Os Escolhidos De Brocéliande

De Solange Torino

O livro traz uma aventura mágica que aconteceu na Floresta de Brocéliande, na Bretanha – França. Em contato direto com os habitantes da Floresta, os quatro personagens vão receber diversas informações de extrema importância para a humanidade atual. A história é descrita com humor, magia e muitas peripécias que realmente aconteceram entre a França e a Inglaterra. No final do livro, a autora presenteia os leitores com um pequeno manual de cura com Ervas e Cristais e um resumo sobre as Runas, um oráculo Viking, cujos vestígios mais antigos datam aproximadamente do séc. II d.C.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 9 de ago. de 2017

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SOLANGE TORINO

OS ESCOLHIDOS

DE BROCÉLIANDE

SOLANGE TORINO

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OS ESCOLHIDOS DE BROCÉLIANDE

OS ESCOLHIDOS DE BROCÉLIANDE

UMA VERDADEIRA AVENTURA MÁGICA NA FLORESTA

DE PAIMPONT - BRETANHA/FRANÇA.

Autora: Solange Torino

1ª Edição - 2017

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SOLANGE TORINO

Edição, Produção e Revisão Final: A autora

Capa: Regina Passarinho

A capa é um desenho da Floresta de Brocéliande, feito por Regina Passarinho na própria Floresta. As fotos são reais e também feitas pelos personagens.

Fotos: Fanca Ferreira/Bernard Mamalet/Regina

Passarinho/Solange Torino

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OS ESCOLHIDOS DE BROCÉLIANDE

Aos meus mais que queridos amigos - Regina

Passarinho e Bernard Mamalet e ao meu amor

Francisco Carlos Ferreira (Fanca), todos companheiros eternos de jornada. À minha amada família (Vagner, Carmen e Mariana) e do fundo da minha alma, à minha mãe e meu pai onde estiverem.

Beijos eternos no coração daqueles que trilham os caminhos mágicos e espirituais do Universo.

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OS ESCOLHIDOS E BROCÉLIANDE

CAPÍTULO I

UMA BREVE RETROSPECTIVA

* Uma nova viagem

* Europa, aqui vamos nós

* Paris, chegamos.

CAPÍTULO II

BRETANHA

* Um pouco da história desta magnífica região

* Brocéliande

* O chamado

* Entramos na mata

* O Vale Sem Retorno

* Inquisição

* O absurdo em nome de Deus.

CAPÍTULO III

UMA ESTRANHA VISÃO

* Acreditem, a morte não existe!

* Nós vivemos várias vidas

* Onde ficamos depois da morte

* Milhares de colônias espalhadas pelo Planeta

* La Ville Lumière

* Os Escolhidos de Brocéliande

* Uma grande festa.

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OS ESCOLHIDOS DE BROCÉLIANDE

CAPÍTULO IV

O AMANHECER DE UMA NOVA EXISTÊNCIA

* Nossa primeira lição de vida

* Os Elementais

* Como tratar as plantas

* Paracelso

* Fim do primeiro trabalho.

CAPÍTULO V

A LUZ DO SABER

* Questão de relacionamentos

* A visita de Monsieur Chat

* O oitavo amanhecer de uma nova existência

* O Cristal é um ser vivo

* O uso dos cristais desde o início dos tempos

* Fim da nossa primeira aula

* O nono dia em Lumière

* Nostalgia.

CAPÍTULO VI

DE VOLTA A VIDA REAL

*Novamente em Brocéliande.

CAPÍTULO VII

APENAS TURISTAS

* Londres

* Stonehenge

* Blois

* Valleé de la Loire

* Um presente do Céu.

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CAPÍTULO VIII

FIM DAS FÉRIAS, INÍCIO DA MISSÃO

* Um domingo tenso

* A hora da despedida

* Tentando voltar ao normal

* A hora é agora.

O MARAVILHOSO MUNDO VEGETAL

Entre as páginas 168 e 213

* Síntese de nossos estudos sobre "a cura com as

plantas"

* Relação das ervas em ordem alfabética

* A parte mágica das plantas usadas para banhos

* Os sete planetas, os dias da semana e as horas

planetárias

* As influências planetárias sobre a Terra.

UM PEQUENO RELATO SOBRE OS ESTUDOS DA CURA

PELOS CRISTAIS

Entre as páginas 214 e 243

* Os Cristais em ordem alfabética.

AS RUNAS DE ODIN E AS RUNAS CORPORAIS

Entre as páginas 244 e 254.

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OS ESCOLHIDOS DE BROCÉLIANDE

JANEIRO DE 2013 – BRETANHA - FRANÇA

Floresta densa, úmida, os termômetros indicam

temperatura abaixo de zero. A imagem cinza contrasta com os galhos secos das milhares de árvores que estão a nossa volta. De vez em quando um de nós tropeça nas raízes grossas que insistem em serpentear pelo solo sagrado. Acompanhando-nos visivelmente, apenas um pequeno riacho que escorre, às vezes formando lagos ou pequenas cachoeiras. O som, apenas dos nossos passos, da água ou alguma pedra que rola nas encostas mais íngremes. O lugar é estranhamente maravilhoso e eu estou apaixonadamente presa em Brocéliande,

parte da Bretanha na França.

