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O Rapaz com o Dente de Narval: Pessoas Desaparecidas da Gronelândia, #1
O Rapaz com o Dente de Narval: Pessoas Desaparecidas da Gronelândia, #1
O Rapaz com o Dente de Narval: Pessoas Desaparecidas da Gronelândia, #1
E-book100 páginas1 hora

O Rapaz com o Dente de Narval: Pessoas Desaparecidas da Gronelândia, #1

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Sobre este e-book

Quando um rapaz gronelandês é dado como desaparecido há 12 meses, a recém-formada Agente da Polícia Petra Jensen viaja até ao extremo norte da Gronelândia para o encontrar.

 

"O Rapaz com o Dente de Narval" é a primeira novela da série "Pessoas Desaparecidas da Gronelândia" que se desenrola no rigoroso e imprevisível Ártico, rico em tradição, mito e cutlura.

 

"Uma perspetiva nova e perspicaz da ficção policial nórdica." – Quentin Bates

 

"O Rapaz com o Dente de Narval" apresenta muitas personagens novas e interessantes, com a participação de outras já conhecidas.

 

Os livros da série "Pessoas Desaparecidas da Gronelândia" desenrolam-se antes d' "A Estrela do Gelo" e "Um Inverno, Sete Sepulturas".

 

Compre já o seu exemplar e comece hoje mesmo à procura das pessoas desaparecidas da Gronelândia!

IdiomaPortuguês
Data de lançamento8 de dez. de 2022
ISBN9798215323274
O Rapaz com o Dente de Narval: Pessoas Desaparecidas da Gronelândia, #1
Autor

Christoffer Petersen

Christoffer Petersen lives in southern Denmark. He grew up on Jack London stories and devoured any book to do with the Arctic and dog sledging. In 2006 he encouraged his Danish wife to move to Greenland and spent seven years learning about the one of the most exciting countries and cultures in the world. While in Greenland, Chris started writing crime stories and thrillers set in Greenland and the Arctic. He graduated from Falmouth University with a Master of Arts in Professional Writing in 2015, shortly after moving back to Denmark. Chris makes a living writing about Greenland.

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    O Rapaz com o Dente de Narval - Christoffer Petersen

    O Rapaz com o Dente de Narval

    Pessoas Desaparecidas da Gronelândia - Livro 1

    com a Agente Petra Piitalaat Jensen como protagonista

    ~

    Este é um livro de ficção. Semelhanças com pessoas,

    locais ou eventos reais são coincidência ou usados num

    contexto puramento ficcional.

    O Rapaz com o Dente de Narval

    Esta edição: 8 de Dezembro de 2022

    Título Original: The Boy with the Narwhal Tooth

    Copyright © 2022 Christoffer Petersen

    Traduzido por Ana Catarina da Palma Neves

    Tradução © 2022 Ana Catarina da Palma Neves

    Introdução

    Há duas perguntas sobre os meus livros que me assustam sobremaneira. A primeira é quantos livros já escrevi. Nunca fui bom a matemática, mas esta pergunta deveria ser fácil de responder, simplesmente teria os contar. Porém, já há bastante tempo que exploro a Gronelândia através das minhas histórias, escrevendo romances, novelas, contos e coletâneas, e até mesmo poemas e ensaios. Tanto assim que a minha resposta típica normalmente é 20 romances e 25 novelas, mas já não tenho assim tanta certeza.

    A segunda questão é igualmente aterradora, ou talvez mais ainda. Qual a ordem em que os livros devem ser lidos ou com qual livro se deverá começar. Há prequelas, sequelas e histórias independentes. Alguns livros desenrolam-se no passado, outros num futuro distante. Estão quase todos ligados através de uma ou outra personagem e vou escrevendo as histórias à medida que penso nelas. Não existe um grande plano, talvez algumas regras de ouro. Mas vamos simplificar e começar com o livro que tem nas mãos, ou no seu leitor de livros eletrónicos, telemóvel ou tablet.

    Em O Rapaz com o Dente de Narval Petra Jensen está a iniciar a sua carreira como agente da polícia na Gronelândia. Não é de todo uma carreira típica, nem estas histórias devem ser confundidas com o trabalho real da polícia da Gronelândia. São inspiradas pelo que vi e vivi e injetadas com uma grade dose de mito, cultura, tradição e drama. Independentemente da fiabilidade dos pormenores, O Rapaz com o Dente de Narval é o primeiro caso da carreira policial da Petra.

