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Batalha Naval De Tsushima, 1905
Batalha Naval De Tsushima, 1905
Batalha Naval De Tsushima, 1905
E-book290 páginas3 horas

Batalha Naval De Tsushima, 1905

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Sobre este e-book

Observou-se que a Marinha russa procurou atender, timidamente, aos princípios estratégicos militares marítimos para uma vitória naval, ao tentar reunir duas das suas maiores esquadras (Báltico e Pacífico) na área mais provável de choque contra a Marinha desafiante japonesa, mas entende-se que essa ação foi atrasada no tempo, pois deveria ter sido executada antes da queda de Porto Arthur e da destruição do Primeiro Esquadrão do Pacífico. Nessa ocasião, contando ainda mais com o Esquadrão de Vladivostok, sua situação teria sido muito mais favorável e o resultado da decisiva batalha de Tsushima (1905) poderia ter sido diferente. No cenário do jogo de guerra que será utilizado, em linhas gerais, considerando os sete meses e meio da viagem, o Segundo Esquadrão do Pacífico terá chegado às proximidades do mar Amarelo na primeira quinzena de dezembro, antes da queda final de Porto Arthur. Com esta previsão, o Primeiro Esquadrão não teria sido obrigado a forçar sua saída de Porto Arthur em agosto, para Vladivostok, e o Esquadrão deste porto também teria sido preservado, para, junto com o Terceiro Esquadrão do Pacífico, todos tentarem se reunir como Esquadra do Pacífico e lutarem a batalha decisiva contra a Esquadra Combinada Japonesa.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento2 de fev. de 2024
Batalha Naval De Tsushima, 1905

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    Batalha Naval De Tsushima, 1905 - André Geraque Kiffer

    ANDRÉ  GERAQUE  KIFFER

    Batalha  naval  de  Tsushima,

    1905.

    Uma  Simulação  Histórica

    Russa.

    Edição  do  Autor Rio  de  Janeiro

    2011

    ---  Kiffer,  André  Geraque.

    Batalha  naval  de  Tsushima,  1905.  Uma  Simulação Histórica  Russa.  André  Geraque  Kiffer.

    Edição  do  Autor,  Rio  de  Janeiro,  2011. Bibliografia:  350  f.  33  il.  21  cm..

    1.  História  Militar.  2.  Arte  da  Guerra.  3.  Ciência  da Guerra.  4.  Jogos  de  Guerra.  I.  Autor.  II.  Título.

    ISBN  978-85-9136-879-2

    2

    3 AGRADECIMENTOS

    À  Deus  pela  saúde.

    A  minha  querida  esposa  Leila,  pelo  apoio  e

    compreensão.

    4

    O  homem  superior  age  antes  de  falar  e  depois  fala  de  acordo com  suas  ações.

    (Confúcio)

    5 RESUMO

    Iniciei  a  construção  desta  obra  no  ano  de  1995, quando  inspirado  pela  leitura  da  obra-prima  de Arnold  Toynbee,  Um  Estudo  da  História,  e  pelo livro  "  Future  Wars"  ,  de  Trevor  N.  Dupuy,  desenvolvi a  monografia  Uma  Visão  Prospectiva  para  o  início do  século  XXI,  baseada  na  História  Militar  do período  1939-1991,  da  evolução  da  arte  da  guerra no  emprego  de  blindados,  que  apresentada  em 1999  encontra-se  arquivada  na  Escola  de  Comando e  Estado-Maior  do  Exército.  Na  seqüência desenvolvi  o  trabalho  profissional  Um  Estudo  da História  Militar  da  Guerra  da  Coréia,  aprovado  e arquivado  no  Estado-Maior  do  Exército  em  2004,  na qual  iniciei  a  esquematização  do  estudo  da  história militar  apoiado  pela  ferramenta  jogo  de  guerra. Em  2005,  com  a  leitura  do  livro  "  Wargame  Design" editado  pela  Strategy  &  Tactics  Magazine  , consolidei  uma  Matriz  para  Um  Estudo  da História  Militar  e  iniciei  a  análise  das  guerras,

