As festas de Nazaré
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As festas de Nazaré - Júlio César Machado
I
Às seis horas da manhã de um lindo dia de setembro de 1860, partia eu pelos caminhos de ferro, na aprazível companhia de criaturas de todo o feitio, que deixavam em Santa Apolônia parentes ou amigos madrugadores, a darem-lhe o adeus do estilo, a avivar-lhes na memória, ao primeiro sinal de partida do comboio, as últimas recomendações.
— Levas as esporas?
— Não te esqueças de trazer os pêssegos!
— Dize ao Procópio que já casou a Brígida!
— Tens a camisa de malha?
— Não te debruces!
— Vê se te esqueces de me comprar aquela coisa?!
— Olha que o ferrinho dos calos vai no saco pequeno!
Depois deste coro de expedientes à última hora, o andamento grave dos ônibus do Poço do Bispo tornou a viagem mais recreativa. Chegamos ao Carregado, e a carruagem do José Paulo, que oferece à comodidade pública 14 lugares, partiu… com 16. Numa carruagem estreita e curta, com calor, e uns restos de crinoline, que a moda atirara para a estrada, 16 pessoas acomodam-se o melhor possível, e não correm senão o risco de se asfixiarem.
Dois olhos de passageira fizeram-me esquecer que sufocávamos, que morríamos. Era uma pálida, que dava uma esperança em cada sorriso, uma promessa em cada olhar! A trança dos seus cabelos era negra; a expressão dos seus olhos, melancólica; uma tristeza vaga, que procurava disfarçar, desenhava-se-lhe em cada traço da sua angustiada fronte, e quando sorria, era toda luz!
Às cinco horas da tarde, a diligência parava nas Caldas da Rainha, e eu entrava conscienciosamente para casa da Malhoa. Santa e respeitável estalajadeira! Com que veneração pela literatura ela respondeu às perguntas que lhe dirigi, acerca de um cavalo que me levasse a Nazaré!
— Um cavalo manso e grave, que tenha ar distinto e porte sereno! Cavalo que não comprometa o cronista, fazendo-lhe partir os ossos antes de escrever a crônica!
— Está o