Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Nada Vai Mudar Meu Mundo 3
Nada Vai Mudar Meu Mundo 3
Nada Vai Mudar Meu Mundo 3
E-book181 páginas2 horas

Nada Vai Mudar Meu Mundo 3

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Em uma estrada delineada por sonhos esquecidos, um investigador criminal tenta colher evidências do acidente que ceifou a vida de um homem. A cada passo, a cada evidência, a cada informação, em cada noite tempestuosa, algumas verdades ficavam subentendidas diante do nada que poderia ser provado. Enquanto isso, o relógio anunciava freneticamente que a próxima vida se esvaneceria, na curta estrada do tempo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento3 de jun. de 2024
Nada Vai Mudar Meu Mundo 3

Relacionado a Nada Vai Mudar Meu Mundo 3

Ebooks relacionados

Artes Cênicas para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Nada Vai Mudar Meu Mundo 3

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Nada Vai Mudar Meu Mundo 3 - Mário Sérgio Santos

    NADA VAI MUDAR

    MEU MUNDO

    NADA VAI MUDAR

    MEU MUNDO

    A Estrada do Tempo

    M. Sérgio Santos

    Dedicado exclusivamente a Você,

                                                        Estimável leitor(a) ______________

    Uma viagem às profundezas do seu ser!

    Sumário

    Introdução

    Prelúdio

    Capítulo 1 – Reinado de Mentiras

    Capítulo 2 – A Hora da Colheita

    Capítulo 3 – A Hora do Banquete

    Capítulo 4 – Castelo de Cartas Marcadas

    Capítulo 5 – O Portal do Tempo

    Capítulo 6 – O Lobo-Cinzento & A Hiena-Malhada

    Capítulo 7 – A Dança dos Atormentados

    Capítulo 8 – A Hora da Viagem

    Capítulo 9 – Sinais de Vida

    Capítulo 10 – Cinzas da Estrada do Tempo

    Capítulo 11 – O Caval. Sombras & A Rainha de Palestra

    Capítulo 12 – De Volta ao Castelo da Colina

    Capítulo 13 – O Silêncio dos Condenados

    Capítulo 14 – Cinzas de uma Casa em Pedaços

    Capítulo 15 – A Estrada Abandonada

    Capítulo 16 – Terra de Gigantes

    Capítulo 17 – As Memórias de um Artista

    Capítulo 18 – Sonhando Acordado

    Capítulo 19 – A Hora do Mergulho

    Capítulo 20 – O Salvador de Pedra

    Epílogo

    Para uma melhor experiência,

    embarque nessa viagem acompanhando

      as músicas de referência!

    vecteezy_icone-de-fone-de-ouvido-plano-em-fundo-transparente_17177705

    Introdução

    Uma onda de violência recai nas intermediações da cidade de Horizonte Sul. Vários acidentes trágicos começam a acontecer sem nenhuma explicação. As autoridades locais não conseguem desvendar quem estaria envolvido nesses misteriosos acontecimentos que acuminam pouco a pouco as desconfianças de algo que já estava sendo anunciado. Para tentar solucionar esses mistérios, as autoridades locais fazem algumas reformulações dentro da área de segurança. Logo eles nomeiam um novo investigador criminal. A ele caberia a responsabilidade de investigar o que estava por trás de todas aquelas mortes misteriosas, como também averiguar o desaparecimento de um velho conhecido foragido da lei: ‘Eduardo Collins’. 

      O escolhido para o cargo foi um homem de porte elegante e muito inteligente. Porém, arrogante e prepotente, mas não da maneira como era antes. O seu nome: ‘Natan Vila Lobos’. Ele tinha apenas quarenta anos de idade. Um homem até novo pela ‘suposta experiência’ que possuía.

      Vindo de outra cidade..., nada se sabia sobre ele. Natan Vila Lobos era um mistério indecifrável..., um sórdido incoercível, uma alma solitária tendo bons momentos. E mesmo procurando ser correto..., enfrentava a estrada do tempo com mentiras obscuras.

    Prelúdio

    Um lobo solitário chega à sua casa após incendiar uma cidade inteira e transformá-la em ruínas diante da beleza oculta da balança da justiça. A venda preta não poderia ofuscar ou cegar as injustiças causadas pelas terríveis criaturas que plantavam suas sementes nocivas... em uma terra de gigantes. Aos poucos, os verdadeiros seres racionais tomavam divinamente seus devidos lugares entre aqueles que foram deixados para trás, sem ninguém para lamentar, jejuar, prantear, ou até mesmo... fingir.

      Crianças foram salvas neste glorioso dia. O jovem lobo-cinzento não permitiria que suas presas fugissem, nenhuma delas. Todas as terríveis criaturas foram arrastadas e dilaceradas diante da fúria incontrolável do enorme predador. Só restando agora... tentar viver com as terríveis consequências de empunhar a espada da justiça... perante aqueles que se auto intitulavam... reis de uma terra de ninguém.   