    campanhas  e  batalhas  de  uma  determinada  época

    6

    e/ou  de  uma  civilização  descritas  no  Atlas  of Military  History  ,  edição  2006,  do  Instituto Smithsoniano.  Em  cada  livro  uma  guerra, campanha  ou  batalha  selecionada  é  estudada,  em algum  (ns)  dos  níveis  de  decisão  aplicáveis,  ou seja,  o  Político,  o  Estratégico,  o  Estratégico Operacional,  o  Tático  e  o  Técnico.  Com  base  em um  resumo  do  fato  histórico  procura-se  destacar  o (s)  fato  (s)  decisivo  (s)  causador  (es)  do  resultado negativo  antes  de  jogar  a  simulação,  por  meio  de um  "  wargame  .  Quando  o  autor  entender necessário  ao  entendimento  da  simulação,  serão feitas  referências  às  regras  e  ferramentas  do  jogo de  guerra.  Como  o  autor  estará  jogando  e simulando  pelos  dois  lados,  para  aumentar  a credibilidade  científica  da  simulação,  o  outro  lado da  colina"  terá  suas  ações  criadas  em  um  jogo  de guerra  eletrônico,  editado  de  foma  semelhante  ao cenário  do  tabuleiro,  permitindo,  por  meio  dessa inteligência  artificial,  aplicar-se  a  vontade independente  do  inimigo.  Na  simulação  se

    completam  todas  as  possibilidades  do  propósito  do

    7

    estudo,  quando  o  passado  da  história  é  analisado com  base  na  teoria  do  presente  e  projetado  no futuro  ou  revivido  como  caso  esquemático  do  e se…,  permitindo  extrair  conclusões  e  princípios aplicáveis  a  outras  situações  no  tempo  e  no espaço,  sem  a  ilusão  de  esgotar  todas  as  variantes imagináveis,  ou  seja,  um  jogo  sem  fim,  idealizando sempre  que  quando  jogarmos  o  lado  que historicamente  perdeu  seguiremos  a  máxima ANTES  A  VITÓRIA  QUE  A  DERROTA  e  quando jogarmos  o  lado  do  vencedor  histórico,  A VITÓRIA  SEMPRE,  MAS  COM  O  MENOR  CUSTO POSSÍVEL. Palavras  chave:  História  Militar.  Arte  da  Guerra.

    Ciência  da  Guerra.  Jogos  de  Guerra.

    8 SUMÁRIO

    CAPÍTULO  1  –  BATALHA  NAVAL  DE

    TSUSHIMA,1905.....................................................9 CAPÍTULO  2  –  ANÁLISE  TÁTICA  E  TÉCNICA RUSSA..................................................................95 CAPÍTULO  3  –  SIMULAÇÃO  TÁTICA  E TÉCNICA.............................................................114

    REFERÊNCIAS...................................................346

    9 CAPÍTULO  1

    BATALHA  NAVAL  DE  TSUSHIMA,  1905

    Uma  incursão  de  torpedeiras  japoneses  contra encouraçados  russos  em  Porto  Arthur,  a  8  de fevereiro  de  1904,  marcou  a  abertura  das hostilidades  entre  a  Rússia  e  o  Japão.  Assim,  a guerra  teve  início  sem  prévia  notificação diplomática.  Quando  a  notícia  da  agressão  chegou à  Europa,  havia  na  realidade  mais  de  quatro  meses que  o  Alto  Comando  japonês  considerava  a  guerra inevitável.

    Tóquio  era  mantida  a  par,  diariamente,  do estado  e  dos  movimentos  da  Marinha  russa, dividida  em  três  esquadras  respectivamente,  no mar  Báltico,  no  mar  Negro  e  no  oceano  Pacífico.

    Pela  primeira  vez  em  sua  história  o  Japão  vai

    10

    medir-se  com  uma  potência  ocidental.  Embora  em desvantagem  pela  incúria  política  superior,  pela mediocridade  geral  do  Alto  Comando,  pelas  ocultas sabotagens  revolucionárias,  a  Marinha  russa,  cuja história  data  de  Pedro,  o  Grande,  é  contudo,  pelo menos  em  tonelagem,  a  terceira  do  mundo  –  depois da  inglesa  e  da  francesa.

