Acordança
De Paulo Rema
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Sobre este e-book
Acordança é uma colecção de poemas - assim líricos como narrativos - que rescende a maresia e ressuma a infância do autor; a qual se transforma, mediada pela arte poética, numa experiência intemporal e, em última análise, universal. Escreveu-nos o autor acerca da 'presença influente' do mar em Acordança:
«Vivi metade da minha vida numa pequena povoação piscatória, chamada Praia da Aguda, tendo como vizinho permanente, o mar, o único símbolo indelével da identidade. Ora, isso moldou parte da minha maneira de ser, fosse pela solidão dos longos Invernos, mas também pelo medo e admiração sentidos pelo grande oceano».
Paulo Rema
Nasci no Porto, freguesia de São Nicolau a 18 de Abril de 1974.Escrevo desde os meus dez anos, mas profundei o meu gosto pela imaginação escrita escritor, mas sei que me é impossível viver sem uma caneta e papel.Vivi metade da minha vida numa pequena povoação piscatória, chamada Praia da Aguda, tendo como vizinho permanente, o mar, o único símbolo indelével da identidade. Ora, isso moldou parte da minha maneira de ser, fosse pela solidão dos longos Invernos, mas também pelo medo e admiração sentidos pelo grande oceano.Obra editada:O Coleccionador de Palavras (Pena Perfeita, 2005)Cruzei-me com a Felicidade e Fingi não Conhecê-la (edição de autor, 2007)Névoa ou a Chuva sem fim (Poesia Fã-Clube, 2013)
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Acordança - Paulo Rema
Acordança
2017
© Paulo Rema (poemas) e Paulo Seara (ilustrações) | Edições Bicho de Sete Cabeças
ISBN 978 137 07522 7 0
Direitos reservados segundo a legislação em vigor
Acordança
Campo
O campo tem um tempo diferente
E um reino implodido
Uma mão sem pele
A carne é viva e imortal
Nacarada na sombra do pó
Dos passos dos melros
Se olhar para cima
O céu é branco
Como estrelas escorridas de um jarro
Torcidas durante a noite
Num trapo lunar
Fico – porque amo o tempo lento.
Cheiro
Cheira a travões de um carro qualquer
Cheira a sombras de choupos e cardos do mar
E a maresia dos cães
Hibernados no sono da calçada
Não tenho jeito para
Organizar cadernos
Rasgam-me as páginas por dentro
E quando chove
– Sou poroso –
Uma papa de papel e respiração
Vibra
Em cordas de um instrumento
De geada e oressa e mortificação
Tenebroso o assento confortável
Da imobilidade de um desempregado
Brincando com miniaturas
Enfurecidas
Coladas ao chão
Numa greve sistemática de plástico
E
É bom regressar ao gesso
E à organização
Ao tédio da funcionalidade
Das pessoas disfuncionais
Chamam o meu nome
No cônsul-consultório-desconsolado
Para
Breves e passageiras doenças mentais
Adivinhei
Um carro parado não cheira a sombra Renault 11 que nunca tive
Um pão à chuva
Não é preciso chá quente, obrigado.
Mochila
Amanhã vou trazer a minha mochila
Para não andar com duas mochilas
E trago comigo
Dois cadernos
E um livro
O resto