Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Na Mais Sublime Altura Do Secreto Coração
Na Mais Sublime Altura Do Secreto Coração
Na Mais Sublime Altura Do Secreto Coração
E-book264 páginas1 hora

Na Mais Sublime Altura Do Secreto Coração

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Discordo em termos, mas concordo em parte do que disse Oscar Wilde sobre toda arte ser inútil. Quando a arte é intransferível e se presta à jactância do autor, ela assim o é, pois não há receptor; já, quando ela é um refúgio e se vale para universalizar o que para o poeta é pessoal, ela pode ser muito valiosa e possui o ensejo de ser lida e compreendida por todos, generalizadamente. Assim entendo que seja esta minha obra de Poesia Completa. Embora não seja idoso, estou na casa dos 40, quando começam a branquear os pelos, já me encontro na fase de exaustão de criatividade poética. Desta forma, pensei ser válido reunir meus três livros de poemas: O Chão e o Céu, O Jardim de Dentro e Verbotomia, mais alguns poucos poemas inéditos que por motivos de autocrítica não puderam ou não tiveram tempo de serem inclusos nas três obras citadas, são como frutos temporãos, mas ainda adoçados pelo outono da vida de um poeta. Esta obra de Poesia Completa não se trata de uma simples colagem dos outros títulos, mas passou por uma revisão geral e também foi organizada em 4 partes distintas e didáticas para melhor leitura e arranjo dos temas. Estas partes são: Metro, Epos, Mínimas e Livres, podendo-se, assim, organizar os diversos poemas em classificações pertinentes e inteligíveis, embora os temas sejam diferentes a roupagem da obra seja nova e entendo que bem feita. O poema de abertura do título é o soneto “Refúgio”, mote que a poesia sempre me proporcionou nos reveses da vida e das solidões, etc. “Na mais sublime altura do secreto coração” é revelador e pode ser aberto com as chaves da leitura pelo receptor, pois é uma parte deste poema. Deveriam ser mais, não que a poesia houvera morrido ou acabado, apenas é o meu limite e cada poeta contribui do jeito que pode. Há relatos de grandes personalidades que escreveram apenas um único Haicai em toda a vida; eu contribui com esses versos que desejo sinceramente que o leitor os frua em sua leitura. Posso dizer que é quase uma vida.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento14 de jan. de 2021
Na Mais Sublime Altura Do Secreto Coração

Leia mais títulos de Cristiano Balla

Autores relacionados

Relacionado a Na Mais Sublime Altura Do Secreto Coração

Ebooks relacionados

Filosofia para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Na Mais Sublime Altura Do Secreto Coração

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Na Mais Sublime Altura Do Secreto Coração - Cristiano Balla

    ~ 0 ~

    ~ 1 ~

    Ficha catalográfica elaborada na Biblioteca Municipal de Bandeirantes/PR – Jamil Fares Midauar.

    _____________________________________

    869.91 Balla, Cristiano Júnior.

    B188n Na mais sublime altura do secreto coração – Poesia completa. Bandeirantes/PR, Edição do autor,

    2013

    266 páginas

    1. Poesia brasileira. I. Título

    _______________________________________

    ISBN: 978-85-910512-5-0

    Iconografia: Capa: José Renato de Souza Lazari Ilustrações internas: Mário Fernando Zanchin, Beatriz Ap. Balla e Thiago G. Campanha FRUIR Editoração e Artes Gráficas.

    Todos os direitos reservados aos autor.