    Primeiramente,  é  indispensável  que  a  frota japonesa  asseste  na  frota  russa,  antes  da  sua concentração,  um  golpe  tal  que  o  transporte  do Exército  japonês  para  o  continente  não  venha  a  ser impedido.  Caso  contrário,  não  há  vitória  possível. Em  segundo  lugar,  essa  vantagem  deve  ser conseguida  com  um  mínimo  de  perdas.  Com  efeito, a  esquadra  russa  do  Pacífico  pode  ser  apoiada, reforçada  ou  substituída  por  navios  mandados  da Europa.  Que  adiantará  ao  Japão  ter  destruído  essa frota,  se  a  sua  própria  for  seriamente  enfraquecida, tornada  incapaz  de  sustentar  outros  combates  ?

    O  transporte  do  Exército  japonês  foi  realizado sem  interferência  da  Marinha  russa,  que

    permaneceu  em  Porto  Arthur  sob  a  proteção  das

    11

    fortificações  costeiras.  Apenas  em  Chemulpo,  na Coréia,  a  Esquadra  japonesa  conseguiu  obter  um resultado  mais  definitivo,  afundando  os  dois  navios russos  aí  baseados.  Mas  as  avarias  sofridas  pelos navios  russos  baseados  em  Porto  Arthur  causaram um  domínio  marítimo  temporário  dos  japoneses sobre  o  mar  Amarelo.

    Para  ser  definitivo,  nessa  época,  antes  da aviação  naval,  antes  da  intervenção  no  xadrez naval  dos  submarinos  de  grande  raio  de  ação, existia  uma  forma  superior  da  vitória  naval  que  era destruir  o  inimigo  num  choque  decisivo  das  forças opostas.  Certo  número  –  não  muito  elevado  –  de batalhas  navais  clássicas,  representam historicamente  essa  forma  simples  e  perfeita  de ação  no  mar,  mediante  a  qual  tudo  fica  resolvido em  poucas  horas.  É  o  sonho  dos  estrategistas.

    Os  serviços  de  informações  japoneses continuavam  a  mandar  seus  relatórios.  O  ataque  da frota  a  Porto  Arthur  causara,  do  lado  russo,  uma espécie  de  choque  nervoso.  A  população  indígena

    abandonava  a  costa,  oficiais  e  funcionários

    12

    enviavam  suas  famílias  para  a  Rússia  européia.  A destruição  do  cabo  telegráfico  que  ligava  Porto Arthur  a  Tchi-Fu  (em  frente  na  costa  chinesa), privando  a  praça  de  informações  gerais  sobre  a situação  no  Extremo-Oriente,  produzira  um  efeito moral  quase  idêntico  ao  do  bombardeio.

    A  informação  mais  interessante  e  a  menos agradável  provinha  de  São  Petersburgo,  segundo  a qual  firmava-se  a  certeza  de  que  uma  força  naval importante  seria  constituída  na  Rússia  européia  e enviada  como  reforço  à  Esquadra  russa  de  Porto Arthur.  A  30  de  abril  de  1904  chegou  uma  notícia que  era  de  se  esperar:  a  frota  russa  do  Báltico acabava  de  ser  oficialmente  nomeada  Segundo Esquadrão  do  Pacífico.

    Em  10  de  agosto  de  1904,  o  Primeiro Esquadrão  do  Pacífico,  sob  comando  do  Almirante Vitheft,  recebera  ordem  de  abrir  uma  passagem para  Vladivostok,  se  possível  evitando  o  combate. Se  Vitheft  escapasse  e  se  refugiasse  em Vladivostok  representaria  um  novo  cerco  a

    empreender,  longe  das  bases  japonesas,  longe  dos

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    exércitos  já  desembarcados.  Seria  a  possibilidade de  junção  entre  os  dois  esquadrões  da  Esquadra do  Pacífico  e  muito  possivelmente  a  derrota japonesa  na  guerra.

    A  Esquadra  japonesa  se  concentra  e  tenta bloquear  o  movimento  russo.  Depois  de  uma  fase de  perseguição,  dois  obuses  bem  colocados bastaram  para  mudar  o  curso  da  Batalha  do  mar Amarelo,  talvez  a  mais  determinante,  senão  a  mais decisiva  da  Guerra  Russo-Japonesa.

