O Coração Carrero - Felizes Para Sempre: O Carrero - Livro 6, #5

De L.T. Marshall

SOPHIE HUNTSBERGER e ARRICK CARRERO começam sua nova vida juntos na França, onde Sophie espera seguir seu sonho e terminar seu semestre na Academia de Moda de Paris.

Tudo parece bom demais para ser verdade e um final feliz está nitidamente nas cartas. Será?

Longas separações imprevistas e o afastamento da família e dos amigos que estão do outro lado do mundo cobram seu preço.

E além disso há os conflitos que Sophie está enfrentando de colegas que a veem como uma ameaça.

Enquanto os fios se desenrolam mais rápido do que Sophie pode costurá-los, a vida dá uma guinada drástica, e o amor de Sophie e Arrick enfrenta um teste crítico.

Esta é a parte final da história de Sophie e Arrick. É o fim? Ou é feliz para sempre?

Você vai prender a respiração até a última página.

Contém conteúdo e linguagem adulta.

O livro 6 é a terceira e última parte da trilogia Coração Carrero da série O Carrero.

• Idioma: Português
• Editora: L.T. Marshall
• Data de lançamento: 3 de mai. de 2023
• ISBN: 9781667456188

Pré-visualização do livro

Série O Carrero

Jake & Emma

O Efeito Carrero ~ A Promoção

A Influência Carrero ~ Redefinindo as Regras

A Solução Carrero ~ Recomeçando

Arrick & Sophie

O Coração Carrero ~ O Começo

O Coração Carrero ~ A Jornada

O Coração Carrero ~ Felizes Para Sempre

Alexi & Camilla

The Carrero Contract ~ Selling Your Soul

The Carrero Contract ~ Amending Agreements

The Carrero Contract ~ Finding Freedom

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Livro Bônus

Pelos olhos de Jake

Arrick’s View

Outros livros de L.T. Marshall

Just Rose

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Este livro foi alimentado pelo amor do #TeamArry,

Então, estou retribuindo xx

Capítulo 1

Arry me leva para o apartamento, de mãos dadas, dedos entrelaçados com firmeza e me dá um sorriso suave e sexy enquanto me conduz para o amplo corredor de teto alto da nossa nova residência. Estou cansada da nossa viagem, esgotada, dolorida e preciso de um longo banho de imersão por estar em um avião comercial durante horas, mas finalmente estamos aqui. Posso empurrar o peso do meu corpo e ossos e afundar em nossa casa com um enorme suspiro de alívio. Está finalmente acontecendo. Após semanas de trabalho duro, estresse e pânico para nos trazer até aqui antes do início do meu novo período. Estou esgotada, exausta, mas formigando de antecipação.

Paris... nosso lar durante o próximo ano.

Nossa pequena aventura enquanto frequento a faculdade e dou passos para o sonho que tenho em vista. Ele moveu céus e terra para garantir que isso acontecesse, e eu não poderia amá-lo mais por isso se tentasse. É a nossa realidade, é o meu futuro.

Dou uma olhada ao redor enquanto ele deixa cair nossas malas de mão no chão com um baque suave, ambas de uma mão. Elas caem a seus pés praticamente suspirando com o mesmo alívio de um fim de jornada tedioso; um reflexo de como nós dois parecemos. Nós pré-embalamos e enviamos tudo o que queríamos aqui antes de nós e viajamos com pouca bagagem. Tudo que temos são duas malas minúsculas, uma exaustão imensa de um longo voo de oito horas de Nova York e um desejo de absorver tudo.

A agitação da excitação e o formigamento ao ser apresentada ao apartamento pela primeira vez desde que o compramos crescem dentro de mim, me tirando da névoa da viagem. Aguçando minha atenção enquanto meus pulmões se enchem de energia renovada ao ver tudo novo e brilhante pela primeira vez.

Enviamos alguém da confiança de Arrick para investigar este lugar. Uma venda rápida baseada em vídeos, fotos e avaliações de inspetores imobiliários. Somos nós vendo o apartamento completamente decorado de acordo com nossas especificações, realmente absorvendo-o, em toda a sua verdadeira glória e realmente vendo-o pessoalmente pela primeira vez.

A entrada grande e as molduras ornamentadas francesas causam em mim uma empolgação louca. É tão exótico quando você passa pelo pequeno corredor meio fechado, com seus tetos altos e paredes creme pálidas e piso de madeira extremamente polido da cor mais escura de marrom mogno. É uma reminiscência de uma casa de sonho em um filme de romance, ambientado em uma era antiga de Paris.

Mal posso esperar para ver como ficará em sua totalidade, agora que nossa designer o preparou para nos mudarmos. Horas mostrando seus designs, ideias e paletas de cores. Despejando mais de um milhão de brochuras de design e imagens do Pinterest, noites intermináveis sem dormir enquanto preenchia painéis semânticos para ela. Sites de móveis, amostras de estofamentos macios e arte...

Pisco enquanto absorvo tudo, em uma varredura de olhos arregalados enquanto nos viramos para o plano aberto da nossa sala de estar principal e paramos... Pisco duas vezes... pisco mais uma vez. Rosto imóvel enquanto o visual me transforma em uma estátua de rosto impassível não impressionada.

O rosto e o coração caem espetacularmente, como um peso de chumbo, no meu estômago enquanto observo a enorme sala de estar diante de mim e meu humor sai completamente de órbita. Empolgação morta, felicidade assassinada, lágrimas ardendo, porque estou tão cansada e esta não é a visão que eu esperava ver diante de mim. Isso tem o mesmo efeito de levar um soco no estômago e na cabeça, sistematicamente, com grande força.

