Trade-Off ou Pecking Order: estrutura de capital
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Sobre este e-book
Neste próprio trabalho, encontramos variáveis que respondem positivamente a Trade-Off e outras que respondem a Pecking Order.
Seria muito interessante realizar os testes deste trabalho com pequenas e médias empresas no Brasil, visto que as empresas da amostra são todas de capital aberto e com ações negociadas na bolsa de valores.
Outra sugestão seria analisar o grau de endividamento das empresas brasileiras com as taxas de juros que estão sendo financiadas, verificando se as taxas de juros sobem mais rapidamente em virtude da possibilidade de default (falência) das empresas, sendo as mesmas de "tamanhos" diferentes.
Uma alternativa é utilizar uma variável dummy no fator índice de cobertura de juros para discriminar setores privilegiados com menores juros.
Sabemos que o assunto é complexo e está longe de ter uma resposta exata face a todo o histórico da economia brasileira somado a um certo nível de insegurança jurídica.
Vale salientar que o Administrador da empresa será sempre fundamental para, dos acionistas e diretores, escolher a melhor forma de financiamento.
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Pré-visualização do livro
Trade-Off ou Pecking Order - Marcelo Dias Ribeiro
À Luisa, minha filha.
À Isabela, minha esposa.
À Augusta, minha mãe.
À Roberta, minha irmã.
Ao meu pai, Roberto, in memoriam.
AGRADECIMENTOS
A conclusão deste trabalho deve-se a muitas pessoas que direta e indiretamente colaboraram com o autor.
Meus agradecimentos especiais vão para:
Minha filha, Luísa, que me fortaleceu desde o seu nascimento, me inspirando a superar todos os desafios.
Minha esposa Isabela, pela paciência e dedicação ao cuidar da nossa filha Luísa com minha ausência em razão dos estudos.
Meu orientador, José Cláudio Ferreira da silva, meu coorientador, Marcelo Arantes Alvim, e meu coorientador José Graciolli Filho, pelo incentivo em todo o processo de pesquisa.
Ao professor Agnaldo, pelo incentivo em fazer o mestrado desde quando fui seu aluno de MBA em Finanças, Controladoria e Auditoria, na FGV.
Ao amigo Pedro Henrique Lyra Godinho dos Santos pela parceira durante todo o curso e amizade que levarei por toda a vida.
Os professores do mestrado: José Cláudio Ferreira da Silva, Roberto Geraldo Simonard Santos Filho, José Fernandes Vidal Neto, José Gracioli Filho, Gilberto Gama Salgado, Guilherme Baptista Maia, Paulo Sérgio Braga Tafner, Eduardo de Sá Fortes Leitão Rodrigues, Roberta Montello Amaral, Carlos Augusto Caldas de Moraes e Marcelo Arantes Alvim.
Aos funcionários da secretária do mestrado por toda a assessoria e, em especial, à Maria do Carmo Brito da Silva Santos e ao Caio Alves da Silva Bastos pela simpatia e busca constante da solução.
Então Deus disse a Salomão... Porquanto houve isto no teu coração, e não pediste riquezas, bens, ou honra, nem as mortes dos que te odeiam, nem tampouco pediste muitos anos de vida, mas pediste para ti sabedoria e conhecimento.
(2 Crônicas 1.11)
SUMÁRIO
Capa
Folha de Rosto
Créditos
1. INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
1.2 O PROBLEMA
1.3 HIPÓTESES
1.4 OBJETIVOS
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO
2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1 ESTRUTURA DE CAPITAL – CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.2 A CORRENTE TRADICIONAL
2.3 A ESTRUTURA DE CAPITAL SEGUNDO MODIGLIANI E MILLER
2.4 PROPOSIÇÕES DE M&M
2.4.1 Proposições de M&M na ausência de impostos
2.4.2 Proposições de M&M com imposto de renda pessoa jurídica
2.5 O MODELO DE MILLER
2.6 CRÍTICAS AOS MODELOS DE M&M E MILLER
2.7 O SURGIMENTO DE NOVAS TEORIAS
2.7.1 Teorias Pecking Order e Trade-Off e as escolhas financeiras
2.7.2 Benefício fiscal versus custos com dificuldades financeiras
2.7.2.1 Custos de agência, teoria do free cash flow, acionistas e controlador
2.7.3 Custo de capital e valor da empresa sob a hipótese Trade-Off
2.7.4 Informação assimétrica, sinalização e teoria Pecking Order
2.8 DETERMINANTES DA ESTRUTURA DE CAPITAL
2.9 CONSIDERAÇÕES FINAIS DO CAPÍTULO
3. EVIDÊNCIA EMPÍRICA SOBRE ESTRUTURA DE CAPITAL
3.1 EVIDÊNCIAS INTERNACIONAIS
3.2 PESQUISAS NO BRASIL
4. METODOLOGIA UTILIZADA
4.1 O MODELO ECONOMÉTRICO
4.1.1 Definição das variáveis
4.1.1.1 Variável dependente
4.1.1.2 Variáveis independentes e hipóteses associadas
4.1.2 Definição da amostra selecionada
5. RESULTADOS
5.1 ESTATÍSTICA DESCRITIVA DAS VARIÁVEIS ESTUDADAS
5.1.1 Grau de endividamento – ENDIV
5.1.2 Cobertura de juros – COBJUR
5.1.3 Oportunidade de crescimento – CRESC
5.1.4 Tangibilidade dos ativos – TANG
5.1.5 Risco operacional – ROPER
5.1.6 Tamanho da empresa – TAM
5.1.7 Grau de singularidade – SING
5.1.8 Rentabilidade – RENTAB
5.2 MATRIZ DE CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS
5.3 O TESTE DE WHITE PARA HETEROSCEDASTICIDADE
5.4 RESULTADO DAS REGRESSÕES
5.4.1 Resultado do período de 2003 a 2015
5.5 RESULTADOS DOS SUBPERÍODOS
6. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APÊNDICE
Landmarks
Capa
Folha de Rosto
Página de Créditos
Sumário
Bibliografia
1. INTRODUÇÃO
Em 1958, Modigliani e Miller (M&M¹) iniciaram a discussão a respeito da importância da estrutura de capital em agregar valor às empresas. Esta discussão gera, ainda nos dias atuais, controvérsias sobre a teoria financeira, refletindo diretamente nas finanças corporativas, de modo que se espera que uma estrutura ótima de capital seja fator de motivação para a valorização empresarial.
