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Agora Eu Sou A Lei
Agora Eu Sou A Lei
Agora Eu Sou A Lei
E-book490 páginas3 horas

Agora Eu Sou A Lei

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Sobre este e-book

Esta história conta sobre um delegado que após reunir provas contra um morador de uma cidade de nome Nardecity, e após uma estratégia, consegue prendê-lo; ele é filho do mais rico fazendeiro da região e, apesar disso, optou por trilhar o caminho do crime, praticando, juntamente com sua quadrilha, assaltos a bancos, roubos e assassinatos, inclusive o sequestro da jovem esposa do delegado; mas esse morador, esse bandido, consegue fugir da prisão e o delegado sai à sua procura disposto a trancafiá-lo novamente numa cela a fim de ser julgado.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de ago. de 2016
Agora Eu Sou A Lei

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    Pré-visualização do livro

    Agora Eu Sou A Lei - Sérgio Toffoletto

    AGORA EU SOU A LEI

    Autor: Sérgio Toffoletto

    Sumário

    AGORA EU SOU A LEI .................................................................. 1

    Autor: Sérgio Toffoletto .................................................................... 1

    AGORA EU SOU A LEI .................................................................. 3

    Primeira parte .............................................................................. 3

    Segunda parte ............................................................................. 11

    Terceira parte.............................................................................. 36

    Quarta parte ................................................................................ 52

    Quinta parte ................................................................................ 71

    Sexta parte .................................................................................. 89

    Sétima parte .............................................................................. 103

    Oitava parte .............................................................................. 123

    Nona parte ................................................................................ 132

    Décima parte ............................................................................ 157

    Décima primeira parte............................................................... 169

    Décima segunda parte ............................................................... 182

    2

    AGORA EU SOU A LEI

    Primeira parte

    Eram cinco montanhas enfileiradas, uma pequena cordilheira;

    em uma dessas montanhas, a menor, e que estava numa das

    pontas, no sopé da mesma, havia um buraco, mais ou menos

    largo, escavado, de feitio informe, chamado de entrada por

    quem conhecia o lugar, e eram poucos os que o conheciam, e

    esses poucos se referiam ao lugar como a mina, pois ali em

    tempos anteriores havia tido uma mina do precioso metal

    chamado ouro, mas que agora esse ouro, pelo jeito, devia ter-se

    exaurido, dando ao lugar um aspecto de abandono, mas havia

    uma pessoa que acreditava que ali naquela mina ainda houvesse

    ouro; era um fazendeiro, cujas terras se limitavam próximas à

    essa montanha onde ficava a mina, e tanto a montanha como a

    mina situavam-se em terras pertencentes ao governo, que nem

    cogitava haver ali uma mina e muito menos ouro, por isso esse

    fazendeiro se apossara da mesma, e designara quatro de seus

    empregados para a explorarem, e três deles saiam no momento

    de lá de dentro, e vinham conversando; eram ainda jovens, e já

    há algum tempo estavam trabalhando lá, escavando, raspando,

    verificando, à cata de algum indício de ouro, mas tudo em vão, o

    ouro que devia ter sido em boa quantidade, dele não existia nem

    vestígio.

    -Eu acho que o nosso trabalho está terminado, definitivamente aí

    dentro não tem mais ouro algum! disse um deles, um loiro.

    -É, o patrão pode desistir e deixar de gastar dinheiro à-toa! disse

    um outro, um ruivo.

    -E o Aristeu? ele ficou lá dentro fazendo o quê? disse o loiro.

    3

    -Não sei, ele sabe que não tem mais ouro aí, talvez esteja se

    despedindo da mina! disse um outro, um baixinho.

    -Oi, Aristeu! como é que é, você vem ou não vem? gritou o

    ruivo.

    -Só mais um minutinho, e eu já vou sair! falou lá de dentro, o tal

    de Aristeu.

    -Você já sabe onde nos encontrar, não é? no bar Mirante, vamos

    refrescar a goela! disse o baixinho.