Não é nada como combinamos, o que escolhemos juntos, o que passamos horas, dias, semanas, escolhendo e brigando, e dando para aquela suposta designer, que usava roupa caríssima e espalhafatosa. Não consigo acreditar que aguentei infinitamente seu óbvio flerte bajulador com Arrick por toda essa merda que agora vejo diante de mim.

Deslizo minha mão da dele enquanto paro, enraizada no lugar, mau humor fervendo irracionalmente e giro com uma careta que rapidamente domina meu rosto. Sentindo vontade de bater na cabeça dele com qualquer coisa que eu tenha à mão e não consigo impedir o borbulhar de uma ‘reação exagerada de Sophie’ por algo que Arrick fez para aborrecê-la.

Sim, preciso ter essa porcaria sob controle, mas ele é tão irritante às vezes.

Esta é praticamente uma réplica do apartamento de Arry antes de eu ir morar com ele. Mesmos tons neutros e vibe causal e confortável. Um apartamento nova iorquino masculino em um prédio francês e nada das coisas que eu escolhi. Ele eliminou a ‘Sophie’ do ninho de amor do ‘Arry e Sophie’. E estou prestes a chorar com meu pequeno coração partido. Quero vociferar uma espécie de desgosto do tipo ‘meu namorado é um idiota tão malvado’. Este apartamento não parece meu novo lar acolhedor, que eu esperava que me abraçasse com prazer, em vez disso, parece um apartamento de solteiro e uma área feita apenas para Arry.

Onde está minhas luzes de fadas cintilantes, minhas mantas fofas e almofadas românticas? Onde estão minhas lanternas enormes cheias de velas e coisas fofas nas prateleiras. Minha escolha de estampas nas paredes ou até mesmo o sofá que escolhi? Onde estão minhas malditas esculturas de prata de unicórnio?

Qual é o problema? Arry se vira e me avalia, perplexo e olha novamente ao redor da sala como se estivesse procurando por aquilo que me deixa infeliz. Nitidamente cego para o que estava faltando e vendo apenas algo que ele obviamente gosta.

Idiota!

Estou irritada que ele não veja isso. Que ele pareça completamente surpreso por eu ter esse tipo de reação ao apartamento masculino insosso e sem graça que está diante de nós em toda sua glória mínima, árida e nem um pouco caseiro. Nunca vi cinza parecer tão maçante.

Isso não é o que escolhemos? Aceno minha mão ao redor da sala de maneira brusca, decepção tomando conta de mim e sei que é algo tão idiota sobre o qual ficar chateada, mas este deveria ser nosso primeiro lugar juntos. Não apenas um lugar para o qual me mudei e acrescentei minha marca.

Este era nosso. Nosso primeiro verdadeiro ‘vamos escolher tudo juntos do zero’. Metade e metade de nós dois.

Passei quase três semanas rabiscando fotos de cômodos e catálogos de acessórios para dar a designer idiota e incomodando-o em todas as oportunidades com opções. Meu celular e WhatsApp estão lotados com as cinco mil imagens que enviei para ele no trabalho diariamente e as respostas ‘por favor, me mate agora e escolha o que quiser’ que recebi dele. Ele continuava me dizendo para ir em frente e escolher por nós. Ele não parecia se importar muito e ofereceu uma contribuição mínima.

Era óbvio que ele não estava falando sério, não importa quantas vezes ele tenha enviado isso!

Claro que é... Tenho certeza que dissemos a ela para se ater ao estilo do nosso apartamento em Nova York. Ele olha ao redor de novo inocentemente, enquanto volta para tentar me segurar, mas eu dou um tapa em sua mão com um barulho satisfatório e ando abruptamente em direção à mesa de centro baixa. Irritação não combina comigo e a última coisa com a qual posso lidar quando estou irritada é com ele tentando ficar todo carinhoso, sensível e conciliar sem perceber o que fez.

Ele é tão burro às vezes.

Nós dissemos semelhante... Escolhemos as coisas juntos! Móveis, peças de decoração, um esquema de cores. Mobiliário suave e arte. Nada disso está aqui... Você autorizou essa merda? Eu me viro e lanço um olhar zangado para ele, cerrando os dentes para conter o inchaço da decepção que faz meu estômago doer e o rosto dele também se abate um pouco. Finalmente registrando como estou fervendo de mágoa por causa disso.

Estou cansada de um voo longo, de alguns meses estressantes fazendo as malas entre todos os estudos que tive que fazer para acompanhar esta escola. Eles estão à frente de Nova York e eu tive que passar meu recesso de Natal fazendo o dever de casa, mais do que comemorando. A única folga que tive foi na festa da família dele no Natal e o resto foi gasto ficando obcecada em conseguir nossa nova casa como precisávamos que fosse.

Eu só queria entrar aqui e adorar, sentir como se estivéssemos começando em um novo ninho de amor..., mas o que eu recebo é um tapa na cara. Uma réplica de apartamento de uma época em que eu não tinha influência nos arredores em que ele existia. Uma época em que Arry estava com outra garota e ele tinha todo um futuro mapeado que não me incluía. Onde o gosto de merda dela e personalidade monótona removeram toda a diversão e brilho de sua existência. Isso aqui, de alguma maneira, simboliza um tempo pré-Sophie da vida amorosa de Arrick.

Querida? Arry tenta pegar minha mão novamente e eu me afasto, irritada, empurrando algumas pedrinhas em uma tigela para longe da beirada de uma mesa lateral. Não é nem bonito, nem entendo para que serve, e não me dou ao trabalho de esconder do meu rosto a expressão de desgosto pelo enfeite brega. Sei que fico mais difícil quando estou cansada, mas Arry não tem noção do fato de que você não brinca com as decisões de design de interiores de uma mulher!

