Relações de urbanidades em habitação de interesse social na cidade de Campina Grande - Paraíba
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Relações de urbanidades em habitação de interesse social na cidade de Campina Grande - Paraíba - Ana Aparecida Almeida de Souza
CAPÍTULO 1 - PRINCÍPIOS BÁSICOS DA URBANIDADE
Neste Capítulo será abordado estudos e pesquisas de cunho teórico sobre os objetos teóricos que permeiam os seguintes temas: urbanidades - conceitos, usos, dimensões e importância para esta pesquisa; espaço público - conceito, tipologias, habitação de interesse social – breve panorama histórico-social; e o programa minha casa minha vida – contextualização, concepções e usos.
Projetar um edifício ou pensar a cidade vai muito além do processo projetual comumente visto e elaborado nas competências acadêmicas e profissionais. O além desse processo precisa ter um espaço para reflexão sobre o que a arquitetura significa e como ela qualifica as diferentes escalas: o edifício, o lote, a quadra, as ruas, o bairro e a cidade. É necessário fazer uma leitura do ambiente, seja ele construído ou vazio, e a partir dessa leitura fazer observações do lugar, do comportamento e da interação de pessoas. Holanda (2012, p. 164) nos diz que a arquitetura está sempre relacionada a seres humanos, mas não está sempre relacionada a comportamentos.
Urbanidade é um termo de senso comum que reflete o que alguns autores retratam como civilidade do convívio, é entender o modo de experiência de um mundo, de um lugar, de pessoas sobre determinado espaço. Segundo Aguiar et al, (2018) nos diz que urbanidade pode ser definida como:
Estruturação espaço-temporal da experiência e da vida coletiva, há uma especificidade, um detalhamento no desdobramento do espaço na forma urbana, uma riqueza material que parece canalizar e amparar temporariamente, mas o tempo todo, o fluxo da prática e do vivido (AGUIAR et al, 2012, p. 35).
A urbanidade pode ser denominada através das manifestações simbólicas, sobre como as pessoas se comportam no espaço urbano a partir das diversas atividades distintas realizadas pelas pessoas. Essas manifestações podem ser atribuídas aos espaços urbanos que tenham qualidade e que permitam valorizá-los, e nesse processo de significação nos possibilite uma dinâmica que pode ser mais receptivo e que acumule qualidades a partir das transformações na comunidade para os espaços públicos (CASTELLO, 2000).
[...] Urbanidade é a qualidade vinculada à dinâmica das experiências existenciais conferidas às pessoas pelo uso que fazem do ambiente urbano, ou, completamente, pela qualidade que o sistema de espaços públicos das cidades tende a oferecer a seus usuários através da capacidade de intercâmbio e de comunicação que contém (DEL RIO et al, 2018, p.162).
O conceito de Urbanidade pode ser compreendido como comportamento, civilidade, cortesia, comportamento social virtuoso, próprio de urbanitas¹ educados, envolve, portanto, juízo de valor admitindo variações no espaço e no tempo. Lugares que existam algum tipo de comunicação entre as pessoas por conversa direta ou indireta. Trata-se de disposições adquiridas pelo cidadão e, ao mesmo tempo, dos dispositivos de socialização presentes no meio urbano (KRAFTA, 2012; TRIGUEIRO, 2012).
A urbanidade também pode estar relacionada aos elementos de diferentes escalas, da arquitetura, a nível de edificações como os cheios, os volumes; da cidade e dos espaços em relação aos vazios, as ruas, praças, etc., designando, portanto, implicações sócio volumétricas (menor escala) ou socioespaciais (maior escala), em síntese, e sempre serão sócio arquitetônicas, ou seja, associação entre espaço, edificação e comportamento (HOLANDA, 2012).
De acordo com Holanda (2012) ao referirmos sobre a cidade enquanto realidade física, atributos sociais e atributos arquitetônicos, também estamos nos referindo à urbanidade, portanto, é relativo à qualidade de ser cortês, afável, uma negociação continuada entre interesses, é, pois, uma variável, que é função simultaneamente. Mesmo sendo de interesse de grande escala, como a cidade, o processo de qualificação da urbanidade é adaptável a outras escalas, para mais ou para menos.
A urbanidade [...] coloca-se hoje em qualquer tempo e lugar. É uma qualidade objetiva de uma certa vertente sócio arquitetônica que transcende tempo e espaço. Sua defesa é um valor, fruto de uma escolha ética por mais variadas que sejam as circunstâncias, escalas e funções em pauta (HOLANDA, 2012, p. 185).
Podemos entender que urbanidade também se configura na capacidade de acolhimento nos espaços públicos existentes na cidade, ela acontece quando, a partir do ambiente construído, como por exemplo, os sistemas de transporte, que oportunizam encontros e a copresença entre pessoas de diferentes classes, gêneros e estilos em espaços públicos da cidade (FIGUEIREDO, 2012; ANDRADE, 2012).
A urbanidade precisa de
[...] modos ou estilos de vida que utilizam e dependem do espaço urbano, legitimamente público, para se produzir... de pessoas caminhando nas calçadas, fazendo compras nos centros tradicionais e de um transporte público de qualidade (FIGUEIREDO, 2012, p. 231).
Segundo Rheingantz (2012), urbanidade pode ser entendida como uma experiência que não tem sua origem nas pessoas nem no ambiente construído, mas se produz na relação entre ambos. Pode ser o resultado do fluxo contínuo de relações que ocorrem em um coletivo configurado por um conjunto de atuantes humanos e não humanos.² O sentido de urbanidade é a própria materialidade do ambiente urbano, e, portanto, não se atém exclusivamente pelos humanos.
O conceito de urbanidade tem a ver com a vida nas cidades e com o comportamento adequado a esse ambiente. É o que rege os encontros entre cidadãos e é no território da urbanidade que a cidade completa (ou não) a experiência pessoal, por meio das trocas, da conversa, dos imprevistos, do flanar, do viver a aventura coletivamente, mas também se configura em diferentes urbanidades: inclui qualquer forma de vida urbana, mesmo se referindo à pessoas com potencial desagregador, ou seja, formas de intolerância e rejeição das alteridades sob a forma de segregação e violência ao outro (CALLIARI, 2016; AGUIAR, NETO, 2012).
Ao refletirmos sobre a cidade³ e tudo o que a compõe, observamos que tudo o que nos cerca é mediada pelo urbano, - como estrutura filosófica, que em seu âmago lida com coisas tão reais quanto a morfologia, - como uma estrutura ou sobrecarga sensorial, por exemplo, que ocorre ao atravessar uma rua, o andamento e a multiplicidade da vida econômica, ocupacional e social se aceleram. E esses estímulos em excesso provocam ansiedade ao transeunte, por exemplo: um carro buzina, os olhos voltam e você quase esbarra num idoso que avança hesitante; são emaranhados da ação e interação interpretados na forma de espaços e lugares (AGUIAR et al., 2012; SENNETT,