    Eles foram até onde tinham deixado os cavalos, montaram e

    seguiram em direção à cidade, que ficava localizada mais

    adiante, uma cidade igual a muitas outras do centro-oeste, bem

    no meio de um extenso vale, que se estendia por muitos

    quilômetros, era constituída por uma rua principal, onde

    funcionava uma agência bancária, duas barbearias, duas

    estrebarias, casas de comércio que vendiam quase de tudo, e

    algumas outras lojas; essa rua ía de um extremo a outro da

    cidade, com algumas ruas transversais, que em épocas de chuvas

    se transformavam num grande lamaçal, e em épocas de seca

    num tremendo poeirão; as calçadas das vielas eram de terra, e

    nivelavam-se com as ruas; na rua principal eram de madeira, e

    ficavam um pouco acima do nível da rua; numa das vielas ficava

    a delegacia, num prédio térreo, com quatro celas e uma saleta,

    onde ficava a mesa do delegado, um homem de seus cinqüenta e

    poucos anos, e que encarava a sua profissão com muita

    seriedade e muito rigor, mas que quase não precisava pôr em

    prática essa seriedade e esse rigor, pois não tinha muito o que

    fazer quanto às transgressões da lei e da ordem, os cidadãos em

    sua maioria eram pacíficos, gente de paz, a não ser alguns

    bêbados, alguns desordeiros, e de vez em quando uma troca de

    tiros, um duelo entre dois que se desentendiam num jogo de

    cartas ou por causa de alguma mulher, geralmente um deles

    acabava morto, e o delegado não tinha outra coisa a fazer a não

    4

    ser mandar que seus auxiliares, dois rapazes fortes, musculosos,

    altos, recolhessem o corpo e o levassem para ser enterrado;

    quanto ao que matara, era dispensado sem maiores

    conseqüências, visto que tudo tinha acontecido diante de

    testemunhas, e que fora um caso, pode-se dizer, matar ou

    morrer, ou então em legítima defesa, e se ao invés de morrer um

    deles ficasse apenas ferido, o delegado solicitava a presença do

    médico, havia um na cidade, para ver o que era possível fazer.

    Algumas vezes o tiroteio acontecia dentro do bar, e os motivos

    eram quase sempre os mesmos, num jogo de cartas ou por causa

    de uma mulher, ou então entre vaqueiros pertencentes a

    fazendas diferentes, que discutiam por qualquer besteira; nos

    arredores da cidade havia algumas fazendas que se dedicavam

    principalmente à criação de gado, e sítios com produção

    agrícola; o bar situava-se no primeiro quarteirão da rua

    principal, que fazia esquina com a viela onde se encontrava a

    delegacia, constava de dois pavimentos, o térreo amplo,

    espaçoso, onde funcionava o serviço de bar, um salão extenso,

    com muitas mesas, um balcão comprido aonde eram servidas as

    bebidas, e para quem quisesse, também um tira-gosto; na parte

    da frente que dava para a rua principal havia uma larga porta de

    entrada; o segundo pavimento continha vários quartos

    destinados a algum ou alguns eventuais hóspedes, e que também

    serviam de alojamento para dez mulheres, jovens, contratadas

    para darem entretenimento aos freqüentadores do bar; nesse

    segundo pavimento havia uma sacada de frente para a rua; o

    nome desse estabelecimento era Bar e Hotel Mirante, seu

    proprietário chamava-se Miroslavo, mas todos o tratavam por

    Miro, onde justamente nesse instante entravam os três que

    vinham da tal mina no sopé da pequena montanha, e um deles, o

    ruivo dizia:

    5

    -O Aristeu é teimoso mesmo, não sei o que ele fica fazendo

    naquela mina, procurando o que não tem!

    -Ele é um sonhador, talvez pense que de repente vai brotar ouro

    aos montes! disse o loiro, rindo.

    -Oi, Mao Chang, põe uísque e cerveja ai pra nós! pediu o

    baixinho.

    Esse Mao Chang era um chinês que servia no balcão, era o

    único chinês da cidade, ninguém sabia de que parte da China ele

    tinha vindo, e como viera parar ali, quase nunca falava e quando

    o fazia, se limitava a apenas, non shabê mas ria muito, ou

    melhor, sorria com muitas mesuras, e usava sempre uma roupa

    que todos diziam parecer um pijamão, mas era o vestuário

    característico dos chineses, porém ele não tinha o tradicional

    rabicho.

    Os três amigos tomaram as bebidas e iam se retirando quando

    ouviram o som de um piano e vozes femininas entoando uma

    cançoneta que dizia, "nós somos mulheres aptas, para o amor e

    o labor nós somos mulheres aptas, servimos e divertimos";

    eram as mulheres do bar, que em volta do piano, manuseado por

    um negro, jovem e risonho, cantavam esses versinhos antes de

    iniciarem o atendimento aos fregueses, eram dez mulheres,

    todas ainda novas, bonitas, com exceção de uma, que também

    era bonita, mas não tão nova, que se intitulava a chefa,

    responsável pelas outras, três loiras, quatro morenas, e duas

    ruivas, que tinham chegado à cidade sob o comando da chefa,

    que era amiga do Miroslavo, contratadas para servirem e

    entreterem os freqüentadores do bar, mas sob um rigoroso

    limite, porquanto o Miroslavo tinha uma ambigüidade, ele

    achava que as mulheres podiam entreter os homens, mas não

    podiam se expor à intimidades, isto é, ele admitia o

    comportamento material, a matéria, mas abominava o não

    espiritual, o pecado, e quem devia zelar para que assim fosse,

    6

    era a chefa, o que não era nada fácil, ainda mais num bar, com

    mulheres tão bonitas e com freqüentadores como vaqueiros e

    empregados das fazendas e sítios, os fazendeiros, os sitiantes,

    que só queriam saber de se divertirem, beberem e desfrutarem

    da companhia de tão lindas mulheres, pouco ligando para essa

    crença ambígua do Miro, entre pecado ou não pecado, por que

    pecado mesmo era não se envolverem com mulheres tão bonitas,

    mas tinha um porém, isso era somente dentro do bar, fora dali as

    crenças do Miro, só eram seguidas por aqueles que como ele

    pensavam, por que para os outros de nada valiam e tudo era

    permitido.