Não me venha com querida, eu... É isso que você quer? É como se você tivesse feito com que ela repetisse seu outro apartamento e tirasse dele tudo que me representa. Uma lágrima surge em meu olho e me sinto idiota. Estou apenas arruinando nossos primeiros momentos em Paris com uma briga estúpida, porque acabei de ter meus sentimentos pisoteados de uma maneira massiva. Arry olha de relance ao redor mais uma vez e volta para mim parecendo um pouco mais sombrio, a mão estendida com cuidado como se estivesse se aproximando de uma fera que está pronta para atacar. Ele tem a graça de pelo menos parecer cauteloso e um pouco culpado.

"Nosso apartamento!... Eu não..."

Eu olho com cara feia para ele e nem o deixo terminar.

Esqueça, não importa. Vou me deitar. Meu tom é desalentado e, obviamente, estou dilacerada pela emoção. Não quero brigar, não quero irromper em lágrimas, embora esteja transbordando sob a superfície. Quero ficar longe dele, limpar minha mente e talvez depois de uma soneca, não parecerá tão importante assim. Faço um movimento para ir até a porta que me lembro ser o quarto principal da planta baixa, mais ao fundo do corredor, mas ele é rápido e está na minha frente primeiro.

Não foi isso que eu fiz. Ela estava me mostrando um monte de designs e merda e você já estava estressada. Apenas aprovei uma paleta de cores e disse para deixá-lo como a nossa casa. Não pedi a ela para deixar de fora nada que você escolheu... eu juro. Apenas pedi a ela para moderar todas as coisas brilhantes e fofas de unicórnio, para que você pudesse acrescentar as suas mais tarde. Ele está muito sério, me dando olhos de cachorrinho e eu balanço a cabeça para ele com raiva.

Moderar a Sophie?!?!?! Que diab...

Pelo amor de... Arghhhh

E as coisas que eu dei a ela? Coisas que eu queria, coisas com as quais você concordou? EU DEI ISSO A ELA! E quanto aos meus sentimentos e escolhas, hein? E os malditos quadros de humor que ela nos fez preencher? E os itens que marquei nos sites! Para que diabos foi tudo isso? Passei semanas nisso, semanas nas quais eu deveria estar estudando em vez de fazer merda que eu nitidamente nunca precisei. Estou mais perto das lágrimas agora que ele está me parando; já odiando este quarto idiota e ridículo quando ele desliza os braços ao redor de mim, devagar, com cautela. Ele está irritantemente calmo e procede com cuidado, mas isso me deixa mais furiosa.

Não imaginei que ela iria desconsiderar tudo isso. Creio que nunca deixei claro... olha, podemos redecorar, podemos recomeçar se você realmente o odiou tanto assim. Vou ligar para ela e dizer que quero tudo que você escolheu, pagar para ela fazer tudo de novo. Ele abaixa o rosto para mim, para encostar a testa na minha, do jeito que ele faz quando está tentando me conquistar ou me coagir a dar uns amassos. Empurro seu abdômen, fazendo-o recuar. Raiva aumentando vertiginosamente dentro de mim como um vulcão quente que de repente se abre.

Como se eu quisesse aquela cadela idiota apalpando-o novamente em todas as oportunidades, só para me decepcionar mais uma vez. Se ela passasse mais tempo ouvindo em vez de ficar dando uma olhada nele, talvez não estaríamos tendo essa conversa.

Você odeia tudo isso, não é? O que eu fiz com seu apartamento? Eu pisco para aquela expressão indiferente, magoada por ter vivido com ele por um ano inteiro e nenhuma vez ele ter dito ‘Sophie, você tem um péssimo gosto para decoração e eu odeio isso.’ Gostaria que ele tivesse sido honesto comigo, em vez desta porcaria aqui. Se ele apenas tivesse dito ‘Sophie, menos unicórnios e eu odeio glitter’ e me dado algum tipo de alerta.

Estou arrasada neste momento. Meu estômago e meu peito doem com o esforço de não tentar gritar e ele está sendo sua versão irritantemente calma e sem emoção que me faz querer dar um soco na garganta dele. Ele simplesmente não entende a profundidade desta questão aqui.

Não... eu amo seus pequenos toques. Ele parece dissimulado, uma pequena pontada naquele queixo quadrado sexy que esconde um sorriso. Ele pensa que estou sendo dramática e meu mau humor aumenta. Expressão de menino fofo e olhos castanhos suaves não estão fazendo nada por ele neste momento. Aquele pequeno brilho convencido é um indício revelador enorme porque ele é um mentiroso descarado idiota!

Oh, meu Deus... você odiou! Eu grito para ele, empalidecendo, enquanto o empurro para longe com mais força e o choque imediato em seu rosto vai de dissimulado para muito culpado, aumentando minha raiva. Eu me afasto pisando duro, olhando com cara feia e ódio e neste momento eu realmente quero dar um soco na cabeça dele. Está tão perto que quase posso saboreá-lo.

Não é que eu não goste das almofadas fofas e das trezentas mantas idênticas... ou do exército de unicórnios prateados e da quantidade excessiva de velas que nunca acendemos, mas... É o leve tom de sarcasmo que me pega, aquela insinuação de atitude indulgente e meu mau humor aumenta. Ele está tentando ser fofo e atrevido comigo, confirmando sua antipatia por todas as minhas opções de decoração.

Cara, ele não tem ideia de quem é o atrevido nesse relacionamento.