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CAPÍTULO I

UMA BREVE RETROSPECTIVA

Já fazia muito tempo que eu estava programando voltar à França, rever o País do meu coração, onde abriga minha querida amiga Regina (Re) e seu marido, meu grande amigo Bernard. Não me perguntem por que,

mas eu sempre tive uma paixão por este país, os lindos lugares, os monumentos, sua língua, história, uh lá lá...

A Regina, minha companheira de aventuras desde a

infância (peripécias detalhadas no livro da mesma autora Lobas, Lobos e Afins), realizou um sonho nosso de adolescência e foi morar na França, onde ela está há 27 anos. Como todo imigrante, ela sofreu um pouco no começo desta jornada, afinal, lidar com uma cultura completamente diferente da nossa não é nada fácil, mas com sua desenvoltura, capacidade intelectual e muito estudo, rapidamente ela conseguiu se encaixar no mercado de trabalho. Após dois anos, ela casou e o Universo se fez em festa, pois foi a união perfeita de dois seres maravilhosos, que nasceram em países

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diferentes, mas têm, além da mesma profissão, os

mesmos gostos e o mesmo carácter. É o casal que

podemos dizer nasceram um na França e a outra no Brasil, mas um para o outro.

Logo após o casamento dos dois eu estive na França, junto com meu amado amigo Zezinho, chamado

carinhosamente por mim de Joseph. A Regina ainda

estava na batalha por uma vida melhor e todos nós éramos bem jovens. Então, a minha viagem pela

Europa aconteceu assim: de mochilas nas costas e

dormindo em trens, estações e albergues da juventude, nós viajamos por oito países. Em cada lugar que

passamos, em cada percurso que fizemos, diversos

foram os fatos que aconteceram, nós aprontamos tudo o que tínhamos e principalmente o que não tínhamos o direito de fazer, esta aventura também está guardada em um espaço especial no meu coração. Foi bom

demais, mas por viajar por muitos países, eu deixei de conhecer diversos lugares na França que eu gostaria muito. Acreditando que nada é por acaso e tudo tem a sua hora certa, hoje eu sei que estava reservado algo muito especial no interior deste país mágico, mas tinha o tempo certo para acontecer...

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Uma nova viagem...

A viagem de férias minha e do Fanca começou a ser programada nos meados de 2012. Primeiro eu convenci meu companheiro o quanto seria legal a gente passar nossos trinta dias de descanso nos cansando pela

França. A maior barreira era a temperatura, pois nós sairíamos do verão abrasador brasileiro para o frio congelante europeu. Eu já conhecia esta situação, mas para o Fanca isto era uma novidade um tanto quanto temerosa, além disso, tem o velho fantasma do cifrão, ou seja, nós ganhamos em real, temos que pagar

passagens em dólares e gastar em euros, no nosso caso também em libras esterlinas. Garanto que se não

existisse este desnível monetário das Américas de baixo para a Europa e outros continentes, o número de

turista iria aumentar assustadoramente. Deixando de lado os problemas financeiros dos países mais pobres e os possíveis contras, nós resolvemos ir. Liguei para meus amigos franco-brasileiros, comuniquei a nossa decisão, marcamos a data, fizemos uma longa pesquisa de preço de voos e finalmente compramos nossa

passagem. A data do embarque era para 28 de

dezembro, às 21 horas no Aeroporto de Guarulhos (São Paulo). A nossa passagem era com conexão em

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Amsterdã (Holanda), então só iríamos desembarcar no Aeroporto Charles de Gaulle (Paris), às 15 horas do sábado, 29.

Nós estávamos mais felizes que dois porquinhos na lama, pois passar o Réveillon na Cidade Luz, junto com nossos amigos queridos, era mais que um sonho.

Os dias que antecederam a viagem foram de

preparativos, pois nós dois praticamente saímos direto e reto dos nossos postos de trabalho para o aeroporto.

EUROPA, AQUI VAMOS NÓS...

As dozes horas de avião não foram tão ruins para mim, apesar de um pouco de turbulência que me deixa

morrendo de medo, mas o Fanca sofreu, pois ficamos literalmente sentados quase a viagem inteira. Quando chegamos à Amsterdã foi um verdadeiro alívio. Por lá ficamos apenas duas horas, antes de embarcarmos

para o nosso destino. Como previsto, colocamos nossos pés na França por volta das 15 horas e, para a nossa alegria, nossos amigos já estavam lá nos esperando.

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Paris, chegamos!

Chegar a Paris é um sentimento inexplicável. Dieu (Deus), como é linda! É claro que saímos do aeroporto direto para os monumentos mais badalados da cidade.

