Alexandrinos

De Adeilson Nogueira

Certa vez, Creso – príncipe da Lídia e um dos homens mais poderosos da Grécia antiga – encontrou-se com Sólon, um dos grandes sábios atenienses da época. Após mostrar-lhe todas as riquezas provindas de suas conquistas, perguntou ao sábio quem era o homem mais feliz. Na cabeça soberba de Creso, a resposta era clara: ninguém menos do que ele próprio poderia encarnar a felicidade. Mas Sólon não correspondeu às expectativas do príncipe, e, ao que se sabe, teria respondido: “Possuís certamente riquezas consideráveis e reinais sobre um grande povo, mas não posso responder a vossa pergunta sem saber se terminareis os vossos dias na abundância; pois o homem cumulado de riquezas não é superior àquele que possui o necessário, a menos que a boa sorte o acompanhe e que, gozando de todas essas espécies de bens, termine venturosamente sua existência. Antes de sua morte, evitai julgá-lo; não lhe deis esse nome de “feliz”; considerai-o somente venturoso”.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 28 de abr. de 2018

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ALEXANDRINOS

Adeilson Nogueira

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO - ...................................................................................04

CAPÍTULO I – STRATON, EPÍCURO E ZENÃO.........................................05

CAPÍTULO II – TEOFRASTO, DIÓGENES E PTOLOMEU..........................08

CAPÍTULO III – ARISTARCO, ERATÓSTENES E HIPARCO........................14

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INTRODUÇÃO

Certa vez, Creso – príncipe da Lídia e um dos homens mais poderosos da Grécia antiga – encontrou-se com Sólon, um dos grandes sábios atenienses da época. Após mostrar-lhe todas as riquezas provindas de suas conquistas, perguntou ao sábio quem era o homem mais feliz. Na cabeça soberba de Creso, a resposta era clara: ninguém menos do que ele próprio poderia encarnar a felicidade. Mas Sólon não correspondeu às expectativas do príncipe, e, ao que se sabe, teria respondido:

Possuís certamente riquezas consideráveis e reinais sobre um grande povo, mas não posso responder a vossa pergunta sem saber se terminareis os vossos dias na abundância; pois o homem cumulado de riquezas não é superior àquele que possui o necessário, a menos que a boa sorte o acompanhe e que, gozando de todas essas espécies de bens, termine venturosamente sua existência. Antes de sua morte, evitai julgá-lo; não lhe deis esse nome de feliz; considerai-o somente venturoso.

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CAPÍTULO I – STRATON, EPÍCURO E ZENÃO

Reagindo contra a busca de propósitos e causas finais na natureza, sustentava serem só as causas eficientes as que diziam respeito à Ciência. Propunha que o cientista deveria explicar os fenômenos naturais em função dos processos observados nas artes mecânicas, estabelecendo que devemos proceder, via de regra, fazendo referência às atividades e traçando analogias entre os processos naturais e artificiais". Explicava assim o fenômeno do relâmpago pela