Juro que se você terminar essa frase, eu vou te machucar. Eu o encaro friamente, furiosa, indignada que após um ano inteiro ele esteja saindo com essa merda. Um ano inteiro permitindo que eu preenchesse nosso espaço com coisas que gosto... A verdade surge agora! Ele reprime um sorriso, porque pensa que é fofo quando fico zangada com ‘coisas estranhas’ e tenta evitar meu olhar quando eu entro em erupção.

Você é um idiota... você disse que gostou do que eu estava acrescentando ao apartamento. Você disse que eu o fazia parecer mais caseiro, que eu estava dando vida ao lugar, tornando-o aconchegante! Você é um grande mentiroso. Eu digo para ele, tentando conter minhas explosões internas enquanto caminho até a estante próxima.  Ao ver uma fileira de romances antigos e títulos vagos que nenhum de nós jamais leria, eu os empurro para trás, então dois caem atrás do espaço, sem me importar se estou sendo infantil. Preciso de uma válvula de escape física, uma maneira de desabafar. Estou ferida. Meu namorado é um grande idiota mentiroso e ele pode voltar para Nova York e me deixar em paz. Ele pode levar sua decoração feia com ele e eu posso terminar com ambos e ficar sozinha aqui para torná-lo tão brilhante, rosa e infestado de unicórnios quanto eu quiser e por mim, com papel de parede com pele falsa rosa deslumbrante.

Não menti para você, querida. Eu gosto... só gosto quando as coisas são menos... brilhantes. Ele está tentando acalmar com seu tom, mas suas palavras não estão ajudando. Sua pose submissa e rosto de menino fofo suplicante, aquele que ele usa sempre que está me irritando. Nada disso o está ajudando, especialmente quando eu o conheço bem o suficiente para saber que é tudo uma encenação. Ele está dizendo o que acredita que vai acalmar meu humor e afagar minhas penas eriçadas.

Rei de todos os idiotas.

Afasto-me furiosamente das prateleiras antes de sentir vontade de arremessar algo nele e, em vez disso, eu pego uma almofada do sofá. É feita de algum tipo de pele, como pele de verdade, um tipo de pele plana e lisa de couro cru e eu faço uma careta quando a toco. É horrível e eu sou realmente contra pele de verdade!

Eu me viro e arremesso-a nele com desgosto, tentando liberar um pouco dessa energia em espiral dentro de mim que está prestes a explodir. Ele se esquiva e franze o cenho, ainda tentando não sorrir e realmente não vejo o que há de engraçado nisso. Nunca entendi sua paixão pelo meu lado birrento, ou que ele considere fofo e divertido quando estou prestes a machucá-lo fisicamente.

Ele é tão estranho.

Você pode manter seu apartamento de merda então. Você o quer assim, você pode tê-lo de volta desta maneira. Tenho certeza de que ainda posso recuperar o meu, já que Jake o alugou e nunca o vendeu. Vá para casa e pegue-o de volta... jogue fora toda a minha merda brilhante e queime meus malditos unicórnios. Eu fico de mau humor, as lágrimas caindo agora, porque estou cansada e quando estou cansada, sou um pesadelo emocional. Até eu sei que estou sendo psicótica, mas, às vezes, Arry simplesmente provoca isso em mim. E esta merda aqui, este apartamento. É uma merda.

Odeio isso. Odeio o que isso representa. Que meu namorado pense que meus gostos de decoração são péssimos e claramente odeie nossa casa, onde eu pensei que fomos felizes nos últimos doze meses.

Arry fica parado por um instante, tipicamente frio e visualmente inalterado, como sempre. Ele pega a almofada enquanto suspira e olha para mim de maneira pensativa. Sem saber se deveria dizer alguma coisa ou não. Ele tem aquela expressão que diz ‘tentando escolher entre agir com medo ou ser indulgente’. Está se infiltrando naquela cabeça dura que estou falando sério sobre isso e não é apenas jet lag ou Sophie sendo seu eu rabugento, cansado e idiota ou ‘irritada por estar com fome’, embora eu também esteja morrendo de fome. Comida não vai resolver isso! Estou genuinamente angustiada.

Não pensei que isso iria aborrecê-la tanto... Imaginei que você não notaria e que provavelmente iria enchê-lo com coisas que você comprou aqui de qualquer maneira. A voz baixa, o tom suave de um cara tentando me acalmar, porque ele sabe que fez merda. Eu o conheço bem demais e viro as costas para ele. Odeio isso desde que ficamos juntos, é muito mais fácil para ele me machucar de maneiras tão idiotas, estúpidas e sem sentido. Estar apaixonada por ele dá a ele ferramentas demais para me ferir. A melhor amiga Sophie era muito mais emocionalmente estável e imune às merdas idiotas que ele fazia.

Sinto muito, querida... não sei mais o que dizer. Sou um idiota insensível e nunca pensei em como você reagiria a isso. Ele se aproxima de mim, o calor de seu corpo passando através do meu vestido de algodão fino enquanto ele chega dolorosamente perto, sua respiração na minha nuca e eu fico tensa. Avisando-o para não me tocar. Eu realmente vou dar uma joelhada nas bolas dele se ele pensa que ser sensível e fofinho vai me influenciar.

Sim. Porque me dizer que você odeia meu gosto e realmente não gosta do que eu fiz no seu apartamento não machuca nem um pouco. Eu fungo enquanto as lágrimas atingem meu rosto, apesar dos meus esforços para contê-las, balançando a cabeça com tudo isso. Ele suspira profundamente, o calor de sua respiração flutua pela parte de trás do meu vestido, me dizendo que ele está bem atrás de mim e eu estremeço com a sensação. Minha pele se arrepia involuntariamente e faz meu estômago enlouquecer com pequenas borboletas. Mesmo zangada com ele, ele ainda faz cada parte do meu corpo reagir a ele tão facilmente.

