Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

O Encontro Final
O Encontro Final
O Encontro Final
E-book266 páginas3 horas

O Encontro Final

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Filadélfia da Serra é uma pequena comunidade no Interior de Pernambuco. Seu pacatos habitantes convivem em harmonia e levam suas vidas sem atropelos. Mas depois que aquele moleque insolente apareceu, as coisas mudaram um pouco. Mesmo assim, aprenderam a conviver com o estorvo e foram seguindo em frente. O diabo foi quando aquele outro moleque, que poderia muito bem ter ficado quieto em seu canto, resolveu se envolver com o bandido. Aí tudo mudou e todo viveram momentos que jamais haviam imaginado enfrentar um dia. A história de Juvêncio e Ataliba mostra bem como uma escolha errada pode trazer dor e sofrimento.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento25 de set. de 2016
O Encontro Final

Relacionado a O Encontro Final

Ebooks relacionados

Artes Cênicas para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de O Encontro Final

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    O Encontro Final - Fabio Amaral

    Fabio Amaral

    O Encontro Final

    Uma história de vingança e redenção

    © Copyright Fábio Amaral, 2016

    All rights reserved.

    Todos os direitos da obra reservados ao autor

    Revisão e Capa: Fabio Amaral

    Primeira edição - Setembro de 2016

    Segunda edição - Julho de 2019

    Contatos com o autor

    fabaoautor@outlook.com

    fabao1962@gmail.com

    Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança

    com nomes ou fatos reais terá sido

    mera coincidência.

    Prólogo

    O povo ia chegando para a festança. Sabiam que era hora de viver um momento diferente do dia-a-dia de labuta dura, debaixo do sol escaldante, comendo, às vezes, somente aquele feijão com farinha de sempre. Era o dia de experimentar uma carne bem assada, comer frutas à vontade e, claro, tomar muita cerveja e até uma caninha da boa. Era dia de conversar e dar risada.

    O oito de dezembro é uma das datas mais esperadas pela pequena comunidade de Filadélfia da Serra. Dia em que se comemora a padroeira da cidade, Nossa Senhora da Conceição. E é tão popular não só pelo motivo religioso em questão, mas também pelos festejos que, todo ano, reúnem as pessoas em comemorações, missas, procissões e festas cheias de comilanças.

    Na espera pelas festas e comilanças, as pessoas sonhavam com os grandes rega-bofes preparados por alguns fazendeiros e empresários da região. Um dos mais esperados era o da Fazenda Boa Vista, cujo dono era um ex-coronel do Exército que agora vivia de criar gado e vender os produtos fruto dessa atividade.

    Justino Borba abria as porteiras de sua grande propriedade logo pela manhã do dia da padroeira e recebia as pessoas com cordialidade. Tinha comida e bebida a vontade, boa música tocada por sanfoneiros famosos da região e as pessoas passavam um dia de alegria, esquecendo um pouco como era difícil a vida por aquelas paragens.

    E naquele oito de dezembro não foi diferente. Grande parte da população da cidade estava ali reunida, festejando. O Coronel Justino, como era conhecido, passeava tranquilo entre seus concidadãos, conversando com todos, ora ouvindo uma piada de um grupo reunido para rir um pouco, ora escutando o lamento de outros sobre problemas de família. Mas não deixava de dar atenção a ninguém. Nas mesas, arroz, feijão, saladas, farofas e frutas, bem como sucos, refrigerantes e barricas do melhor chope do nordeste. Em três roletes, bois eram assados desde o dia anterior e o cheiro bom do churrasco ia longe, atiçando o estômago e o apetite de quem ia chegando. As famílias entravam na propriedade e iam se assentando em grandes mesas montadas em meio às árvores, com suas sombras ajudando a amenizar o calor intenso daquele canto do sertão nordestino. E assim, o dia da padroeira foi passando, quente e poeirento, um típico dia de final de uma primavera  que prometia trazer mais um verão infernal naquele pedaço castigado de chão.

    Naquele dia, entretanto, ninguém notou ou se importou com a chegada de um certo homem por volta das 3 horas da tarde. Vestindo uma camiseta de um clube de futebol de Recife que parecia feita para alguém um pouco maior que ele, boné preto, calça jeans e óculos escuros, o sujeito se infiltrou entre as pessoas, mas sempre andando perto dos muros, paredes ou parecendo se esconder por detrás dos troncos das árvores. Não cumprimentou ou falou com quem quer que fosse. A impressão era a de que procurava por alguém.

    O dono da fazenda, homem rico e invejado, já tivera vários tipos de problemas e havia arrumado encrencas as mais diversas, por isso, apesar do apreço que recebia por parte da população da cidade, colecionava inimigos e não faltava quem quisesse ver sua caveira sequinha pendurada numa árvore. Por isso, tinha o cuidado de manter um séquito de seguranças que o mantinham a salvo de tais ameaças.

