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Algumas Cartas Guardadas Na Memória Iii
Algumas Cartas Guardadas Na Memória Iii
Algumas Cartas Guardadas Na Memória Iii
E-book180 páginas1 hora

Algumas Cartas Guardadas Na Memória Iii

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Sobre este e-book

Antologia III de Cronicas, Romances e Auto Biografia
IdiomaPortuguês
Data de lançamento22 de jul. de 2016
Algumas Cartas Guardadas Na Memória Iii

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    Algumas Cartas Guardadas Na Memória Iii - Antonio Auggusto João

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA III – DAS DORES DA ALMA

    2

    ANTONIO AUG GUSTO JOÃO

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA III – DAS DORES DA ALMA

    ALGUMAS CARTAS

    GUARDADAS NA MEMÓRIA

    DAS DORES DA ALMA

    ANTOLOGIA III

    ANTONIO AU GGUSTO JOÃO

    1ª. Edição

    SÃO PAULO

    2.016

    EDITOR

    ANTONIO AUGUSTO JOÃO

    918607

    3

    ANTONIO AUG GUSTO JOÃO

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA III – DAS DORES DA ALMA

    Algumas Cartas Guardadas na Memória

    Editor Das dores da Alma

    Antonio Augusto João

    www.portaldoauggusto.blogspot.com.br Antonio Auggusto João

    Produção, revisão e capa Nenhuma parte desta publicação

    Antonio Augusto João pode ser armazenada, fotocopiada,

    reproduzida por meios mecânicos

    eletrônicos ou outros quaisquer sem

    a prévia autorização do Editor.

    auggusto@terra.com.br

    Autor: João, Antonio Auggusto

    Algumas Cartas Guardadas na Memória

    Obra: Das dores da Alma

    Antonio Augusto João

    São Paulo / Antonio Augusto João

    142p ; 21cm colorido

    ISBN 978-85-918607

    1. Literatura 1. Título

    São Paulo 2.016

    1a. Edição

    4

    ANTONIO AUG GUSTO JOÃO

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA III – DAS DORES DA ALMA

    PREFÁCIO

    5

    ANTONIO AUG GUSTO JOÃO

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA III – DAS DORES DA ALMA

    6

    ANTONIO AUG GUSTO JOÃO

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA III – DAS DORES DA ALMA

    A mesa estava fria, tal como as mãos do médico que

    trabalhava para me tirar a pequena vida cujo coração só

    recentemente começava a bater. Senti vergonha e uma dor terrível

    por permitir que este médico tirasse de mim o meu bebê. No

    silêncio e no meu desespero, podia ouvir uma voz muito baixa que

    estava a chamar a minha atenção.

    Era como se a voz dissesse:

    - " Não, por favor, não... Por favor, não."

    Mas foi tarde demais. A voz desapareceu junto com o corpo

    pequenino. Que vergonha, culpa e depressão me seguia. Como foi

    possível eu fazer uma coisa tão egoísta e má? Que tipo de ser

    humano sou? Eu queria morrer. Quando estava pronta para sair da

    clínica reparei numa enfermeira a colocar um cartão na gaveta.

    Supunha que tinha o meu nome e toda a informação sobre o meu

    bebê morto. Então, e assim pensei... A vida do meu bebê num

    cartão que vai ficar dentro de muitos outros, num gabinete. Posso

    saber o que está escrito no cartão? Será que era um rapaz ou

    menina? Claro que não. Ouvi dizer que não é possível de se saber

    tão cedo. Por intuição penso que era um rapaz. Mas como era o

    meu bebê? Mas em vez de ter nos meus braços um bebê vivo que

    respirava, e que um dia iria correr rir e amar, só existia um cartão

    com palavras. Continuei a pensar mais: E se alguém conhecido

    começar a trabalhar nesta clínica e vir o meu nome nas fichas?