Eu te amo e sou um idiota. Seus dedos sobem e traçam suavemente o decote da parte de trás do meu vestido, afastando meu cabelo e fazendo minha pele arrepiar. Sei o que ele está fazendo. O que ele sempre faz quando me irrita e está tentando fazer as pazes. Ele me conquista com toques suaves, palavras doces e o Arry gentil ao qual normalmente não tenho resistência. Sou mais forte do que isso e este é um passo longe demais. Não é apenas uma coisa idiota, é uma coisa enorme, que não posso simplesmente permitir que ele ignore.

Às vezes eu te odeio. Eu fico amuada de novo. Recusando-me a deixá-lo me enfraquecer, retrucando com a boa e velha infantilidade.

Ai, isso dói. Você sabe como me fazer sangrar, querida... me odiar mesmo se eu deixar você encher todos os cômodos com temas de unicórnio brilhantes, cor de rosa, fofos e um milhão de velas que você me proíbe de acender? O tom mais leve em sua voz e a rouquidão de ‘sinto muito’ me afeta e eu levanto meu queixo um pouco mais alto em teimosia, enrijecendo minha coluna. Recusando-me a ser persuadida tão facilmente sobre algo tão importante. Ele não vai me conquistar com travessuras de menino doce desta vez.

Por quê? Só para você odiar este lugar também? Murmuro secamente enquanto dou um passo à frente, para tirar seus dedos da minha pele, sua respiração do meu pescoço. Sou mais forte quando ele não está me fazendo reagir à sua proximidade e mais capaz de suportar seu poder sobre mim.

"Não odeio o que você fez com nosso apartamento, e é nosso, não meu... assim como este lugar. Eu estava errado, querida. Apenas aprovei os primeiros que ela me mostrou para um progresso rápido. Eu não ficaria feliz em nosso apartamento em Nova York sem todos os pequenos toques de Sophie. Senti falta deles quando eles se foram. Você faz com que pareça um lar, para o qual eu adoro voltar, sentir você em cada detalhe e você fará o mesmo aqui."

Hmmm. Eu resmungo alto. Suavizando contra a minha vontade

Tenho certeza de que você também vai me punir ao estourar meus cartões de crédito na próxima semana, para compensar por isso. Vai me arrastar para todas as butiques de Paris e me fazer carregar um monte de sacolas e caixas para você. Ele se aproxima de mim mais uma vez, desta vez passando os dedos pelos meus braços, fazendo-me tremer e me acalmando um pouco com palavras rápidas e ofertas para me deixar gastar todo o seu dinheiro. Arry sempre sabe como me manipular e ignorar minhas birras e humores, mesmo quando acredito que ele não tem nenhuma chance. Minhas lágrimas pararam, e eu as enxugo mau humorada, ainda tentando fingir que não estou impressionada. Ele não vai se safar tão facilmente.

Melhor aumentar seu limite... ou acrescentar mais alguns cartões. Aquela dor pesada no meu estômago diminui um pouco quando deixo para lá um pouco da dor agitada e recupero o controle agora que o choque da chegada está passando. Olhando em volta, derrotada e ainda suspirando com quão decepcionante é.

Não é minha casa.

Isso realmente vai me custar, não é? E não estou falando apenas em termos de dinheiro. Ele suspira também quando me viro e o encaro por cima do ombro, perversamente. Aqueles lindos olhos castanhos estão focados em mim, aquele olhar suave de um cara que está completamente apaixonado e tentando apaziguar seu amor emburrado. Ele se tornou um mestre em fazer exatamente isso desde que estamos juntos, e sei que posso ser um pé no saco às vezes.

Mas Arry também pode, e ninguém me deixa tão louca quanto ele às vezes. Mesmo que ele ainda seja o homem mais gostoso que já encontrei no planeta e ainda tenha um corpo sexy que nunca me canso de olhar. Na verdade, no último ano ele ficou ainda mais viril e amadureceu. Ele é além de irresistível para mim.

"Espero que o sofá que você escolheu seja confortável... A cama é minha." Eu levanto uma sobrancelha e o empurro para trás de brincadeira com minha bunda. Levantando meu queixo de maneira desafiadora enquanto caminho em direção ao quarto mais uma vez ao mesmo tempo em que tento matar o sorriso que está querendo se espalhar pelo meu rosto. Sorrindo com malícia com aquele pequeno castigo que o afeta todas as vezes.

Querida? Sério?... Estou sentenciado ao sofá?... Sophie? Vamos lá? Ele me segue, mas não rápido o suficiente e estou no quarto no final do corredor antes dele. Fechando a porta na cara dele quando ele me alcança, com uma sensação de satisfação absoluta. Eu me viro para olhar para o que eu esperava ser outro soco na cara de cômodo, me preparando para outra onda de sentimentos magoados com a decoração que odeio, e suavizo quando vejo que não é. Na verdade, tem o efeito completamente oposto em mim.

É uma cama enorme, com um milhão de mantas e almofadas fofas, cercada por luzes de fadas e toda uma vibração romântica aqui. A mesma paleta neutra que concordamos, mas as estampas que escolhi estão todas penduradas aqui e há uma penteadeira espelhada com frascos de perfume decorados. Lanternas enormes com velas estão penduradas em um canto em diferentes alturas, ao lado de uma janela grande com camadas de organza que dá para as ruas cintilantes de Paris de uma maneira surreal. Há até uma estátua de prata de um unicórnio aninhada no parapeito, apenas me espiando como um pequeno tesouro surpresa. É lindo e exatamente o que imaginei quando organizei aqueles painéis de humor intermináveis. Meu coração dá cambalhotas e meu humor melhora o suficiente para colocar um sorriso no meu rosto pelo menos.

