Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Mansão Mortlake
Mansão Mortlake
Mansão Mortlake
E-book230 páginas2 horas

Mansão Mortlake

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

O que você faria se recebesse uma carta misteriosa, o convocando para ir à uma mansão assustadora? Se você optou por ignorar, acredite, não foi o que Ana e seus amigos fizeram. Senhor R., mandou uma carta de socorro endereçada à menina e, ela, junto aos amigos, partiram para a Mansão Mortlake, onde presos, conheceram criaturas fantásticas, viveram momentos de mistérios, intrigas e desafios. Quando Ana, desvendar o verdadeiro segredo da casa, ela precisará fugir o mais depressa possível e salvar a todos à sua volta.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento22 de mai. de 2016
Mansão Mortlake

Relacionado a Mansão Mortlake

Ebooks relacionados

Ficção Geral para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de Mansão Mortlake

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Mansão Mortlake - Vinícius Alvim

    Mansão

    Mortlake

    1

    2

    Mansão Mortlake

    Dimensão Maligna

    Obra baseada no jogo eletrônico de

    Artem Kononov e Stella Games -

    Mystery of Mansion Mortlake.

    Vinícius Alvim

    3

    Copyright © 2016 by Vinícius Alvim

    Título original

    Mansão Mortlake – Dimensão Maligna

    Capa e orelha

    Imagens retiradas do próprio jogo

    Empresa distribuidora do jogo

    Wild Tangent Inc.

    Criação de cenários e personagens

    Mystery of Mortlake Mansion / Vinícius Alvim

    Direitos Autorais Jogo Mystery of Mortlake Mansion

    Playrix Entertaintment/Wild Tangent Inc.

    Direitos Autorais livro "Mansão Mortlake – Dimensão

    Maligna"

    Vinícius Alvim

    4

    Dedico este livro a todos que acreditaram

    que sua publicação seria possível. Dedico

    também a todos os leitores, que assim

    como eu, são fãs de mistério e apaixona-

    dos pelo jogo "Mystery of Mortlake Man-

    sion".

    5

    6

    PRÓLOGO

    Sabe quando você sente que há algo de er-

    rado dentro de você? Algo que nem você

    mesmo consegue explicar? Sinto que nasci

    diferente... que pertenço a vários mundos,

    ou talvez... a várias dimensões...

    Ana

    7

    8

    CAPÍTULO UM

    CORREIO MISTERIOSO

    Era uma tarde ensolarada de sábado na Vila Saint

    Martin. Havia crianças e adolescentes passeando pelas

    praças e parques, havia senhoras e moças batendo um

    bom papo diante de suas casas, tudo estava em perfeita

    harmonia. Na casa de Ana não era diferente, aliás, o lu-

    gar estava calmo até demais.

    O tédio lá predominava. Ela e seus melhores ami-

    gos Letícia, Larissa, Elson, Maurício e lógico, o seu gati-

    nho de estimação Café, montavam um enorme quebra-

    cabeça de mil peças. Sua casa era aconchegante e de um

    tamanho médio, possuía dois andares e os cômodos eram

    grandes. Na sala se encontrava um par de sofás aveluda-

    dos da cor bege, uma mesinha ao centro, logo, embaixo

    dela havia um tapete estampado com pentagramas e a

    frente dos sofás se localizava a televisão. A sala possuía

    papel de parede roxo, cor preferida de Ana, e o piso era

    de madeira. Estavam todos aqueles adolescentes e o gato

    em volta da mesinha, tentando se distrair com o tal que-

    bra-cabeça.

    Ana era pessimista, dificilmente via o lado bom

    das coisas. Era um pouco mais baixa que Letícia – Lelet

    9

    para os mais próximos – e Elson; ela possuía cabelos pre-

    tos curtos, na altura dos ombros.

    Muito impaciente, não gostava de desafios de ló-

    gica e digamos que ela era a preguiça em pessoa, logo

    resmungou:

    – Isto é muito chato! Vamos fazer alguma outra

    coisa.