      — O que vamos fazer agora, meu bem? — Questiona uma esposa desesperada. 

      — Vamos precisar sair o mais rápido possível desta cidade.  — Responde um marido apreensivo.

      O diálogo prossegue com algumas preocupações temerárias da esposa:

      ― Será que vamos ficar bem? Estou com tanto medo. Deus! Estou com um péssimo pressentimento, como nunca havia tido antes. E você... você... ainda está com manchas de sague por todo o seu corpo.

      ― Eu sei, minha vida. Foi uma noite de cão. Foi uma semana muito difícil. Mas, não se preocupe, vamos ficar bem. Vamos sim. Só que, precisamos sair daqui o mais rápido possível. Vamos pegar o essencial e partir. Tenho alguns amigos de confiança em Vila Norte que poderão nos ajudar. 

      Dentro do conforto de seu lar, o diálogo do casal avança com algumas discordâncias e preocupações de algo grave que estaria prestes a recair sobre eles. À medida que o cenário se afasta... uma linda criança se aproxima lentamente deles, arrastando pelo chão o seu estranho coelhinho azul com apenas uma orelha.

      Ciente do perigo que passavam, o casal desesperado se abraça longamente, evidenciando todo amor que sentiam um pelo outro. E logo a linda criança completa o ciclo de união daquela família, abraçando-os com muito amor e ternura. E por um bom e longo tempo eles ficam abraçados sobre o efeito de uma cola divina, como já estivessem pressentindo dentro de seus lindos corações... que esta seria a última vez em que eles estariam entrelaçados.

      Do lado de fora da casa, dava para ver pela janela, em meio à cortina rosa, a união vistosa daquelas três almas prestes a partir, em busca de algum tipo de salvação, perante os contratempos das escolhas que um jovem de apenas vinte cinco anos teve que fazer.

      O caminho espinhoso se apresenta diante dos goles de aflições de um mundo estranho. E bem que isso poderia mudar as coisas, para sempre. As primeiras gotas de chuva caem como lágrimas no paraíso, anunciando que a viagem não seria eterna, porque nada pode ser compreendido quando a dor se intensifica... na estranha e magnífica... estrada do tempo.

    Capítulo 1

    Reinado de Mentiras

    Domingo, 27 de junho, 15h

    É um estranho início de inverno. As folhas de outono reconhecem seu devido lugar desaparecendo divinamente entre o vento sussurrante e os galhos das árvores centenárias. O tempo passa como um sopro a favor do vento da floresta vermelha, adentrando na tensa e estranha inquietude do bosque dos esquecidos.

      Em uma cabana abandonada, perto do lago da memória, há vozes que sussurram verdades ocultas de um passado nefasto. Mas, logo são silenciadas pela forca benevolente do carrasco.   

      Já se passaram três anos desde que um homem foi libertado das masmorras de um castelo castigado pelo tempo; no entanto, o que ele não sabia é que sempre estivera aprisionado pelas correntes de seu próprio passado. Esse homem era só mais um, entre muitos que procuravam se erguer entre as cinzas de um passado desafortunado. Enquanto isso, em uma cidade próxima dos pensamentos pesarosos daquele homem, um mar de depravação se emergia novamente, trazendo consigo... mais sofrimentos e injustiças para os habitantes da pequena cidade de Horizonte Sul. A impunidade era a consequência que a ignomínia se sentaria novamente no trono dos presunçosos, para propagar que haveria justiça, em um reinado de mentiras.

      O castelo dos imperadores gananciosos se ergue novamente entre as cinzas de seus próprios meios fraudulentos, concedendo para aqueles que os nomearam... o que eles tanto queriam ou mereciam. Enquanto isso, o silêncio dos inocentes prosperava na escuridão de um poço sem fundo, aguardando esperançosamente por uma mão benevolente. No entanto, esse dia ainda estaria muito longe de chegar. E enquanto isso, os desbravadores das injustiças se alimentavam do poder momentâneo, favorecendo e protegendo a corte das bestas sanguinárias. 

      O tempo passa, levando consigo dias amargos de uma maldita esperança. E quanto mais o esplêndido tempo passa... mais o relógio anunciava que a hora da colheita já havia se aproximado, para retribuir todo o mal que os imperadores do castelo haviam proporcionado aos gentis e nobres de uma terra de futilidades. E enquanto isso, a coroa de um príncipe cai e se despedaça, para mostrar que ele não deveria jamais... se afastar da pessoa que ele deveria ser.

      Enfim! Chega de metáforas alusivas. Afinal... o relógio acaba de retomar sua contagem progressiva. E o que estás prestas a vir são apenas consequências do que se planta... na estrada do tempo. 

    Não julgue cada dia pela colheita que você obtém,                                                                                  Mas pelas sementes que você planta.

