As Treze Dimensões

De Mathieu Laskowski

Gilian na véspera de seus dezoito anos, descobre não ser humano, e sim meio bruxo meio elfo. Sua mãe o envia para uma escola de magia no Rio de Janeiro, a Escola de Magia de Copanema, onde ele começa a aprender sobre o novo mundo a qual pertence. Lá enfrentará diversos desafios mortais, descobrirá seu primeiro amor, lutará contra o preconceito. Porém, assassinatos misteriosos o levarão até sua maligna tia, Elleonor.

• Idioma: Português
• Editora: Bibliomundi
• Data de lançamento: 10 de mar. de 2022
• ISBN: 9781526048011

Mathieu Laskowski

Mathieu Laskowski nasceu em Curitiba, no ano de 1994. Durante a infância foi incentivado a ler, por sua mãe. Muitos de seus gostos e hobbies o acompanham desde a adolescência, games, natação, danças. Porém, sua vontade de compartilhar sua imaginação com o mundo foi o que o levou a escrever.

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AS TREZE DIMENSÕES

Mathieu Laskowski

Sumário

Capítulo 1 – A Criança Marcada

Capítulo 2 – Descoberta da Magia

Capítulo 3 – Nova Escola

Capítulo 4 – Agora vai começar o combate!

Capítulo 5 – Descobertas e Segredos

Capítulo 6 – Caçadores de Tumba

Capítulo 7 – Pela estrada a fora

Capítulo 8 – Cresça e apareça amor!

Capítulo 9 – A semente do mal é plantada

Capítulo 10 – Evolua

Capítulo 11 – Um Apocalipse diferente

PRÓLOGO

31 DE OUTUBRO DE 1921, AMÉRICA DO SUL

Em algum lugar da floresta Amazônica, uma tropa se preparava para a batalha, o general em sua tenda, escrevia para sua amada esposa.

"Hoje chegamos ao campo de batalha, nossas tropas estão aflitas com a guerra que está acontecendo há mais de 200 anos. Bruxos, feiticeiros, magos, todasas raças mágicas e humanas lutando a fim de decidir qual é a melhor, e qual deve reinar durante o próximo milênio. Já reportei aos meus superiores a nossa situação.

Meu fiel aliado e amigo há séculos, Clayton Darkmoon, previu o fim da guerra. Minha amada Oldarina, caso eu não retorne para casa, lembre-se que eu sempre a amarei aonde quer que eu esteja, e também nosso amado bebê cujo carregas em seu ventre."

Após terminar sua carta, ele a selou com uma vela dourada, o selo tinha em seu desenho o brasão da família, era um Pégaso de asas abertas, tinha formato de escudo, pois sua família reinava há milênios na quinta dimensão. Ele se tornou general antes de seu irmão ser coroado, e assim virou o protetor do reino, já que seu irmão mais velho seria o sucessor do trono quando seu pai morresse. Após selar a carta, a mesma é despachada por uma marmota caolha, mesmo sendo uma criatura tão estranha, tinha livre acesso a todas as dimensões.

O general pegou sua taça de Vinho Flamejante, deu um gole e saiu da barraca para apreciar a floresta. Era um dia lindo demais para morrer, o sol atravessava pelas árvores, alguns pássaros e animais da região ainda estavam por perto devido à calmaria. Árvores imensas, de um verde levemente escuro, uma boa sombra e uma brisa reconfortante.

Nada melhor que uma boa e profunda respirada, afinal nada poderia atrapalhar um momento como esse, não é? Exceto o silêncio mórbido que ali pairava, sem vento, sem animais ou cantos de pássaros. O único som eram os passos rápidos de alguém correndo em sua direção.

- General Goldheart, a resistência está começando a se mover. O que faremos? – disse o batedor, completamente ofegante ao encontrar o general.

- Chegou a hora. Prepare meu Pégaso, avise o Comandante Darkmoon que o fim está próximo.