    Sentia-me muito envergonhada. Preocupava-me com a minha

    reputação.O meu aborto aconteceu há doze anos. Foi num mês de

    Novembro - e a cada outono, quando vejo as folhas das árvores

    mudarem de cor e caírem , lembro-me da minha queda quando

    matei o meu próprio bebê. Todavia apesar daquele dia tão terrível,

    desde então eu vim a conhecer um Salvador que me ama. Soube

    do seu perdão e agradeci-lhe por isto, mas nunca me sentia

    perdoada. Eu chorava muitas vezes pedindo-lhe para tirar-me a

    7

    ANTONIO AUG GUSTO JOÃO

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA III – DAS DORES DA ALMA

    culpa e o sofrimento, mas parecia não haver resposta. Até que uma

    noite eu tive um sonho tão real até ao ultimo detalhe. No sonho

    estava na clínica, a olhar a enfermeira a colocar o cartão na gaveta.

    Sentia um peso enorme ao meu redor, que quase não conseguia

    respirar. De repente um homem apareceu ao lado da enfermeira. Ó

    não! Será alguém que conheço? Alguém vai descobrir o que eu fiz.

    O homem virou-se para mim. Eu vi o seu rosto. Não, por favor, Ele

    não... Qualquer pessoa, menos Ele. Era Jesus!

    - Saia, se faz favor, dizia eu. Não deve estar neste lugar

    horrível. Mas Ele não saia. Em vez disto, mansamente, Ele tirou o

    cartão da mão da enfermeira. Eu comecei a tremer na medida em

    que eu via os seus olhos absorver a realidade do que eu tinha feito.

    Lentamente Ele curvou a cabeça e começou a chorar. Sentia-me

    tão mal porque eu era a razão d'Ele ter vindo àquele lugar. Eu caí

    ao chão em desespero. Senti as suas mãos nos meus ombros e

    olhei para os seus olhos, esperando a sua ira. Mas não via nem ira

    nem condenação, só compaixão. O seu rosto refletia tristeza, e

    percebia que era mais profunda do que a minha. Ele abraçou-me e

    eu coloquei a minha cabeça no seu peito. As nossas lágrimas caiam

    juntas. Finalmente ele começou a escrever algo no cartão. Eu vi e

    descobri que Ele tinha escrito o seu próprio nome em cima do meu

    pecado. O seu nome estava escrito num vermelho tão forte que não

    mais conseguia ler o que estava escrito em baixo. Ali, no seu

    próprio sangue, o nome de Jesus Cristo cobriu o meu pecado. O

    peso saiu de mim e enquanto olhava nos seus olhos brilhantes Ele

    sorriu e sussurrou: Tudo acabou. Finalmente compreendi. Não há

    condenação para aqueles que acreditam em Jesus, só perdão. A

    culpa já passou - sou perdoada e livre do passado, agora posso

    andar com Jesus com felicidade e paz.

