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Tudo outra vez
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E-book77 páginas1 hora

Tudo outra vez

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Sobre este e-book

Nesta antologia temos contos sobre vampiros e zumbis, isso mesmo, dois tipos de morto-vivo em um mesmo lugar, neste caso, mesma antologia. Cada autor irá apresentar a você leitor, um conto sobre um dos seres ou até mesmo de ambos os seres no mesmo conto. O título se baseia no fato de que ambos os seres retornam a vida, mas não da mesma forma que nós seres humanos. Convido você a ler mais uma vez sobre estes seres fantásticos que nunca saíram da imaginação literária. Aventure-se com contos únicos onde o imaginário da vida ao personagem para satisfazer a sua leitura.


Autores:


Tauã Lima Verdan Rangel
William R.F. Ramires
Alison Silveira Morais
Antonio Stegues Batista
Roberto Schima

IdiomaPortuguês
EditoraObook
Data de lançamento26 de abr. de 2024
ISBN9786598278373
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    Tudo outra vez - Obook

    Ficha do Livro

    Tudo outra vez

    Organizador: Donnefar Skedar

    Projeto gráfico: Obook

    Copyright desta edição: Obook, 2024

    Imagem da capa: Adobe Stock

    Capa: Obook

    ISBN: 978-65-982783-7-3

    Publicação independente.

    Contato: contato@obook.com.br

    Site: https://obook.com.br/

    Sumário

    Ficha do Livro

    Apresentação

    A breve dança do fogo

    Dia da caça

    Inominável Pecado

    Memórias da condessa de Montesino

    O beijo do vampiro

    Encourado, o vampiro do nordeste

    Apresentação

    Tudo Outra Vez ressalta não apenas a relevância dos temas abordados - dois seres amplamente explorados em diversos projetos - mas também a recorrência desses seres à vida, mesmo após a morte. Tanto o zumbi quanto o vampiro podem assumir o papel principal nas histórias aqui apresentadas, permitindo ao leitor vislumbrar que, embora tudo possa parecer familiar à primeira vista, talvez não seja exatamente como antes.

    Boa leitura.

    Don,

    Organizador

    A Breve Dança do Fogo

    Antonio Stegues Batista

    Dante bebia seu Dry Martini no elegante Cripta Bar. Marcus o conhecia como Lorde Dante Constantino Alterra. Só não sabia se o Lorde era nome próprio ou um título. De qualquer forma, Dante se vestia e se comportava como um fidalgo.  Era empresário, dono das Vinícolas Alterra. Não falava muito, apenas o necessário. Quando Marcus tentava saber algo mais de sua vida privada, ele desconversava, mudava de assunto. Então, Marcus o deixava quieto. Costumava chegar alegre, satisfeito com a vida, mas naquela noite estava sério, aborrecido, aparentemente melancólico e entediado. Para Dante Feratus, parecia que a noite seria igual a tantas outras, ele acabaria o drink e sairia do bar em busca de sangue fresco. O Dry Martini era para despertar o seu apetite, aliás, sede. 

    Então, a mulher como que se materializou de repente ao seu lado. O coração de 267 anos pulsou extasiado como nos velhos tempos. Se não tivesse visto Lívia pegar fogo e virar cinzas diante de seus olhos, diria que aquela mulher de cabelos vermelhos e olhos verdes era ela. Teria Lívia ressuscitado das cinzas?

    Ela olhou para o copo diante dele.

    — Essa bebida aí é gostosa?

    — Ruim não é. Eu gosto – respondeu ele, referindo-se não só a bebida, mas a figura dela, bela, jovem, esbelta.

    — Então vou experimentar.

    — Marcus, traz um desse para a senhorita

    A mulher estendeu a mão delicada, que ele aceitou com prazer.

    — Isabela Cortázar.

    — Dante Constantino Alterra.

    Ela fez um ar de surpresa.

    — Alterra, me lembra de alguma coisa. 

    — Vinho?

    — Isso mesmo. Já tomei esse vinho que é muito bom. Tem o mesmo nome então, o senhor... 

    — Sou o dono da vinícola Alterra.

    Marcus colocou a bebida diante dela, Isabela pegou a taça com delicadeza e provou um gole.

    — Delicioso.

    — E você, faz o quê?

    — Trabalho numa rede de televisão como redatora. À noite sou caçadora de vampiros.

    Olhou para ele de viés e um sorriso debochado.

    — Verdade? E onde está o martelo e a estaca? 

    — No carro, um Chevrolet Ônix vermelho. 

    — Eu tenho um Maverick anos 70. Sou colecionador de objetos antigos e raros.

    Isabela tomou um gole da bebida e passou a língua pelos lábios.

    — Fale mais sobre você. 

    — Sou solteiro, moro na Itália. Vim ao Brasil a negócios e devo voltar à Toscana em breve. Sou empresário. Gosto daquilo que me dá lucro, ou prazer. Fale sobre você. Sei que tem um Ônix, trabalha como redatora e tem por hobby, caçar vampiros. É sério isso?

    — Claro que não. Você acredita em vampiros?

    — Nesse mundo doido tudo é possível.

    — Pois é., mas, falando de mim, estou de férias e pretendo viajar, conhecer lugares novos.

    ─ Então te convido a visitar Toscana. Gostaria muito de ter sua companhia. Eu teria um imenso prazer em te mostrar minha coleção de pinturas e objetos raros e antigos, além dos vinhedos, é claro.

    — Eu adoraria.

    Dante sorriu, satisfeito. Por nada do mundo perderia aquela mulher

    ***

    Sobre a colina se assentava um prédio sombrio, ancestral. Torres sinistras erguiam-se para o céu como garras de um monstro ciclópico. Musgos verde-cinzentos cobriam as pedras do alicerce.  As gárgulas nos beirais do telhado, eram como sentinelas petrificadas, vigilantes.

    O sol surgiu entre as nuvens quando o carro parou em frente da mansão. Dante saltou, deu a volta e abriu a porta para Isabela descer. Ele usava gorro, óculos escuros, luvas e roupas grossas para se proteger do sol. Ela vestia um casaco de pele porque estava frio. Olhou ao redor e se encantou com a morada, uma casa que .parecia mais um castelo rodeado de árvores, Era outono e as folhas estavam caindo, atapetando o pátio de vermelho-dourado. Algumas sebes ainda estavam verdes. Um jardineiro varria as folhas secas, colhia com a pá e colocava num carrinho-de-mão. A porta da casa se abriu e surgiu uma mulher magra, empertigada, de cabelos pretos enrolados num coque. Após ela saiu um dos empregados para pegar as malas no carro.

    — Senhorita Isabela, sou Micaela Francis, a governanta. Benvenuto. Seu quarto está arrumado e o banho preparado – disse a mulher num tom seco, porém, amistoso. Não sorriu porque não gostava de bajular os hóspedes do patrão, principalmente quando eram mulheres. A governanta acompanhou a hóspede ao quarto e se

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