Coletânea de contos Zen
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Coletânea de contos Zen - Lourdes Spaciari
Oração da serenidade
Concedei-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar aquelas que posso, sabedoria para conhecer a diferença entre elas. Vivendo um dia de cada vez, desfrutando um momento de cada vez, aceitando que as dificuldades constituem o caminho da paz, aceitando como Ele aceitou este momento tal como é, não como queria que fosse confiando que Ele acertará tudo, contanto que eu me entregue à sua vontade, para que eu seja razoavelmente feliz nesta vida e surpreendentemente feliz com ele eternamente na próxima. Amém.
(Autor desconhecido)
Meditando
Liguei o som. Com uma música muito tranquila, fechei os olhos e me vi envolvida pela emoção e pelos sentidos sensoriais. Pude observar um lindo jardim na natureza, sentia o perfume das flores, podia observar as cores de todas as flores. Sentia nas digitais dos meus dedos a textura das pétalas das rosas, pude ver um pé de limão-rosa, senti seu gosto em minha boca.
Caminhando ainda mais pude observar os pássaros cantando e as borboletas voando. Subi até uma montanha e de lá pude observar o céu, as nuvens, as matas, o mar, a praia e o sol. À medida que fui descendo, estava cada vez mais relaxada. Cheguei a uma praia deserta e à medida que caminhava sentia a brisa do mar, o sol queimando minha pele, meus pés descalços que estavam molhados pela água do mar.
Deparei-me com uma águia muito grande, a qual pude montar e alçar voos cada vez mais altos. Pude ver lá de cima o mar, as montanhas. Ela vai voando cada vez mais alto, chegando perto das nuvens, sentindo o vento no rosto, me sentindo livre como jamais fui, sem nenhum compromisso, sem nenhuma responsabilidade, tirando todo o peso dos meus ombros, jogando fora todas as angústias, as frustrações, os pensamentos negativos, as mágoas e os rancores.
Joguei tudo para o fundo do mar, tudo foi embora.
A águia foi fazendo voo rasante e aos poucos foi perdendo a velocidade, pousando novamente na praia. Pude descer me sentindo mais leve e, aos poucos, fui abrindo os olhos e me sentindo muito bem.
A menina na janela
A menina na janela observava a rua, do alto de um sobrado. Encantava-se com o movimento, com as luzes. No devaneio dos seus sonhos, viu um cavalo alado, branco, com longas crinas, que a levou para outros rincões.
Com ela, foram-se os sonhos, os planos, o amor deixado para trás, o desencontro, almas perdidas, um caminho traçado e não percorrido.
Assim, seu lindo cavalo de asas a levou para um outro lugar, onde lá foi encontrado um príncipe que a amou, que a fez feliz, que lhe deu um lar, deu filhos, que lhe deu um destino traçado.
Agora, a menina na janela desceu de seu cavalo alado, pisou a terra firme, ficou sozinha, chorou, sofreu, porque esse mesmo cavalo transformou-se em um coração amargurado, sangrado e angustiado, e já não era mais uma menina, mas uma mulher, uma mulher que sentia saudades da janela, dos sonhos não realizados que ficou para trás.
E o tempo voava sem medidas, não se importando com as intempéries da vida, seus desejos e seus amores.
Mas, novamente, seu cavalo com longas crinas brancas a levou para o lugar de seus sonhos e a deixou junto daquela janela.
Já era tarde e o sol se punha, as luzes já não estavam acesas, as estrelas já não brilhavam como antes, parecia uma penumbra, uma névoa densa e forte que a cegava e se esforçava para que tudo pudesse clarear novamente. Mas a tempestade era muito forte, com raios, trovões e ventos que balançavam as árvores que caíam ao redor da janela. Tudo foi inundado, tudo em vão, tudo perdido.
Então, seu cavalo a levou novamente para seu destino. Toda a tempestade havia passado e seu lugar de origem era calmo, tinha sol, as estrelas brilhavam e a vida continuava. As crianças cresciam, brincavam, eram felizes, corriam na praia, banhavam-se no mar, cada qual já traçando seu destino, formando suas