    E foi um desses seguranças, um rapaz com seus pouco mais de vinte anos, quando saia de um dos banheiros junto a um galpão, que percebeu a figura sinistra se esgueirando pelos cantos e sombras da fazenda. Passou o rapaz a seguir o elemento sem se deixar perceber, tentando descobrir quais seriam suas intenções.

    O coronel Justino, já no final da tarde, se encontrava sentado na ponta de um longo banco de madeira que circundava uma das enormes mesas onde dezenas de pessoas ainda comiam e bebiam refrigerantes e cervejas e conversavam animadamente. Dois dos seus homens estavam há cerca de cinco metros dele, também conversando e tomando umas. Ninguém, àquela altura, imaginava que pudesse acontecer algo de errado. Antes do anoitecer as pessoas começariam a ir embora e mais um dia de festa terminaria satisfatoriamente. Mas o jovem capanga, desconfiado com a suspeita atitude daquele estranho tardiamente chegado à festança, continuava a segui-lo. E viu quando o homem se escondeu atrás de uma árvore e passou a observar as pessoas que estavam junto à grande mesa onde se encontrava seu patrão.

    Há poucos metros do local, o jovem se apressou e, já segurando seu revólver junto à perna, abordou o estranho pelas costas.

    — O amigo tem algum assunto especial para tratar com alguém aqui, perguntou o rapaz.

    O estranho se retesou. Demorou alguns segundos para se virar e ver quem o inquiria. Devagar, com feição séria, mas sem demonstrar medo, tirou os óculos, continuando a fitar seu oponente bem nos olhos.

    O jovem segurança, boquiaberto e pasmo, só conseguiu pronunciar uma palavra:

    — Você?????!!!!

    1

    Juvêncio tornou-se respeitado como poucos na pequena Filadélfia da Serra, Interior de Pernambuco. E demorou muito para conseguir seu intento. E mais que isso, com o tempo, passou de respeitado a temido, já que nunca esqueceu o que aquele povo pobre e infeliz havia lhe feito. Naquele longínquo local, perdido no mundo, todos os membros da comunidade de pouco mais de dois mil habitantes sabiam que quem não era amigo de Juvêncio era amigo do capeta e por isso, tinha seu lugar garantido sete palmos abaixo da terra no cemitério municipal Bom Jesus do Vá com Deus se fizesse algo que realmente lhe desagradasse.

    Depois de todas as agruras que a vida lhe impôs quando menino, acabou conseguindo o respeito que ele, ainda um jovem sem rumo, sonhara encontrar um dia, e não perdeu a oportunidade de esfregar tudo na cara de quem o rejeitara um antes.

    Histórias e mais histórias se contam na região sobre as proezas, maldades e heroísmo praticados por ele. A maioria não passa de boataria contada por aquela gente pobre, que na maioria das vezes não tem é nada pra fazer, a não ser ficar inventando e aumentado fatos que ocorreram pela região. Tempos duros, onde quem podia mais chorava menos. Tudo culpa de um povo besta, ignorante, que morria de medo de tudo. Mas também, num lugar danado daquele, esperar o que?

    E foi ali que ele nasceu, filho de família pobre, mesmo porque não havia sequer uma família rica no lugar. O menino era o mais novo de um batalhão de oito filhos de Teodoro Sabino da Silva e Salustiana, sua esposa, conhecida como dona Salita.

    Juva, como era chamado carinhosamente pelos parentes, era o xodó da casa. Na infância, corria pelado atrás das galinhas do quintal, brincava na terra seca e não sabia nada sobre maldade, violência, mentira ou traição. Era a perfeita imagem da inocência numa criança como tantas outras ali. O pai, apesar da grande prole, dedicava igual carinho e proteção a todos, e com Juva não era diferente. Era o menino macho do velho Teodoro. E no meio desta simplicidade e pobreza, Juvêncio foi crescendo e absorvendo tudo o que aquele tipo de vida lhe impunha pela frente. Morava numa casinha miúda, tão cheia de buracos no teto, que ele já conhecia de cor todas as estrelas do céu.

    Teodoro, com seus cinquenta e tantos anos, tinha saúde debilitada e já não andava bem das pernas. Queria trabalhar na roça, fazer a colheita. Mas isso dependia da chuva. E lá chovia tão pouco. Por isso, criava galinhas, que levava três vezes por semana pra vender na feira do centro da cidade. Cidade pobre. Parecia que todo mundo estava lá, tentando vender alguma coisa pra sobreviver. Dinheiro que é bom... Teodoro quase sempre acabava voltando pra casa com as galinhas. Juvêncio não aguentava mais comer galinha. Era coxinha de galinha no almoço, asinha de galinha no jantar, ossinho de galinha pra brincar. E quando reclamava, ainda levava uns pescoções do pai, que dizia:

    — Então vai comer tijolo, fidumapeste!

