Sob o seu feitiço
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Sobre este e-book
Quando Keisha voltou a ver o seu marido, três anos depois de o abandonar, o seu primeiro instinto foi fugir. Hunter Donahue não voltaria a fazê-la sofrer. Hunter queria vingar-se da sua jovem e bela esposa por o ter abandonado… e sabia perfeitamente como o fazer. Keisha precisava de dinheiro e ele poderia dar-lho, se trabalhasse para ele sem nenhum tipo de compromisso.
Keisha achava que aquela oferta de emprego era puramente profissional, porém não demorou a descobrir que as suas intenções eram outras…
Margaret Mayo
Margaret Mayo says most writers state they've always written and made up stories, right from a very young age. Not her! Margaret was a voracious reader but never invented stories, until the morning of June 14th 1974 when she woke up with an idea for a short story. The story grew until it turned into a full length novel, and after a few rewrites, it was accepted by Mills & Boon. Two years and eight books later, Margaret gave up full-time work for good. And her love of writing goes on!
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Sob o seu feitiço - Margaret Mayo
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2007 Margaret Mayo
© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Sob o seu feitiço, n.º 1081 - junho 2017
Título original: Bedded at His Convenience
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.
Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-9839-4
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
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Capítulo 1
– Não posso ir a uma festa! – declarou Keisha, com firmeza, à sua amiga. – Não tenho nada para vestir, nem dinheiro. Estão prestes a expulsar-me da minha casa. Porque me propões ir a uma festa?
– Porque é precisamente o que precisas! – insistiu Gillian. – Estás há demasiado tempo sem sair.
– Este não é o melhor momento para o fazer – respondeu Keisha e os seus olhos verdes deitavam faíscas.
Mas Gillian ignorou os protestos da sua amiga.
– Eu posso emprestar-te um dos meus vestidos.
No passado, a roupa de Gillian não lhe teria servido, no entanto Keisha perdera muitos quilos nos últimos três anos; já não restava sinal das suas curvas voluptuosas, agora estava extremamente magra.
– De qualquer modo, não quero ir.
– Conto contigo – disse-lhe Gillian. – Vá lá, não saímos juntas há séculos! Por favor, fá-lo por mim!
Keisha sorriu, fracamente.
– Está bem, eu vou. Mas só o faço por ti!
Quando chegaram à festa naquela tarde, há muito tempo que Keisha não se sentia tão bem. Gillian fizera milagres com o seu aspecto físico. Apanhara-lhe o cabelo num coque sofisticado e maquilhara-a na perfeição, enfatizando os seus lindos olhos verdes. Gillian também lhe emprestara um vestido que disfarçava a sua perda de peso.
A pouco e pouco, Keisha começou a relaxar e a desfrutar. Os últimos três anos tinham sido muito duros para ela e aquela festa era precisamente o que precisava… um pouco de diversão!
Mas quando Keisha começou a olhar à sua volta, para as pessoas deslumbrantes que estavam ali, deu-se conta de que cometera um erro grave. Do outro lado da sala estava Hunter Donahue.
Keisha empalideceu ao vê-lo e teve a tentação de dar meia volta e sair dali a correr, mas era demasiado tarde. Hunter já a vira.
Virou-se para a sua amiga, mas Gillian estava a falar com alguém. Então, ao virar novamente os olhos para Hunter, viu com alívio que ele já não estava…
Até que uma mão lhe tocou no ombro, produzindo-lhe um estremecimento.
– O que estás a fazer aqui?
Aquela voz. Aquela voz bonita e profunda. Porque conservava o poder de a fazer tremer da cabeça aos pés? Apesar do prazer que tinham partilhado, as coisas tinham corrido mal entre eles e Keisha acabara por fugir do seu casamento há três anos atrás. E, desde então, não voltar a vê-lo até àquele momento.
Tentou não recordar a sua vida sexual, coisa difícil, tratando-se de um homem tão atraente como Hunter. Então, levantou o queixo e cravou os olhos nos dele.
– Com quem vieste? – perguntou Keisha, embora, agora que estavam divorciados, soubesse que não tinha o direito de fazer semelhante pergunta.
– Quem é ele? – perguntou Hunter, por sua vez, procurando com os olhos o suposto acompanhante de Keisha.
A festa decorria num dos melhores hotéis de Londres e ali estava congregado um grande número de homens de negócios, embora não recordasse o motivo, apesar de Gillian lhe ter dito.
– Não há nenhum «ele» – respondeu Keisha. – Incomoda-te que esteja aqui?
– Não, não me incomoda – respondeu Hunter. – Surpreende-me, é só isso. Mudaste, Keisha. Perdeste peso. Quase não te reconheço.
Ela encolheu os seus ombros magros.
– Não creio que te diga respeito.
Hunter, pelo contrário, aumentara alguns quilos, não muitos, talvez tudo músculo, já que fazia exercício diariamente. Estava muito bonito. Demasiado.