    ~ 2 ~

    SUMÁRIO

    Parte I – Metro

    Refúgio/7

    Escuridão e brilho/49

    Soneto À Musa

    Relações e unidade/50

    Quando Jovem/8

    O mergulho/51

    Alma Gêmea/9

    Bipolaridade/52

    Ao amor tudo é

    Águas profundas/53

    pouco/10

    Solidão/54

    Meu quarto/11

    Suicídio/55

    Chuva de finados/12

    Surto maníaco/56

    Amor de doação/14

    Estupor/57

    Trovas/15

    O espinho na carne de

    O jardim de dentro/17

    São Paulo/58

    O poeta/19

    Vício vão/59

    Tirania/21

    Pessimismo/60

    Himeneu/22

    Auto desprezo/61

    Flores pra vocês/23

    A depressão do Rei

    Nagai Aida/ 24

    Saul/62

    Lucy- in your eyes/25

    Obsessão/63

    Velhas desculpas/26

    O que é a loucura?/64

    Permita-me/27

    Compulsão/65

    Soneto do amor

    Prostração/66

    completo/28

    Paranoia/67

    Ciclos da vida /29

    Insônia/68

    Ideais da vida/30

    Opressão/69

    Interpoladíssimo/31

    Judas/70

    Flores póstumas/32

    O fantasma no.../71

    Teu beijo/33

    Isolamento/72

    Morena/34

    Uma teoria.../73

    Feliz vida inteira/35

    Judas/74

    Tanto quanto/36

    A sangue frio/75

    No meio do caminho

    Ansiedade/76

    de nossas vidas/37

    O grande combate/77

    Pedidos ao mar/38

    Desinteressada

    Vênus/39

    pessoa/78

    Vamos catar

    Cérbero.../81

    conchinhas?/40

    O ermo.../82

    Fogo e suor/46

    Pássaro na.../83

    Haicais/47

    Verbotomia/48

    ~ 3 ~

    Prece d’esperança/186

    Simplicidade/84

    Cuida de ti/188

    Alteridade/85

    Profecia final/189

    Mulher triste/86

    Elegia a Émerson Luiz

    A marca da aliança/87

    Santiago/190

    Estado de ação/88

    Vento forte/191

    Medo de amar/89

    Valsa

    Vinhos espumosos/90

    organoléptica/192

    In extremis/91

    Arte dum mundo.../194

    A vida continua/92

    Arte poética/195

    Beija-flor/93

    Paisagem interior/196

    Ocaso/197

    Parte II – EPOS

    A criação do

    O Chão e o Céu/95

    mundo/198

    Terramada/120

    O Fim do mundo/199

    O Homem

    Auto visita/200

    Cinzento/124

    Por toda uma vida /201

    Greya/157

    Plano secreto/202

    Vade Mecum/167

    Incoercível,

    Plástica/203

    A arte de esperar/204

    Parte III –

    Crônica triste de cidade

    Mínimas/174

    pequena/205

    Parte IV – Livres/178

    Sozinho/206

    Ponto limite/179

    Os dias sem ti/207

    Compensação/180

    À pianista/208

    Adeus a uma pétala de

    Entenda, amor/209

    rosa, Brigas/181

    A briga, Tudo diet/210

    Canção para a

    Baba de quiabo,

    companheira/182

    quartetos/211

    Do belo que /183

    Aos novos/212

    A uma rosa colhida/184

    Eras tu/213

    Amor precoce/185

    Minhas Marias/214

    Ciúmes, A cor do

    tempo/215

    Sementes na

    calçada/216

    O nefelibata/217

    O poeta/218

    ~ 4 ~

    Multiversos/219

    Encontro/220

    Peticice/259

    Uma canção de

    Disparadamente/260

    amor/221

    Possessão/261

    Quintessência/222

    Corruíra, Presente/262

    O dom do poeta/223

    Concepção/263

    Flores em

    Caridade/264

    liberdade/224

    Torres de babel/265

    Minha essência

    Faz silêncio/266

    barroca/225

    Epílogo/267

    A terra do jardim/226

    Buracos no asfalto/228

    Sandália de flores/229

    Sexo/230

    Últimas flores/232

    Até à outra margem/

    233

    Vestido de chita/ 234

    Minha divina

    inspiração/235

    Ao farmacêutico/236

    Gula/237

    Segundas/238

    O torno/240

    Epitalâmio/241

    Conselho torto/243

    Acróstico/244

    Naturalmente/245

    Último acróstico/246

    Verbinho felicidade,

    geométricos/247

    Tic-tac/248

    Céu, Ossos do

    ofício/249

    Madrepérola/250

    Quando eu vivi/251

    Ciclo vital/255

    Felisaudades/256

    Página em branco,

    Velhos erros/257

    O verme/258

    ~ 5 ~

    Prefácio do autor

    O escritor Oscar Wilde disse no prefácio de sua obra mais famosa, O Retrato de Dorian Gray, que toda arte é inútil. Discordo em termos, mas concordo em parte.

    Quando a arte é intransferível e se presta à jactância do autor, ela é inútil, pois não há receptor; já, quando ela é um refúgio e se vale para universalizar o que para o poeta é pessoal, ela pode ser muito valiosa e possui o ensejo de ser lida e compreendida por todos. Assim é minha obra de poesia completa.

    Embora não seja idoso, estou na casa dos 40, já me encontro na fase de exaustão de criatividade poética. Desta forma, pensei ser válido reunir meus três livros de poemas: O Cão e o Céu, O Jardim de Dentro e Verbotomia mais alguns poucos poemas inéditos que por motivos de autocrítica não puderam ou não tiveram tempo de serem inclusos nas três obras citadas, são como frutos temporãos, mas ainda adoçados pelo outono da vida de um poeta.

    Esta obra de Poesia Completa não se trata de uma simples colagem dos outros títulos, mas passou por uma revisão e também foi organizada em 4 partes distintas e didáticas para melhor leitura e arranjo dos temas. Estas partes são: Metro, Epos, Mínimas e Livres, podendo-se,

    assim,

    organizar

    os

    diversos

    poemas

    em

    classificações pertinentes e inteligíveis; embora os temas sejam diferentes, a roupagem da obra é nova e bem feita.

    O poema de abertura do título é o soneto Refúgio, mote que a poesia sempre me proporcionou nos reveses da vida e das solidões, amores, em tudo que vivi e autobiografei em versos, como uma âncora no espaço-tempo. Na Mais Sublime Altura do Secreto Coração é revelador e pode ser aberto com as chaves da leitura pelo receptor, pois é uma parte deste poema.