    A mãe de Juva, dona Salita, cuidava dos oito rebentos com carinho e dedicação. Pela ordem eram Jeremias, Geraldo, Getúlio, Gracinha, Teodoro Junior, Ivete, Maria das Graças e Juvêncio. Os dois mais velhos haviam partido há anos para tentar a vida no Sul. Jeremias trabalhava na construção civil em São Paulo. Geraldo estava preso no Rio de Janeiro por roubo a banco.

    Quando aconteceu a partida dos dois, o sonho da família era bem claro: um dia ir viver na cidade grande, com emprego para todo mundo, levar uma vida decente, diferente da que viviam lá no sertão.

    As cartas recebidas pela família, no início vinham cheias de otimismo. Como tudo é bonito e grande. Isso aqui é o Paraíso. Logo a gente manda passagens e vem todo mundo pra cá.

    Os rapazes se espelhavam nos exemplos que viam de pessoas como eles que, tendo chegado de longe, iam, com todas as dificuldades e com suor de seus rostos, conseguindo se firmar e se tornando parte ativa da vida da metrópole. Ouviam tantas histórias de pessoas que haviam se dado bem em São Paulo, que queriam seguir seus exemplos. O coração cheio de esperança e a força de vontade de conquistar espaços e oportunidades moviam seus instintos.

    O sonho, entretanto, não se consolidou. O excesso de gente, a escassez de empregos e a discriminação sentida na pele acabaram minando a confiança de ambos, sujeitando-os a aceitar qualquer coisa que viesse pela frente, apenas para sobrevive.

    Com o tempo, as cartas foram minguando e as notícias já não eram tão animadoras, sempre falando das dificuldades de viver num lugar onde, na verdade, não havia mais oportunidades como outrora. Uma das últimas correspondências foi exatamente a que trouxe a notícia de que Geraldinho estava preso por ter participado de um assalto. A esperança foi por terra de vez. E a família ficou por lá mesmo, na miséria de Filadélfia da Serra.

    Assim sendo, não restou a Teodoro e sua família outra alternativa a não ser ir tocando a vidinha da forma como sabiam. As filhas e filhos mais velhos ajudavam nas coisas da casa, estudavam numa casa velha e carcomida que servia como escola, ensinados por uma professora aposentada. Ninguém tinha condição de ir estudar na cidade mais próxima, que era Roselândia, onde existia uma escola estadual. A distância era grande e não havia como pagar a condução no dia-a-dia.

    Ali, as famílias plantavam o que conseguia crescer naquele solo duro e seco, alguns um pouco mais ousados iam vender seus produtos nas cidades vizinhas, outros trabalhavam em fazendas ou fábricas de beneficiamento. A maioria, entretanto, vivia mesmo do que o solo oferecia e dos animais que criava. A feirinha do centro de Filadélfia da Serra era o local onde alguns vendiam suas pequenas colheitas, trocavam mercadorias e servia como o ponto onde os moradores se encontravam quase todo dia.

    E era ali que Teodoro Silva, que já não tinha a saúde tão boa devido ao abuso do cigarro e da cachaça na juventude, vendia suas galinhas, sempre acompanhado dos filhos, principalmente do caçula, que adorava aquele movimento. Juvêncio, pela sua pouca idade, era curioso, gostava de ficar ouvindo as conversas dos adultos. Ajudava o pai a carregar os cestos com as penosas e, às vezes, ganhava uma moeda do pai, ficando todo feliz, mesmo sem nem saber onde gastar.

    E foi ali, quando tinha quatorze anos, que Juvêncio conheceu Ataliba Tinhoso, cabra ruim de gênio e de alma, que nem bem tinha completado vinte anos, já aterrorizava a região, andando com um revólver pendurado na cinta e fazendo cara de mau. Diziam que Ataliba era o próprio espírito do capeta. Diziam que roubava mesmo de quem nada tinha. Diziam que matava só pra ver o sangue jorrar. Diziam, diziam e diziam. Resultou que isso despertou a curiosidade de Juva que, ainda despreparado para lidar com as complexidades da vida, sem imaginar que, com o tempo, poderia seguir o mau exemplo dado por este, acabou com ele se envolvendo. E foi o início da perdição de Juvêncio.

