À procura de um sonho
De Sara Craven
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Sobre este e-book
Tallie Paget mudara-se para Londres para tornar os seus sonhos realidade, por isso quando lhe ofereceram a possibilidade de cuidar daquele elegante apartamento, aceitou, encantada com a sua boa sorte…
O milionário Mark Benedict ficou petrificado ao voltar ao seu luxuoso apartamento londrino. Mas a surpresa de encontrar Tallie no duche do seu quarto não era uma surpresa nada desagradável. Mark viu imediatamente as possibilidades da sua bonita e inocente hóspede… e Tallie não resistiu aos encantos de Mark…
Sara Craven
One of Harlequin/ Mills & Boon’s most long-standing authors, Sara Craven has sold over 30 million books around the world. She published her first novel, Garden of Dreams, in 1975 and wrote for Mills & Boon/ Harlequin for over 40 years. Former journalist Sara also balanced her impressing writing career with winning the 1997 series of the UK TV show Mastermind, and standing as Chairman of the Romance Novelists’ Association from 2011 to 2013. Sara passed away in November 2017.
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À procura de um sonho - Sara Craven
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2008 Sara Craven
© 2015 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
À procura de um sonho, n.º 1624 - Julho 2015
Título original: One Night with His Virgin Mistress
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Publicado em português em 2009
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-7079-6
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S. L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Se gostou deste livro…
Prólogo
Mark Benedict pensou que já tivera mais do que o suficiente. Primeiro aquela viagem infernal, depois o voo de regresso, para acabar naquela conferência de imprensa interminável.
Tudo o que queria era estar sozinho e poder tomar um duche.
– Então… – começou a dizer uma repórter, sentada na primeira fila, que tentava seduzi-lo de forma descarada – podia descrever aos meus leitores como se sentiu?
– A minha vida estava em perigo – respondeu. – Como acha que me senti?
– Mas era o líder – prosseguiu a repórter. – Salvou toda a gente. Como se sente ao ser um herói?
– Menina – disse de forma cortante. – Estou cansado e sujo e não há nenhum herói aqui. Nunca houve. Eu simplesmente fiz o meu trabalho. E, se não tem nada mais inteligente para me perguntar, vou-me embora.
Tinham posto um carro ao seu dispor e sentiu-se muito agradecido por isso, pois não se sentia com forças para conduzir. Também estava agradecido por, por algum tipo de milagre, não ter perdido a sua carteira nem as suas chaves e pensou que, em breve, estaria rodeado da paz por que tanto ansiava.
Contudo, assim que entrou em casa e fechou a porta, soube que alguma coisa não estava bem. Soube que não estava sozinho. Então ouviu o som da água do duche a correr.
Em silêncio, dirigiu-se para o seu quarto.
Disse para si que, se quem estava no seu apartamento fosse quem desconfiava, ia matá-lo.
Entrou na casa de banho e parou. Então ficou a olhar para a silhueta magra que se via através do biombo do duche com incredulidade.
– Meu Deus! – exclamou. – Não posso acreditar nisto.
Então aproximou-se do duche e espreitou… e encontrou uma rapariga linda, nua e aterrorizada.
Capítulo 1
Uma semana antes…
– Parece demasiado bom para ser verdade – disse Tallie Paget, suspirando.
– Provavelmente tens razão – disse a sua amiga Lorna. – Mal conheces esse homem. Pelo amor de Deus, tem cuidado.
– É exatamente isso que vou fazer – disse Tallie. – Tenho de tomar conta do apartamento de Kit Benedict enquanto ele está na Austrália. Vou viver na sua casa sem pagar renda e só terei de pagar as contas da eletricidade e da água. É melhor do que morrer à fome num pequeno apartamento, enquanto acabo de escrever o meu livro… Mesmo que conseguisse encontrar um apartamento que pudesse pagar.
Então fez uma pausa.
– Há uma palavra que define este tipo de coisas.
– Eu sei – respondeu Lorna. – Loucura.
– A palavra é «acaso» – disse Tallie. – Segundo o dicionário, é o facto de descobrir coisas sem querer. Pensa bem… se eu não tivesse ido trabalhar para um dos bares que os empregados da empresa de Kit frequentam, nada disto teria acontecido.
– E sair do teu apartamento? – perguntou Lorna. – Também foi um acaso?
– Não, é claro que não – respondeu Tallie, olhando para a sua chávena de café vazia. – Mas não posso continuar a viver lá, não nestas circunstâncias. Tu sabes. Josie deixou bem claro que não queria ir viver… com ele.
– Meu Deus, a tua prima é mesmo encantadora – disse Lorna num tom irónico. – Não me surpreenderia se te pedisse que fosses a sua dama de honor no casamento.
– A mim também não – disse Tallie, mordendo o lábio inferior.
– Dadas as circunstâncias, ainda bem que Gareth e tu não estavam a sair um com o outro.
– Eu sei. Como também sei que algum dia vou ver as coisas de forma diferente. Mas esse dia ainda não chegou.
– E esse tal Kit Benedict… Promete-me que não vais apaixonar-te por ele – pediu Lorna.
– Meu Deus, é claro que não! – exclamou Tallie, horrorizada. – Já te disse: Kit vai para a Austrália numa viagem de trabalho. Para além disso, não faz o meu género.
Angustiada, pensou que gostava mais de homens altos, loiros, de olhos azuis e que tivessem um sorriso encantador. Kit Benedict não era muito alto, era moreno e também era bastante presunçoso.
– Kit apenas precisa de alguém que tome conta do seu apartamento enquanto está no estrangeiro – prosseguiu. – Para além disso, eu preciso de um lugar onde viver.