    Golpe  de  sorte  fez  com  que  o  primeiro  obus atingisse  em  cheio  a  ponte  de  comando  da capitânea  Cesarevitch,  matando  o  almirante  Vitheft e  ferindo  a  maioria  dos  oficiais  do  estado-maior.  O segundo  obus  explodiu  na  cabine  de  navegação, todos  os  que  aí  se  encontravam  morreram,  ficaram feridos  ou  asfixiados  pelos  gases.  Os  aparelhos  de navegação  e  de  direção  de  tiro  ficaram  inutilizados. Com  o  Cesarevitch  girando  desgovernado,  a esquadra  russa  ficou  durante  um  bom  momento sem  comando.  Com  a  assunção  do  contra-

    almirante  Ukhtomsky,  este  não  vê  alternativa  senão

    14

    retornar  à  Porto  Arthur,  uma  vez  que  a  esquadra japonesa  já  iniciava  a  cercar  a  russa.

    O  almirante  Kamimura  com  sua  esquadra, após  quatro  meses  de  operações  contra  os cruzadores  russos  de  Vladivostok,  acabou  logrando uma  decisão  a  14  de  agosto  na  Batalha  do  cabo Urussan,  ficando  livre  para  as  operações  de  Porto Arthur.  Este  porto  acabou  sendo  conquistado  a partir  de  terra  e  as  baterias  de  artilharia  do  Exército foi  que  completaram  a  destruição  dos  navios  russos entre  27  de  novembro  e  9  de  dezembro  de  1904.

    Fig  1:  A  viagem.

    15

    Em  outubro  de  1904  ,  a  Esquadra  russa  do Báltico,  agora  renomeada  Segundo  Esquadrão  do Pacífico,  estava  se  preparando  para  uma  longa  e difícil  viagem  para  juntar-se  ao  Primeiro  Esquadrão do  Pacífico,  em  Porto  Arthur  .

    As  dificuldades  a  serem  enfrentadas  pelo contra-almirante  Zinovi  Petrovitch  Rozhdestvenski eram  sem  precedentes.  Navios  que  utilizavam  o carvão  como  combustível  não  haviam  sido desenhados  para  percorrerem  18.000  milhas  sem  o concurso  de  uma  rede  de  facilidades  portuárias  ao longo  do  trajeto.  Seus  motores,  quando  forçados  a altas  velocidades  de  cruzeiro  tendiam  a  sofrer muitas  panes.  Suas  câmaras  de  vapor necessitavam  limpezas  freqüentes,  que  associadas ao  calor  dos  trópicos  tornavam  a  rotina  diária  um inferno  para  os  tripulantes  russos  .  Tripulações essas,  com  pouca  experiência,  muitas  das  quais nunca  haviam  navegado  em  alto-mar  e  mais, sentiam  que  a  guerra  estava  perdida.

    Como  vimos,  quantidade  suficiente  de  carvão

    para  a  longa  viagem  seria  um  problema.  O  carvão

    16

    havia  sido  declarado  contrabando,  algo  que  o governo  japonês  havia  previsto  e  em  conseqüência se  preparado  antes  da  guerra.  Durante  anos compraram  e  estocaram  grandes  quantidades  do carvão  Cardiff  ,  de  queima  praticamente  sem fumaça.  Os  russos  não  tiveram  a  mesma previdência  .

    A  Grã-Bretanha,  aliada  do  Japão,  não  venderia carvão  aos  russos.  Por  outro  lado,  o  Kaiser Guilherme  II,  ansioso  por  manter  a  Rússia  em guerra  pelo  maior  prazo  possível,  concordou  em apoiar  por  meio  de  uma  frota  de  carvoeiros  da Linha  Hamburg-Amerika  .

    Fig  2:  Localização  geral  do  estreito  de

    Tsushima.

    17

    No  dia  15  de  outubro  de  1904,  o  Segundo Esquadrão  do  Pacífico  iniciou  seu  percurso  desde  o mar  Báltico  até  Porto  Arthur  . Fig  3:  O  comandante  da  Esquadra  do  Pacífico,

    almirante  Rozhdestvenski.

    O  estudo  será  iniciado  pela  caracterização  dos principais  aspectos  da  área  de  operações envolvida  na  batalha.

    Após  um  esforço  super-humano  e  uma  inédita viagem  de  18.000  milhas  em  volta  do  mundo  desde o  Báltico,  o  agora  vice-almirante  Rozhdestvenski, em  maio  de  1905,  estava  navegando  através  do mar  do  sul  da  China.  O  Terceiro  Esquadrão  do

    Pacífico,  sob  o  comando  do  contra-almirante  Nikolai

    18

    Nebogatov,  havia  se  reunido  ao  Segundo Esquadrão  (Esquadra  do  Báltico)  neste  mês.