    – O que você sugere? – perguntou Maurício, que

    recebia o apelido de Smu.

    De repente, se escutou um miado um tanto quanto

    alto.

    – Miau!!!

    Era Café. O gato miava incansavelmente e todos

    já sabiam o que era.

    – Fome! – disseram em coro.

    Café não gostava de comer ração ou outro tipo nor-

    mal de comida de gato, ele gostava de imitar o estilo Gar-

    field, um personagem da televisão que curiosamente é

    um gato gordo e laranja que adora lasanha. Todos foram

    para a cozinha da casa. Ela não era tão grande como a

    sala, era retangular com um papel de parede branco e o

    piso azulejado, possuía alguns eletrodomésticos básicos

    de uma cozinha, a geladeira era enorme, havia vários e

    vários armários nas paredes e as panelas do almoço

    ainda repousavam no fogão. Foram em direção ao armá-

    rio de maior tamanho. Lá pegaram os ingredientes para

    fazer a lasanha. Apesar de Café não gostar de comida de

    gato, Ana acrescentava atum e ração felina secretamente

    10

    na lasanha do bichano, pois era necessário para a saúde

    e desenvolvimento dele, e ele nem notava tal feito.

    Lelet ficou encarregada de preparar o molho de

    carne com o adicionamento do atum secretamente. La-

    rissa – apelidada pelos amigos de Rica – iria bater a

    massa no liquidificador, enquanto Ana, Elson e Smu

    iriam pegar os ingredientes para a massa.

    – Ana, onde fica a farinha? – gritou Elson.

    – Você é abobado, está na prateleira da esquerda!

    Parece até que não mora aqui. – respondeu, a garota, no

    mesmo tom.

    – Mas eu não moro...

    Café apenas observava na expectativa, com água

    na boca, enquanto seus servos trabalhavam para ele.

    Depois de colocarem todos os ingredientes para bater a

    massa no liquidificador, Rica o ligou na tomada. Então

    se ouviu o barulho dos componentes já batendo.

    – Gente, vocês... – Lelet havia sido interrompida

    por algo.

    De repente, toda a cozinha e todos estavam mele-

    cados de massa crua.

    – Rica!!! Para você bater alguma coisa no liquidifi-

    cador é preciso por uma tampa sabia?! – exaltou Lelet,

    que ficou brava por Rica ter sujado não só o seu molho de

    carne de massa crua, mas também seus cabelos e roupas.

    – Ué, como eu iria saber? – murmurou a menina.

    11

    – Você não é loira à toa, ?! – satirizou Ana. Logo

    ela pegou no armário um esfregão e um balde e os entre-

    gou a garota.

    – Para que isso?

    – Para que?! Olha essa sujeira, agora você vai ter

    que limpar. – disse Ana, em tom de deboche.

    – Sozinha?!

    – Podemos até te ajudar, mas você vai ter que lim-

    par as paredes, o piso e inclusive comprar uma roupa

    nova para mim. – resmungou Elson, retirando com vio-

    lência a meleca que grudava em sua camiseta.

    Enquanto todos limpavam a cozinha, Café que era

    muito esperto pegou uma lasanha pronta na geladeira e

    foi para a sala aproveitar sua vida preguiçosa de gato do-

    méstico. Ele era o tipo de felino que gostava de uma vida

    mansa e preguiçosa, não era gordo, apesar de comer

    muito. Possuía pelos pretos e olhos muito redondos e

    amarelos, seus bigodes eram longos e sua orelha era

    mais curtinha. Quando era menor, ainda filhote, andava

    para lá e para cá, todo serelepe. Subia em cima dos mó-

    veis, fazia as necessidades fora da caixinha de areia e

    aprontava todas, isso deixava Ana e os pais dela malu-

    cos. Quando foi crescendo, ficou mais sedentário, se tor-

    nando o preguiçoso que é agora.

    O gato escutou de repente uma batida na porta de

    entrada, passou pela sua portinha especial e não viu nin-

    guém, mas no carpete vermelho havia uma carta. Com

    um olhar atento, o bichano que era bem esperto, agarrou

    12

    levemente a carta com os dentes e saiu em disparada em

    direção à cozinha.