    Ginger Plowman,

    Alabama, EUA

    8

    ANTONIO AUG GUSTO JOÃO

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA III – DAS DORES DA ALMA

    ALGUMAS CARTAS

    GUARDADAS NA MEMÓRIA

    DAS DORES DA ALMA

    ANTOLOGIA III

    ANTONIO AU GGUSTO JOÃO

    1ª. Edição

    SÃO PAULO

    2.016

    EDITOR

    ANTONIO AUGUSTO JOÃO

    918607

    9

    ANTONIO AUG GUSTO JOÃO

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA III – DAS DORES DA ALMA

    10

    ANTONIO AUG GUSTO JOÃO

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA III – DAS DORES DA ALMA

    Este livro é dedicado a

    Glaucia Zelauy

    11

    ANTONIO AUG GUSTO JOÃO

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA III – DAS DORES DA ALMA

    ÍNDICE

    CRÔNICAS

    TÍTULOS

    PÁGINAS

    01

    O RELATO DE EVELYN MOORE

    13

    02

    SEQUESTRO RELÂMPAGO

    18

    03

    RESSUSCITAÇÃO

    23

    04

    AS ROSAS SOBRE A MESA NÃO VIVEM MAIS

    28

    05

    ACONTECEU NUM DIA DE INVERNO

    33

    06

    ANTES QUE TERMINE O DIA

    40

    07

    MORTE SÚBITA

    46

    08

    BURACO NA ALMA NO CAMPO DE SENHOS

    54

    09

    DO OUTRO LADO

    60

    10

    PERSEVERANTE NO AMOR

    65

    11

    O BEIJO QUE VOCÊ ME DEU

    72

    12

    SIMPLESMENTE AMOR

    80

    13

    AMOR EM PEDAÇOS

    86

    14

    FELIZ ANIVERSÁRIO!

    93

    15

    LIVRA-ME DE TODO MAL, AMÉM!

    99

    16

    TRAGÉDIA ANUNCIADA

    105

    12

    ANTONIO AUG GUSTO JOÃO

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA III – DAS DORES DA ALMA

    01. >>> O RELATO DE EVELYN MOORE

    Mais do que nunca, preciso descarregar tudo o que ficou

    guardado. Vou embora da cidade, do estado, do país, do

    continente, literalmente. Começarei uma vida nova e sinto a

    necessidade de desenterrar essa história e deixar ela aqui, onde

    ela aconteceu, pois espero que na minha nova vida isso fique

    para trás e não volte a me assombrar. Já se passaram mais de

    dez anos. Tinha recém completado dezoito anos, dividia

    apartamento com uma amiga numa cidade grande e tinha

    conquistado a liberdade sonhada na minha adolescência. Podia

    sair sem ter horas para voltar, beber cerveja, me divertir sem que

    meu pai ficasse regulando a minha vida. Aquilo tudo era incrível e

    era um momento muito especial de descobertas, inclusive sexual

    e amorosa. Não tinha namorado nem vida sexual, porém estava

    aberta a todas as descobertas que são tão emocionantes nesse

    momento único que marca o fim da infância e começo da idade

    adulta. Era um momento de poucas responsabilidades e muita

    sorte. Era época de férias escolares e de faculdade. Meu irmão

    mais novo tinha ido passar uns dias comigo na cidade. Como

    minha família vivia em cidade pequena, quando podia, meu irmão

    ia passear na minha atual cidade. Íamos ao cinema, jogávamos

    videogame, almoçávamos em fastfood, coisas triviais nos

    maiores centros, mas que são especiais para quem mora em

    cidade com menos de cinquenta mil habitantes. Uma noite saí

    com meus amigos e deixei meu irmão em casa. Sabia que como

    anfitriã, deveria ter ficado em casa assistindo filmes com meu

    irmão, mas quando temos dezoito anos, agimos como se o

    mundo fosse acabar no dia seguinte, e afinal de contas, teria

    13

    ANTONIO AUG GUSTO JOÃO

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA III – DAS DORES DA ALMA

    show cover do Led Zeppelin, meu favorito. Sentia que meu pai

    reprovaria minha atitude, mas meu irmão não teria problema

    sozinho e eu voltaria o quanto antes. Fui para festa, me diverti,

    bebi, encontrei meu paquera Anderson, trocamos uns beijos, vi

    que ali poderia nascer um relacionamento. Quando estava na

    hora de ir embora, Anderson disse que me acompanharia até em

    casa. Normalmente ia embora sozinha, pois morava há três

    quarteirões do bar onde estava. Era uma rua relativamente

    movimentada, mas ele insistiu em me acompanhar e vi que não

    teria problemas, seria ótimo ter companhia, ainda mais do meu

    futuro namorado, além do que mesmo achando desnecessário,

    me sentiria mais segura. Assim que viramos a rua, no primeiro

    quarteirão, um homem surgiu de uma entrada de garagem

    recuada escura. Não o vimos em momento algum antes e

    quando percebemo-lo, estava à nossa frente,

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