele.
No final do dia, percebeu que aquele recruta era diferente dos outros, teriam de se adaptar. Contrariando a lógica foi se transformando no peixinho do sargento, José Antonio Vieira – Aventuras de Gago O Caminhoneiro
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como o arauto das mobilizações. Era cômico presenciar a cena do gaguinho transmitindo as ordens do sargento.
Os mais críticos diziam que no caso de guerra seriam trucidados pelo inimigo, caso o gaguinho fosse o porta voz do avanço. Quando viesse a ordem de atirar já teriam levado tiro.
Ele conquistava a todos com sua simpatia e a disponibilidade para encarar qualquer serviço em que a força fosse o diferencial. Apenas era gago.
No termino do serviço militar, a solenidade de entrega dos certificados de reservistas não contou com os préstimos de gaguinho, por motivos óbvios. A solenidade extrapolaria o tempo de duração.
Lázaro voltou a trabalhar na mesma empresa de antes, na sua habitual ocupação de empacotador. O dono ficava a pensar para onde seria deslocado para se desenvolver mais dentro da empresa. Um dia vendo os caminhões se movimentando no pátio, teve um estalo nas ideias. O gaguinho poderia ser um motorista da empresa.
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─ Lázaro estou pensando em custear para você uma carteira de habilitação pra veículos de transporte, o que acha.
─ Bem, Sr Jorge, eu aceitaria de bom grado. Sempre é uma satisfação em servir a empresa onde a gente se dar melhor. Se quiser começo as aulas logo que possível.
─ A nossa secretária vai entrar em contato com autoescolas e volta a falar contigo. Combinado.
─ Combinado, Sr. Jorge e