Auto da Barca do Inferno

De Gil Vicente e Enrico Marchi

A peça acontece em um porto onde se encontram dois barqueiros: o Anjo e o Diabo. Cada um dos personagens é então julgado de acordo com suas ações na Terra, e seus pecados são expostos a todos.

• Idioma: Português
• Editora: Barsa Literatura
• Data de lançamento: 20 de fev. de 2024
• ISBN: 9788542221176

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Copyright © Auto da barca do inferno

Copyright © Editora Planeta do Brasil, 2023

Grafia atualizada segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que entrou em vigor no Brasil em 2009.

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Título original: Auto da barca do inferno

Texto base: disponibilizado pela Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro / Escola do Futuro da Universidade de São Paulo por meio do site dominiopublico.gov.br. Os erros tipográficos evidentes foram corrigidos.

Direção Geral e de Negócios: Anderson Silva

Coordenação Editorial: Juliana Muscovick

Analista Editorial: Larissa Facco Carneiro

Cotejo e Revisão: Fabiana do Nascimento, Ana Luiza Couto

Paratexto: Kátia Cavalcante Correa

Capa, Projeto Gráfico e Diagramação: Enrico Esposito Marchi

Coordenação de Negócios: Renato Munhoz

Suporte Técnico: Caio dos Santos

Adaptação para eBook: Hondana

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Angélica Ilacqua CRB-8/7057

Vicente, Gil, 1465-1536

Auto da barca do inferno [livro eletrônico] / Gil Vicente. -- 1. ed. -- São Paulo : Planeta do Brasil, 2023. 0,6 Mb; ePUB

ISBN 978-85-422-2117-6 (e-book)

1. Teatro português I. Título

23-4723 CDD P869.2

Índice para catálogo sistemático:

1. Teatro português

1ª edição, 2023

Todos os direitos desta edição reservados à

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Sumário

INTRODUÇÃO DE GIL VICENTE

CENA I

CENA II

CENA III

CENA IV

CENA V

CENA VI

CENA VII

CENA VIII

CENA IX

CENA X

CENA XI

CENA XII

SOBRE O AUTOR

AUTO DA BARCA DO INFERNO

INTRODUÇÃO DE GIL VICENTE

Auto de moralidade composto por Gil Vicente por contemplação da sereníssima e muito católica rainha Lianor, nossa senhora, e representado por seu mandado ao poderoso príncipe e mui alto rei Manuel, primeiro de Portugal deste nome.

Começa a declaração e argumento da obra. Primeiramente, no presente auto, se fegura que, no ponto que acabamos de espirar, chegamos supitamente a um rio, o qual per força havemos de passar em um de dous batéis que naquele porto estão, scilicet, um deles passa pera o paraíso e o outro pera o inferno: os quais batéis tem cada um seu arrais na proa: o do paraíso um anjo, e o do inferno um arrais infernal e um companheiro.

CENA I

O primeiro intrelocutor é um Fidalgo que chega com um Paje, que lhe leva um rabo mui comprido e üa cadeira de espaldas. E começa o Arrais do Inferno ante que o Fidalgo venha.

DIABO À barca, à barca, houlá!