O Cérebro e o Corpo no Aprendizado
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O Cérebro e o Corpo no Aprendizado - Julianne Fischer
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE
Sumário
AGRADECIMENTOS 13
Prefácio 15
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO 17
CAPÍTULO 2
UMA VISÃO GERAL DO CÉREBRO HUMANO 21
O Neurônio e o Sistema Nervoso 21
Os Neurônios 22
As Sinapses 24
O Sinal e a Informação 26
O Sistema Nervoso e Sua Organização 27
O Sistema Nervoso Central 27
O Sistema Nervoso Periférico 32
O Córtex Cerebral 33
Os Lobos do Cérebro 34
CAPÍTULO 3
A REPRESENTAÇÃO DO CORPO NO CÓRTEX 41
Os Mapas Sensoriais 41
A Sensação do Toque e o Reflexo de Dor 46
O Mapa Motor 49
CAPÍTULO 4
O DESENVOLVIMENTO E O METABOLISMO DO CÉREBRO 51
O Bebê Embrião 51
O Metabolismo Cerebral 54
O Cérebro e Sua Manutenção 57
O Cérebro e a Morte Encefálica 59
CAPÍTULO 5
A ALIMENTAÇÃO E A PRODUÇÃO DE ENERGIA 61
A Alimentação e o Desenvolvimento Cognitivo 61
O Peso Ideal 63
Obesidade Infantil 66
CAPÍTULO 6
MAPEAMENTO DO PROCESSO COGNITIVO 71
Introdução 71
Os Centros da Linguagem 71
O Processamento Neural da Linguagem 74
Os Distúrbios da Linguagem 77
A Afasia de Expressão 78
A Afasia de Recepção 78
A Afasia de Condução 79
A Afasia Como Manifestação Epiléptica 80
Algumas Considerações 80
Os Nossos Dois Cérebros 82
O Conflito dos Hemisférios Cerebrais 87
As Bases Neurais das Funções Cognitivas 89
Usamos 100% do Nosso Cérebro 94
Qual É a Mão Certa? 97
Outras Preferências Humanas: Olhos, Pés e Ouvidos 102
CAPÍTULO 7
A PLASTICIDADE DO CÉREBRO 105
O Que é a Plasticidade? 105
As Células e a Plasticidade 109
O Movimento da Representação Cortical 110
O Membro Fantasma 114
Os Ratos e o Aprendizado 116
O Labirinto e a Plasticidade 118
CAPÍTULO 8
A PARTICIPAÇÃO DO CORPO NO PROCESSO DE APRENDIZADO 123
Introdução 123
O Corpo no Início da Vida 124
O Corpo Como o Centro da Ação Cognitiva: Uma Breve Revisão 125
A Percepção do Corpo 125
O Esquema Corporal 126
A Formação do Corpo no Cérebro 127
O Corpo Conhece o Mundo 128
A Mão Como Canal de Comunicação 130
O Corpo Tem Memória 132
O Treino Motor, o Corpo e o Cognitivo Juntos 134
CAPÍTULO 9
O LÚDICO, O CORPO E A ABSTRAÇÃO 141
Introdução 141
O Brinquedo e a Evolução 142
As Regras, o Emocional e o Cognitivo 144
O Lúdico e o Corpo 147
O Lúdico e a Abstração 149
O Lúdico, a Abstração e o Erro 154
A Abstração Como Recurso Cognitivo Para a Aprendizagem 155
CAPÍTULO 10
CONSIDERAÇÕES FINAIS 159
Referências 163
LISTA DE FIGURAS
AGRADECIMENTOS
Agradecemos ao Professor Dr. Wally Welker, do Departamento de Neurofisiologia da Universidade de Wisconsin (Estados Unidos), por permitir o uso, em algumas de nossas figuras, de imagens do cérebro humano.
Agradecemos, em especial, à Professora Regina Vianna (da Associação Educacional Leonardo da Vinci), ao Professor Marco Callegaro (da Universidade do Sul de Santa Catarina), ao Professor Sérgio Jablonski (da Universidade do Vale do Itajaí) e ao Professor Eduardo Legal (da Universidade do Vale do Itajaí), pelo tempo, pela disposição e pelos seus conhecimentos empregados na revisão técnica deste livro.
Agradecemos, também, à Professora Marcilda Regina Cunha da Rosa, pela extensa revisão gramatical efetuada diversas vezes a fim de proporcionar um material de maior qualidade aos nossos leitores.
Prof.ạ Julianne Fischer e
Prof. Malcon Anderson Tafner
PREFÁCIO
Recordo-me de que, certa vez, em uma palestra sobre Astronomia, o renomado Prof. Dr. Ronaldo de Freitas Mourão disse que se não estudasse as estrelas, estudaria o cérebro humano, pois nada era mais intrigante e misterioso que ele, nem mesmo as estrelas.
