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Campanha Da Prússia Oriental, 1914
Campanha Da Prússia Oriental, 1914
Campanha Da Prússia Oriental, 1914
E-book109 páginas1 hora

Campanha Da Prússia Oriental, 1914

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Sobre este e-book

Ao irromper a guerra, o Comandante-Chefe russo, o Grão-Duque Nicolay, procurou acelerar a invasão da Prússia Oriental com a finalidade de aliviar a pressão alemã sobre os franceses, seus aliados. No início da campanha os alemães se encontravam em inferioridade numérica relativamente a cada um dos exércitos russos. Se Rennenkampf e Samsonov pudessem ser coordenados por Jilinski, certamente estariam em condições de esmagar o VIII Exército, dominar a Prússia Oriental e chegar a Berlim sem encontrar resistência. O cenário do jogo de guerra que será utilizado permitirá que sejam reforçados quatro fatores importantes para o sucesso da campanha, que certamente teriam sido pensados e executados para enfrentar os alemães, muito mais fortes que os austro-húngaros ao sul: maior quantidade de artilharia de sítio; melhor preparo e emprego das comunicações; uma logística com mais tropas de apoio, particularmente para a ala esquerda, e com a possibilidade de utilizar-se das fontes de suprimento inimigas conquistadas; e eficácia no emprego dos órgãos de inteligência, cavalaria e aviação de reconhecimento.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento2 de fev. de 2024
Campanha Da Prússia Oriental, 1914

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    Campanha Da Prússia Oriental, 1914 - André Geraque Kiffer

    ANDRÉ  GERAQUE  KIFFER

    Campanha  da  Prússia  Oriental,

    1914.

    Uma  Simulação  Histórica

    Russa.

    Edição  do  Autor Rio  de  Janeiro

    2011

    ---  Kiffer,  André  Geraque.

    Campanha  da  Prússia  Oriental,  1914.  Uma  Simulação Histórica  Russa.  André  Geraque  Kiffer.

    Edição  do  Autor,  Rio  de  Janeiro,  2011. Bibliografia:  140  f.  19  il.  21  cm..

    1.  História  Militar.  2.  Arte  da  Guerra.  3.  Ciência  da Guerra.  4.  Jogos  de  Guerra.  I.  Autor.  II.  Título.

    ISBN  978-85-9136-876-1

    2

    3 AGRADECIMENTOS

    À  Deus  pela  saúde.

    A  minha  querida  esposa  Leila,  pelo  apoio  e

    compreensão.

    4

    O  homem  superior  age  antes  de  falar  e  depois  fala  de  acordo com  suas  ações.

    (Confúcio)

    5 RESUMO

    Iniciei  a  construção  desta  obra  no  ano  de  1995, quando  inspirado  pela  leitura  da  obra-prima  de Arnold  Toynbee,  Um  Estudo  da  História,  e  pelo livro  "  Future  Wars"  ,  de  Trevor  N.  Dupuy,  desenvolvi a  monografia  Uma  Visão  Prospectiva  para  o  início do  século  XXI,  baseada  na  História  Militar  do período  1939-1991,  da  evolução  da  arte  da  guerra no  emprego  de  blindados,  que  apresentada  em 1999  encontra-se  arquivada  na  Escola  de  Comando e  Estado-Maior  do  Exército.  Na  seqüência desenvolvi  o  trabalho  profissional  Um  Estudo  da História  Militar  da  Guerra  da  Coréia,  aprovado  e arquivado  no  Estado-Maior  do  Exército  em  2004,  na qual  iniciei  a  esquematização  do  estudo  da  história militar  apoiado  pela  ferramenta  jogo  de  guerra. Em  2005,  com  a  leitura  do  livro  "  Wargame  Design" editado  pela  Strategy  &  Tactics  Magazine  , consolidei  uma  Matriz  para  Um  Estudo  da História  Militar  e  iniciei  a  análise  das  guerras,

    campanhas  e  batalhas  de  uma  determinada  época

    6

    e/ou  de  uma  civilização  descritas  no  Atlas  of Military  History  ,  edição  2006,  do  Instituto Smithsoniano.  Em  cada  livro  uma  guerra, campanha  ou  batalha  selecionada  é  estudada,  em algum  (ns)  dos  níveis  de  decisão  aplicáveis,  ou seja,  o  Político,  o  Estratégico,  o  Estratégico Operacional,  o  Tático  e  o  Técnico.  Com  base  em um  resumo  do  fato  histórico  procura-se  destacar  o (s)  fato  (s)  decisivo  (s)  causador  (es)  do  resultado negativo  antes  de  jogar  a  simulação,  por  meio  de um  "  wargame  .  Quando  o  autor  entender necessário  ao  entendimento  da  simulação,  serão feitas  referências  às  regras  e  ferramentas  do  jogo de  guerra.  Como  o  autor  estará  jogando  e simulando  pelos  dois  lados,  para  aumentar  a credibilidade  científica  da  simulação,  o  outro  lado da  colina"  terá  suas  ações  criadas  em  um  jogo  de guerra  eletrônico,  editado  de  foma  semelhante  ao cenário  do  tabuleiro,  permitindo,  por  meio  dessa inteligência  artificial,  aplicar-se  a  vontade independente  do  inimigo.  Na  simulação  se

