Heróis caídos. A vida de Galileu, Michelangelo e Gutenberg.
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Romance. Romance histórico. Biografias de Galileu Galilei, o astrônomo. Michelangelo, o artista e Gutenberg, o inventor da imprensa. Relato de seus respectivos momentos históricos.
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Heróis caídos. A vida de Galileu, Michelangelo e Gutenberg. - Borja Loma Barrie
CAPÍTULO I
Pisa é uma bela cidade do noroeste da Itália, na região da Toscana.
A Toscana é uma terra de paisagens onduladas e suaves, onde o sol brilha permanentemente, sem muito calor, exceto no verão. Encontra-se na parte central-norte-ocidental da península itálica, ao sul da região de Emília Romanha, ao norte da região do Lácio e ao leste do mar Mediterrâneo (chamado neste local de Mar de Ligúria).
Na sua parte oriental cruzam-se as grandes montanhas dos Apeninos, algumas muito altas, com neve no inverno.
Nos cumes dos Apeninos se produzem tempestades de vento, chuva e neve desde o outono até a primavera. Esta circunstância evita que o calor do Mediterrâneo, intenso durante a estiagem, penetre para além do litoral, pelo que o clima toscano é mais ameno, quando não fresco.
A Toscana é muito bonita. Possui pequenos e numerosos bosques de carvalhos e de abetos. E grandes planícies onduladas de pastos úmidos onde pastam com tranquilidade vacas e ovelhas.
As colinas são bastante numerosas e quase todas estão cobertas de espigas de trigo.
Na primavera toda a região floresce e reverbera em resplandecências ocres, azuis, verdes e douradas, com o fundo acinzentado e monumental dos Apeninos.
A cidade de Pisa se encontra na parte noroeste. Não é muito grande.
Mas é bonita e asseada. Não tem arranha-céus nem grandes edifícios.
A maior parte da urbe corresponde a construções realizadas na Idade Média, seu período de maior esplendor. Quando se caminha por suas antigas ruelas e becos se tem a impressão de ter viajado no tempo.
Também não é uma cidade muito povoada. Na atualidade seus habitantes apenas superam os duzentos mil.
Está muito próxima da costa do chamado Mar da Ligúria, que se encontra entre o litoral da França, ao norte e ao oeste, o da Itália, ao norte e ao leste, e o da ilha francesa de Córsega, ao sul.
Chegou a estar, em tempos remotos, sobre o mar. E foi porto importante desde os tempos anteriores ao império romano.
No entanto, devido ao efeito de assoreamento do leito do rio Arno, que cruza através dela, retrocedeu pouco a pouco para o interior do território.
Por isso, hoje se encontra, a alguns quilômetros da costa, quando antes, como dissemos, se encontrava na beira do mar.
Suas primeiras notícias remontam ao século III A.C., época na que foi dominada, como toda a Itália, por Roma.
No ano 225 a.C., após a invasão dos gauleses do norte da Itália, o cônsul romano Atílio Régulo, quem veio desde Roma comandando uma grande frota de guerra composta por duzentas trirremes, a escolheu para desembarcar a suas legiões, com as quais marchou contra os invasores, que só abandonaram o país após queimar e saquear os povoados e vilas do setentrião Italiano.
A cavalaria romana lhes perseguia, mas parecia que os alazões galeses eram mais velozes, pois não conseguiram alcançá-los.
Tampouco os seguiram para além dos Alpes, que até então supunham ser uma barreira natural praticamente infranqueável, sobre tudo para um exército.
O porto de Pisa, sua proximidade com o mar, fez com que a cidade prosperasse rapidamente.
Os pisanos se revelaram como excelentes marinheiros e pescadores.
A pesca, por um lado, e a construção de barcos, por outro, foram os principais eixos pelos quais se desenvolveu rapidamente a economia de Pisa.
Ao se desenvolver a economia, a cidade obteve influência política, que, por sua vez, gerou a criação de um respeitável exército, composto na sua maior parte por mercenários.
