Poemas de vida e de morte de um médico à noite
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Poemas de vida e de morte de um médico à noite - Gustavo Nobre de Jesus
pós-moderno
I
Com um fulgor que me não pertence
arrasto corpos pela mão
numa noite que rasgo em explosões
de álcool
e sémen
e som
e sangue.
E súo lânguidos corpos em feéricas saias
que se movem entre os dedos.
O toque de uma pele estranha
mistura-se com alguma bebida
que me arranha a garganta
e me cega a consciência
e a moral.
Há nome que não se conhecem
em beijos dados
e caras que se descobrem à luz
quando na noite eram apenas expressões
de Baco.
(A luz entra por uma frincha
de uma janela de uma casa
que não é minha
e acorda-me.
Há um peso
que reconheço como familiar
a escavar retroesternalmente
e a sugar-me de encontro
a mim próprio.
Mantenho-me quieto
e sinto os segundos
num velho despertador preto
baterem
lentas
badaladas
ensurdecedoras
e inquietadas.
Aguardo e tento escutar algo
de mim ou de outros.
Nada.)
II — Da solidão
Eu vi o sexo da mulher desesperada.
Provei o vinho directamente do gargalo
ao som do desencanto mascarado de sensibilidade.
Galguei o corpo de tesão desalinhado,
falei ao pescoço, soube usá-lo,
semeei meu esperma em campos de falsa espiritualidade.
Vivemos as noites da falsa descoberta,
de fingidas promessas de hedonismo
da puéril libertação sexual de outras eras.
Vivemos as noites de decotes alerta
da disrupção ébria do puritanismo.
III
Tudo é dinheiro, tudo é lucro.
Em todo o lado, notícias de paraísos fiscais
misturados com misérias reais.
Não existe mais nada.
As pessoas são divididas
entre o que ganham e o que têm.
Nenhum outro tema interessa,
a ninguém se ouve dizer que plano de vida tem,
que ambições sonha,
o que há a acrescentar.
Valor acrescentado só ao valor do trabalho,
única moeda no mundo que corre.
Jovens de fato são o uniforme