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O Capitão
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E-book79 páginas57 minutos

O Capitão

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Sobre este e-book

Não coube, pois, a Cabral a grande glória de descobrir o Brasil, mas coube-lhe a não pequena glória de fazer o seu reconhecimento e dele tomar posse para o país que o descobrira, realizando o memorável feito sem hostilizar os filhos dessas regiões incultas, sem infligir um ligeiro castigo, sem despertar neles o ódio que Colombo e os espanhóis, que depois vieram à conquista da América, acenderam entre os indígenas, dizimando-os, submetendo-os a ferro e fogo, caçando-os bárbara e desumanamente com cães amestrados na caça do homem, como quem caça hienas e lobos. Essa imperecível glória coube a Cabral e basta ela para que se justifique o preito de admiração que lhe rendemos, sem olvidar os serviços inestimáveis dos seus maiores na busca e descobrimento desta terra abençoada.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de out. de 2021
O Capitão

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    O Capitão - Adeilson Nogueira

    O CAPITÃO

    A HISTÓRIA DE PEDR’ALVAREZ CABRAL

    Adeilson Nogueira

    1

    Todos os direitos reservados.

    Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou meio eletrônico, e mecânico, fotográfico e gravação ou qualquer outro, sem a permissão expressa do autor. Sob pena da lei.

    2

    AGRADECIMENTO

    Ao amigo e empresário Kaká Santos, companheiro nesta viagem pelo conhecimento.

    3

    ÍNDICE

    INTRODUÇÃO......................................................................................05

    PREPARATIVOS...................................................................................06

    TERRA À VISTA....................................................................................08

    ORIGEM, NASCIMENTO E MORTE.......................................................24

    O DESCOBRIMENTO DO JÁ DESCOBERTO...........................................33

    QUEM DESCOBRIU O BRASIL?.............................................................58

    4

    INTRODUÇÃO

    Não coube, pois, a Cabral a grande glória de descobrir o Brasil, mas coube-lhe a não pequena glória de fazer o seu reconhecimento e dele tomar posse para o país que o descobrira, realizando o memorável feito sem hostilizar os filhos dessas regiões, sem infligir um ligeiro castigo, sem despertar neles o ódio que Colombo e os espanhóis, que depois vieram à conquista da América, acenderam entre os indígenas, dizimando-os, submetendo-os a ferro e fogo, caçando-os bárbara e desumanamente com cães amestrados na caça do homem, como quem caça hienas e lobos.

    Essa imperecível glória coube a Cabral e basta ela para que se justifique o preito de admiração que lhe rendemos, sem olvidar os serviços inestimáveis dos seus maiores na busca e descobrimento desta terra abençoada.

    5

    PREPARATIVOS

    O superintendente das revistas reais (Provedor dos Almazens do Reyno) fixava os salários e remunerações a serem pagos aos oficiais e soldados. O Capitão-mor receberia dez mil cruzados, cinco mil dos quais adiantados; os capitães deveriam receber mil cruzados para cada cem 'tonis' de seus navios e mil cruzados do valor total deveriam ser pagos antecipadamente.

    O salário de um ano, cento e trinta cruzados, deviam ser pagos antecipadamente aos marinheiros aptos casados, e sessenta e cinco cruzados aos solteiros; o salário de seis meses, sessenta e cinco cruzados, deviam ser pagos em adiantava aos marinheiros comuns, se casados, e trinta e dois cruzados e meio cruzado aos não casados.

    6

    Os navios foram provisionados por dois anos e carregados com tecidos de lã, veludos, cetins, damascos, cobre, âmbar, coral e corantes escarlates.

    Vasco da Gama aconselhou-se com os mestres e pilotos sobre o rumo a seguir, e o conselho de Vasco da Gama foi que navegassem em mar aberto, pois assim evitariam ventos perigosos que sopravam em terra, que eles deveriam tomar precauções especiais quando alcançassem as vizinhanças do Cabo da Boa Esperança, e que, quando o Cabo tivesse sido arredondado, eles deveriam se dirigir para a terra além dele o mais rápido possível.

    Nessa fase da viagem, os pilotos de Melinda, que acompanhavam a frota, deveriam auxiliar o Capitão-mor com o seu conhecimento da costa.

    Estando tudo pronto, a frota partiu de Lisboa para Restello e, no dia seguinte, nove de março de 1500, partiu para as ilhas de Cabo Verde, onde deveria ser embarcada água doce. Cerca de mil e quinhentas pessoas embarcaram.

    Acompanharam a esquadra seis monges franciscanos, cujo superior (guardião) foi Frey Anrique Soares, depois bispo de Ceuta.

    7

    TERRA À VISTA

    A primeira viagem de Vasco da Gama à Índia fora suficientemente bem-sucedida para alimentar em dom Manoel a esperança de que Portugal pudesse obter o monopólio do comércio de especiarias e mercadorias orientais em geral.

    A escolha do comandante de uma segunda frota real para a Índia recaiu sobre Pedr’Álvarez Cabral, a quem Simão Miranda de Azevedo era associado como segundo em comando e como seu sucessor em caso de morte.

    8

    Cabral era amigo de Vasco da Gama, que o induziu a oferecer-se para este serviço. Era filho de Fernão Cabral, adelantado da Beira, Senhor de Zurara e Alcaide-mor de Belmonte e era ele próprio fidalgo da Casa d'El-Rey.

    Ele era casado quando assumiu esta missão. Um descendente, Jorge Cabral, tornou-se capitão da Fortaleza de Bassein e, entre 1549 e 1550, foi governador da Índia em sucessão a Garcia de Sá.

    Os desastres, dos quais não teremos poucos para relatar, começaram nos primeiros estágios da viagem. As ilhas Canárias foram avistadas no dia 14 de março e alguns dias depois, quando a frota se encontrava nas proximidades das ilhas de Cabo Verde, 9

    uma tempestade atingiu o navio de Pedro de Figueiro, que se perdeu de vista na neblina e chuva.

    Na expectativa de que, se não houvesse nenhum desastre, ele se reunisse à frota, Cabral deu ordens para prosseguir, mas não foi visto novamente e sem dúvida naufragou.

    Santiago

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