Nossos amigos foram passando com o carro por todo o centro de Paris, paramos na frente da Torre Eiffel, da Notre-Dame, Louvre e do Trocadéro para as famosas fotos chegamos. O Fanca estava enlouquecido com a beleza do lugar, nada passava despercebido aos seus olhos de jornalista. Apesar das quase 24 horas de viagem, com noite não dormida no avião, amassados com cara de sono, o fuso, o frio, nós decidimos ficar na 13

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cidade para jantar, pois seria muito cansativo irmos até a casa deles e voltarmos (nossos amigos moram em

uma linda cidadezinha chamada Châtenay-Malabry,

que fica um pouco afastado das badalações

parisienses). O lugar escolhido para a primeira

degustação em solo francês foi um restaurante gracioso em Saint-Michel. Depois da primeira refeição regada a muito vinho, de mais uma caminhada pelo famoso

bairro, fomos em direção à casa que nos abrigaria por um mês inesquecível.

Os dias posteriores da nossa chegada foram

deslumbrantes. Junto com nossos amigos que haviam tirado dez dias de folga no trabalho, nós visitamos inúmeros lugares inacreditáveis: o Castelo de Versailles com seus jardins maravilhosos, o Centro Cultural

Georges Pompidou que estava com uma exposição do

grandioso Salvador Dali, inúmeros monumentos,

batemos pernas no centro de Paris, entramos em

lojas, cafés e restaurantes até que chegou o esperado dia 31 de dezembro.

Na véspera do Ano Novo nós passamos o dia em

Châtenay-Malabry. Logo que amanheceu, por volta das 8 horas, nós fomos acordados por um ruído estranho aos nossos ouvidos. No começo tive a impressão de ser barulho de motocicletas, mas quando me dei conta, o 14

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Fanca deu um pulo da cama e abriu com tudo a janela do quarto, quase matando a gente de frio. Na mesma hora, a Regina também escancarou a janela e o Bernard já estava lá embaixo discutindo com alguns sujeitos que estavam com uma serra elétrica ligada cortando

árvores da nossa querida floresta.

Circundando o prédio onde situa a residência que nos recebe, existe uma linda floresta que eu já amo há muito. A minha paixão por este pedaço de terra com muito verde, aconteceu desde a primeira vez que eu pisei por lá, anos atrás, agora, imaginem o amor do Bernard que mora neste lugar desde os seis meses de vida e da minha amiga que lá está há mais de vinte anos?

Não preciso nem falar que foi um pega pra capar

lascado. O tempo de sair da cama, lavar o rosto e escovar os dentes, se encher de roupa, foi o mais rápido das nossas vidas. Em um piscar de olhos lá estava o Bernard e a Regina brigando em francês e eu em português (como se eles fossem entender...), o Fanca ficou na janela do apartamento sem saber o que fazer, afinal, estar em um país estrangeiro, não falar bem a língua e entrar em uma briga é uma bela

fórmula para arrumar uma grande encrenca... rs..rs.

Mas, ele não aguentou muito tempo e logo estava

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entre nós afundando os pés na lama úmida da floresta.

Bom, depois de muito bate boca, o então coordenador dos trabalhos colocou o Bernard para falar com o chefe geral ao telefone. Sabendo que a briga estava

acontecendo com dois biólogos franceses e dois

jornalistas estrangeiros foi uma forma de cessar os cortes, mas não antes deles derrubarem uma linda

árvore que estava posicionada bem a frente da janela da sala dos nossos amigos, onde os passarinhos faziam morada e enchiam o lugar com lindos cantos ao

amanhecer. Todos nós ficamos arrasados. Eles foram embora e nós descobrimos que dezenas de árvores

estavam marcadas de vermelho e que isto significava mais cortes, então, não pensamos duas vezes,

passamos a tarde inteira do dia 31 raspando, lixando e maquiando os troncos das nossas queridas que

estavam marcadas para morrer. Apesar da tristeza pelas já derrubadas, nós até conseguimos rir imaginando a cara dos panacas quando se dessem conta que não

havia mais nenhuma marca denunciando a próxima

vítima. Terminamos o dia com a sensação de dever

cumprido.

Quando a noite chegou, depois de um belo banho e

uma refeição deliciosa, nós nos dirigimos a Paris, assistimos a um lindo espetáculo teatral sobre a

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Revolução Francesa e depois fomos esperar a chegada de 2013 na Champs-Élysées. Paris estava lotada,

turistas escapavam por todos os lados, várias línguas misturavam-se à chuva que descia impiedosa sobre

todos que insistiam firmes e fortes nas ruas. Diante do cansaço da hora avançada, do frio e da água que nos deixava ainda mais gelados, nós brindamos a chegada do novo ano e, em seguida, nos dirigimos ao metrô e ao estacionamento, onde o carro do Bernard nos

aguardava para