Furacão do desejo
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Sobre este e-book
Uma dia em que Lucy ficou a trabalhar até tarde, despertou o desejo entre ela e Nick Constantinou, o seu lindíssimo chefe grego... e acabaram por fazer amor.
Os dois prometeram que continuariam como se nada tivesse acontecido, mas agora que Nick tinha descoberto a paixão que escondia a sua recatada e eficiente secretária, não podia pensar noutra coisa. Uma viagem de negócios foi a desculpa perfeita para se converterem em amantes. Era evidente que Nick sentia algo por Lucy, mas esses sentimentos seriam suficientemente fortes para assimilar a notícia que o esperava?
Cathy Williams
Cathy Williams is a great believer in the power of perseverance as she had never written anything before her writing career, and from the starting point of zero has now fulfilled her ambition to pursue this most enjoyable of careers. She would encourage any would-be writer to have faith and go for it! She derives inspiration from the tropical island of Trinidad and from the peaceful countryside of middle England. Cathy lives in Warwickshire her family.
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Furacão do desejo - Cathy Williams
Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2002 Cathy Williams
© 2014 Harlequin Ibérica, S.A.
Furacão Do Desejo, n.º 737 - Agosto 2014
Título original: Constantinou’s Mistress
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Publicado em português em 2004
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-5405-5
Editor responsável: Luis Pugni
Conversão ebook: MT Color & Diseño
www.mtcolor.es
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Volta
Capítulo 1
Lucy ouviu o ruído da porta e ergueu as mãos do teclado.
Não devia estar ali ninguém às dez e meia da noite. E muito menos naquele dia. Nervosa, levantou-se da cadeira. Estava no único gabinete iluminado daquele piso e qualquer pessoa podia vê-la do corredor, ao passo que ela não conseguia ver nada.
Embora o escritório de Nick Constantinou fosse enorme, não havia lugar nenhum onde pudesse esconder-se, nem sequer uns cortinados de veludo. E apesar de ser magra, tentar esconder-se atrás das persianas de madeira seria ridículo.
De facto, o seu medo era ridículo. Ela era uma pessoa muito sensata para imaginar que havia um ladrão ali.
Lucy aproximou-se da porta que ligava o gabinete de Nick Constantinou ao seu. Não ouvia nada, excepto o vento a bater nas janelas... então, viu uma figura escura no corredor.
– Eh!
Estava a chamar alguém às dez e meia da noite, num escritório que ela mesma tinha fechado à chave depois de entrar.
– Quem é você?
Interrogou-se sobre se as suas pernas responderiam caso tivesse que sair dali a correr. Media um metro e sessenta e a figura que se dirigia a ela parecia medir trinta centímetros a mais.
– Quem é que achas que eu sou? – respondeu o homem. Naquele momento, acendeu-se a luz e Lucy deixou escapar um suspiro de alívio. – Um ladrão que vem assaltar o luxuoso escritório de Nick Constantinou?
A pergunta retórica pareceu diverti-lo muito, porque soltou uma estrondosa gargalhada.
– O que é que estás aqui a fazer, Nick? Não devias estar...?
– Onde? – interrompeu-a ele. O riso tinha desaparecido abruptamente e Lucy observou que parecia estar embriagado.
E isso deixou-a perplexa. Nick Constantinou não bebia. Ou, pelo menos, não era seu hábito fazê-lo. Sabia-o, pois tinha estado presente em várias recepções nos últimos dez meses que trabalhava para ele como secretária.
– Não respondeste à minha pergunta.
– Que pergunta?
– Onde é que achas que devia estar?
Mesmo embriagado, Nick Constantinou emanava um incrível atractivo masculino. A sua roupa escura, a gravata torta, o casaco negro que parecia a capa de um mago, o cabelo escuro penteado para trás... tudo isso lhe conferia um aspecto perigoso.
– Pensei que estavas em casa... com a tua família.
Afinal, o funeral da sua esposa tinha tido lugar naquele mesmo dia.
– Tenho que me sentar.
Nick entrou no seu gabinete e Lucy pensou se devia ou não segui-lo, ou se era suposto afastar-se discretamente. Aquela situação era bastante estranha.
Mas não teve escolha.
– Traz-me água, por favor. Ou melhor, uma chávena de café bem forte.
– Água seria melhor. Se bebeste muito álcool, deves estar desidratado. Tens que beber o máximo que puderes.
