Lennan A Saga De Uma Existencia

De Marcos Faria Martins

Atraves de geracoes e geracoes conta-se... A historia de um jovem campones que morava com sua familia e trabalhava nos campos de lavoura junto com seu pai, um jovem sonhador que nos momentos de negociar a venda dos plantios no mercado local sentia em seu intimo a necessidade de conhecer o mundo e os povos que residiam distante dali, e apos a tragedia que se abateu sobre sua familia deixando somente como sobrevivente o jovem LENNAN, foi entao que decidiu conhecer o mundo e seguir em busca daqueles que lhe causaram dor. Convido voce meu caro leitor a percorrer essa historia em busca de terras e povos distantes, onde esse jovem campones encontrou bem mais do que procurava, deparando-se com uma descoberta de si mesmo, trazendo para o externo a verdadeira realidade do seu ser, um caminho ao desconhecido desfiladeiro da alma.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 22 de dez. de 2016

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Lennan

A saga de uma existência

Entre o Bem e o Mal

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Martins, Marcos Faria

Lennan : a saga de uma existência : entre o bem e o mal / Marcos Faria Martins. --

São Paulo : All Print Editora, 2013.

1. Ficção brasileira I. Título.

13-09527 CDD-869.93

Índices para catálogo sistemático:

1. Ficção : Literatura brasileira 869.93

Marcos Faria Martins

Lennan

A saga de uma existência

Entre o Bem e o Mal

LENNAN – ENTRE O BEM E O MAL

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Prefácio

A ciência e o conhecimento do início de tudo, da existência, a visão clara das coisas e a ideia de mundos e realidade perderam-se nas névoas do tempo, na eternidade pretérita, todavia foram guardados em um cofre escondido na mais profunda caverna da consciência imortal, na mais sombria tristeza de nossa alma.

Como que por misericórdia divina, o Criador assim o fez, propositalmente, para que, no processo de evolução mental e sensorial, assimilássemos o entendimento e o discernimento, por meio da resigna-ção, desenvoltos e aptos a acessar as lembranças do engatinhar e dos primeiros passos do pensamento e do conhecimento.

Dedico esta obra, minhas lembranças, a todos que passaram pela minha vida, e aos mestres, que acreditaram e não desistiram, e tiveram paciência com a imaturidade inata.

Nada podemos fazer para consertar e reparar os erros cometidos no passado e as dores que causa-mos a outros e a nós mesmos, mas viver é preciso, e nos cabe continuar existindo com e contra a natureza, e com e contra os horrores que nós mesmos não nos cansamos de reinventar.

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O homem é sempre mais apto e destro para a destruição do que para a construção. Edificar é peno-so, demorado e cansativo, derrubar é fácil e prazeroso.

Convido-os a percorrer um novo caminho; e preparar um futuro de harmonia e paz e felicidade.

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Sumário

Capítulo I

O início .................................................................................. 9

Capítulo II

Os soberanos ......................................................................... 13

Capítulo III

Épocas sombrias ................................................................... 15

Capítulo IV

Sentimentos contraditórios – libertação e vingança ....... 21

Capítulo V

A marcha da guerra recomeça! .......................................... 31

Capítulo VI

A legião das espadas sangrentas ....................................... 39

Capítulo VII

Lucius: anjo ou demônio? ................................................... 45

Capítulo VIII

A família Belouv .................................................................. 53

Capítulo IX

A iniciação aos segredos dos Hungeres ........................... 55

Capítulo X

Os segredos da legião das espadas sangrentas ............... 65

Capítulo XI

O desejo do último Belouv ................................................. 75

Capítulo XII

A legião do mundo dos sonhos ......................................... 83

Capítulo XIII

O círculo dos Hungeres renasce ........................................ 87

Capítulo XIV

A legião e os seus mistérios ................................................ 91

Capítulo XV

Fim da linhagem Belouv ..................................................... 99

Capítulo XVI

A legião das espadas sangrentas se rende .....................105

Capítulo XVII

Fim de uma longa jornada ................................................113

Capítulo XVIII

Centilak Unificada .............................................................121

Capítulo XIX

Lennan corrompido pelo poder .......................................125

Capítulo XX

Sete anos de trevas .............................................................127

Capítulo XXI

Novas guerras e um rei cansado .....................................131

Capítulo XXII

O despertar no mundo dos sonhos .................................137

Capítulo XXIII

Uma visita ao passado ......................................................149

Capítulo XXIV

Um novo recomeço ............................................................153

O início

apítulo IC

Em uma época muito distante, em um tempo que se me faz estranho, imemorável, misterioso; em um momento em um paralelo temporal de uma di-mensão quase esquecida, que já fora chamada de meu lar, começou a minha história.

Nasci camponês, em uma família simples que vivia da colheita de suas plantações e criação de animais.

Este lar era composto por Afreu, meu pai, um homem envelhecido pelas jornadas diárias da vida no campo, falava pouco, mas quando dizia sempre 9

expressava algo com sabedoria e grandes lições de vida e de esperança.