    Esse  reforço  enviado  por  São  Petersburgo  na verdade  era  mais  um  óbice  do  que  um  apoio,  pois seus  navios  eram  antigos,  construídos  nos  anos 1880,  e  apenas  um  deles  podia  ser  classificado como  encouraçado.  Os  demais  eram  navios  para defesa  costeira  que  retardariam  a  progressão  da esquadra  .

    Com  Porto  Arthur  em  mãos  japonesas  o  único porto  russo  na  região  era  Vladivostok,  havendo  três rotas  possíveis  para  a  esquadra  russa  seguir,  todas através  de  relativamente  apertados  estreitos.  Os dois  primeiros,  La  Perouse  e  Tsugaru,  estavam localizados  no  limite  norte  das  ilhas  japonesas, significando  uma  rota  ao  longo  da  costa  leste  do Japão  e  que  iria  requerer  novo  suprimento  de carvão  no  oceano.  A  terceira  alternativa  era  o estreito  de  Tsushima,  que  levaria  a  esquadra  para  o centro  de  gravidade  dos  mares  sob  controle  da marinha  japonesa.  Considerando  as  condições  da

    sua  esquadra  após  a  longa  viagem  e  a  necessidade

    19

    de  reabastecer  de  carvão,  o  quanto  antes, Rozhdestvenski  fez  a  única  escolha  possível, rumando  direto  por  Tsushima  para  Vladivostok.

    Fig  4:  O  estreito  de  Tsushima.

    Durante  a  noite  de  26  para  27  de  maio,  a esquadra  russa,  navegando  a  9  nós,  finalmente começou  a  penetrar  os  estreitos  de  Tsushima.  Com disciplina  de  luzes,  o  grosso  dos  navios  passou pela  linha  de  patrulha  externa  japonesa.  Mas infelizmente  o  navio  hospital  Orel,  várias  milhas  à retaguarda,  estava  todo  iluminado,  segundo  as  leis marítimas  internacionais,  e  o  cruzador  auxiliar japonês  Shinano  Maru  ,  que  retornava  de  seu  roteiro

    de  patrulha,  avistou-o,  identificou-o  e  após

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    comunicar  Fumaça  inimiga  à  vista,  às  0445  horas, rumou  às  pressas  para  o  norte,  perseguindo  o grosso  da  esquadra  russa,  agora  visível  .

    Abordando,  agora,  as  principais  características das  nossas  forças  na  batalha.

    Fig  5:  Arcos  de  tiro  dos  sistemas  de  armas.

    Abreviaturas  na  figura  5:  Port  Quarter  (PQ)  – Bombordo  À  Ré  Setor  de  90º;  Starboard  Quarter (SQ)  –  Estibordo  À  Ré  Setor  de  90º;  Port  Bow  (PB) –  Bombordo  Avante  Setor  de  90º;  Starboard  Bow (SB)  –  Estibordo  Avante  Setor  de  90º;  Port  (P)

    Bombordo  Setor  de  90º;  Starboard  (S)  –  Estibordo

    21

    Setor  de  90º;  Port  Side  (PS)  –  Bombordo; Starboard  Side  (SS)  –  Estibordo;  Port  Wing  (PW)  – Bombordo  Avante  Setor  de  135º;  Starboard  Wing (SW)  –  Estibordo  Avante  Setor  de  135º;  Port  Aft (PA)  –  Bombordo  À  Ré  Setor  de  135º;  Starboard  Aft (SA)  –  Estibordo  À  Ré  Setor  de  135º;  Forward  (F)  – Proa  Setor  de  270º;  Aft  (A)  –  Popa  Setor  de  270º.

