O guarda do cemitério
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O guarda do cemitério - Rodrigo Paganino
I
Era perto da noite. Voltava em companhia do tio Joaquim duma feira, que se fazia a duas léguas da quinta, onde estávamos. Tínhamos metido os cavalos a passo, e depois de muito discorrer e matar tempo, a conversação, que esmorecera gradualmente, parara de todo.
Não o sei ao certo, mas quero o crer; a tristeza que tanto se sente no campo na hora em que o dia desaparece pouco a pouco influíra para nos calar; e aquela doce melancolia, que acompanha o crepúsculo da tarde, e que tanto nos faz cismar e crer, obrigara-nos a interromper as falas, que perturbavam aquele silêncio geral.
Só quem tem vivido fora das cidades é que pode dar conta daquele tempo de sossego e de mudez, que determina a passagem da noite para o dia, e muito particularmente do dia para a noite.
As aves, os animais, as árvores, as plantas e até a natureza insensível, parece que entristecem naqueles momentos e que suspendem a vida, o movimento e o ruído: como que permanecem por instantes num estado de dúvida e de receio, e temem ver desaparecer de todo essa luz, que é a sua vida, e que então se some no horizonte, tinto por amor da sua ausência com cores de tristeza e de dó!
Outras vezes, no meio da geral calada, alguns ruídos se apercebem; mas esses como a susto, como mais para significarem o esmorecer da vida do que a sua animação. É o breve pio do mocho, é o som afastado dos chocalhos, são os tímidos balidos dos rebanhos, é o ramalhar das árvores com a viração da tarde ou o murmurar longínquo e surdo das ondas do mar.
São essas as horas mais talhadas para a meditação, para a saudade ou para o amor; são as horas das aspirações vagas, dos desejos indefinidos, das fantasias e das expansões; são