Educação e Saúde: concepções acerca da educação em saúde para o portador de HIV/AIDS em um hospital universitário do Estado de Pernambuco, Brasil
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Pré-visualização do livro
Educação e Saúde - Edeilson Vicente Ferreira
O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele
(Kant)
AGRADECIMENTOS
Escrever uma dissertação de Mestrado é uma experiência enriquecedora e de plena superação. Nos modificamos a cada tentativa de buscar respostas às nossas aflições de ‘pesquisador’. Para aqueles que compartilham conosco desse momento, parece uma tarefa interminável e enigmática que só se torna realizável graças a muitas pessoas que participam, direta ou indiretamente, mesmo sem saber realmente o que e para que nos envolvemos em pesquisa. E é a essas pessoas que gostaria de agradecer:
Preliminarmente, quero agradecer a Deus pelo dom da vida.
Aos meus pais (saudades eternas), pelo amor que me mostrou a direção correta e me ensinou a ter fé na vida. Pelos momentos de plenitude e apoio familiar incondicionais. A vocês, minha eterna gratidão.
Aos pacientes que participaram desta pesquisa, pois sem eles nenhuma dessas páginas estaria completa.
A todas as pessoas que, direta ou indiretamente, contribuíram para a execução dessa Dissertação de Mestrado incluindo minha orientadora Profª Drª Nélida Palacios de Girett.
Agradecimento especial:
Ao meu Co-orientador, Doutor Flávio de Oliveira Silva. Com ele aprendi muito mais do que teorias, aprendi a cultivar a generosidade e a humildade.
Muito Obrigado!
SUMÁRIO
Capa
Folha de Rosto
Créditos
CAPÍTULO I – O PROBLEMA
1. INTRODUÇÃO
1.1 Problema da pesquisa
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo geral
1.2.2 Objetivos específicos
1.3 Justificativa
1.4 A relevância da pesquisa.
CAPÍTULO II- MARCO TEÓRICO
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Ética e Saúde
2.2 Evolução da Aids no Brasil
2.3 Ética na Assistência ao portador do HIV/Aids
2.4 Adesão a terapêutica antirretroviral
2.5 Estratégias governamentais e políticas públicas voltadas para portadores de HIV/Aids
2.6 Importância da educação em saúde para o paciente diagnosticado com HIV/Aids
CAPÍTULO III - MARCO METODOLÓGICO
3. METODOLOGIA
3.1 Enfoque e níveis de investigação
3.2 Área
3.3 Amostra
3.4 Técnica e coleta dos dados
3.5 Procedimentos para análise de dados
3.6 Considerações éticas
CAPÍTULO IV- ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
CAPÍTULO V
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5.1 Recomendações
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
ANEXO – A
ANEXO – B
ANEXO – C
ANEXO – D
ANEXO – E
CARTILHA AIDS - CONHEÇA MAIS
Landmarks
Capa
Folha de Rosto
Página de Créditos
Sumário
Bibliografia
CAPÍTULO I – O PROBLEMA
1. INTRODUÇÃO
Analisa-se nesta dissertação as concepções acerca da educação em saúde para o portador do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e dos que desenvolveram a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids), em um Hospital Universitário do Estado de Pernambuco, Brasil. Interessa nos nesta análise, explicitar que esta dissertação foi idealizada porque apesar de todos os avanços científicos em relação à doença, ainda observa-se que parte dos pacientes não conseguem entender a importância da prevenção pra evitar que ela continue sendo disseminada. Ressalta-se também que é relevante uma análise das causas do abandono do tratamento por parte desses pacientes, pois, esse fato causa sérios prejuízos na qualidade de vida dos mesmos. Interessa nos também demonstrar a importância da educação em saúde de forma contínua afim de fornecer todas as informações necessárias e avaliar constantemente de que maneira elas são transmitidas e se são apreendidas pelos atendidos na unidade hospitalar em questão.
A dissertação inicia com uma breve introdução sobre o tema em questão e as razões que motivaram a realização desse estudo. Em seguida, a revisão de literatura está estruturada em tópicos iniciando com uma explicação geral a respeito do que é a Aids e de como foi sua dinâmica desde o diagnóstico do primeiro caso até os dias atuais. Posteriormente, tratamos das questões éticas que envolvem a doença e dos estigmas sofridos pelos portadores dela. Abordamos no terceiro tópico do referencial teórico a importância do uso correto dos medicamentos utilizados contra a doença e finalizando abordamos as políticas públicas que foram desenvolvidas desde o aparecimento dos primeiros casos até os dias atuais. Após o referencial teórico, descrevemos a metodologia utilizada para a realização do trabalho, seguida dos resultados com as discussões dos dados obtidos e por fim, concluímos o estudo desenvolvido com nossas considerações finais e sugestões baseadas em nossa pesquisa.