    Espero que tenham uma boa leitura e que esta obra seja um refúgio nos tempos difíceis por que todos passam alguma vez na vida.

    Cristiano Júnior Balla / 2013.

    ~ 6 ~

    PARTE 1 – METRO

    ~ 7 ~

    Refúgio

    Refúgio que me livra da loucura,

    Memórias puras, ideais da vida,

    Minha proteção e minha guarida,

    Guardada na mais sublime altura

    Do secreto coração. Entre juras,

    Portas, chaves e senhas esquecida,

    Num caminho de difícil subida,

    Que sigo sozinho à minha procura.

    Eflúvio de benignidades raras;

    É o lar das saudades do que foi bom, E dos amores que testemunhara.

    Templo particular feito do tom,

    Sem marmóreas colunas de Carrara,

    Mas de tijolos de imagem e som.

    ~ 8 ~

    Soneto À Musa Quando Jovem

    Não canto mais a mulher madura.

    Tenho aversão a carnes tortas,

    Casos mal resolvidos e vidas mortas.

    Meu canto agora é pra moça pura,

    Que, com seu olhar ingênuo de cura,

    O nó górdio em mim docemente corta

    E à luz do mundo me transporta

    No frescor de suas carnes prematuras.

    Loucura! Pudesse eu, na menina,

    Com voz de poeta e dedos de pianista, Desabrochar a vermelha rosa feminina, Tirar seus espinhos, fala de analista, Fecundar seus lábios, pétalas quentes e finas...

    Morrermos em paz. Feliz, verde sina.

    ~ 9 ~

    Alma Gêmea

    Alma gêmea, foi na beira do mar

    Que selamos, com beijos, nosso amor

    E juramos, felizes, sem pudor,

    Eternamente, sempre nos amar.

    Mas a distância veio nos separar,

    Embora permaneça o mesmo amor,

    Agora com um pouco mais de dor

    E de saudade a me torturar.

    E trago na alma muito sofrida,

    Como se me faltasse uma metade,

    Um coração que, a cada batida,

    Perde um pouco de sua felicidade.

    Mas, por todo o resto de minha vida, Trarei comigo a essência da eternidade.

    ~ 10 ~

    Ao Amor Tudo É Pouco

    Amar muito nunca é o bastante.

    Se o solteiro tem mais liberdade

    De gozar a vida e a mocidade,

    Logo encontra um par elegante

    E sua vida muda num só instante:

    Casa-se e dedica sua lealdade

    No melhor tempo de sua boa idade

    E acha a própria prisão fascinante.

    Fechado no claustro que a alma escraviza, A servir mui contente a quem o prende, Idolatrando quem o martiriza.

    Mas aquele que ama não entende

    Que tudo ao amor não é mais que brisa: Voraz, consome e não se arrepende.

    ~ 11 ~

    Meu Quarto

    Vou passo a passo rumo ao paraíso

    E sinto os perfumes angelicais

    De incensos e dos vapores brumais

    Por entre rosas, lírios e narcisos

    Abrindo suas pétalas em sorrisos.

    Anjos radiantes entre castiçais

    De fogo e ouro e mais luz, mais e mais...

    Cantando após o último juízo.

    É uma paz... Ah, que infinita paz

    Que se estende pela verde grama

    Onde o descanso eterno me apraz!

    Rios d’águas cristalinas, a fluida chama, Vivificam o espírito fugaz

    E brotam no coração de quem ama.

    ~ 12 ~

    Chuva de Finados

    A chuva cai

    Do céu carregado, triste e cinzento, Sobre quem vai

    Ao cemitério no seu desalento

    Ver os que foram

    Desta vida lhes deixando seu luto,

    E eles choram

    Pelos saudosos entes impolutos.

    Lágrima tanta

    Que se soma à chuva de finados,

    E um som canta

    A viúva pela alma do amado.

    O pai ao filho

    Lamenta a perda na sua juventude,

    E vê-se o brilho

    De velas acesas na quietude.

    À mãe a filha

    Faz uma comovida oração,

    Sua alma brilha

    Como vela acesa no coração.

    ~ 13 ~

    Vão ao Cruzeiro

    Orar pelos muitos amigos,

    E os sem-dinheiro,

    Em memória dos santos e mendigos.

    Muitos parentes

    Jazem acompanhados nas capelas;

    Vivos doentes

    Terão na morte o fim de suas mazelas.

    Vasos de flores,

    Crisântemos, cravos e belas coroas

    Enchem de cores,

    Sob a chuva, os túmulos das pessoas.

    Mês de novembro,

    No máximo apogeu da primavera,

    É que me lembro

    Que a morte não é o fim de uma era,

    Mas sim que a vida

    Há de ressurgir esplendidamente,

    Tão renascida,

    E após a chuva vem o sol ardente.

    ~ 14 ~

    Amor de Doação

    É pelos gestos de humanidade

    Que se mede o valor de uma pessoa;

    Mônica, na vida nada é

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1