Wilson Leonard Goldheart, general do primeiro exército unido inter-racial, defendia a paz entre as raças independentemente se eram seres mágicos ou humanos. Ele era alto e forte, vestia uma armadura de ouro de gnomo, o metal mais duro encontrado nos 13 reinos. Seus cabelos levemente ondulados e dourados como o nascer do sol pendiam sobre seus ombros. Olhos acinzentados, que carregavam um olhar sério, agora estavam perdidos ao horizonte, seguindo os rebeldes se aproximando. Num breve movimento, colocou seu elmo dourado, cujo tinha asas em seus detalhes na testa, e foi em direção a seu cavalo alado.

- Meus companheiros... – Gritou o General após montar – Hoje, nós faremos história! Que os espíritos nos guiem e os Deuses tenham piedade de vossos inimigos. Avante soldados! – ordenou.

Montado em seu Pégaso, decolou em direção às tropas rivais. Voou ao topo das árvores e lançou o feitiço da Visão de Águia, "Eagle Vision", assim poderia ver onde estavam os inimigos. Assim que os avistou dentre as árvores, desceu com seu Pégaso em um turbilhão, criando um tornado no seu rastro por onde passava, destruindo tudo pelo caminho.

A batalha durou dias a fio, ambos os lados perderam muitos guerreiros. O que não se esperava, era o fato de algumas criaturas sem magia viessem como reforço inimigo, trolls, gigantes, centauros... Naquele momento o General sabia o que deveria fazer para parar com aquilo, usou o feitiço de teletransporte, "Ianuae Magicae".

Surgindo através de uma névoa azulada no meio da batalha, pega de suas costas o Cajado Obsidianari, uma arma digna de um grande bruxo real. Era feito da mais pura obsidiana, indestrutível, possuía no topo um cristal de diamante arco-íris, a gema mais rara de todas as dimensões. Com um rápido e quase imperceptível movimento, cravou o cajado no chão, abrindo um círculo mágico.

- Me desculpe Oldarina... Amo vocês... – sussurrou o capitão – Glaciatta!

O cristal emanou uma luz azul, que flutuou alguns segundos sobre o mesmo, neste momento todas as tropas pararam para vê-la, e em menos de 2 segundos uma explosão de gelo cobriu todos no campo de batalha. Congelados pela eternidade, sem poder viver ou morrer...

CAPÍTULO 1 – A CRIANÇA MARCADA

15 DE JULHO DE 1922, 19 HORAS, DIMENSÃO DE MURTHAG

Oldarina Las’Hull Goldheart, uma bela mulher, por volta dos 152 anos de idade, cabelos tão brancos que a ocultavam a beleza do luar, se estendiam até a cintura, sua pele esbranquiçada era suave como um pêssego, e olhos vermelhos cujos lembravam a cor de um morango. Ela era uma Elfa Noturna, orelhas longas e pontudas. O cabelo escorrido se deitava perfeitamente em seu vestido azul escuro de bordas douradas, enquanto ela observava as três luas que estavam cheias pairando no límpido céu.

Os campos azulados ficavam mais escuros à noite, alguns arbustos roxos e outros vermelhos enfeitavam a sacada externamente. O vento soprava no rosto, o cabelo que antes estava quieto, agora dançava pelo ar em leves movimentos. As extremidades do vestido púrpura acompanhavam a dança, enquanto ruídos saindo de um dos arbustos atrapalhava a quietude da noite.

- Quem está aí? – perguntou a elfa.

- Sou eu majestade, Tink Tink, o mensageiro. O general mandou-lhe entregar isto. – a marmota entregou a carta e desapareceu em seu buraco.

Após ler a carta, ela sentiu um calafrio e ouviu um sussurro em seu ouvido dizendo: amo vocês. Se derramando em lágrimas e pensando como criaria o garoto que estava prestes a nascer sem pai, jamais por falta de condições, afinal, ser casada por 25 anos com um dos bruxos mais famosos teve suas vantagens.

Com a guerra cessada, ela poderia criar seu filho como um humano normal, longe da magia, onde ele poderia estar a salvo daquele mundo cruel que dilacerou seu coração.

Os pensamentos foram interrompidos com o fato de que a bolsa havia estourado.

- Margaret? MARGARET!

- Sim, Princesa? – a copeira