    Esquadra  Russa  do  Pacífico Primeira  Divisão:

    Knyaz  Suvorov,  capitânea  do  vice-almirante Rozhdestvenski  -  encouraçado  pré-Dreadnought  da classe  Borodino;  entrada  em  serviço  no  ano  de 1904;  tripulação  de  858  homens;  deslocamento  de 13.516  toneladas  (ton);  propulsão  a  carvão; velocidade  de  18  nós;  blindagem  do  casco  150  mm

    e  do  tombadilho  50  mm;  armado  com  2  torres  (  F/A  )

    22

    duplas  de  canhões  305  mm/40  M1892,  6  torres (  PW/SW/P/S/PA/SA  )  duplas  de  canhões  152 mm/45  Canet  M1891,  2  torpedos  (proa  e  popa)  38 cm  modelo  (linha  d’água)  w/2  M1898,  2  torpedos (bombordo  e  estibordo)  38  cm  modelo  (submerso) w/6  M1898,  20  canhões  (em  casamatas)  75  mm/50 Canet  M1891,  20  canhões  47  mm/44  M1888  e  2 canhões  37  mm/23  M1884.

    Fig  6:  Encouraçado  Knyaz  Suvorov.

    Imperador  Alexandr  III,  Borodino  e  Orel  - encouraçados  pré-Dreadnought  da  classe Borodino.

    Segunda  Divisão:

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    Oslyabya,  capitânea  do  contra-almirante Felkerzam  -  encouraçado  pré-Dreadnought  da classe  Peresvyet;  entrada  em  serviço  no  ano  de 1901;  tripulação  de  771  homens;  deslocamento  de 12.674  ton;  propulsão  a  carvão;  velocidade  de  18 nós;  blindagem  do  casco  160  mm  e  do  tombadilho 50  mm;  armado  com  2  torres  (  F/A  )  duplas  de canhões  254  mm/45  Canet  M1892,  1  canhão  (proa) 152  mm/45  Canet  M1891,  10  canhões  (em casamatas)  152  mm/45  Canet  M1891,  2  torpedos (bombordo  e  estibordo)  38  cm  modelo  (linha d’água)  w/4  M1898,  2  torpedos  (bombordo  e estibordo)  38  cm  modelo  (submerso)  w/6  M1898  e 1  torpedo  (proa)  38  cm  modelo  (linha  d’água)  w/2 M1898.

    Sisoi  Veliki  -  encouraçado  pré-Dreadnought  da classe  Sisoi  Veliki;  entrada  em  serviço  no  ano  de 1896;  tripulação  de  686  homens;  deslocamento  de 10.400  ton;  propulsão  a  carvão;  velocidade  de  15 nós;  blindagem  do  casco  180  mm  e  do  tombadilho 50  mm;  armado  com  2  torres  (F/A)  duplas  de

    canhões  305  mm/40  M1892,  6  canhões  (em

    24

    casamatas)  152  mm/45  Canet  M1891,  4  torpedos (bombordo  e  estibordo)  38  cm  modelo  (linha d’água)  w/4  M1898,  2  torpedos  (proa  e  popa)  38  cm modelo  (linha  d’água)  w/2  M1898,  12  canhões  47 mm/44  M1888  e  14  canhões  37  mm/23  M1884.

    Fig  7:  Encouraçados  classe  Borodino.

    Navarin  -  encouraçado  pré-Dreadnought  da classe  Navarin;  entrada  em  serviço  no  ano  de  1896; tripulação  de  622  homens;  deslocamento  de  10.206 ton;  propulsão  a  carvão;  velocidade  de  15  nós; blindagem  do  casco  180  mm  e  do  tombadilho  50 mm;  armado  com  2  torres  (  F/A  )  duplas  de  canhões 305  mm/35  M1885,  8  canhões  (em  casamatas)  6 polegadas/35  M1877,  4  torpedos  (bombordo  e

    estibordo)  38  cm  modelo  (linha  d’água)  w/4  M1898,

    25

    2  torpedos  (proa  e  popa)  38  cm  modelo  (linha d’água)  w/2  M1898,  14  canhões  47  mm/44  M1888  e 12  canhões  37  mm/23  M1884.

    Almirante  Nakhimov  -  encouraçado  pré- Dreadnought  da  classe  Almirante  Nakhimov; entrada  em  serviço  no  ano  de  1887;  tripulação  de 570  homens;  deslocamento  de  8.524  ton;  propulsão a  carvão;  velocidade  de  17  nós;  blindagem  do casco  130  mm  e  do  tombadilho  40  mm;  armado com  4  torres  (  F/P/S/A  )  duplas  de  canhões  203 mm/35  M1884,  10  canhões  (em  casamatas)  152 mm/35  M1884,  2  torpedos  (bombordo

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