A batida na porta de um cara que sabe que está de castigo me faz sorrir, interrompendo meu momento de tiete e suspiro enquanto olho em volta mais uma vez. Tentando não revelar que estou amolecendo muito depois de ver este cômodo, pois ainda acredito que lhe devo um pouco de sofrimento.

Por que negar ao cara um pequeno exercício em subserviência quando ele está nitidamente precisando melhorar um pouco?

Então talvez ele possa ser perdoado pelo cômodo masculino lá fora, se o resto do apartamento for assim. Não é tão ruim. Essas são coisas que escolhi; este cômodo fala de mim e é exatamente o que eu amo, e já consigo nos imaginar enroscados juntos nele.

A porta se abre lentamente e ele entra, apreensivo, provavelmente se preparando para que algo seja arremessado em sua cabeça e olha para mim com leve surpresa quando me vê calma e meio sorridente. Um meio sorriso em seu rosto bonito realça suas covinhas que eu tanto adoro. Às vezes, tenho que me lembrar de que seu rosto bonito não é motivo para perdoá-lo sempre que ele é um idiota, mas é tão difícil. Arry é um espécime tão lindo e com a aparência certa, covinhas à mostra, sou fraca.

Fui um pouco mais específico sobre este cômodo... já que é onde passamos a maior parte do nosso tempo. Ele se aproxima, sondando o terreno com os dedos arrastando pelo meu pulso enquanto se aproxima por trás de mim, a mão deslizando ao redor da minha cintura com cuidado e me puxando contra si com firmeza quando não encontra nenhum sinal de resistência. Eu me rendo com muita facilidade, mesmo quando minha teimosa está me dizendo para fazê-lo sofrer um pouco mais.

"Só que você não vai... Porque, sabe? Sofá!" Eu cruzo meus braços enquanto sua mão se move para cima e bloqueio sua tentativa de um movimento de sedução. Arry gosta de apalpar meus seios em todas as oportunidades e ainda não estou com humor para ceder a essa libido Carrero. Não posso simplesmente recuar tão rapidamente. Ele tem que aprender que não se deve mexer com as decisões de uma mulher. Se eu deixar Arrick se safar com facilidade, ele vai passar por cima de mim com aquela cabeça teimosa e mente confusa. Ele precisa de um pouco de orientação sobre como ser um bom namorado. Toda a nossa vibração feliz depende disso. Ele é um homem difícil às vezes e normalmente precisa de mim para controlá-lo.

Não vou dormir no sofá na nossa primeira noite em nossa residência nova. Ele acaricia meu pescoço com a boca suave e provocante, depositando pequenos beijinhos em direção ao meu cabelo, tentando ser suave em suas tentativas de me persuadir.

Tenho certeza que vai. Respondo de maneira categórica, os olhos fechando contra a minha vontade enquanto ele deposita beijos pela minha pele e se molda com um pouco mais de firmeza ao meu corpo, empurrando meu cabelo para o lado com delicadeza. Sua outra mão desliza para cima para começar a abrir o zíper do meu vestido de maneira lenta e sedutora. Sei que preciso ser mais firme e dizer a ele para recuar, mas a pequena covarde fraca em mim, que desmorona a cada toque de Arry, está muito ocupada me transformando em uma tigela de gelatina. Minha respiração já está ofegante em antecipação ao prazer que sei que ele pode me dar e meu lado teimoso já está pensando em tirar minha calcinha.

Maldito seja. Sophie crie coragem.

Quer apostar que vou para a cama com você antes que o sol se ponha? Aquele tom rouco sexy, bem no meu ouvido, extraindo arrepios. O zíper já está abaixo da altura da cintura e eu nem o tinha sentido descer. Abro os olhos e dou um pequeno gritinho quando ele desliza a mão pelo meu vestido e entra em contato com um lugar, que ele sabe que é todo dele, com bastante habilidade.

Quase conseguiu alguns movimentos furtivos de sedução ninja acontecendo, esse meu putinho atrevido.

Afasto sua mão com um tapa que acerta seu braço e lanço um olhar para ele com a intenção de repreendê-lo, mas ele apenas sorri. Divertido, indiferente e presunçoso porque ele sabe que me tem exatamente onde ele me quer. Mover-me para este quarto só fez com que me levar para a cama fosse muito mais fácil.

Injusto. Aproveite seu sofá para isso. Eu me afasto e tento como uma louca alcançar o zíper do meu vestido, mas Arry é implacável. Enganchando-me com o braço e me puxando para que eu fique cara a cara antes de plantar um beijo forte em meus lábios. Sua mão é rápida e ele me segura num piscar de olhos, em uma demonstração de força e velocidade, e me deita de costas na cama. Deixo escapar um suspiro abafado com a facilidade com que ele me trouxe até aqui, dando risadinhas assustadas com essa manobra diabólica.

Ele está em cima de mim com uma mão plantada com firmeza entre minhas coxas em um piscar de olhos, parecendo muito satisfeito consigo mesmo.

Sei que isso é inútil, sei que minha fraqueza por ele é profunda e já estou abrindo minhas pernas para lhe dar acesso total, apesar dos meus protestos mentais. Desejo sensual flui por mim com a intimidade desta posição.

Prefiro aqui... Depois o sofá, talvez explorar outras áreas do nosso novo apartamento também. Mas tenho certeza de que você vai dormir ao meu lado em qualquer um dos lugares depois que eu terminar com você. Ele me beija com suavidade, perversamente confiante em suas proezas sexuais e eu não recuso, me odiando por ser tão patética, mas, ao mesmo tempo, como posso recusar toda a gostosura do homem solteiro mais sexy que já conheci.

