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Haroldo de Campos: para sempre
Haroldo de Campos: para sempre
Haroldo de Campos: para sempre
E-book86 páginas54 minutos

Haroldo de Campos: para sempre

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Sobre este e-book

Haroldo de Campos, professor, poeta, tradutor, nasceu em 19 de agosto de 1929 e faleceu em 16 de agosto de 2003. A par das criações poéticas e tradutórias, que lhe deram fama internacional, também foi ensaísta, teórico e crítico de excelência impecável, pois, para isso, praticava a imprescindível arte do rigor com incansável obstinação. Sua mente criadora era a de um inquieto, exuberante e infatigável viajante por tempos e espaços, não apenas nos seus escritos, mas também nas inumeráveis viagens que fez a convites internacionais. Segundo Lucia Santaella, que tão brilhantemente o homenageia, se consideramos sua enteléquia e potência criadora, então plenamente vivas, a pessoa de HdeC foi embora cedo demais, ainda mais cedo porque mantinha projetos e sonhos de continuidade que o destino, aquele que desafia quaisquer poderes, abruptamente interceptou.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento17 de dez. de 2021
ISBN9788528306330
Haroldo de Campos: para sempre

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    Pré-visualização do livro

    Haroldo de Campos - Lucia Santaella

    Capa do livro

    PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

    Reitora: Maria Amalia Pie Abib Andery

    EDITORA DA PUC-SP

    Direção: José Luiz Goldfarb

    Conselho Editorial

    Maria Amalia Pie Abib Andery (Presidente)

    Ana Mercês Bahia Bock

    Claudia Maria Costin

    José Luiz Goldfarb

    José Rodolpho Perazzolo

    Marcelo Perine

    Maria Carmelita Yazbek

    Maria Lucia Santaella Braga

    Matthias Grenzer

    Oswaldo Henrique Duek Marques

    Fronstispício

    © Lucia Santaella. Foi feito o depósito legal.

    Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Reitora Nadir Gouvêa Kfouri / PUC-SP

    Santaella, Lucia. Haroldo de Campos : para sempre / Lucia Santaella. - São Paulo : EDUC, 2019.

    1. Recurso on-line: ePub

    Disponível no formato impresso: Santaella, Lucia. Haroldo de Campos : para sempre / Lucia Santaella. - São Paulo : EDUC, 2019. 80 p. ; 18 cm. ISBN 978-85-283-0626-2.

    Disponível para ler em: todas as mídias eletrônicas.

    Acesso restrito: http://pucsp.br/educ

    ISBN 978-85-283-0633-0

    1. Campos, Haroldo de, 1929-2003 - Crítica e interpretação. 2. Poesia brasileira - História e crítica. I. Título.

    CDD 928.699

    869.915

    EDUC – Editora da PUC-SP

    Direção

    José Luiz Goldfarb

    Produção Editorial

    Sonia Montone

    Preparação e Revisão

    Otacílio Nunes

    Editoração Eletrônica

    Gabriel Moraes

    Waldir Alves

    Capa

    Kalynka Cruz-Stefani

    Fotos de capa e da última página

    Acervo Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos - Reprodução autorizada

    Administração e Vendas

    Ronaldo Decicino

    Produção do ebook

    Waldir Alves

    Revisão técnica do ebook

    Gabriel Moraes

    Rua Monte Alegre, 984 – sala S16

    CEP 05014-901 – São Paulo – SP

    Tel./Fax: (11) 3670-8085 e 3670-8558

    E-mail: educ@pucsp.br – Site: www.pucsp.br/educ

    Dedico este livro a José Luiz Goldfarb

    e ao vínculo que continua nos unindo a Haroldo de Campos

    Por isso, hoje precisamos ainda encarnar Haroldo de Campos. Seu espírito ambicioso é um grande sol interno para nós, que olhamos estupefatos o século passado se dissolvendo. Precisamos encarná-lo, compreender seu percurso e a amplitude de seu pensamento: o diálogo amplo e corajoso que estabeleceu com tantos e tão múltiplos pensadores. [...] Desde 2003, o poeta não está mais, de corpo presente, entre nós. Seu pensamento, sim, está vivo e se desdobra em novas edições de seus livros e em novos ensaios sobre sua obra, iluminando e animando o debate no campo das letras. Por isso mesmo, precisamos (também) encarar Haroldo de Campos. Colocá-lo à prova do tempo presente, ininterruptamente. Seus olhos de lince não puderam acompanhar as transformações deste novo século – e é nosso dever fazê-lo. Essa é uma das formas mais generosas de homenagem.

    (Renan Nuernberger, 2015)

    SUMÁRIO

    Dedicatória

    Homenagem

    Sumário

    Apresentação

    Vida regada de obras

    O poeta

    O transcriador

    O teórico-crítico-ensaísta

    O professor

    O amigo

    Referências

    Foto

    Apresentação

    O cientista e filósofo norte-americano C. S. Peirce – fundador da semiótica, ciência dos signos – desenvolveu uma teoria da imortalidade humana que me parece oportuna para abrir este breve livro sobre a obra de Haroldo de Campos. Para Peirce, nós temos dois tipos de existência. Uma é a existência individual, corpórea, fechada em uma caixa de carne e sangue, a outra é a existência espiritual, que o ser humano tem em si e que leva consigo nas suas opiniões e sentimentos, simpatia, amor.

    Cada ser humano tem uma identidade que transcende de muito o mero animal; – uma essência, um significado tão sutil quanto possa ser. Ele não pode conhecer sua própria significância essencial; de seu olho, ele é a olhadela. Mas que ele verdadeiramente tem essa identidade expandida é a expressão verdadeira e exata da simpatia, companheirismo – junto com todos os sentimentos não egoístas – e tudo aquilo que nos faz sentir que o ser humano tem um valor absoluto. [...] Esta é a existência que a lógica considera certamente imortal, uma imortalidade que depende de o homem ser um verdadeiro símbolo. (CP 7.593-594)

    Exemplar da imortalidade do ser humano como símbolo é a preservação dos mortos na memória dos vivos, nas lembranças que deixaram, nas falas que os relembram, nas cerimônias e rituais da dor e da saudade. Entretanto, nada poderia ser mais demonstrativo da verdade simbólica humana e de sua eternização do que a capacidade de alguns seres humanos para imprimir em obras o brilho do seu espírito. Esses são os que inventam, criam, dão corpo ao pensamento e à sensibilidade em símbolos externos que se incorporam ao acervo dos grupos, das nações, dos povos, da espécie. Não é casual que essas pessoas são muito justamente chamadas de imortais, na medida exata da grandeza da obra em que se eternizam, aliás, uma grandeza que

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