– Como é a casa dele? É o apartamento típico de homem solteiro, cheio de garrafas vazias e de caixas de comida espalhadas pelo chão?
– Muito pelo contrário – garantiu Tallie. – O seu apartamento fica no último andar de um edifício eduardiano. Tem uma sala lindíssima, com uma mistura de móveis modernos e de móveis antigos, e tem uma vista espetacular de Londres. Tem dois quartos enormes e uma cozinha de sonho. Kit disse que podia utilizar o quarto que quisesse, por isso vou utilizar o dele, pois tem a sua própria casa de banho.
Então pensou no pequeno quarto que tinha na casa da sua prima. Contudo, nem Josie, que lhe oferecera a sua casa devido às pressões da sua família, nem Amanda, a outra rapariga com quem partilhava o apartamento, queriam que vivesse com elas e nunca tinham feito com que se sentisse bem-vinda.
No entanto, como a renda era barata deixara-se ficar. Se não tivesse sido por Gareth…
– De facto… – continuou – o apartamento está muito arrumado e limpo, pois ele tem uma empregada, a senhora Medland, que vai duas vezes por semana. Kit diz que é um dragão com coração de ouro e eu nem sequer tenho de pagar pelos seus serviços. Segundo parece, há uma empresa que trata de todas essas coisas e eu só tenho de lhe enviar o correio.
– Hum – disse Lorna. – Mas não compreendo como pode ser tudo dele… a não ser que ele seja o proprietário da empresa de vinhos para a qual trabalha.
– O apartamento faz parte de uma herança familiar – disse Tallie. – Até há uma divisão que Kit utiliza como escritório. Disse-me que posso trabalhar lá e utilizar a impressora dele.
– Bom, suponho que tenho de admitir que a situação é bastante boa. Embora preferisse que te mudasses para Hallmount Road connosco, mas, como o namorado de Nina foi viver connosco, já não há espaço para mais ninguém.
– Vai correr tudo bem. Não te preocupes comigo – disse Tallie.
Enquanto regressava para a agência de publicidade onde trabalhara de forma temporária durante as últimas três semanas, desejou conseguir sentir-se tão otimista como fingira sentir-se com a sua amiga.
Talvez Lorna tivesse razão e tudo aquilo fosse uma loucura, porém, disse para si, tinha um talento para a escrita e, se não aproveitasse a oportunidade que tinha naquele momento, talvez se arrependesse disso durante o resto da sua vida.
Poupara tudo o que conseguira com a intenção de poder viver das suas economias enquanto não arranjasse outro trabalho.
Há algum tempo, enquanto ainda vivia com os seus pais, inscrevera-se num concurso que uma revista anunciara para encontrar escritores talentosos com menos de vinte e cinco anos. Ela, que naquela altura tinha dezoito anos, escrevera uma história sobre uma mulher que, disfarçada de homem, saíra da Europa para encontrar o homem da sua vida.
Não ganhara o concurso. Nem sequer fora selecionada. No entanto, um dos membros do júri, uma agente literária, entrara em contacto com ela depois do concurso e convidara-a para almoçar em Londres.
Tallie aceitara o convite com um certo receio, contudo, Alice Morgan era uma mulher de meia-idade alegre, que compreendia porque a escolha de uma carreira não era fácil.
– O meu irmão, Guy, sempre soube que queria ser veterinário, como o nosso pai – dissera Tallie enquanto almoçavam. – No liceu, dizem que devo ir para a universidade para estudar Filologia ou História antes de me preparar para ser professora. Mas não tenho a certeza de que é isso que quero fazer, portanto estou a tirar um ano sabático enquanto me decido.
– Nunca pensaste em tornar-te escritora profissional?
– Oh, sim! Sempre quis ser escritora, mas só mais tarde – respondera Tallie. – Sempre pensei que primeiro tinha de ter um trabalho normal.
– E durante este ano sabático… O que vais fazer?
– Bom, o meu pai precisa sempre de ajuda no seu trabalho. Tirei um curso bastante completo de informática, portanto também posso encontrar algum trabalho num escritório.
– Então e Mariana, que está nas mãos dos contrabandistas? – perguntara a senhora Morgan. – Não vais acabar a sua história?
– Na verdade, nunca pensei nisso – confessara Tallie. – Para ser sincera, só escrevi aquela história para me divertir.
– Isso reflete-se na história – dissera Alice Morgan, sorrindo. – Não é perfeita, mas é uma história muito animada, contada com euforia por uma voz jovem… e de uma perspetiva feminina. Se conseguisses manter a história e a emoção ao mesmo nível, penso que uma editora poderia interessar-se por ela.
– Meu Deus! – exclamara Tallie. – Nesse caso, talvez pense nisso com mais seriedade.
– Era mesmo isso que eu queria ouvir. Uma coisa que tens de melhorar é o teu protagonista, o elegante William. É baseado em alguma pessoa real… talvez num namorado?
– Oh, não – respondera Tallie, corando. – Nada disso. Baseei-me em alguém que às vezes vejo na minha vila. Os seus pais têm uma casa que utilizam aos fins de semana, mas ele… quase nem o conheço.
No entanto, sabia o seu nome… Gareth Hampton.
– Tive essa sensação, pois não era grande coisa como herói. Se Mariana está disposta a arriscar tanto pelo seu amor por ele, então o homem tem de valer a pena. Também havia mais algumas coisas que…
Duas horas depois, Tallie regressara a casa de comboio. Escrevera no seu diário todas as notas sobre as outras sugestões que Alice Morgan lhe fizera e, quando chegara ao seu destino, já decidira o seu futuro. Finalmente