    Os três amigos pararam e ficaram ouvindo as mulheres cantarem

    aquela musiqueta, e o loiro falou:

    -Que diacho de música mais esquisita!

    -Eu até agora não entendi o quê quer dizer esse tal de labor e

    apta, que troço será isso? disse o baixinho.

    -E onde será que elas aprenderam o raio dessa música, e dessa

    letra? falou o ruivo.

    -Essa música, se é que se pode chamar isso de música, foi um

    camarada metido a poeta e a músico que ensinou para elas, e

    disse que ficaria muito mais gracioso, foi essa a palavra que ele

    usou, gracioso, se elas cantassem antes de começarem o

    trabalho! falou um sujeito que estava ali perto.

    -E você sabe o quê quer dizer apta e labor? perguntou o

    baixinho.

    -Conforme esse metido a poeta explicou, apta significa hábil,

    capaz, dedicada, e labor significa trabalho! falou o sujeito.

    -E quem é esse camarada, você o conhece? perguntou o loiro.

    -Eu não o conheço, ele ensinou essa musiquinha para a

    mulherada e depois foi embora, naturalmente foi para outras

    cidades ensinar outras mulheres a cantarem a musiquinha! falou

    o sujeito.

    7

    -O delegado devia tê-lo prendido, isto sim! disse o ruivo.

    -A verdade é que a música é uma droga, mas as mulheres têm

    voz bonita e são lindas, vocês não acham? disse o loiro.

    -Principalmente aquela morena de vestido vermelho, tem umas

    belas pernas, é a mais bonita! disse o ruivo.

    -Eu prefiro a ruiva de vestido amarelo, eu até casaria com ela!

    disse o loiro.

    As nove mulheres, como já foi dito, eram mesmo bonitas,

    inclusive a chefa, usavam vestidos de cores variadas, que

    vinham até a altura dos joelhos, um pouco acima, deixando à

    mostra pernas muito bonitas, bem torneadas, usavam sapatos

    com saltos quadrados, que faziam com que rebolassem

    suavemente quando andavam, atraindo os olhares cobiçosos dos

    homens, que as contemplavam embevecidos, como se

    estivessem hipnotizados, e quando a morena de vestido

    vermelho passou perto do ruivo, ele disse:

    -Oi, lindeza, como é que é, vamos fazer um bebê?

    Ela olhou para ele, mediu-o de alto a baixo, deu uma risada e

    falou:

    -Sai pra lá vaqueiro, bebê só pra quem tem muito dinheiro!

    -Ah! é assim, só pra quem tem muito dinheiro? um dia eu vou

    ter, então vou vir procurar você, viu? ele disse.

    -Aí quem sabe né? se eu ainda estiver bonita e disponível, pode

    ser! ela falou, rindo.

    -Tá vendo cara, você não tem dinheiro, ela não quer nada com

    você! disse o baixinho.

    -E muito menos com você baixinho! disse o ruivo.

    -Tudo bem, enquanto não chegar o dia em que vocês vão ter

    dinheiro, vamos tratar de voltarmos para a fazenda, antes que o

    patrão nos mande embora! falou o loiro.

    -É isso mesmo, eu não quero perder o emprego, disse o

    baixinho.

    8

    -E o Aristeu hein! será que ainda está na mina? falou o loiro.

    -Se está ou não está isso é problema dele, ele sabe se cuidar,

    quanto a nós, é melhor voltarmos para a fazenda! disse o

    baixinho.

    Montaram nos cavalos e seguiram em direção à fazenda, lá

    chegando viram o cavalo do Aristeu amarrado junto à porta de

    entrada da casa do fazendeiro.

    -Ué! olha só, o cavalo do Aristeu, ele deve estar conversando

    com o patrão, o que será hein? falou o ruivo.

    Dali a pouco saíram de dentro da casa o Aristeu e o fazendeiro,

    e este dizia:

    -Quando você me trouxer o dinheiro, eu lhe passo a concessão

    da mina!

    -Tudo bem patrão, assim que eu conseguir, lhe trago o dinheiro!

    disse o Aristeu.

