A Terra Estoura Por Todo O Lado
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Sobre este e-book
A terra, jogadora inveterada, tem grandes planos para os tubarões das cartas, aqueles seres que a vida sempre maltratou. Está em jogo a mais importante das competições: o controlo do poder mundial.
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A Terra Estoura Por Todo O Lado - Manuel Arduino Pavón
A TERRA ESTOURA POR TODO O LADO
Manuel Arduino Pavón
A terra estoura por todo o lado
© Manuel Arduino Pavón, 2021
© Libros Duendes, 2022
© Tektime, 2022
Desenho da capa e paginação: Libros Duendes
www.librosduendes.com
manuelarduinopavn@yahoo.com.ar
manarduino@hotmail.com
É proibida a reprodução total ou parcial desta obra independentemente do método usado, quer seja mediante fotocópia ou qualquer outro procedimento sem o consentimento por escrito dos titulares dos direitos de autor.
NA TABERNA
A angústia atormenta-me. Não existe nada nem ninguém capaz de me tirar desta situação. O mundo cai aos pedaços. Os meus amigos abandonaram-me. Estou sozinho e enclausurado numa taberna silenciosa ao lado do caminho, do que em tempos foi o longo caminho dos sonhos. A cada dois ou três minutos ouvem-se estrondos: a terra estoura. Aparentemente, não se passou nada de estranho entre as nações poderosas. Ao que parece, a terra está a revelar-se e, à sua maneira, vai-se vingando dos seres humanos, do meu cão Jopé, tão indulgente com os meus excessos, de todos os que ainda sobrevivem nos restaurantes e comércio por grosso próximos do longo caminho dos sonhos.
Há alguns dias apareceu por estas bandas um jornalista de um prestigiado meio de comunicação. Dizia que o tinham incumbido de investigar a situação, averiguar a causa desta desordem que tinha começado aqui, no faroeste, e que agora ameaçava alastrar-se por toda a nação. Não demorou muito: a terra estourou diretamente debaixo dos seus pés numa manhã de sol e despedaçou-o, literalmente. É feio falar destas coisas, mas ter-me livrado da incómoda presença daquele perguntador profissional proporcionou-me um renovado sentimento de liberdade. A liberdade para velar pela minha mulher, sozinho, sem testemunhas, até quando a terra se lembrar de estourar exatamente no ponto sobre o qual ela está parada agora.
O aroma das flores que adornam as varandas da taberna faz-me companhia. Deixo sempre as janelas abertas para permitir que o perfume permeie livremente este lugar. Este crepitante perfume da desgraça é o meu único remédio, faz-me maravilhas, por momentos transporta-me para um limbo de paz e de esperança. Embora, falando a verdade, nunca cheguei a saber, não sei o que é a paz nem a esperança. Sou um fulano medíocre, muito medíocre, um jogador compulsivo, escória da sociedade, um zé-ninguém. Aborreço-me por passar noites longe das salas de jogo, dos grandes casinos, de viúvas solitárias a quem possa roubar a carteira para sacar dinheiro para apostar. É essa a minha vida, a vida de só mais uma raposa, de um servidor dos mil demónios do mundo, de um