Cunhagem Provincial Romana

De Adeilson Nogueira

Durante o final do terceiro século e início do segundo século a.C., o império romano se expandiu imensamente. A Segunda Guerra Púnica trouxe um nível de gasto militar que não havia sido experimentado anteriormente pelo estado romano. Em reação a esses custos, o Senado adotou muitas medidas para suportar o ônus dessas dívidas crescentes, como as questões do áureo. A presença de denominações alternativas com menor teor de prata, como o victoriatus, ilustra a preocupação que Roma tinha em relação à moeda de prata e à capacidade das casas de estado em produzir uma moeda de prata consistente. Essa pureza mais baixa e seu valor mais baixo parecem também ter sido reconhecidos pelo povo romano, como demonstrado pela distinta separação de denários e victoriatii em achados de tesouros na Itália. À medida que Roma acumulava mais riqueza como resultado das múltiplas vitórias que alcançaram durante a primeira metade do século II a.C., a produção do victoriatus foi interrompida e os denários mais puros continuaram como a principal moeda de prata de Roma. Como resultado, o padrão de peso da cunhagem de denários foi estável de 187 a.C. até o recuo Neroniano em 64 d.C.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 11 de fev. de 2020

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CUNHAGEM PROVINCIAL

ROMANA

Adeilson Nogueira

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO

- ...................................................................................04

CAPÍTULO

I

–

POLÍTICA

DE

EXPANSÃO.................................................05

CAPÍTULO

II

–

SÉCULO

II

A.C................................................................09

CAPÍTULO

III

–

MOEDAS

PERDIDAS.....................................................19

CAPÍTULO

IV

–

MILITARES...................................................................24

CAPÍTULO

V

–

SEGUNDA

GUERRA

PÚNICA..........................................28

CAPÍTULO

VI

–

MOEDAS......................................................................48

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INTRODUÇÃO

Durante o final do terceiro século e início do segundo século a.C., o império romano se expandiu imensamente.

A Segunda Guerra Púnica trouxe um nível de gasto militar que não havia sido experimentado anteriormente pelo estado romano. Em reação a esses custos, o Senado adotou muitas medidas para suportar o ônus dessas dívidas crescentes, como as questões do áureo. A presença de denominações alternativas com menor teor de prata, como o victoriatus, ilustra a preocupação que Roma tinha em relação à moeda de prata e à capacidade das casas de estado em produzir uma moeda de prata consistente. Essa pureza mais baixa e seu valor mais baixo parecem também ter sido reconhecidos pelo povo romano, como demonstrado pela distinta separação de denários e victoriatii em achados de tesouros na Itália. À medida que Roma acumulava mais riqueza como resultado das múltiplas vitórias que alcançaram durante a primeira metade do século II a.C., a produção do victoriatus foi interrompida e os denários mais puros continuaram como a principal moeda de prata de Roma.

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Como resultado, o padrão de peso da cunhagem de denários foi estável de 187 a.C. até o recuo Neroniano em 64 d.C.

CAPÍTULO – POLÍTICA DE EXPANSÃO

As mudanças na cunhagem após o estabelecimento das primeiras províncias romanas parecem ter sido únicas para cada região. Isso, além da falta de uma moeda romana bem estabelecida, como o denário que existia no final da República e nos períodos imperiais, costuma ser percebido como a ausência de uma discussão sobre cunhagem entre os romanos e as províncias.

Os romanos estavam preocupados principalmente com o modo como as primeiras províncias se encaixariam na economia romana mais ampla e com a garantia de que produzissem uma cunhagem apropriada, capaz de pagar impostos e outras despesas estatais. As evidências apresentadas na Península Ibérica, Sicília e Grécia ilustram que Roma parece ter considerado as situações numismáticas e econômicas dentro de uma região específica. Cada uma das regiões apresenta reações diferentes à sua incorporação no império romano, que refletem seus ambientes econômicos e políticos únicos. Além disso, após 5

sua incorporação ao império romano, as províncias continuam exibindo diferentes situações numismáticas, demonstrando ainda mais que essas respostas numismáticas não eram uniformes. No entanto, por trás desses resultados numismáticos diferentes da atividade imperial romana permanece uma filosofia abrangente que destaca essa discussão cultural e econômica que ocorre entre Roma e suas primeiras províncias.

Após sua incorporação no império romano em expansão, as províncias parecem manter uma certa quantidade de autonomia numismática. E, no entanto, em cada uma das províncias há uma clara mudança nos tipos e moedas locais, após sua incorporação ao império romano. Essas mudanças sugerem que, embora Roma não aplicasse políticas monetárias com clara intenção, ainda havia um discurso entre Roma e as províncias sobre as moedas que poderiam ser produzidas durante esse período. Este discurso é visível nos denários ibéricos, a mudança para os denários romanos na Sicília e a ascensão dos tetradracmas atenienses de

'novo estilo'. Esses desenvolvimentos ocorrem em estreita proximidade com a atividade militar e imperial romana em suas respectivas regiões.

Cada província mostra uma reação diferente à sua inclusão no império romano. Essas mudanças na cunhagem de moedas durante a primeira metade do século II