Na época, eu era aluno de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, especificamente na área de Inteligência Artificial Aplicada, da UFSC¹, e estudava o cérebro humano em função dos conceitos de inteligência e conexionismo dos neurônios. Em virtude da relação que começava a construir com a neurociência², a frase do professor ecoou em meus sentidos, e fiquei durante dias pensando no que ouvira. Sim, o Professor Ronaldo de Freitas Mourão estava certo: há mais mistério dentro de nós do que em qualquer outra parte do universo.
Assim, nessa mesma época, além de professor universitário, eu também pesquisava sobre redes neurais artificiais por meio do curso de doutorado que fazia na universidade, o que me fez perceber que a ciência da matemática, sozinha, não me ajudaria. Parti, então, para o estudo da neurobiologia, do comportamento e da neurociência.
O intuito de entender, esclarecer e desmistificar o cérebro humano e alguns dos seus processos fez nascer esta obra. Minha esposa e eu, em um dado momento de nossas vidas e de nossos projetos pessoais, percebemos que estudávamos assuntos que, em parte, se sobrepunham e se complementavam. A Julianne atuava como professora universitária, no departamento de Educação do curso de Pedagogia da FURB³, e vinha trabalhando especificamente com alfabetização de crianças, em especial, daquelas que apresentam dificuldades na aprendizagem.
Quando a troca de informações e experiências começou entre nós, logo notamos que estávamos produzindo ou compreendendo um conhecimento que poderia ajudar outros profissionais. Começamos, então, a estudar e a discutir mais profundamente teorias e pesquisas sobre os temas que tratamos neste livro. Também passamos a observar melhor como o aprendizado se comportava em torno das nossas expectativas e, quanto mais observávamos, mais certeza tínhamos do que pensávamos: o aprendizado por meio do corpo era uma experiência viva, e nós a estávamos observando acontecer.
As ideias amadureceram, e percebemos que havia chegado o momento de registrá-las em um livro para auxiliar educadores e outros interessados. Antes desse momento, porém, terminamos nossos doutorados e continuamos a trabalhar no Ensino Superior.
Ao iniciarmos esta obra, a Julianne e eu pretendíamos atingir um público muito específico - alunos e professores de cursos de Pedagogia ou de áreas afins. Entretanto, esse público se tornou mais amplo, pois incluímos, em nossas pretensões, professores e pessoas interessadas em cérebro e em aprendizagem de uma forma geral. Apesar de esta obra estar longe de ser considerada completa, acreditamos que seja um bom começo.
Agora, a Julianne e eu deixamos com você, leitor(a), a tarefa de tirar suas próprias conclusões, principalmente, a respeito da interação do corpo e do cérebro no aprendizado.
O próprio tempo, à luz da ciência, se encarregará de esclarecer se nós estamos certos ou errados em relação às nossas concepções, aos nossos anseios e às nossas expectativas, sobretudo no sentido de contribuir para a conquista de um futuro ainda melhor para as nossas crianças.
Desejamos uma boa leitura e um bom proveito dos conteúdos deste livro.
Prof. Dr. Malcon Anderson Tafner
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
A educação, de uma forma geral, precisa revisar muitos dos seus métodos de ensino, não por estarem errados ou antiquados, mas por estarem, com certeza, desalinhados com o tempo e com o conhecimento produzido nos últimos anos. Acreditamos que os métodos de ensino estejam desalinhados porque o mundo não apenas mudou, mas igualmente aprendeu muito sobre o universo, o meio ambiente e o homem em seus aspectos sociais, econômicos, culturais e cognitivos. Entretanto, é fato que pouco do tudo o que aprendemos nos últimos anos tem sido efetivamente utilizado em prol do processo de aprendizado como um todo. Muitos dos novos conhecimentos precisam transpor as barreiras da ciência puramente acadêmica e alcançar as pessoas na sua forma prática. E é dentro desse contexto de transposição que teremos as reais mudanças, aquelas que fazem a diferença no dia a dia do professor e dos alunos em sala de aula.
Prestando atenção no processo de mudanças, percebemos, também, como é normal que essas mudanças aconteçam de forma lenta e gradual. Tem sido assim desde sempre: primeiro, a resistência de muitos; depois, a aderência de alguns poucos - os empreendedores das ideias. Então, seguindo o trabalho árduo desses empreendedores, numa próxima etapa, a aderência ganha força e público. Por fim, ocorre a aceitação da mudança pela sociedade como um todo. Ao criar o seu espaço e o seu público, o processo de mudança finalmente completa o seu ciclo.
Contudo, essa transformação deve estar sempre em constante movimento, mesmo tendo, na maioria das vezes, um ritmo vagaroso. É fundamental que essa cinemática