A Aids é uma doença infecciosa causada por um vírus disseminado sexualmente ou através do sangue, que infectou populações na África, Europa e Estados Unidos na década de 1970. (BRANDT, 2009). Sendo responsável por mudanças significativas em outros campos que não somente a saúde, principalmente por combinar comportamento sexual e doença. (PINTO et al., 2007).
Os primeiros casos de HIV/Aids notificados no Brasil datam do início da década de 80. Ao longo das últimas duas décadas, houve mudanças no perfil da parcela populacional mais acometida pela doença, e nas principais formas de contágio. (BRASIL, 2008). Inicialmente, a Aids foi estigmatizada como uma doença de transmissão sexual propiciada por atividades homossexuais, entretanto, no decorrer do tempo, a infecção sofreu modificações em seu perfil epidemiológico, acometendo homossexuais e heterossexuais, adultos e crianças de todas as camadas sociais (ALMEIDA et al., 2009).
Diante da complexidade da doença, permeada por estigmas e preconceitos o portador ou doente sofre mudanças diversas, muitas vezes drásticas, no meio em que vive e com quem convive, por isso o impacto que ele sofre desde o momento da constatação do diagnóstico, o leva a deparar-se com medos em relação à morte, às modificações físicas e suas relações afetivas, íntimas e familiares, trazendo conflitos que muitas vezes não são fáceis de serem enfrentados e solucionados. (SONTAG, 1989).
A infecção pelo HIV tem sido considerada de caráter crônico evolutivo e potencialmente controlável, desde o surgimento da terapia antirretroviral combinada (TARV) e da disponibilização de marcadores biológicos para o monitoramento de sua progressão. Tais avanços tecnológicos contribuíram de forma bastante positiva para a vida das pessoas que vivem e convivem com HIV (OLIVEIRA et al., 2012). Para enfrentarem esta epidemia, países, como o Brasil, após o ano de 1985, tiveram que fazer modificações nas políticas públicas de saúde, visto que o modo de combater as epidemias deriva do modo de pensar e executar as políticas públicas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003).
Uma série de fatores afeta o perfil de morbimortalidade da Aids. Entre esses, podemos incluir o acesso a informações, aos meios de prevenção das doenças oportunistas, aos exames laboratoriais, aos antirretrovirais, à qualidade da assistência prestada, à adesão ao tratamento, ao diagnóstico precoce das infecções e às medidas terapêuticas cabíveis (GIOVELLI et al., 2010).
A educação em saúde deve ser entendida como uma importante vertente à prevenção, e que na prática deve estar preocupada com a maioria das condições de vida e de saúde da população. O enfermeiro desempenha função importante nesse contexto, pois participa de programas e atividades de educação, visando à melhoria da saúde do indivíduo, da família e da população em geral. Sendo ele um educador, está inserido no contexto que norteia a educação em saúde, visto que é necessário orientar a população, e por que não dizer, mostrar alternativas para que esta tome atitudes que lhe proporcione saúde em seu sentido mais amplo (OLIVEIRA e GONÇALVES, 2004).
A educação e a saúde, quando articuladas, demonstram possibilidades para uma assistência integral às pessoas, principalmente se forem realizadas por meio de ações coletivas. Agravos à saúde acometidos por diabetes, hipertensão, hanseníase ou HIV/Aids direcionam o desenvolvimento de grupos que estimulem a discussão sobre problemas comuns, troca de experiências e incentivo ao aprendizado de questões sobre cuidados de si, auxiliando na convivência com a própria doença (PEREIRA et al., 2011).
No âmbito da saúde, entende-se que o objetivo da educação é o de oportunizar momentos de reflexões e ações capazes de possibilitar às pessoas um aprendizado consciente, sem a intenção de controlar suas vidas. A educação em saúde vista neste contexto pode ser compreendida no sentido de propiciar encontros entre o profissional e o paciente. Esta relação representa uma maneira de fomentar o diálogo e a troca de experiências. Desta forma, os profissionais necessitam vivenciar educação em saúde de modo crítico e reflexivo, esforçando-se para não trabalharem com verdades absolutas, imutáveis