– Antes pelo contrário, diz-me respeito – respondeu Hunter, surpreendendo-a. – Interessa-me saber o que fizeste desde que me abandonaste.
Hunter agarrou-lhe numa mão e examinou-a, acrescentando:
– Estou a ver que não usas aliança. Não voltaste a casar-te, pois não?
Keisha abanou a cabeça, libertando a sua mão, alarmada perante as emoções que o contacto despertara nela.
– Suponho que o facto de teres perdido peso não teve nada a ver comigo, engano-me?
Os olhos azuis extraordinários de Hunter cravaram-se nela e aceleraram-lhe o pulso. Separara-se de Hunter porque ele não se preocupava com ela, trabalhava demasiado e quase nunca o via… e também porque Hunter mantinha relações com outra mulher.
Mas não o abandonara porque ter deixado de o amar.
Naquele momento, por cima do ombro de Hunter, viu que Gillian olhava para ela. Teria gostado de chamar a sua amiga para lhe sugerir que partissem, mas não podia fazê-lo. Não podia permitir que Hunter se desse conta do quanto aquele encontro estava a afectá-la. Precisava de manter a calma e comportar-se com frieza, como se nada lhe importasse.
Apesar de ter jurado a si mesma, desde muito jovem, que jamais se casaria, pois o seu pai abandonara-a aos nove anos, Hunter conquistara-a totalmente com as suas palavras doces e uns olhos cheios de promessas.
Keisha deixara os estudos aos dezoito anos; não havia dinheiro para que ela fosse para a universidade, por isso tinha de ganhar a vida. A sua mãe, que começara a sofrer ataques de depressão desde que o seu marido as abandonara, nunca trabalhara.
Keisha arranjara trabalho numa das agências de publicidade de Hunter. Todas as mulheres que trabalhavam ali estavam apaixonadas pelo chefe, com o seu cabelo preto, olhos azuis e ar de estrela de cinema. Ao seu aspecto atraente acrescentava-se o facto de que não estava satisfeito consigo mesmo, nem era vaidoso.
Um dia, no trabalho, caíra uma pasta com papéis a Keisha, ele ajudara-a a apanhá-los e, quando os seus olhares se tinham encontrado momentaneamente, ela sentira algo surpreendente e inesperado. Alguns dias mais tarde, Hunter convidara-a para sair com ele.
A esse encontro seguira-se outro e outro, e por fim, um pedido de casamento. E, três meses mais tarde, precisamente depois de ela fazer dezanove anos, tinham-se casado.
Fora um casamento simples na igreja local. Fora um dia lindo do princípio ao fim, o melhor dia da sua vida.
No seu estado de amor, Keisha esquecera-se da promessa que fizera a si mesma de nunca se casar, de nunca confiar no sexo oposto. Aquele era o homem da sua vida. Hunter jamais a abandonaria, como o seu pai fizera à sua mãe.
No trabalho, toda a gente falara do mesmo: amor à primeira vista e casamento. As suas colegas de trabalho estavam mortas de inveja…
– Bom, o que te fez perder tanto peso? – a voz de Hunter tirou-a do seu ensimesmamento.
– Duvido que te interesse – respondeu ela, levantando o queixo.
– Interessa-me – Hunter inclinou a cabeça para ela.
– Eu não te devo nada – disse Keisha, com firmeza. – E gostava que me deixasses sozinha, quero desfrutar da festa.
Hunter não tinha intenção de se afastar de Keisha. Ao vê-la entrar no salão de festas, quase não conseguira acreditar no que via. Achara que nunca voltaria a vê-la.
Há três anos atrás, tinham-no cativado a sua jovem inocência, o seu rosto encantador em forma de coração e os seus lábios. Fora incapaz de deixar de pensar nela e, quando Keisha aceitara o seu pedido de casamento, tornara-o o homem mais feliz do mundo.
Não lhe ocorrera que ela não estivesse preparada para o casamento, que os ciúmes e as dúvidas pudessem fazer com que a sua relação se destruísse. A única coisa que sabia então era que a amava e que desejava passar o resto da sua vida com ela.
Ele insistira, e conseguira, para que Keisha deixasse o seu trabalho e fosse viver com ele para o centro da cidade. Alguns meses depois, tinham-se mudado para uma linda casa em Surrey e ali passara os melhores momentos da sua vida. Por isso, quando Keisha, logo depois do primeiro aniversário do seu casamento, o deixara, ficara destroçado.
Keisha queixara-se de que ele trabalhava muito e de que ela não tinha nada para fazer, e ele sugerira-lhe que arranjasse um passatempo.
O que Hunter não esperara era que Keisha se inscrevesse num ginásio e ficara muito preocupado quando a ouvira dizer, ao falar com alguém ao telefone, que os homens que iam ao ginásio eram muito atraentes.