Roma Od Alumrof
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Roma Od Alumrof - Marcelo Gomes Melo
2013
Roma od Alumrof
Marcelo Gomes Melo
OBSCENO
Ainda sou o lobo sob a chuva, no Mardi Gras... Não há máscaras que encubram meus olhos, nem suspiros suficientes para uma alma em chamas!
« Je suis toujours le loup dans la pluie à Mardi Gras ... Il ya des masques qui les yeux obscurs ou soupirs assez pour une âme en feu! »
2
I – A Gostosura de amar você
II – Contém um olhar
III – Das vertigens e intempéries
IV – Em nome do prazer
V – Deflorando Ignês
VI – Desbravador, parada final: Xoxota
VII – Iron Butterfly: Vou morrer transando
VIII – Me come! Me come! Me come!
IX – Mezamô!
X – Na praia, no sonho...
XI – Os instintos tão puros que ela tem
XII – Saborosa, renda-se como fruta madura
XIII – Sexo insano numa maca do SUS
XIV – O espelho do que me acontece
3
XV – Jacaroa
XVI – Foda simples, sem tecnologia. Nada mais.
XVII – Sexto sentido: um tratado científico metalinguístico
XVIII – Eu vou comer a sua mãe
XIX – Repletos de prazer
XX – Lambisgóia
XXI – Lambisgóia II – Halloween Chantilly
XXII – Louco para foder, doido para meter!
XXIII – Orgasmos são infinitos enquanto duram
XXIV – A noite do tubarão
XXV - Carniceiro
4
Todas as fotos tiradas da internet.
I - A gostosura de amar você
Pare! Pare assim, exatamente! Assim!
Para que as lentes do meu olhar acionem o HD do meu pensamento e perpetuem essa expressão inata do prazer que emana de seu corpo todo.
Que emana de seu olhar multicolorido e instável, prestes a implodir de amor, todos os poros, todos os movimentos sensuais indescritíveis e naturais. Uma cor para cada desejo, uma flor para cada argumento, um fervor para cada vontade.
Imobilize-se assim no meu coração e percorra minhas veias em chamas, lentamente, uma sinfonia inaudível para ouvidos tolos, alcançando tons essenciais para a minha sobrevivência! Um sem fim de emoções que dilaceram e reconstroem meu ritmo, aceleram meus batimentos e me carregam para o infinito dos seus braços.
Assim, não se mova! Ou sim, não posso impedir, seus movimentos me
envolvem,protegem
e
provocam,
fico
querendo
reagir
incontrolavelmente aos estímulos de seu toque suave, minha estátua do prazer!
O prazer vem em curvas, seu corpo adentro e não para nunca, sempre mais forte, e mais fundo e mais quente e mais...
O cheiro dos seus cabelos dourados, o beijar de suas pálpebras serenas, bochechas macias e lábios carnudos, entreabertos, com algo dengoso a dizer eternamente!
5
A curva suave de seu pescoço, precipício para a minha boca no vale entre seus seios que me apontam o caminho sem volta. Trilha eficaz que minha língua anseia, até contornar-lhe o umbigo, um oásis para o deserto de meus quereres em brasa!
Desvendando os caminhos ferozes, armadilhas que se estendem além de seus quadris com as mãos nuas, trêmulas e ávidas pelo conhecimento total, que é possuir-lhe em três dimensões, e melhor, atuar em nossa própria dimensão, ferindo qualquer inibição, atropelando promessas e definindo nosso próprio tempo. Deslizando por trás, e por mais, bumbum de proporções abissais, minhas necessidades vitais, mergulhos letais!
O que me impulsiona além, coxas grossas, pernas feitas para absorver minhas marcas, sentir minhas farpas, acariciadas com cada uma de minhas armas, pressionando os botões das emoções incontidas.
E seus pés. Para meus beijos. Seus pés para pisar os meus pés. Pra caminhar meu caminho, pra ultrapassar os desvarios, para sentir meus carinhos...
E de volta, refazendo os passeios, pelos seus labirintos, floresta entre pernas com suave regato, ensopado, preparado pra matar minha sede, pra armar minha rede, penetrar profundamente em busca de mim mesmo e voltando, te trazendo, entrando, querendo, puxando, prometendo, retornando, prendendo, explodindo,escorrendo...
Você me faz transformar sensações em prazeres definitivos, meu amor encantado, minha poesia em sequência, minha carência traduzida em única solução.
Ter você é saber a importante conexão existente entre seres apaixonados! É contar nossa história através de todos os beijos!
6
Não perco a noção da gostosura que é amar você.
7
II - Contém um olhar
Olhei pra ela com cara de quero te chupar todinha!
, senti daqui que se arrepiou como se minha língua a estivesse percorrendo velozmente do pescoço pra baixo, roçando os pelos dourados e sugando como um tamanduá faminto. O olhar dela me dizia estou em chamas, com formigas pelo corpo
. A vi revirar os olhos, como fazem essas patricinhas que adoram desdenhar de nós, rudes cidadãos com pouco ou nenhum vocabulário que as satisfaça.
Fiquei em pé e enfiei os polegares no cinto, o que pra mim era a pose mais sexy do universo, baixando a cabeça e olhando sob as sobrancelhas.
Mirei entre as pernas dela, e foi como se estivesse com uns óculos 3D, porque ela saltou no sofá parecendo alguém com soluço e cobriu a xana com uma sacola. Devolveu-me um olhar de como você ousa tentar perfurar meu cinto de castidade sob a minúscula calcinha de grife?!
, a boca entreaberta funcionando como um imã atraindo meu pau!
Caminhei lentamente, com um olhar de se te agarro com outro, te mato
, tentando seduzi-la com todas as minhas forças e armas. O olhar dela não se desviou do meu um instante sequer, e também ficou em pé numa atitude desafiadora de se te mete comigo, te capo
.
Pelo espelho atrás dela pude ver o vestidinho leve enfiado na bunda suculenta junto com a tanga. Meu caralho deu sinal de vida sob a calça xadrez apertada, e a cabeça parecia um gongo ao atingir a enorme fivela prateada do cinto: Boing!
.
Ela apertou as sobrancelhas com uma expressão incrédula, o olhar me dizendo como ousa despertar essa tora aqui dentro da loja?
O chão
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brilhava tanto que pude ter uma visão borrada da calcinha escura, ou branca, misturada a uma floresta negra de pelos, sob o vestido. Olhei com cara de estou aqui para o que der e vier
, e finalmente cruzei a loja e fiquei perto. Ela, me olhando com jeito desconfiado, falou: - É por aqui, por favor, pode me seguir.
Saiu carregando uma bolsa e uma sacola, na frente, cabeça erguida e o vestido enterrado na bunda, remexendo com elegância, e eu atrás, puxado pelo pinto, que comandava as ações. Ao chegarmos à escada estreita, em forma de caracol, ultrapassei-a cavalheirescamente; local apertado; rocei o pau na bunda e ela se virou de lado, esperta, parecendo picada por cascavel, me olhando com cara de vai me comer aqui, tarado?!
. Eu colei o cacete no braço dela, olhando-a com cara de perdão, meu caralho tem vida própria
. Esfregando, desci na frente, levando a sacola dela; de vez em quando olhava pra cima, com olhar de obrigado, senhor!
, vendo que a calcinha era vermelha, e a xoxota, peluda.
No fim da escada ela escorregou e caiu sentada no penúltimo degrau, pernas escancaradas e vestido na lua. Olhou-me com cara de defendo a bolsa ou a boceta?
; meu pau agiu sozinho, hipnotizando minhas mãos, que abriram o zíper da calça e o