    Ele foi para onde tinha deixado o cavalo e lá encontrou os

    amigos, que o olhavam admirados, e o ruivo falou:

    -Nós estávamos esperando você aparecer no bar, e você estava

    aqui tratando de negócios com o patrão?

    -É, na última hora eu resolvi vir falar com o patrão! ele disse.

    -E por acaso nós podemos saber do que se trata? perguntou o

    loiro.

    -Podem sim, é que eu resolvi ficar com a mina, falei com o

    patrão, acertamos o preço, e eu agora vou ver se consigo todo o

    dinheiro, é só isso! ele disse.

    -Ora! vejam só! você por acaso achou ouro ou acha que vai

    achar, e quer ficar com a mina só para você? falou o baixinho.

    -Não, não é nada disso, eu não achei ouro nenhum, mas eu

    quero ficar com a mina, porque para alguma coisa ela deve

    servir! falou o Aristeu.

    -E o que é que você acha que a mina serve para quê? perguntou

    o loiro.

    9

    -Ainda não sei, mas vou pensar, agora o que eu preciso é

    arrumar o dinheiro! ele respondeu.

    -E para quem você vai pedir? no Banco eu sei que não é, por

    que você não tem garantia, para nós muito menos, porque nós

    não temos, então para quem? perguntou o baixinho.

    -Eu estou pensando em pedir para os meus primos, não sei se

    eles têm, mas não custa tentar, não é? ele respondeu.

    Nisso eles ouviram alguém gritar:

    -Ei vocês aí, parem de prosear e vão trabalhar, por que tem

    muito serviço para fazer!

    Era o capataz da fazenda quem assim falava, era um sujeito de

    estatura mediana, fisicamente avantajado, braços musculosos,

    rosto quadrado, que ele fazia questão de trazer sempre bem

    escanhoado, olhos pretos, que pareciam estar constantemente

    vigilantes, um revólver colt de seis balas pendia um pouco

    abaixo de sua cintura, pronto para ser sacado, se necessário, e

    ele era bom nisso; seu nome era Santo, mas como muitos dos

    que o conheciam, diziam veladamente, à boca pequena, "de

    santo só tem o nome, por que no resto, é um verdadeiro diabo";

    além de capataz, ele atuava também como guarda-costas do

    fazendeiro, e um detalhe, não usava chapéu, desses que

    geralmente todo vaqueiro usa; para cobrir a cabeça ele usava

    boné, tinha cinco deles, três de couro, pretos, e dois de pano,

    cinzas.

    10

    Segunda parte

    O fazendeiro, de nome Dalmo, era um homem já passando da

    meia idade, estatura um pouco mais alta do que a mediana,

    magro, rosto até que simpático, mas pelos contornos da boca e

    pelo jeito de olhar fixamente seu interlocutor, podia-se deduzir

    claramente que era de índole enérgica e decidida, que perguntou

    para o capataz:

    -O Douglas já se levantou?

    -Acho que ainda não, ontem ele veio para casa um pouco mais

    tarde!

    -Esse um pouco mais tarde, você quer dizer de madrugada, não

    é? disse o Dalmo.

    -A que horas exatamente não sei, mas acho que passava um

    pouco mais de meia noite! falou o Santo, tentando amenizar.

    -Tudo bem, ele ainda é jovem, precisa aproveitar a vida, mas

    precisa também se dedicar mais aos negócios da fazenda, afinal

    de contas isto tudo algum dia vai ser dele, e ele vai ter que estar

    preparado para assumir! disse o Dalmo.

    -Eu espero ainda estar por aqui, se ele precisar de minha ajuda!

    falou o Santo.

    -E o Edgard, já se levantou? perguntou o Dalmo.

    -Ah! com esse o senhor não precisa se preocupar, é um dos

    primeiros a pular da cama! respondeu o Santo, rindo.

    -Interessante como é a natureza, os dois são meus filhos, têm a

    mesma procedência, o mesmo sangue, e no entanto têm

    temperamentos completamente diferentes, o Douglas é

    estourado, impaciente, não tem muito discernimento, brigão, o

    Edgard pelo contrário, é calmo, pensa bem antes de agir, não

    gosta de brigas, apesar de procederem da mesma mãe e do

    mesmo pai! falou o Dalmo.

    11

    -É verdade patrão, a dona Regina era uma mulher maravilhosa,

    ponderada, muito calma, todos aqui gostavam muito dela, eu a

    admirava muito! disse o Santo.

    -Foi uma pena ela ter morrido assim tão nova, eu sinto muita

    falta dela, e os rapazes também, mas vamos fazer o quê, não é

    mesmo? esta vida é assim mesmo, um dia estamos aqui, noutro

    dia não estamos mais! falou o Dalmo.

    Quem escutasse os dois, o patrão e o capataz, conversando

    assim sobre assuntos de família, poderia pensar tratar-se de

    pessoas sensíveis,

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