Só músculos duros, tatuagens e um rosto que me deixa sentimental. Só seu beijo faz com que eu entregue minha alma e abro minha boca, para que ele possa deslizar a língua na minha, controlando-me completamente com a maneira que só ele pode fazer amor com a minha boca. Arry está trabalhando com os dedos sob a borda da minha calcinha e eu expiro lentamente, incitando-o a continuar enquanto me afasto e franzo o cenho para ele de maneira severa.

Sexo não é a resposta para todas as vezes que você é um idiota. Eu digo sem fôlego. Embora enquanto estou dizendo isso, estou me enroscando ao redor dele, inclinando minha cabeça para que seus lábios rocem os meus de maneira mais íntima, permitindo que ele se mova contra mim confortavelmente e me excite sem esforço. Ele ainda parece que foi feito para se encaixar perfeitamente em mim e toda vez que nos conectamos dessa maneira, apenas acentua isso. Combinamos em todos os sentidos e sexo nunca foi nada além de alucinante com ele.

Talvez não, mas funciona... e somos bons nisso. Ele sorri para mim de maneira atrevida, abaixando-se para roçar minha boca com a dele. As mãos encontraram sua recompensa e eu ofego quando ele se move suavemente pelo meu calor, arrastando dedos fortes com delicadeza pela minha pele sob o tecido da minha calcinha. Eu expiro, o corpo se transformando em líquido imediatamente e luto para não fechar os olhos e me perder na sensação. Ele consegue acender o fogo com um toque, e tenho que morder meu lábio para conter o gemido que descansa em minha garganta.

Vou reformar os cômodos que odeio. Eu suspiro, gemendo levemente enquanto seu dedo me sonda suavemente, movendo-se para dentro de mim com cuidado, testando para ver se estou pronta. Sempre um amante gentil, sempre cauteloso, mesmo que pareça estar assumindo o controle.

Deixe-me dormir com você aqui, e é um acordo. Aqueles olhos lindos e perfeitos se fixam nos meus, pupilas dilatadas e sobrancelhas baixas enquanto se esforça para olhar para mim como se quisesse arrancar minhas roupas com os dentes. Meu estômago formiga em antecipação e sei que perdi. Ninguém me faz sentir tão bonita e sexy quanto ele com apenas um olhar. Arry é meu principal calcanhar de Aquiles. Eu o amo tanto que não é normal, e ele sabe disso.

Vamos ver... Não tenho certeza se já o perdoei o suficiente. Eu viro minha cabeça enquanto ele se abaixa para outro beijo, dando risadinhas enquanto ele vai para o meu pescoço, chupando e mordiscando-me suavemente. Fecho os olhos para saborear o que sua boca faz comigo quando ele empurra a mão ainda mais em mim, seu dedo se aprofundando de modo que arqueio sob seu corpo e gemo baixinho com o prazer que dispara através de mim.

Deus, meu namorado tem habilidades com as mãos.

Tenho certeza de que sei como convencê-la, querida. Imagino que não vamos explorar a França esta noite. Ele move suas mordidelas para a minha mandíbula, trilhando por ela até que ele se inclina para chegar ao meu rosto e me beija mais uma vez, apaixonadamente. Guiando meu rosto de volta para ele com apenas um beijo, entreabrindo meus lábios e traçando minha língua com a dele mais uma vez. Recuando para espalhar mais beijos suaves e irrequietos pela minha bochecha e em direção à minha orelha.

Hmmm. Não pense que pode me persuadir só com sexo! O meu objetivo é protestar e apenas soa como súplica.

"Nós não fazemos apenas sexo, querida. Gosto de pensar que temos um pouco de diversão acrobática na hora de dormir, e depois mais um pouco." Confiança rouca, bem no meu ouvido enquanto ele se esfrega em mim, a pressão aprofundando os dedos que ele tem dentro de mim e fazendo o calor do meu corpo disparar.

De fogo a vulcão em menos de trinta segundos.

Você sabe o que eu quero dizer! Eu ofego... Tentando soar exasperada e, ao invés disso, soo libertina e carente.

Você pode redecorar, gastar uma porrada de dinheiro e me punir o quanto quiser... Nós dois sabemos que eu gosto quando você fica irascível. Ele afasta a mão entre nós, para minha nítida decepção e com isso eu obtenho outro sorriso presunçoso. Ele sabe que sou dele e agora ele está se deleitando com o poder que tem sobre mim. Ele se impulsiona para cima com os braços para olhar atentamente para mim por um segundo, trazendo seu olhar cheio de luxúria para o meu com uma expressão de absoluta confiança que deveria me enfurecer, mas estou perdida demais nisso.

Por que você é tão estranho? Cutuco sua covinha, sorrindo com sua proeminência e fofura, mesmo quando ele parece insanamente disponível para sexo.

Deus, ele me deixou com tanto tesão agora.

Eu tenho que ser, para ser o encaixe perfeito para você... nenhum cara normal acompanharia você, Sophabelle. Ele pisca e eu reviro os olhos.

Você me deve um dia de passeio pela nossa nova cidade, muitos presentes e talvez jantar em algum lugar bonito. Suspiro derrotada, sabendo muito bem que quando se trata de Arry... nunca consigo ficar brava por muito tempo. Ele é muito atraente e agora meu corpo está vibrando por sexo e eu quero parar de falar e chegar a isso.

Algo mais? Ele sorri, sabendo que me tem exatamente onde me quer. Agora estou enroscada nele meio nua e praticamente encorajando-o a se apressar e transar comigo.

Um orgasmo ou dois, se você estiver pronto para a tarefa. Eu franzo o nariz para ele, suprimindo um sorriso enquanto ele dá um grande sorriso. Definitivamente presunçoso sobre sua influência sobre mim.

