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Boulevard Café
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E-book247 páginas1 hora

Boulevard Café

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Sobre este e-book

Ao entrar escondido na sala secreta do seu avô, Jeremy não sabia que estava prestes a transformar sua vida para sempre. Que tudo aquilo que faltava ia estar em abundância em seu mundo. Ele vai descobri o valor que tem a amizade e o quanto é importante manter os laços que nos envolve com quem amamos. E principalmente a aproveitar o tempo que ainda temos, porque depois que tudo passa, só nos restam as lembranças...
IdiomaPortuguês
Data de lançamento26 de jan. de 2014
Boulevard Café

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    Boulevard Café - E. S. Robinson

    [2]

    3

    Do autor, publicado no Clube de Autores.

    Boulevard Café

    [4]

    E. S. Robinson

    5

    Copyright © 2015 by E. S. Robinson

    Todos os direitos desta edição estão reservados a E. S. Robinson.

    Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por

    qualquer forma e/ou meios (eletrônico ou mecânico) sem a permissão do

    autor.

    DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO E. S. Robinson

    ILUSTRAÇÕES galleryhip.com/dreamstime.com

    ARTE DE CAPA Rodrigo Lippi

    www.clubedeautores.com.br

    Dados internacionais de catalogação na publicação - CIP

    R664c Robinson, E. S.

    Corações de aço / E. S. Robinson – Recife:

    Ed. do autor, 2015.

    199p.

    ISBN 978-85-916745-1-0

    1. Literatura brasileira. 2. Contos.

    I. Título.

    CDD – 869.93

    [6]

    Sumário

    Nota do autor ........................................................9

    Humanoide ......................................................... 14

    Equilíbrium ......................................................... 49

    O Último Humano ................................................ 90

    Atordoado .........................................................123

    Cyborg ..............................................................157

    7

    Nota do autor

    Corações de aço é uma reunião de contos interligados

    que surgiu a partir do primeiro conto escrito no primeiro

    semestre de 2013 o Equilíbrium. Ele foi escrito para

    participar de uma antologia chamada "A Fantástica Literatura

    Queer" da editora Tarja – que consistia em narrar uma

    história de ficção fantástica abordando o tema da diversidade

    sexual. Mas antes que o conto pudesse ser entregue para os

    organizadores, a editora veio a fechar as portas e o projeto da

    antologia teve que ser, temporariamente, suspenso. Com este

    conto em mãos decidi então prolongar seus galhos e fincar

    suas raízes escrevendo outros contos que tivessem ligação

    com Equilíbrium. Desta forma outras histórias foram

    9 │Corações de Aço

    surgindo de modo a continuar o mesmo clima da primeira.

    Estava surgindo aí Corações de Aço. E espero que cada

    história busque provocar no leitor uma reflexão a respeito do

    tema principal que é o mito da extinção humana. E que cada

    conto faça o que geralmente os mosquitos fazem na hora da

    gente se deitar: não nos deixam dormir em paz.

    E. S. Robinson│ 10

    "A espécie humana apenas se pode permitir uma guerra: a

    guerra contra sua própria extinção."

    Isaac Asimov

    11 │Corações de Aço

    E. S. Robinson│ 12

    Ano de 2190

    Primeira expedição dos androides fora

    da terra.

    13 │Corações de Aço

    Humanoide

    1

    "Este é um pequeno passo para o

    homem, um salto gigantesco para

    a humanidade."

    O comandante Hilbert tinha pensado nesta frase

    várias vezes enquanto controlava a estabilização do Mobile

    Suit na estratosfera. Os milhares de botões e alavancas

    E. S. Robinson│ 14

    piscando luzinhas coloridas traziam sua

    atenção de volta ao painel de

    controle no cockpit. Os efeitos da

    variação da pressão atmosférica

    eram quase nulos para sua

    armadura de proteção e para o seu corpo

    completamente feito de metal e pele

    sintética. O comandante era um

    androide, uma espécie de robô que possui forma humana tão

    perfeita que não seria capaz de distinguir a diferença entre

    um e outro.

    - Estamos alcançando a Mesosfera em alguns

    segundos. – falou ao microfone no capacete de proteção.

    Sua voz se espalhou por todos os lugares e logo em

    seguida sentiu balançar um pouco na cabine de comando que

    ficava na região do peito do robô. O horizonte cinza e

    arredondado da terra começou a ganhar forma, há muito

    tempo que não era mais azul.

    Minutos depois o Mobile Suit Valkíria atravessou a

    barreira atmosférica com muita facilidade até encontrar a

    imensidão do espaço negro e vazio.

    15 │Corações de Aço

    O comandante Hilbert acionou o piloto automático e

    saiu da cabine de comando.

    - É só por um instante, meu amor. – sussurrou. Não

    tinha notado que o microfone de seu capacete ainda estava

    ligado.