Estas circunstâncias levaram Pisa a estabelecer-se como reino independente, convertendo-se em uma polis ou cidade-estado, governada mais ou menos democraticamente pela comuna, ajuntamento ou senado, livre das influências de outras repúblicas e monarquias, como as de Veneza, Genova, Milão e Florença.
Claro que, então, na Idade Média, a prosperidade de um lugar provocava, inexoravelmente, que fossem invejados por outros povos, cidades e Estados.
No século XII foi sitiada pelos Lombardos (naquela época eram chamados Longobardos), uma nação de origem germânica que invadiu o norte da Itália, onde fundaram importantes cidades e estabeleceram um reino, a Lombardia (a região ainda se chama assim, com a capital em Milão)
Pisa, então, teve de aliar-se com Genova e com o Sacro Império Romano Germânico.
O imperador alemão Frederico I Barbarossa, soberano do Sacro Império, se mostrou generoso. Pois era profundamente cristão.
Ao menos era tão cristão quanto possível que o exercício do poder lhe permitiu ser, que também não devia ser demasiado, pois os governantes, em muitas ocasiões, têm de tomar decisões de Estado, quando menos, escassamente humanitárias e ainda menos santas, como declarar guerra ou assinar sentenças de morte.
Os lombardos eram súditos seus, mas se rebelaram contra sua autoridade e, após fugir para a Itália, implementaram um Estado independente.
Isso não foi tolerado pelo imperador Barbarossa. E aproveitou que uma embaixada pisana lhe pediu auxilio contra os lombardos para reunir ao seu exército e marchar para a frente dele na península, para acabar com os amotinados.
Não foi uma tarefa fácil, mas conseguiu libertar Pisa de ser anexada à Lombardia. E obrigou aos lombardos a retroceder para o norte.
Logo, esse mesmo imperador liderou uma cruzada contra os muçulmanos na Terra Santa.
Dirigiu-se para o Bósforo (parte europeia da atual Turquia) e enfrentou aos seljúcidas, aos que venceu em uma ocasião.
Foi derrotado, no entanto, em uma segunda grande batalha, a do rio Sales.
Foi um desastre para os cruzados e quiçá para todo o cristianismo.
Os regimentos do imperador, e o próprio imperador, tiveram que retroceder em debandada em direção ao rio, frente ao impulso muçulmano impossível de deter.
Perseguidos por eles, não tiveram alternativa, desorganizados, desesperados e em inferioridade numérica, que atirar-se na água para tentar chegar à outra ribanceira, a maioria morreu afogada pelo peso das armaduras, dos escudos e do armamento que portavam. O imperador foi um dos que morreram, engolido pelas águas, turvas e caudalosas do rio Sales.
Quando as tropas que se haviam encantoado em Pisa marcharam, a cidade tentou de novo estabelecer-se como Estado independente.
Mas então, suas riquezas já haviam despertado a cobiça de outras cidades toscanas, como Florença, Arezzo, Lucca e Sena, contra as quais iniciou uma série de guerras e de campanhas militares que sangraram as arcas públicas, minaram sua prosperidade e causaram grande mortalidade entre a população pisana.
Debilitada e arruinada, Pisa foi de novo sitiada no século XIII, desta vez pelos genoveses, seus antigos aliados.
Os genoveses não tardaram em romper as linhas de defesa e penetraram a sangue e fogo na cidade, destruindo-a.
Perpetraram atrocidades contra os pisanos, que quase foram aniquilados.
A família Sforza, uma das mais poderosas da Itália nessa época, se fez com o poder da cidade. E apesar de seus integrantes implementarem um regime absolutista, reativaram a economia da cidade e a própria cidade, que foi reconstruída.
Dessa época (mais ou menos) é justamente a construção de sua excepcional catedral românica e o não menos assombroso campanille ou Torre Inclinada, um dos monumentos mais célebres e singulares da Europa e do mundo.
Trata-se de uma grande torre, circular, de