    – Robert Louis Stevenson

    Capítulo 2

    A HORA DA COLHEITA

    Quinta-feira, 1 de julho, 12h

    O sol escaldante sobre uma plantação de milho acusa que o vento não mais sopraria a seu favor. É uma quinta-feira calma e tranquila que repousa dignamente sobre uma lavoura castigada pelo mormaço do tempo. O seu único cultivador... talvez já estivesse se perguntando o porquê havia dispensado todos os seus funcionários naquela abrasiva manhã de cultivo. O trabalho é árduo, mas ele se sente realizado com tudo que havia semeado, e que agora... só faltavam alguns mínimos detalhes para que, no dia seguinte, pudesse colher tudo que havia plantado. 

      Já faz algum tempo que Walter tenta sobreviver com o que lhe sobrou de seus investimentos ilícitos. Tão certo quanto a morte é a certeza de que ele havia se livrado de todos os males que ficaram para trás. No entanto, a hora da colheita sempre chega.

      A ampla vegetação escondia um mal já anunciado. O silêncio em meio a vegetação é permeado por um simples toque de um vento anômalo. E esse vento incomum é anunciado pelos passos lentos de um invasor onde o medo deve caminhar lado a lado, e de mãos dadas, implementado nas escolhas de uma vida degradada a sempre fazer o mal.

      O zênite solar aguardava ansiosamente com o seu brilho reluzente que o som do tique-taque se iniciasse divinamente. E não precisou de muita espera ou cerimônia. O cultivador já havia pressentido que não estava mais sozinho entre a vegetação. Por isso..., os questionamentos em meio ao seu desespero não trariam resposta alguma. 

    Quem está aí? Duarte? Veiga? É você... João?

      As perguntas são interrompidas pelos passos macios que se aproximava lentamente do seu fruto maduro. O silêncio volta a reinar divinamente, causando ainda mais alvoroço e assombro no solitário cultivador.   

    Não estou gostando da brincadeira! Quem está aí?

      Um silêncio atenuante paira no ar, e isso causa ainda mais desconforto no semeador. Ele sabia claramente que tinha alguém se aproximando, e que agora..., estaria apenas lhe observando malevolamente, como que estivesse apenas..., aguardando o momento certo para revelar o terror que recairia instantaneamente sobre ele. E isso... o aflige covardemente. No entanto, o medo que o rodeava diante do que havia se estabelecido naquele mesmo instante... seria razoável e aceitável diante de sua falta de hombridade.

    Se... se... você... quer brincar... nã... não... tô achando graça!

      Os segundos tornam-se horas e a entonação de suas palavras revela que já havia chegado a hora da expiação. E logo as suas dúvidas mais intensas tornam-se certezas perante a quebra abrupta do silêncio. E em seu modesto lugar... surge um estranho som de tique-taque que invade a sua mente, mergulhando-a nas profundezas de seus medos mais sombrios. E nesse exato momento, Walter finalmente percebe que chegara a hora da colheita.

    Seus passos aceleram diante de seus próprios medos mais pesarosos. Nesse instante, a pressa se torna uma inimiga bem-vinda, e ela a conduz cegamente para uma queda já iminente. Suas pernas ficam pesadas; seu batimento cardíaco... acelera ininterruptamente; seus braços fogem-lhe a força para reergue-se de sua própria desgraça; o suor se torna vermelho escarlate; e o calor o consume desvairadamente.

      Bem que ele tenta achar forçar para continuar lutando pela sua própria vida. No entanto, o calor se intensifica junto com o fogo que floria divinamente pelas palhas do milharal. E quanto mais o fogo se intensificava... mais à mercê da morte ele ficava. E nessa hora, ele percebe que não tinha mais nada a ser feito, a não ser, entregar-se perante o seu próprio... cansaço fatídico. E a seguir, o grito de terror que irrompe pela fumaça entre as palhas chamuscadas... revela que o fruto podre já não mais serviria para o cultivo.

      Logo as chamas tomam uma proporção enorme, semelhante às notícias que se espalham rapidamente pela região, do acidente que culminou na morte daquele pobre semeador. E o tique-taque do relógio continua com a sua batida seca e frenética, anunciando que ele não pararia de girar, até que o último fruto podre... fosse retirado definitivamente... da lavoura da expiação.

    Capítulo 3

    A HORA DO BANQUETE

    Sexta-feira, 2 de julho, 13h

    As notícias chegam nos lugares mais distantes, invadindo os lares até nos momentos mais... sagrados. E é exatamente no horário do almoço que Lucas Norton ler o seu jornal diário com toda a sua retumbância solitária. Sentado em sua enorme cadeira de madeira maciça, numa imensa mesa retangular, sob olhares abstrusos de seus três empregados e fumando o seu caríssimo charuto ‘Don Patron’, é que ele mostra toda a sua indiferença perante o ocorrido. A sua indiferença é manifesta misteriosamente, e rapidamente é substituída por algumas vagas lembranças de um passado sombrio.

      O aroma do pernil assando salivava em sua boca sem nenhuma modesta discrição.

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1