    Ao sair da cabine passou por um corredor até chegar à

    sala onde se juntou a equipe de cientistas que estavam a

    caminho do planeta Kepler-186f. O planeta mais parecido

    com a terra antes da extinção humana e jamais visitado

    devido a precária tecnologia da época.

    Na sala existia uma mesa branca com quatro cadeiras

    ocupadas.

    Um androide que estava ao lado apertou o botão que

    retraia o capacete para traz como um capuz.

    - Sr. Hilbert, o senhor precisa parar de tratar a nave

    desse jeito.

    Ele se remexeu tentando disfarçar o desconforto.

    O Mobile Suit Valkíria tinha esse nome porque o

    comandante Hilbert decidiu batizá-la com o nome da própria

    mulher que morreu em um acidente na primeira tentativa de

    viajar para fora da terra. E desde então ele costuma

    conversar com a nave robô como se falasse com a mulher.

    E. S. Robinson│ 16

    Ele tinha uma forma parecida com a humana equipado com

    canhões nos ombros e armas escondidas pelo corpo.

    Outro androide com aparência feminina e oriental

    entrou na sala trazendo um tablet na mão que projetava um

    mapa holográfico indicando o caminho que a nave deve

    seguir até o destino.

    - Temos uma hora e quarenta minutos. – disse ela

    colocando o tablet em cima da mesa.

    Um pontinho vermelho indicava a localização exata

    da nave passando por estrelas e lixo espacial.

    O comandante Hilbert olhou impaciente para a hora

    projetada na parede ao lado.

    - Não se preocupe comandante. A nave estará segura

    durante o caminho.

    - Dra. Asako, eu receio que se algo acontecer a esta

    nave todos nós estaremos condenados a vagar pelo universo.

    - Não seja pessimista. Nós temos um trabalho duro a

    fazer.

    Os outros tripulantes ficaram em silêncio.

    - Eu vou separar os recipientes de coleta. Confesso

    que estou ansiosa. – continuou Dra. Asako e depois se

    retirou da sala.

    17 │Corações de Aço

    - Amanda fica temperamental quando está ansiosa. –

    falou Dr. Houzel outro androide que estava ao lado. – Ela

    esperou muito tempo por esse momento.

    O comandante apenas esboçou um sorriso da forma

    que sua pele sintética permitia.

    Neste momento todos sentiram a nave balançar

    bruscamente. O robô tinha levantado o braço para afastar

    restos de lixo espacial que vinham em sua direção. O que fez

    o comandante desejar que a viagem acabasse o mais rápido

    possível.

    Ele dividia a atenção entre o relógio projetado num

    canto da sala e o pontinho vermelho se movendo no mapa. E

    não foi capaz de esconder a impaciência.

    2

    Durante a viagem a nave não teve problemas para

    desviar do campo gravitacional de planetas desertos e

    estrelas maiores.

    E. S. Robinson│ 18

    A Dra. Asako havia assumido o posto de copiloto ao

    lado do comandante logo depois que o planeta de destino

    tinha sido avistado.

    - Ele é azul.

    O comandante se voltou para ela que continuou:

    - É como voltar no tempo. Em um tempo que não foi

    nosso.

    - Não fique sentimental demais, Dra. – falou o

    comandante em resposta.

    Ela riu pelo nariz, acionou o capacete e depois se

    levantou da cadeira.

    - Nos avise quando for pousar, quero ser a primeira a

    pisar no solo.

    O comandante assentiu.

    A nave sobrevoou por alguns minutos a atmosfera do

    planeta a procura de algum lugar seguro. E logo encontrou

    uma área deserta coberta de areia e pedras gigantes. Quando

    finalmente pousou, a nave espalhou uma nuvem de poeira

    que tapou a visão na cabine de comando. Estavam em terra

    firme.

    A Dra. Asako já estava em frente à porta que dá

    acesso ao lado de fora segurando uma caixa com recipientes

    19 │Corações de Aço

    de coleta. Junto a ela, Dr. Houzel e mais três androides a

    acompanhavam.

    Depois que a nuvem de poeira baixou, o comandante

    autorizou a abertura da porta que ficava bem no peito do

    Mobile Suit. Quando a porta começou a abrir, os androides

    acionaram os planadores da sua armadura e segundos depois

    já estavam pairando sob o deserto desconhecido do planeta

    Kepler.

    Dos seis que pularam da nave, a Dra. Asako foi a

    primeira a por os pés no chão realizando, assim, seu desejo.

    Ela jogou a caixa que segurava para um canto e observou o

    ambiente por todos os lados e não conseguiu enxergar nada

    além de areia e pedras.

    - Comandante Hilbert. – falou ela no microfone do

    capacete, mas o comandante estava logo atrás. – Pousamos

    em uma área muito ruim, não há nada aqui.

    - Foi o melhor lugar que encontrei.

    - Devo lembrá-lo que estamos

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