    Os garotos ainda limpavam o azulejo sujo de

    massa crua. Rica estava encerando-o, enquanto o resto

    do pessoal estava guardando as panelas e varrendo a fa-

    rinha que havia sido espalhada pelo local. De repente

    chegou Café, que, ofegante pulou em cima de Ana. Ela

    soltou um xingamento qualquer e logo notara que havia

    um envelope na boca de seu gato, pegou e o abriu. Ela

    deu um gritinho e todos foram ver o que era.

    – O que houve Ana? – perguntou Smu, muito pre-

    ocupado com a reação da amiga.

    Ela então mostrou a carta para seus colegas:

    Cuidado, Ana! Sua vida está em perigo! E acredite isto é

    real. Venha para a Mansão Mortlake imediatamente! É

    uma questão de vida ou morte. Você é a nossa última es-

    perança!

    R.

    30 de abril 1963

    P.S. O medalhão e o mapa serão de grande ajuda.

    Todos ficaram boquiabertos com a mensagem. O

    local ficou silencioso por alguns segundos e então Lelet

    indagou:

    – Quem é esse R? E onde fica esta tal mansão?

    – Eu não sei, mas aqui tem o endereço do lugar. –

    respondeu Ana.

    – Você não vai, ? – perguntou Elson, curioso.

    13

    Ana não respondeu, apenas olhou pensativa. En-

    tão ela enfiou sua mão no envelope e retirou o medalhão,

    o mapa e havia também uma foto da mansão. Ela obser-

    vou bem aquele medalhão, ele era envolto por um mate-

    rial no qual parecia ser bronze e no seu meio um desenho

    triangular da cor azul. Depois a garota abriu o mapa,

    pensou que poderia ser o mapa de um tesouro ou coisa

    qualquer, mas era o mapa do que parecia ser os cômodos

    de uma casa, provavelmente a mansão. Ela fitou bem a

    foto, havia a imagem da mansão vista do lado de fora.

    Era grande, possuía pelo que se podiam ver três andares,

    um jardim que parecia não ser cuidado há anos, havia

    também uma baixa escadaria que levava à entrada, as

    janelas estavam enfeitadas de galhos e sujeira.

    – Sabe o que é mais estranho nisso tudo? – disse

    Lelet. – Esta carta ter sido enviada em 1963 e ter che-

    gado à sua casa só agora.

    – O que eu vou fazer? Meus pais viajaram e só vol-

    tam no mês que vem. – murmurou a garota, preocupada

    com tudo isso.

    – Mas Ana... você nem sabe quem é esse R., e tam-

    bém não pode ficar dando tanta atenção a uma simples

    carta, não é nem um pouco confiável... – alertou Elson.

    – Ele tem razão, você pode correr perigo se resol-

    ver visitar esse lugar aí! – consentiu Smu.

    – Hm. Posso dar uma ideia? – indagou Rica, com

    um sorriso presunçoso no rosto.

    – Você? Dar ideias? – riu Ana, sabendo do baixo

    padrão de intelecto da amiga.

    14

    – Ana! – falou Lelet, lançando um olhar de censura

    à garota. – Pode falar Rica.

    – Bom, se quiser podemos dormir todos aqui e

    aproveitarmos para pesquisar sobre isso. – dissera final-

    mente Rica.

    Todos concordaram com a ideia e Café soltou um

    suave miado, que parecia significar que ele apoiava tam-

    bém.

    – Vou buscar os sacos de dormir, vamos todos ficar

    aqui na sala. Enquanto eu subo para buscar os sacos, vão

    pesquisando na internet sobre a mansão ou sobre o tal

    de R. – falou Ana que já ia subindo as escadas.

    – Ei! Eu vou com você! – interviu Smu, em tom de

    confiança. – Você corre perigo andando sozinha por aí.

    – Smu, eu sei me virar sozinha!

    – Ana, você vai precisar deixar o orgulho de lado,

    o que você mais precisa agora é de nossa ajuda. – acon-

    selhou Lelet.