No mesmo período em que Modigliani e Miller trataram da importância da estrutura de capital, Durand (1959) utilizou do equilíbrio entre benefícios fiscais e custos de dificuldades financeiras para apontar a existência da estrutura ótima de capital.
A teoria original de M&M (1958), entretanto, não fazia qualquer referência à presença de impostos na estrutura empresarial, idealizando um cenário perfeito. Em 1963, os impostos passaram a ser considerados e o benefício fiscal passou a fazer parte da teoria de M&M.
Além do ganho fiscal, fatores como a economia do custo de agenciamento do capital próprio, custos de falência e de agência decorridos do capital de terceiros, também passam a ser considerados (JENSEN e MECKLING, 1976).
A maior discussão da economia se faz, então, baseada na dúvida entre a crença da existência de uma estrutura ótima de capital, defendida pelos seguidores da corrente tradicionalista, e aqueles que acreditam que o lado esquerdo (ativos) do balanço é o principal fator que influencia o valor real da empresa.
No decorrer dos anos, diversos autores destacaram a necessidade de os administradores olharem com atenção para o lado direito do balanço o qual, em determinados momentos, pode gerar valor ao acionista, aprimorando o trabalho do administrador em função das premissas de M&M.
Para Brealey & Myers (2001), em algumas situações, o acionista possui maior disponibilidade de agregar valor por meio do lado esquerdo do balanço, em comparação ao direito (passivos) e, desta forma, estas discussões deveriam ser voltadas sobre como os ativos escassos devem ser alocados na empresa.
Outro fator que pode implicar aumento do valor da empresa foi proposto por Baker e Wurgler (2002) que observaram a presença das chamadas janelas de oportunidade. Em geral, estas janelas de oportunidade agregam valor às empresas em determinados momentos por meio da compra de ações e, em outros, pela venda.
Além das teorias tradicionais, as visões conhecidas por Teoria da Agência
e Assimetria da informação
levam em consideração o comportamento dos agentes e seus impactos no valor da empresa.
Almeida e Capello (2010) defendem que as primeiras teorias acabam por negligenciar o papel da restrição financeira na decisão dos gestores. Para estes autores, o comportamento das empresas financeiramente restritas pode ser substancialmente distinto das empresas não restritas, as quais utilizam a dívida também como reserva de liquidez.
Autores como Brealey, Myers e Marcus (2002) afirmam que o tema estrutura de capital
está longe de ser esgotado. Até o atual momento, outros trabalhos sobre teoria financeira, artigos teóricos e empíricos, além de novas teorias estudadas, apresentam argumentos contrários aos estudos originais de Modigliani e Miller.
Teorias como a Pecking Order e a Static Trade-Off surgiram no decorrer dos últimos 50 anos com o intuito principal de minimizar a controvérsia sobre as estruturas de capital.
A maior oferta de ações gerou grandes mudanças no controle das empresas, o que resultou na necessidade de maior entendimento de como os gestores devem atuar na geração de capital para as empresas em função da estrutura escolhida. De modo a enfatizar essas mudanças, vale destacar que entre os anos de 2004 a 2012, 141 empresas brasileiras iniciaram a negociação de ações em Bolsas (BM&FBOVESPA).
1.1 JUSTIFICATIVA
Levando em consideração a busca dos administradores de sempre escolher a melhor estrutura de capital para a empresa, a opção pelo tema deste trabalho é no sentido de contribuir com os gestores nesta decisão e assim gerar valor para a empresa.
Desta forma, este trabalho busca contribuir com mais conhecimento sobre o tema por meio da geração de uma evidência empírica sobre a estrutura de capital nas empresas brasileiras no período proposto (2003 a 2015).
Nesse sentido, tornou-se necessário considerar a grande restrição de crédito no mercado financeiro que atingiu o Brasil em razão das grandes crises internacionais, como subprime e variações significativas nos valores das commodities podendo, assim, evidenciar se resultados dos trabalhos anteriores, que não tiveram a influência destas variações exógenas, mudaram a estrutura de capital das empresas analisadas.
1.2 O PROBLEMA
O problema que estimulou o desenvolvimento deste trabalho gira em torno da indecisão dos gestores das empresas em alcançar a melhor escolha na estrutura de capital para a organização. Atualmente, a dúvida acerca da escolha concentra-se entre duas teorias modernas, porém divergentes, Trade-Off e Pecking Order, na busca de maior interesse dos acionistas