Leva-Me ao paraíso
De Maya Banks
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Sobre este e-book
O milionário Theron Anetakis tinha apenas um problema… e este acabava de entrar no seu escritório. Depois de ocupar o seu cargo no escritório de Nova Iorque, Theron pretendia casar-se e formar família para consolidar o seu futuro. Mas não esperava aquilo…
A pequena Isabella Caplan tinha-se tornado uma voluptuosa jovem com planos próprios. E esses planos não incluíam deixar que o administrador da fortuna do seu pai a casasse com outro homem. Há muitos anos que estava louca por Theron e tinha chegado o momento de seduzir o ardente magnata dos hotéis.
Maya Banks
Maya Banks is a #1 USA Today and New York Times bestselling author whose chart toppers have included erotic romance, romantic suspense, contemporary romance, and Scottish historical romances. She is the author of the Breathless Trilogy, the KGI series, the Sweet series, and the Colters' Legacy novels.
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Leva-Me ao paraíso - Maya Banks
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2009 Maya Banks
© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Leva-me ao paraíso, n.º 963 - maio 2017
Título original: The Tycoon’s Rebel Bride
Publicado originalmente por Silhouette® Books.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-9862-2
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Catorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezasseis
Capítulo Dezassete
Epílogo
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Capítulo Um
Theron Anetakis começou a examinar a montanha de cartas que a sua secretária lhe deixara preparadas, murmurando palavrões enquanto as atirava uma a uma para a direita e para esquerda. De vez em quando, observava alguma delas durante mais de um segundo e deixava-a sobre um monte para revê-las mais tarde. As restantes iam directamente para o caixote do lixo.
O seu trabalho nos escritórios da Anetakis Internacional em Nova Iorque era algo muito recente. Depois de descobrir que um dos empregados estivera a vender segredos da cadeia hoteleira à concorrência, Theron e os seus irmãos tinham decidido fazer uma renovação total dos quadros. A culpada, antiga assistente pessoal de Chrysander, estava na prisão mas, temendo nova traição, Theron levara com ele a sua secretária de Londres, uma mulher já de certa idade, estável e, sobretudo, leal.
Embora, depois do desastre com Roslyn, nenhum dos irmãos Anetakis se atrevesse a confiar nos empregados.
Por isso, tinha que ser ele a gerir uma montanha de cartas, mensagens e e-mails. Dois dias depois de chegar ao escritório, ainda continuava a tentar organizar a sua secretária. Embora a sua assistente já tivesse feito uma primeira limpeza.
Theron parou e ficou a olhar para uma carta dirigida a Chrysander. E, depois de lê-la, sem se preocupar com a diferença horária, marcou o número do seu irmão. Lamentava ter de incomodar também Marley, a mulher de Chrysander, mas aquilo era urgente.
– Espero que seja algo realmente muito importante – resmungou o seu irmão.
Theron não perdeu tempo com saudações.
– Quem raios é Isabella?
– Isabella? Ligas-me a estas horas da noite para perguntares-me por uma mulher?
– Diz-me quem é.
Chrysander não seria infiel à sua esposa. Fosse quem fosse a tal Isabella, devia tê-la conhecido antes de Marley…
– Está aqui uma carta para ti em que te informa que terminou o curso… não achas uma universitária jovem demais para ti?
Chrysander começou a retorquir em grego e Theron teve que afastar o telefone da orelha.
– Sou um homem casado, irmãozinho. Não saio com outras mulheres.
– Então quem é Isabella?
– Isabella Caplan. Devias lembrar-te.
– A pequena Isabella? – exclamou Theron, surpreendido.
Lembrava-se de uma miúda magra com tranças e aparelho nos dentes. A última vez que se tinham visto fora durante o enterro dos seus pais, mas nessa altura estava demasiado consumido pela dor para reparar em alguém. Quantos anos teria agora?, perguntou-se.
Chrysander soltou um risinho.
– Já não é pequena, garanto-te. Acaba de terminar o curso… e é uma rapariga muito inteligente.
– E por que recebes um relatório sobre ela? Pensei que se tratava de uma antiga amante… e a última coisa que quero é que tenhas problemas com a Marley.
– A tua preocupação com a minha esposa é admirável – brincou Chrysander, – mas desnecessária. Embora não me tenha esquecido das nossas obrigações para com a Bella. Mas, ultimamente, só penso na Marley e no nosso filho.
– Que obrigações? E por que não sabia eu nada do tema?
– Os nossos pais foram sócios e amigos durante muito tempo, como sabes. O pai da Bella fez prometer ao papá que se algo lhe acontecesse, nós nos encarregaríamos de cuidar da sua filha.
– Pois, segundo esta carta, chegará a Nova Iorque dentro de dois dias.
– Mas eu não posso deixar a Marley agora…
– Não, eu sei – disse Theron, impaciente. – Não te preocupes, eu encarrego-me de tudo. Tratarei do assunto como outro dos problemas que herdei com os escritórios de Nova Iorque.
