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Às Índias!
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Às Índias!
E-book79 páginas13 minutos

Às Índias!

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Sobre este e-book

Às Índias!, de Bruno Abramo de Ramos, é escrito em oitava real, mesmo esquema rítmico de Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, poema épico que detalha a viagem que Vasco da Gama fez a Calicute, o principal entreposto de especiarias do Oriente, de 1497 a 1498. Só que o protótipo de poema presente neste livro, pífia tentativa de fechar em verso o buraco da insciência do início do Brasil, aborda a segunda viagem de Portugal à cidade indiana, realizada por Pedro Álvares Cabral, de 1500 a 1501.
Em respeito ao menor hábito de leitura resultante da televisão, da internet e das variadas opções de lazer dos dias atuais, em vez dos 8.816 versos nas 1.102 estrofes de Os Lusíadas, Às Índias! tem apenas 552 versos em 69 estrofes. Isso significa que, no curto tempo de uma leitura rítmica, o leitor terá um leve panorama do que era a globalização dos séculos XV e XVI.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento23 de jun. de 2023
ISBN9786525455310
Às Índias!

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    Às Índias! - Bruno Abramo de Ramos

    Às Índias!

    I

    O éolo não soprou, diz o relato,

    naquele oito de março de mil e quinhentos.

    Cabral, então, clamou, com fino tato:

    Daqui partimos só com muitos ventos!

    E o Velho do Restelo, calejado,

    na rocha de onde via o movimento,

    ao neto disse: "Ai desta cidade,

    que a vida arrisca em busca de vaidade!"

    II

    E o neto: "Os iludidos embarcados

    nem são os que desfrutarão das benesses

    dos mares ora dantes navegados,

    no fim ficarão longe dos prazeres

    com os quais, mesmo assim, sonham, coitados,

    pois são só os que cuidam dos afazeres."

    E o idoso: Tanto sabes desse engodo!

    És tu quem dizes isso o tempo todo!

    III

    E abraça o neto o avô, remoendo

    a alternativa outra que restava

    a Portugal, a qual nada mais sendo:

    só continuar a vida que levava.

    Mas, venturoso, o rei, Manuel, correndo,

    pelos de sangue indômito falava;

    os nobres convenceu da grande empresa,

    e ao povo deu o pão-circo ânsia acesa.

    IV

    Sim, porque marujo da armada

    já é da redondeza conhecido,

    o tio, o primo, o irmão da namorada,

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