    completam  todas  as  possibilidades  do  propósito  do

    7

    estudo,  quando  o  passado  da  história  é  analisado com  base  na  teoria  do  presente  e  projetado  no futuro  ou  revivido  como  caso  esquemático  do  e se…,  permitindo  extrair  conclusões  e  princípios aplicáveis  a  outras  situações  no  tempo  e  no espaço,  sem  a  ilusão  de  esgotar  todas  as  variantes imagináveis,  ou  seja,  um  jogo  sem  fim,  idealizando sempre  que  quando  jogarmos  o  lado  que historicamente  perdeu  seguiremos  a  máxima ANTES  A  VITÓRIA  QUE  A  DERROTA  e  quando jogarmos  o  lado  do  vencedor  histórico,  A VITÓRIA  SEMPRE,  MAS  COM  O  MENOR  CUSTO POSSÍVEL. Palavras  chave:  História  Militar.  Arte  da  Guerra.

    Ciência  da  Guerra.  Jogos  de  Guerra.

    8 SUMÁRIO

    CAPÍTULO  1  –  CAMPANHA  DA  PRÚSSIA

    ORIENTAL,  1914.....................................................9 CAPÍTULO  2  –  ANÁLISE  ESTRATÉGICA OPERACIONAL  RUSSA........................................37 CAPÍTULO  3  –  SIMULAÇÃO  ESTRATÉGICA OPERACIONAL.....................................................54

    REFERÊNCIAS...................................................136

    9 CAPÍTULO  1

    CAMPANHA  DA  PRÚSSIA  ORIENTAL,  1914

    Ao  irromper  a  guerra,  o  Comandante-Chefe russo,  o  Grão-Duque  Nicolay,  procurou  acelerar  a invasão  da  Prússia  Oriental  com  a  finalidade  de aliviar  a  pressão  alemã  sobre  os  franceses,  seus aliados.  A  17  de  agosto,  o  exército  de  Rennenkampf atravessou  a  fronteira  leste  daquele  país  e,  a  19  e 20  de  agosto,  enfrentou  e  repeliu  o  grosso  do  VIII Exército  alemão,  de  Prittwitz,  na  batalha  de Gumbinnen.

    A  21  de  agosto,  Prittwitz  teve  conhecimento  de que,  à  sua  retaguarda,  o  exército  de  Samsonov, com  dez  divisões,  havia  atravessado  a  fronteira  sul da  Prússia  Oriental,  que  se  achava  guardada

    apenas  por  três  divisões.  Em  pânico,  Prittwitz

    10

    pensou  momentaneamente  em  retirar-se  para  trás do  Vístula,  resolvendo  Moltke  substituí-lo  por Hindenburg,  um  general  da  reserva,  com Ludendorff  nas  funções  de  seu  chefe  de  estado- maior.

    Prosseguindo  na  execução  de  um  plano  que fora  iniciado  pelo  coronel  Hoffmann,  do  estado- maior  do  VIII  Exército,  Ludendorff  concentrou  cerca de  seis  divisões  contra  a  ala  esquerda  de Samsonov.  Essa  força,  de  efetivo  inferior  ao  dos russos,  não  poderia  obter  um  resultado  decisivo, mas  Ludendorff,  verificando  que  Rennenkampf ainda  se  encontrava  nas  proximidades  de Gumbinnen,  decidiu  correr  o  risco  calculado  de retirar  o  restante  das  tropas  alemãs,  exceto  uma cobertura  de  cavalaria,  daquela  frente  para empregá-la  contra  a  ala  direita  de  Samsonov.

    Essa  ousada  manobra  foi  muito  beneficiada pela  falta  de  comunicações  existente  entre  os  dois comandantes  russos  e  pela  facilidade  com  que  os alemães  decifravam  as  mensagens  rádio  do

    inimigo.  Sob  esses  golpes  convergentes,  os  flancos

    11

    de  Samsonov  foram  esmagados,  seu  centro cercado  e  seu  exército  praticamente  destruído nessa  batalha  de  Tannenberg. Fig  1:  A  concentração  estratégica  no  Teatro  de

    Operações  Europeu  Oriental.

    Embora  a  oportunidade  se  tenha  apresentado e  não  sido  criada,  esta  curta  campanha  constitui  um exemplo  quase  perfeito  de  um  tipo  de  ação  indireta, a  manobra  em  linhas  interiores.

    A  seguir,  após  receber  dois  novos  corpos  de exército,  retirados  da  frente  francesa,  o

    comandante  alemão  dispôs-se  a  enfrentar  o  lento

    12

    avanço  de  Rennenkampf,  cuja  falta  de  energia  era, em  parte,  conseqüente  de  suas  perdas  em Gumbinnen  e  da  subseqüente  falta  de  informações, conseguindo  expulsá-lo  da  Prússia  Oriental.

    A  Rússia,  em  conseqüência  dessas  batalhas, perdeu  um  quarto  de  milhão  de  homens  e  grande quantidade  de  material  de  guerra.  A  invasão  da Prússia  Oriental,  todavia,  ajudou  de  certo  modo  a recuperação  dos  franceses  no  Marne,  pois

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