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O Filhote
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E-book99 páginas56 minutos

O Filhote

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Sobre este e-book

A luta sem trégua entre o pescador e um dos mais belos peixes da fauna brasileira. Um troféu destinado a pessoa mais amada.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento21 de fev. de 2013
O Filhote

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    O Filhote - José Antonio Vieira

    O F I L H O T E

    Registro

    461313

    Livro 868

    Fl.

    16

    FBN

    O Filhote José Antonio Vieira, mineiro de Bom Jesus da Penha.

    Reside em São Carlos - SP

    J. A. Vieira

    3

    O Filhote

    J. A. Vieira 5

    O Filhote No inicio dos anos 60, o tempo amanhecera

    chuvoso na pequena cidade de Itaguaru, no Estado de Goiás.

    A Senhora Cândida, parteira de longa data estava no inicio da rua 14, próxima da praça central, onde hoje existe uma homenagem a bíblia, um grande

    livro

    de

    concreto,

    J. A. Vieira 7

    minuciosamente elaborado, certamente pela igreja evangélica do lado.

    Fora acordada um pouco antes do amanhecer por um garoto de seus 12

    anos aproximadamente, para avisar que a dona Neuza entrara em serviço de parto, pedindo que se apressasse.

    Foi subindo a única avenida com canteiro central, se protegendo da chuva com uma velha sombrinha estampada com flores já difíceis de serem distinguidas, até o inicio da Rua 14. Uma casa pintada a um bom

    O Filhote tempo, parecendo ser de uma cor próxima do laranja, e escura em alguns pontos onde havia pouca vedação das telhas.

    Abriu vagarosamente o pequeno portão de madeira, que dava acesso a uma varanda de alguns metros, unindo a cozinha e a casa propriamente dita.

    A

    cozinha

    com

    formato

    retangular coberta unicamente por telhas de barro. Junto á parede de um cômodo lateral ficava o fogão a lenha,

    J. A. Vieira 9

    já com uma chaleira com água a esquentar.

    Ali

    estava

    a

    Esmeralda,

    empregada antiga da casa.

    Conversaram rapidamente sobre o estado de dona Neuza, procurando se lembrar do necessário para fazer um parto mais seguro. Bastante água quente, panos brancos bem lavados e passados, uma tesoura e pequena faca bem afiadas, já em processo de esterilização numa vasilha com água fervendo.

    O Filhote Uma agulha de costurar saco, daquelas que passa até cordões pela haste e uma linha de costura resistente também estava a sua disposição, em caso de dar um pequeno corte para facilitar a saída da criança, raramente era preciso, mas, cada parto é um parto.

    Caminhando com cuidado pela varanda

    molhada,

    com

    piso

    de

    vermelhão, passando em frente do cômodo da despensa e outro contíguo, onde havia um pequeno sofá e uma

    J. A. Vieira 11

    cristaleira do outro lado. No final da varanda, um pequeno lavabo, e ao lado a porta de entrada da casa com um pequeno degrau.

    Estava destrancada, e no piso de vermelhão um pequeno tapete para enxugar os pés. Dali uns três metros uma pequena escada com três degraus que daria acesso a uma pequena sala e dali ao quarto onde estava dona Neuza e seu marido, o Sr. Sebastião.

    O Filhote Alguns

    vasilhames

    estavam

    colocados em alguns pontos onde havia goteiras, porque o telhado já era muito velho, não havendo laje de cimento, mas, sim tabuas pregadas na madeira acompanhando a declividade do telhado. O Sr. Sebastião ali segurando as mãos de sua esposa, conversando com dona Cândida sobre o trabalho de parto. Gentilmente, Dona Cândida pediu para ele sair porque dali em diante caberia a ela acompanhar o parto.

    J. A. Vieira 13

    Alguns

    minutos

    depois

    Esmeralda foi avisada para trazer a água

    quente

    e

    os

    apetrechos

    necessários. Uma hora depois, a casa ganhara

    mais

    um

    morador,

    o

    Dilermando, cabeludinho na expressão de Esmeralda e forte de pulmões, já inundando a casa com o choro por mais leite do peito.

    Enquanto isso, em Porangatu, outra cidade do interior goiano, uma criança recém nascida fora colocada

    O Filhote envolta em um pano, na porta de entrada da casa da Sra. Emerenciana, próximo das 22 h, quando havia pouca gente na rua. O Sr. Joaquim, o marido, ouviu um choro quando passou pela sala indo à direção do banheiro.

    Pensou tratar-se de miado de gata quando está no cio. Voltando ouviu novamente e parou para ouvir melhor, não teve dúvida, parecia mais um choro de criança recém nascida.

    Destrancou

    a

    porta

    e

    abriu-a

    vagarosamente, tudo estava escuro,

    J. A. Vieira 15

    ainda mais que a lâmpada do poste de frente a sua casa havia queimado. Já ia fechar quando ouviu novamente o choro e olhou para baixo, parecia um embrulho parcialmente iluminado pela luz da sala. Agachou-se e viu que era um bebê de poucas horas de nascido, chamou por Emerenciana.

    A policia procurou saber a quem pertencia a criança, mas, foram infrutíferas as investigações, enquanto isso, Emerenciana cuidava da criança, ajudada por uma mãe boa de leite que

    O Filhote recentemente havia dado à luz. Era uma

    menina

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