Idiota.

Quando não estou? Ele pisca mais uma vez e isso lhe rende um segundo revirar de olhos.

Pare de ser tão idiota... Arrogância não é um traço atraente, sabe. Franzo o cenho de volta para ele e só recebo aquele olhar sabe-tudo e aquele sorriso irritante que exibe seus dentes retos brancos de Hollywood.

No entanto, aqui estamos, com suas pernas ao redor da minha cintura e nitidamente muito atraída por mim neste momento. Ele bate sua virilha em mim para enfatizar o ponto e obtém uma pequena risada gritada em resposta e um tapa suave no ombro.

Você é sem graça e um idiota. Eu dou uma risadinha, sabendo muito bem que é verdade.

E você é uma diva e uma princesa. Ele retruca com uma careta fofa que faria alguém perdoar qualquer um de seus delitos. Suspiro com a inutilidade de lutar contra isso por mais tempo. Minha calcinha está pronta para derreter e, se eu adiar a gratificação sexual, meu corpo poderá se auto implodir. Ele definitivamente conseguiu aquele bom DNA Carrero quando se trata de fazer as mulheres se transformarem em loucas sexuais insaciáveis.

Cale a boca e me beije! Cada parte de mim desiste enquanto deslizo meus braços ao redor do pescoço dele, pronta para transar com ele e deixá-lo fazer o que ele faz de melhor. Manter-me feliz entre os lençóis pelas próximas horas até o sono nos alcance.

Capítulo 2

Você quer que eu entre com você? Arry olha para mim com escrutínio, parado na rua do lado de fora do prédio de tijolos antiquado e eu pisco para ele com uma careta séria. Com o estômago em nós.

Você está brincando, certo? Você é meu pai e isso é o jardim de infância? Eu resisto ao desejo de abanar meu rosto pela terceira vez, reprimo a náusea e o nervosismo e me abstenho de empurrar as mãos agitadas de Arry para longe de mim. Ele está arrumando minha jaqueta pela segunda vez em cinco minutos e, embora seja terno, está me fazendo sentir nervosa e agitada enquanto ele afasta um fio de cabelo do meu rosto delicadamente. Estou aterrorizada, em um estado de ansiedade intensa e ele está sendo irritantemente legal sobre tudo isso, se não um pouco obsessivo em me tocar. Ele pode ser muito parecido com a mãe às vezes, uma galinha cacarejadora se agitando ao redor de mim quando sabe que estou tensa.

É o seu primeiro dia, você está em um novo país, uma nova escola... você está nervosa. Só quero estar presente para você. Ele sorri para mim, aquele típico sorriso americano e digno de desmaiar que suaviza meus nervos tensos e eu sorrio de volta com um suspiro, uma pontada de culpa por sequer ficar frustrada com ele. Ele está apenas tentando fazer o que sempre faz: cuidar de mim em todos os sentidos. Ele não consegue evitar.

Tenho que ser uma garota grande às vezes, e não fazer você sempre segurar minha mão. Preciso fazer algumas coisas sozinhas, se quiser chegar a algum lugar. Deslizo minhas mãos nas dele e as aperto com força, em busca de força, de confiança. Ainda com relutância em soltá-lo e incapaz de deixá-lo ver quão aterrorizada estou de deixá-lo para entrar naquele edifício extremamente intimidador que está pairando sobre nós.

Estou muito orgulhoso de você, querida. Você trabalhou tanto para chegar aqui e sei que vai impressioná-los. Você me impressiona todos os dias. Arry se inclina rapidamente e me beija suavemente na boca. Um beijo quase apaixonado e roça o nariz no meu enquanto se afasta, a erupção usual de borboletas e formigamentos ao seu toque. Às vezes, ainda não consigo acreditar que posso beijá-lo a qualquer momento que quiser, que ele é todo meu e que o ano passado não foi um longo sonho incrível. Eu o acolho com saudade, uma última tragada do que eu preciso dele e puxo minhas mãos para trás enquanto inspiro uma respiração calmante profunda. Armando-me com sua força.

Posso fazer isso. Eu declaro com confiança, acenando com a cabeça para ele. Tentando realmente me convencer lá no fundo que isso é verdade.

Sim, você pode. Ele sorri de volta, outro roçar de dedos na minha bochecha enquanto empurra meu cabelo para trás e acalma minha guerra interna de emoções. Está ficando longo, eu o tenho deixado crescer há algum tempo e já passou dos meus ombros em comprimento, que posso me esconder trás dele quando me sinto vulnerável. Eu o usei solto hoje por esse motivo e ele continua roçando meu rosto.

Eu suspiro, olho para minha jaqueta preta comprida e aliso-a. Está frio aqui, o tempo está gelado, e minhas botas e casaco são um presente de Arry depois que chegamos. Adoro a lã de verdade, o estilo ajustado, o abotoamento duplo e a sensação muito vintage. Ele tem um bom gosto em roupas. É algo pelo qual eu nunca posso culpá-lo e ele adora comprar coisas para mim. Saber que há algo dele, ao redor de mim como um abraço que posso manter comigo o dia todo, me dá coragem para enfrentar isso.

Certo. Eu suspiro e me viro para o prédio nervosamente, com o coração martelando no peito e as mãos tremendo. Arry me beija na bochecha e um sorriso minúsculo abrange meu rosto com seu último conforto rápido. Ele sabe como fazer um ótimo começo para o meu dia, e eu lanço para ele um último olhar um pouco cauteloso enquanto subo a escada até o prédio. Acenando para mim, me observando ir.

Minha força, meu protetor, meu coração e alma. Meu melhor amigo,