    Eu chamo-lhe Petra, mas se tiver lido uma das minhas outras histórias e tiver conhecido o Agente David Maratse, saberá que ele a chama Piitalaat.

    Estas são as histórias dela.

    Vamos começar por esta.

    Chris

    Junho de 2020

    Dinamarca

    O Rapaz com o Dente de Narval

    Pessoas Desaparecidas da Gronelândia - Livro 1

    Parte 1

    É um cliché, eu sei, mas começou de facto com um telefone, uma secretária vazia e um Comissário da Polícia benevolente a empurrar suavemente a minha carreira na direção certa. Tinha acabado de sair da Academia de Polícia da Gronelândia, as minhas botas ainda estavam polidas e o meu casaco ainda tinha o cheiro a novo, a cera e a costuras acabadas de coser. Durante a formação tinha-me tornado exímia em alisar o cabelo e prendê-lo num rabo-de-cavalo, que aprendera a manter fora do alcance de mãos oportunistas nas lutas no ginásio. Também aprendera a reduzir o perfume e os champôs com cheiro, permitindo apenas o suficiente para chamar a atenção dos meus colegas solteiros. Afinal, tinha estado na academia de polícia, não num convento. E, além do cinto pesado das algemas e da arma, o único peso que queria nas ancas, aprendera que, enquanto uma arma limpa podia ser vista numa sala cheia de gente, um grão de poeira ou uma penugem no guarda-mato podia ser visto a um quilómetro de distância. Em suma, estava pronta para o serviço, pronta para ser praxada, pronta para dar o meu melhor e respeitar a experiência, mas também para aproveitar da melhor maneira os meus 23 anos e pôr o passado de órfã atrás das costas. Tinha de estar à altura das minhas aspirações e demarcar-me do meu passado pouco confortável.

    Infelizmente, nas primeiras semanas de serviço fiz pouco mais do que atrapalhar.

    - A formação acabou, Jensen.

    Devo ter ouvido esta perolazinha umas mil vezes na primeira semana e mais umas mil vezes na segunda. Um homem em particular fez questão de a dizer em todas as situações possíveis e imagináveis, desde tirar o carro do parque de estacionamento até fazer café. O Sargento Kiiu George Duneq estava sempre lá, nunca me conseguia livrar dele. Na verdade, ele foi parcialmente responsável por se certificar que eu aprendia o ofício, que fazia a transição de agente da polícia recém-formada para um elemento funcional do que ele pensava ser uma máquina bem oleada. O Sargento Duneq era o meu supervisor e passei demasiado tempo a odiá-lo quando deveria ter prestado mais atenção ao que ele dizia. Parecia divertir-se sempre que eu cometia erros, acrescentando comentários sobre a minha aparência física: demasiado bonita para o trabalho policial. Era, tenho de admitir, muito mais bonita do que ele, mas essa era a minha única vantagem. A sua cintura era tão volumosa que o cinto das algemas e da arma precisava de buracos extra e a barriga pendurava-se por cima da fivela, tal como a papada que se derretia por cima do colarinho da camisa suja... Eram só estas as coisas que podia comentar depreciativamente, e apenas quando estava sozinha ou com a Agente Atii Napa quando por vezes saíamos juntas à noite.

    - Penugem no guarda-mato dele! - gritava por cima das batidas da música alta da Mattak, a discoteca mais popular de Nuuk. - Eu vi, estou a dizer-te!

    - Mas mais ninguém viu, aposto! - gritei-lhe de volta.

    Mesmo depois de algumas bebidas, e pestanejando com as luzes azul-púrpuras da discoteca, conseguia ver o cabelo oleoso do Sargento Duneq e os floquinhos de pele que se agarravam às sobrancelhas peludas. Encolhi-me quando a Atii baixou o copo, olhando para a porta à espera de o ver ali, dizendo-me com o seu sorriso carnudo que a formação tinha acabado.

    A mim não precisava de dizer, mas a Atti talvez precisasse de alguns lembretes, pensei enquanto me levantava para a ir abraçar. Na cerimónia de graduação, o novo Comissário da Polícia discursara para o grupo de seis polícias recém-formados, recomendando que nos

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