Handrea, minha mãe, era uma mulher devota ao marido e aos filhos, sempre preocupada com o bem-

-estar de todos. Deixou de viver pra si para que nada faltasse à família; uma mulher de sorrisos, mas por trás de seus lábios se escondia uma enorme dor.

Silka, minha irmã mais velha, ajudava nos serviços domésticos e também auxiliava meu pai na alimentação dos animais.

Cecilli, minha irmã caçula, que no início de sua juventude possuía uma beleza fora do comum que por onde passava chamava a atenção tanto por sua delicadeza quanto por sua simplicidade de tratar a todos com carinho.

E eu, Lennan, segundo filho, muito jovem, forte, com um corpo moldado pelos trabalhos nos campos junto a meu pai e que também na época de colheita levava à cidade o que era produzido em nossas terras para negociar por outros produtos de necessidade de nossa família.

Ao ver pessoas diferentes e cidades sempre vinha em meu íntimo uma vontade de ir embora de casa e viver uma nova vida, mas não podia fazer isso, pois meu velho pai já estava cansado e pensava em quem iria cultivar a terra e cuidar da família. Isso trazia ao meu interior uma frustação, pois eu queria conhecer o mundo, novos locais, novas pessoas, e ficava mais curioso com as coisas que os viajantes me contavam e isso me deixava maravilhado com aquelas ideias, mas logo a realidade me tirava dos meus sonhos.

Neste mundo, onde dei os primeiros passos por muitos séculos, houve guerras que devastaram 10

o planeta e ao perceber isso os lideres que desejam a soberania total resolveram dividi-lo em três partes, em que cada um seria soberano de suas terras e as pessoas que viviam em seus domínios contribuiriam pagando tributos.

As nossas terras ficavam em uma região muito próxima aos limites de divisão de territórios, separados por um grande riacho que cruzava a maior parte dessa região trazendo abundância à vida animal, fartura em alimentos e tornando a nossa vida um pa-raíso, mesmo vivendo constantes ameaças, medo de possíveis guerras e altas cobranças de impostos cole-tadas por nosso soberano.

Assim era a nossa vida neste ambiente que se inicia o desenrolar de grandes tragédias, reconcilia-ções, dores, separações e atos que julgamos ser indi-viduais, mas que afetam a todos e a tudo que está à nossa volta.

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Os soberanos

apítulo IIC

Havia um só governante supremo, o rei Vesunio, que veio a falecer sem deixar herdeiros para assumir o seu lugar e continuar com seu reinado de paz, prosperidade, respeito e crescimento moral de seu povo.

Nessa época, era somente um reino, unificado por esse grande homem. Sob seu comando havia três generais que ajudavam a cuidar do bem-estar do povo.

Balkar era o general mais velho, já cansado, que buscava ficar mais tempo com a sua família, um homem de muita sabedoria que era responsável por incentivar o povo ao estudo de suas origens e conhecimento de seu passado, fazendo com que a evolução fosse constante.

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Manael era um general de muita ambição e, pos-sivelmente, sucessor de Vesunio; era responsável pela saúde do povo, conhecedor da arte da cura e por meio de suas ervas e outras formas de retirar energia da natureza, a fim de cuidar do povo para manter o seu bem-estar.

Já Lucius era o general mais jovem e de muita ambição, rude, forjado nas artes da guerra e com um apetite por violência, era apenas contido por nosso rei, que conseguia lhe colocar razão dentro de sua bestia-lidade sanguinária, responsável por manter a ordem dentro do reino, exercendo as leis estabelecidas, punia aqueles que passavam dos limites e descumpriam os deveres.

Este mundo, há muito tempo esquecido e já não mais existente, permanece apenas na memória dos seres que ali tiveram a felicidade de viver. Centilak, planeta belíssimo com suas florestas, pássaros, flores, céu iluminado por estrelas e um corpo celeste que produ-zia energia em tons de vermelho, lugar este que foi abrigo por muito tempo.

São esses seres e o local que fazem parte desta história que muito me traz sentimentos e lembranças de momentos de dor e poucos dias felizes.

Dentro da criação, tudo tem um motivo e uma razão para existir, mesmo o que nos causa dor, e com o tempo, aprendemos que tudo tem a sua utilidade, que a dor a nós causada foi por nosso orgulho, imaturidade e egoísmo.

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Épocas sombrias

apítulo IIIC

Certo dia, ao me levantar, meu pai veio em minha direção com um olhar perdido no horizonte e me disse:

– Filho, preciso que leve toda a nossa produção e negocie no mercado da cidade.

Relutei e disse-lhe:

– Pai, mas falta ainda uma boa parte a ser colhi-da de nossas plantações, nas próximas semanas, eu vou e já negocio tudo, pois nada nos falta e podemos aguardar até o fim da colheita.

Ele me olhou de uma maneira estranha, um