– A Bella não será nenhum problema, é uma rapariga encantadora. A única coisa que tens que fazer é ajudá-la a instalar-se na cidade. Só receberá a sua herança quando fizer vinte e cinco anos ou antes, se casar. E, enquanto isso, a Anetakis Internacional é a administradora oficial dos seus bens. E como agora és o representante da Anetakis em Nova Iorque, serás o seu tutor.
Theron soprou.
– Já sabia que devia ter encarregado Piers do escritório de Nova Iorque.
Chrysander soltou uma gargalhada.
– Não me parece que vás ter qualquer problema. Só terás que assegurar-te que terá tudo o que precisar.
Isabella Caplan ia a sair do aeroporto quando viu um desconhecido vestido de motorista a agarrar um cartaz com o seu nome.
– Bem-vinda a Nova Iorque, menina Caplan. Eu sou Henry, o seu motorista, e estes senhores são da equipa de segurança da empresa Anetakis.
– Ah, olá – disse ela, surpreendida, ao ver dois homens ao seu lado.
Um deles abriu a porta de uma limusina enquanto o segundo se sentava ao lado de Henry.
Esgotada, Isabella encostou a cabeça no apoio do banco enquanto seguiam para o Imperial Park, o hotel dos irmãos Anetakis, onde Chrysander costumava ter uma suite reservada em nome dela… embora nem costumasse ir muito a Nova Iorque.
Aquela viagem fora planeada como uma simples paragem antes de ir para a Europa, mas tudo mudara quando recebeu um e-mail de Theron Anetakis dizendo que agora era ele quem se encarregava dos seus assuntos e que se encontrariam em Nova Iorque para preparar a viagem.
Ele ainda não sabia, mas a viagem à Europa era coisa do passado. Porque Isabella pensava ficar em Nova Iorque… indefinidamente.
A limusina parou à frente do hotel e um dos seguranças escoltou-a directamente até aos elevadores.
Dez minutos depois, as suas malas chegavam ao quarto juntamente com um ramo de flores e uma cesta de fruta.
– Tenho uma mensagem para si da parte do senhor Anetakis – disse-lhe o paquete.
– Qual deles?
O jovem olhou para ela, surpreendido.
– Theron.
Sorrindo, Isabella agradeceu-lhe e fechou a porta, passando os dedos pelo nome, escrito à mão. Tê-lo-ia escrito ele mesmo?, perguntou-se, levando o envelope ao nariz. Ali estava, o seu aroma. Recordava-o como se o tivesse visto no dia anterior. Como era evidente, Theron continuava a usar a mesma água-de-colónia.
Dentro do envelope havia uma mensagem manuscrita em que lhe pedia que fosse ao seu escritório na manhã seguinte.
Bella sorriu. Continuava tão arrogante como sempre, dando-lhe ordens como se ainda fosse uma miúda. Já Chrysander, porém, teria passado pela sua suite para cumprimentá-la.
Embora não se importasse nada de ir ao escritório de Theron porque, de qualquer modo, ia dar-lhe uma grande surpresa. Desejara ir à Europa porque ele estaria lá, no escritório de Londres. Chrysander vivia com a sua esposa numa ilha grega, e, por isso, era Theron quem tinha de cuidar dela agora.
Por fim.
Viagem à Europa cancelada, a sedução de Theron Anetakis acabava de começar.
Isabella deixou-se cair no sofá, pondo os pés nus sobre a mesinha de café para admirar as unhas pintadas de vermelho paixão e a delicada pulseirinha que usava no tornozelo.
Theron tornara-se ainda mais bonito com a passagem dos anos. A atracção da juventude fora substituída por uma vibrante masculinidade. Enquanto ela esperava tornar-se adulta para seduzi-lo, ele tornara-se mais desejável. Mais irresistível. E Bella estava mais apaixonada do que nunca.
Não seria fácil e, decerto, Theron não cairia nos seus braços de imediato. Os irmãos Anetakis eram impiedosos nos negócios, mas eram também pessoas leais para quem a honra era tudo.
Nesse momento, o telefone tocou e Bella suspirou, irritada.
– Estou sim?
Do outro lado da linha houve um silêncio.
– Menina Caplan… Isabella.
Ao reconhecer a suave pronúncia britânica, Bella sentiu um arrepio na espinha. Não era Chrysander e, como Piers estava fora do país, não podia ser outro senão Theron.
– Sim, sou eu.
– Sou Theron Anetakis. Estava a ligar para ver se precisavas de algo.
– Não, está tudo bem, obrigada.
– Gostas da suite?
– Sim, claro. É muito amável da tua parte que a tenhas reservado para mim.
– Não a reservei, é a minha suite particular.
Bella olhou em volta com um renovado interesse. Saber que estava alojada num lugar em que Theron tinha estado era emocionante.
– E onde dormes agora?
– Estamos a fazer reformas no hotel e a única suite disponível era a minha, por isso instalei-me temporariamente na penthouse de Chrysander.
– Não era preciso mudares-te por minha causa…
– Não te preocupes. Quero que te sintas à