– Sempre tão sensata, eh?! – exclamou Nick, deixando-se cair no sofá. – Sempre disposta a dar um bom conselho.
Ela fez uma careta. Sim, a sensata Lucy, que conseguira chegar a secretária do director pela sua eficiência, pela sua capacidade de trabalho e controlo.
A boa da Lucy, que não conseguia estar na mesma sala com o seu chefe sem sentir cócegas no estômago, aquela que costumava observá-lo quando ele não se apercebia, como se fosse uma fruta proibida, não só porque era casado, mas também porque jamais prestaria atenção a alguém tão vulgar como ela.
– Achas que devia estar em casa? – perguntou Nick, deitado no sofá com um braço sobre o rosto.
Sim, pensou, devia estar em casa, a chorar a perda da esposa e suportando o pesar dos seus parentes, alguns dos quais nem sequer conhecia.
Tal ideia fê-la sentir náuseas.
– Alguém sabe que estás aqui? Talvez devêssemos telefonar...
– Não! Não necessito que me salvem como se fosse um inválido.
– Podem estar preocupados – insistiu Lucy.
– Senta-te. Dói-me o pescoço, custa-me a olhar para cima.
– Mas...
– Senta-te no braço do sofá. Não te vou fazer nada, não te preocupes.
– Se quiseres ficar sozinho, talvez seja melhor ir-me em...
– O que é que estavas aqui a fazer a estas horas? – interrompeu-a Nick. – São onze da noite, não tens nada melhor para fazer?
– Claro que sim! Mas sentia-me um pouco... inquieta. Os funerais... – Lucy não terminou a frase, incomodada. – Sei que parece um pouco estranho, mas...
– São deprimentes – disse Nick.
– Sei que já to disse esta manhã, mas lamento imenso. Talvez te ajudasse falar do que aconteceu.
– O que aconteceu foi um acidente de trânsito. Simplesmente.
Nick tapou os olhos com a mão, sentindo novamente uma pontada de culpa por não estar a experimentar nenhum tipo de dor.
Gina era, aparentemente, tudo o que um homem podia desejar: linda, sensual, exótica, com o hábito de abanar a sua longa cabeleira escura e sorrir de uma forma que enlouqueceria qualquer homem.
E durante um tempo, Nick esteve apaixonado por ela. Tanto que acreditou querer casar e permanecer casado para o resto da vida.
Mas não durou. Durante os dois anos do seu casamento, tivera apenas quatro meses de felicidade e depois... o longo processo de enfrentar o inevitável.
– Bebeste muito, não foi?
– O suficiente para esquecer.
– Ela era muito bonita – disse Lucy. – Imagino que estas duas semanas devem ter sido um pesadelo para ti.
– Não imagines – replicou Nick, abruptamente. Aquela voz descontraía-o; era como uma cascata de água. E, por um momento, quase lhe confessou que aquilo não era um pesadelo para ele.
O pesadelo era recordar os meses de discussões com a sua esposa, as acusações dela por não ser suficientemente homem para a satisfazer, pois a sua única amante era o trabalho. Cada acusação afastava-o mais e mais, e quando ela começou a sair à noite, a dormir fora de casa, Nick apenas sentiu indiferença.
Mas aguentou a situação, incapaz de pedir o divórcio. Quando o seu pai lhe telefonou da Grécia para o informar de que a sua mulher tinha tido um acidente de viação na estrada estreita que ia de Atenas até à quinta da família, Nick pensou que devia sentir-se culpado por não ter prestado mais atenção a Gina, por tê-la deixado sair de Londres para se ir divertir noutro país.
Mas não sentia quaisquer remorsos. Além disso, o acidente revelara uma sórdida história de adultério da qual ele desconfiava há algum tempo. Gina e o seu amante morreram juntos.
Interrogou-se então sobre o que pensaria a sua séria e eficiente secretária se lhe contasse tudo aquilo. Mas Lucy não era uma mulher do mundo, pelo contrário.
Nick abriu os olhos e ficou a olhá-la fixamente até ficar corada.
– Acho que apanhaste um susto de morte ao veres-me no corredor – disse, suspirando. – Surpreende-me que não tenhas chamado a Polícia.
– Estava prestes a fazê-lo, a sério. Não esperava ver-te aqui esta noite.
–