    2

    O primeiro encontro entre eles se deu numa manhã quente e seca, como sempre. Teodoro lá estava na feira com suas galinhas. O rapazinho o ajudava quando viu Ataliba chegar à barraca ao lado e, sem a menor cerimônia, tomar o pouco dinheiro que o pobre comerciante ganhara até ali. Todos viram, mas ninguém moveu um só pelo do corpo. O ladrão simplesmente se afastou da cena, como se estivesse andando na sala da própria casa, sem se importar nem um pouco com os olhares que a ele se dirigiam.

    Depois do fato, Juva disse ao pai;

    — Pai, o Ataliba roubou todo o dinheiro do seu Duda! Ninguém vai fazer nada?

    — Fazer o que - disse Teodoro. Esse desgraçado não tem jeito. Bicho ruim dos diabos. Se alguém olhar feio pra ele ainda é capaz de tomar uns tiros na cara. Fidumaputa.

    E a feira continuou, como se nada tivesse acontecido, mas com seu Duda sem dinheiro, o velho Teodoro revoltado e Juvêncio ardendo de curiosidade.

    Depois da feira, Juva andava perambulando pela cidade quando avistou Ataliba sentado num tronco seco de árvore, ao lado da igreja. Um arrepio de excitação, misturado a certa dose de medo, lhe percorreu a espinha, mas ele não se conteve, indo na direção do ladrão. Chegando, parou a uns cinco metros de distância de Ataliba, onde permaneceu congelado e sem piscar uma vez sequer. O bandido olhou-o de cima a baixo e perguntou;

    — Quer o que, ô pivete?

    Juva se assustou mais ainda com o olhar gelado que lhe impunha o bandido, mas respondeu;

    — Eu vi você roubar o dinheiro do seu Duda hoje, lá na feira.

    — E daí? - retrucou o outro. Você é da polícia e veio me prender?

    — Não, não - disse o rapaz, assustado e lembrando a fama do primeiro. É que eu estava bem ali do lado e vi que ninguém fez nada. Parece que as pessoas têm medo de você. Por quê?

    — Por causa disto aqui - disse Ataliba sacando seu revólver e apontando para o garoto, que quase sujou as calças com o susto. As pessoas têm medo de mim por causa desta merda aqui, que cospe umas pelotinhas de chumbo. E eles sabem que eu não penso duas vezes pra meter fogo num safado qualquer - finalizou, guardando a arma.

    Juvêncio, mais branco que o branco de seus olhos por causa do medo, permaneceu ali, parado diante do assassino, sem dizer palavra.

    — Que foi moleque - perguntou Ataliba. Virou estauta?

    Saindo do transe, Juvêncio se manifestou;

    — Não. É que eu já ouvi falar de você, mas não acreditava no que as pessoas diziam. Pensava que era invencionice delas pra assustar as crianças, quando falam que você mata gente. E também nunca tinha visto um treco deste aí de perto - disse, apontando pra arma.

    Ataliba pegou novamente o revólver e entregou-o ao garoto.

    — Olha. Sente o peso. Mas vira essa porra pra lá.

    Era um revólver calibre trinta e oito preto. Pesado e cheio de balas. Balas que entram no corpo das pessoas. Balas que matam. Juvêncio segurava a arma como quem seguraria um escorpião vivo, como se o revólver pudesse lhe morder e arrancar um dedo.

    — É meu melhor amigo - disse Ataliba. Com ele eu não tenho medo de nada. Enfrento tudo e todos. É mais importante que o ar que eu respiro - completou, tomando a arma das mãos do abobalhado rapaz.

    Para o jovem Juvêncio foi um momento mágico estar ali, frente a frente com aquele que era o mais temido por toda a cidade, até mesmo por seu próprio pai. Ouvir dele mesmo que matava sim, e daí? Poder sentir na mão o instrumento que proporcionava tanto sentimento de poder àquele rapaz, mal saído da adolescência e que, não fosse pela má fama, seria simplesmente mais um coitado a perambular em meio à miséria daquele povo. O poder. O medo. Juvêncio pensou na família, vivendo toda aquela situação de pobreza. Pensou no pai, doente e sem perspectiva, tendo quase que mendigar naquela maldita feira para trazer um mínimo de dignidade àquelas outras almas, que tanto dependiam dele. Pensou na mãe, que com todas as dificuldades do mundo, saindo cedo de casa para buscar água longe e com tantos filhos pra criar, sempre tinha um sorriso no rosto, às vezes disfarçando uma lágrima, e uma palavra de carinho e esperança de que um dia aquilo tudo iria melhorar. Pensou nos irmãos e irmãs, que mesmo tentando ajudar, do modo como era possível, não melhorava muito as coisas. Pensou nos irmãos retirantes, sofrendo ambos, cada um à sua maneira, pela ousadia de tentar

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1