    – Tudo bem. – resmungou – Vamos Smu!

    O garoto lançou uma piscadela para Lelet como

    forma de agradecimento. Os dois subiram suavemente as

    escadas de madeira em espiral da casa. O quarto em que

    ficavam localizados os sacos de dormir e os travesseiros

    era o último do corredor à direita.

    – Vem logo. – reclamou Ana.

    – Calma... – nesse instante, ele segurou o braço

    dela, deixando a menina sem reação.

    15

    – Smu, o que você pensa que está fazendo?!

    – Ana, há muito tempo quero fazer isto, mas nunca

    tive a chance...

    Ele pegou ela pela cintura e iria lhe lascar um

    beijo quando de repente se houve um estrondo e um grito.

    – Ai! – gritou o garoto, caído no chão, acabara de

    levar um belo tabefe na cara.

    – Isso é para você deixar de ser abusado! – gritou

    a garota que já estava furiosa e com a mão vermelha oca-

    sionada pela força do tapa.

    – Desculpa, não consegui me controlar. – se des-

    culpou o menino.

    – Pois então se controle e me ajude a levar estes

    sacos lá pra baixo.

    Era incontestável o amor fulminante que Smu

    sentia por Ana, todos sabiam disso. Mas ele sofria, pois

    era um amor não correspondido, a garota não se sedia,

    ela dizia que nunca iria se apaixonar por alguém.

    Estavam descendo as escadas lentamente e Elson

    indagou:

    – O que houve lá em cima? Ouvimos um barulho e

    um grito.

    – Ah, nada demais... – mentiu a garota, lançando

    um olhar de censura a Smu que corou de vergonha. –

    Acharam alguma coisa na internet?

    – Nadinha.

    – Então, o que faremos? – perguntou Ana.

    16

    – Acho que nós vamos ter que encarar o desafio e

    ir nessa tal mansão Mortlake. – disse Lelet.

    Nós?! A carta veio para mim, não posso deixar

    que vocês corram perigo por mim.

    – Estamos juntos nessa, Ana. Até o fim. – disse

    Smu.

    – Mas vocês mesmo disseram que é perigoso de-

    mais e não devemos dar atenção ao chamado...

    – Sim. Mas sabemos que você é muito teimosa e

    vai ir de qualquer jeito à propriedade e não há santo que

    a impeça. Então por isso, não deixaremos você ir sozinha.

    – suspirou Lelet.

    – Tudo bem, amanhã de manhã, iremos aprontar

    nossas mochilas e partir viagem. – concordou ela, um

    pouco receosa.

    – O que acham que vamos encontrar naquele lo-

    cal? – perguntou Rica.

    – Coisa boa não deve ser... – respondeu Elson,

    tendo um mau pressentimento sobre tudo aquilo.

    – Será que vai ter jantar chique? Toda mansão que

    se preze, tem. – se perguntou a menina.

    – Miau! – Café miou em sinal de que poderia ter e

    que ele iria adorar.

    – Agora vamos dormir. Boa noite para vocês. –

    disse Ana, que naquele momento já havia apagado a luz

    da sala.

    17

    Enquanto Elson e Ana usavam os sofás aveluda-

    dos como cama, Lelet, Rica e Smu dormiam nos sacos de

    dormir. Logo, ao lado da TV, dormia Café em sua almo-

    fada de espuma. Ana não teve uma noite muito tran-

    quila, a todo o momento pensava sobre esse mistério.

    Teve alguns pesadelos, achou que a noite nunca iria pas-

    sar.

    18

    CAPÍTULO DOIS

    A VELHINHA NA VAN

    Chegara o nascer do sol, todos acordaram, toma-

    ram um caprichado café da manhã, desta vez sem ba-

    gunça na cozinha. Foram cada um para sua casa, inven-

    taram a desculpa para seus pais que viajariam com a

    Ana e os pais dela para a fazenda da família. A garota

    estava com seu gato Café em casa, já arrumando as coi-

    sas.

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1