O Filhote
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O Filhote - José Antonio Vieira
O F I L H O T E
Registro
461313
Livro 868
Fl.
16
FBN
O Filhote José Antonio Vieira, mineiro de Bom Jesus da Penha.
Reside em São Carlos - SP
J. A. Vieira
3
O Filhote
J. A. Vieira 5
O Filhote No inicio dos anos 60, o tempo amanhecera
chuvoso na pequena cidade de Itaguaru, no Estado de Goiás.
A Senhora Cândida, parteira de longa data estava no inicio da rua 14, próxima da praça central, onde hoje existe uma homenagem a bíblia, um grande
livro
de
concreto,
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minuciosamente elaborado, certamente pela igreja evangélica do lado.
Fora acordada um pouco antes do amanhecer por um garoto de seus 12
anos aproximadamente, para avisar que a dona Neuza entrara em serviço de parto, pedindo que se apressasse.
Foi subindo a única avenida com canteiro central, se protegendo da chuva com uma velha sombrinha estampada com flores já difíceis de serem distinguidas, até o inicio da Rua 14. Uma casa pintada a um bom
O Filhote tempo, parecendo ser de uma cor próxima do laranja, e escura em alguns pontos onde havia pouca vedação das telhas.
Abriu vagarosamente o pequeno portão de madeira, que dava acesso a uma varanda de alguns metros, unindo a cozinha e a casa propriamente dita.
A
cozinha
com
formato
retangular coberta unicamente por telhas de barro. Junto á parede de um cômodo lateral ficava o fogão a lenha,
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já com uma chaleira com água a esquentar.
Ali
estava
a
Esmeralda,
empregada antiga da casa.
Conversaram rapidamente sobre o estado de dona Neuza, procurando se lembrar do necessário para fazer um parto mais seguro. Bastante água quente, panos brancos bem lavados e passados, uma tesoura e pequena faca bem afiadas, já em processo de esterilização numa vasilha com água fervendo.
O Filhote Uma agulha de costurar saco, daquelas que passa até cordões pela haste e uma linha de costura resistente também estava a sua disposição, em caso de dar um pequeno corte para facilitar a saída da criança, raramente era preciso, mas, cada parto é um parto.
Caminhando com cuidado pela varanda
molhada,
com
piso
de
vermelhão, passando em frente do cômodo da despensa e outro contíguo, onde havia um pequeno sofá e uma
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cristaleira do outro lado. No final da varanda, um pequeno lavabo, e ao lado a porta de entrada da casa com um pequeno degrau.
Estava destrancada, e no piso de vermelhão um pequeno tapete para enxugar os pés. Dali uns três metros uma pequena escada com três degraus que daria acesso a uma pequena sala e dali ao quarto onde estava dona Neuza e seu marido, o Sr. Sebastião.
O Filhote Alguns
vasilhames
estavam
colocados em alguns pontos onde havia goteiras, porque o telhado já era muito velho, não havendo laje de cimento, mas, sim tabuas pregadas na madeira acompanhando a declividade do telhado. O Sr. Sebastião ali segurando as mãos de sua esposa, conversando com dona Cândida sobre o trabalho de parto. Gentilmente, Dona Cândida pediu para ele sair porque dali em diante caberia a ela acompanhar o parto.
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Alguns
minutos
depois
Esmeralda foi avisada para trazer a água
quente
e
os
apetrechos
necessários. Uma hora depois, a casa ganhara
mais
um
morador,
o
Dilermando, cabeludinho na expressão de Esmeralda e forte de pulmões, já inundando a casa com o choro por mais leite do peito.
Enquanto isso, em Porangatu, outra cidade do interior goiano, uma criança recém nascida fora colocada
O Filhote envolta em um pano, na porta de entrada da casa da Sra. Emerenciana, próximo das 22 h, quando havia pouca gente na rua. O Sr. Joaquim, o marido, ouviu um choro quando passou pela sala indo à direção do banheiro.
Pensou tratar-se de miado de gata quando está no cio. Voltando ouviu novamente e parou para ouvir melhor, não teve dúvida, parecia mais um choro de criança recém nascida.
Destrancou
a
porta
e
abriu-a
vagarosamente, tudo estava escuro,
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ainda mais que a lâmpada do poste de frente a sua casa havia queimado. Já ia fechar quando ouviu novamente o choro e olhou para baixo, parecia um embrulho parcialmente iluminado pela luz da sala. Agachou-se e viu que era um bebê de poucas horas de nascido, chamou por Emerenciana.
A policia procurou saber a quem pertencia a criança, mas, foram infrutíferas as investigações, enquanto isso, Emerenciana cuidava da criança, ajudada por uma mãe boa de leite que
O Filhote recentemente havia dado à luz. Era uma
menina