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Unfinished∞poiesis
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E-book87 páginas45 minutos

Unfinished∞poiesis

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Sobre este e-book

A presente proposta tem, pois, como eixo estrutural a teatralização do Direito e a poetização da Filosofia, e, mais especificamente, a busca da teatralidade , desenvolvendo-se uma metodologia que favoreça a busca do corpo poético, buscando-se experiências de natureza estética e dramática, permitindo assim a emergência esperada de novas abordagens e sentidos ao fenômeno humano, com ênfase na sua dimensão jurídica e política, como uma forma de resistência aos dispositivos do biopoder que fazem parte do projeto de homogeneização dos afetos, comportamentos e subjetividades. Visa-se envolver diálogos e narrativas objetivando uma reconstrução poético-filosófica de ideias filosóficas e jurídicas constantes de textos clássicos em tais searas, permeados por interferências artísticas, à luz de experiências estético-corporais, a fim de se extrair novos significados. Por meio da descoberta de novas poéticas, novas interpretações e sensações, do verbal e do não-verbal, abrindo-se para as vivências e problemáticas do contemporâneo. Por meio de recortes temáticos a serem abordados visa-se captar e analisar os conflitos da natureza humana e do viver em sociedade, sob o enfoque de diferentes áreas do pensamento estimulando o pensamento crítico. Objetiva-se investigar conceitos filosóficos e jurídicos, trazendo-as à tona em “ato diálogo-poético”, para assim tornar-se consciente de si e do outro, do corpo em que somos, adquirindo uma consciência nova, um sentido autônomo, que permita a um só tempo a reflexão filosófica, a experiência e a vivência estética de seus conteúdos por meio da palavra, imagem, som, fazendo viver ideias abstratas lançadas no papel. Visa-se resgatar além do corpo de conhecimentos teóricos e, por isso, também verdadeiros, ser verdadeiros visceralmente, corporalmente, emocionalmente, mais que racionalmente – “surracionais”, para dizer com Gaston Bachelard, em alusão ao surrealismo.O estudo do jogo e da encenação, o play e interplay, dos conflitos todos, do bem contra o mal, de amor e ódio - daí, o despertar do corpo (como) poético, inaugurando- se o logos erótico. A carne sendo erotizada pelo logos, pela palavra. O sujeito passional é a base empírica do sujeito estético, e, pois, do sujeito artístico. A obra poética é sagrada na medida em que é a criação de um acontecimento tópico, comunicação sentida como a nudez. Ela é violação de si mesmo, desnudamento (Bataille).Do que se trata com a presente proposta interdisciplinar, é de postular-se por uma integração, simbiose, imbricação, irritação, entre os diversos sistemas e disciplinas, em especial, Direito, Filosofia e Artes, visando buscar novas comunicações, linguagens, devires, porvires.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de jun. de 2020
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    Unfinished∞poiesis - Paola Cantarini

    UNFINISHED∞poiesis

    Teatralizando o Direito, poetizando a Filosofia

    por Paola Cantarini1

    1 Advogada, professora universitária, escritora, artista plástica, poeta. Mestre e Doutora em Direito pela PUCSP. Doutora em Filosofia do Direito pela Universidade de Salento, Itália. Pós-doutorado em Ciências sociais pela Universidade de Coimbra e em Filosofia, arte e pensamento crítico pela EGS/Suíça. Visiting researcher pela Universidade de Lisboa (2019) e pela SNA-Pisa (2016-2020). Doutoranda em Filosofia pela PUC-SP.

    Pós-doutoranda em Direito pela USP, no TIDD (Inteligência artificial e Direito) e em Ciências Sociais, na PUC-SP. Membro da rede do novo constitucionalismo latino-americano desde 2017. Autora de diversos livros publicados, com destaque para Teoria Poética do Direito, juntamente com Willis S. Guerra Filho, Teoria Erótica do Direito, Antígona, Princípio da proporcionalidade como resposta a crise autoimunitária do Direito, e de diversos artigos e capítulos de livros. Pesquisadora no Departamento de Filosofia da UNICAMP

    desde 2017. Participante de diversos grupos de pesquisa e estudos da PUC-SP (Foucault, Observatório do Racismo, Capitalismo Humanista), bem como da USP/IAE (Instituto de Altos Estudos). Membro do grupo de pesquisa Lawgorithm. Professora da PUCSP-Cogeae.

    2020

    UNFINISHED∞poiesis

    Teatralizando o Direito, poetizando a Filosofia

    por Paola Cantarini

    2020

    Prelúdio

    MANIFESTO DA ANTICÁTEDRA

    – por uma proposta multi-

    universitudinária

    . . é preciso poetizar-se, dissolvendo paredes de aço com palavras perdidas como bombas imaginárias.

    "Qu Querendo quebrar os limites. 'Do maldito’

    Do dito e do não dito.

    Corromper, ultrapassar, transgredir".

    Primeiro ato: INFERNO – a pobreza da Filosofia

    Segundo ato: PURGATÓRIO - a paródia do Direito

    Terceiro ato: PARAÍSO – a esquizofrenia da Política Quarto e último ato: da comédia da vida à poiesis revolucionária – Fim.

    Fim da tragédia. Início da comédia.

    Disjunção poético-ético-transgressora.

    Dialética negativa?

    Maiêutica socrática?

    Diálogos platônicos?

    Niilismo?

    Tantrismo? Surrealismo?

    Dadaísmo?

    Tudo isso e mais,

    mas sem ismos,

    Ao infinito e além

    Além do humano, do homem?

    Fazer com que tais nomes continuem a reverberar,

    … Marx, Nietzsche, Blanchot, Baudrillard,

    Badiou, Warat,

    Oswald de Andrade, o Mário e o Carlos também,

    Anjos-demônios, caídos,

    Revolucionários pós-filosóficos

    Anarquistas do fim do mundo,

    Nós os invencíveis como indomáveis,

    Insubmissos,

    Pós-apocalípticos,

    Revisitar os clássicos não tão populares,

    Kafka, Marx, Dante, Dostoievsky,

    propor novas linguagens,

    algo não menos que abissal,

    transgressor.

    Instinto de morte,

    fertilizado pelo princípio do nirvana

    mais do que pelo do prazer.

    NOSSA CONSTITUIÇÃO:

    Artigo 1º: Des-dogmatizar o Direito.

    Parágrafo primeiro: por um Direito aberto, transgressor, rebelde, já que só encontramos a felicidade na rebeldia.

    Paródia ao Direito.

    Parágrafo segundo: por um Direito erótico-poético, em busca de uma fundamentação superior ao Direito, que poderia se dar em termos mito=>>>poiético-artístico-performático.

    Parágrafo terceiro: por um Direito pelo avesso. Por um direito transgressional.

    Artigo 2º: Des-historicizar a Filosofia.

    Parágrafo único: por uma Filosofia própria, autêntica, banhada no mar da poesia e das demais artes, revolucionária.

    Ativa,

    que não se limite a interpretar apenas a vida.

    Artigo 3º: Des- fetichizar o Homem.

    Parágrafo primeiro: retomar a experiência catártica das tragédias, mas também, e sobretudo, as comédias.

    Maravilhar-se e espantar-se novamente.

    Parágrafo segundo: a racionalidade de SARTRE X BATAILLE e sua experiência interior.

    SUMA ADOGMÁTICA

    OU

    O porquê do Direito e religião: a transgressão em Bataille e em Nietzsche Como falar da pobreza sem

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