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O Desafio da Biologia Em um Colégio Estadual Noturno em Santa Cruz (RJ): Um Roteiro de Aulas Investigativas Contra a Hipertensão Arterial
O Desafio da Biologia Em um Colégio Estadual Noturno em Santa Cruz (RJ): Um Roteiro de Aulas Investigativas Contra a Hipertensão Arterial
O Desafio da Biologia Em um Colégio Estadual Noturno em Santa Cruz (RJ): Um Roteiro de Aulas Investigativas Contra a Hipertensão Arterial
E-book207 páginas1 hora

O Desafio da Biologia Em um Colégio Estadual Noturno em Santa Cruz (RJ): Um Roteiro de Aulas Investigativas Contra a Hipertensão Arterial

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Sobre este e-book

O cenário de um colégio noturno é agradável, mas também tem suas dificuldades, a começar pelos estudantes que, em geral, ficam desmotivados, seja por estarem vindo de uma jornada cansativa e pelo próprio horário avançado, fora outros empecilhos.
A Biologia é definida como o estudo da Vida, seus sistemas, mecanismos e interações. Não raras vezes, apresentam-se dificuldades de seu ensino e aprendizagem, e ela tem de ser agradável e participativa, evitando o desânimo que gera a evasão escolar.
Como seria, então, ensinar a um público de estudantes de um colégio estadual noturno sobre este assunto, em alta no mundo inteiro, levando em conta este contexto?
As aulas no noturno devem ser agradáveis, participativas e cooperativas, levando os estudantes a um protagonismo e aprendizado maior, através de Aulas Investigativas. E, para melhorar o aprendizado, foi necessário um assunto que servisse de base e fosse conhecido pelos estudantes, como a Hipertensão Arterial Sistêmica, visto no material didático das mesmas turmas. E estas abraçaram esta ideia.
Descubra os passos que foram trilhados e aclare-se, aventure-se com mais esta proposta para ensinar e viver esta corrente do bem, através de Aulas Investigativas e da Educação.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento20 de out. de 2023
ISBN9786525457932
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    O Desafio da Biologia Em um Colégio Estadual Noturno em Santa Cruz (RJ) - João Landeiro

    1. INTRODUÇÃO

    1.1. A NOVA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

    O ensino médio tem as funções de consolidação de conhecimentos obtidos no ensino fundamental, preparação para o mercado de trabalho, aprimoramento e compreensão das qualidades requeridas para que o educando desenvolva a cidadania plena. Examinando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 (BRASIL, 1996), quando o texto da Lei cita a expressão educação nacional, imediatamente estende-se esta expressão à educação em todas as suas formas e horários, incluindo-se aí o ensino médio regular noturno, supondo-se critérios e padrões de qualidade aceitáveis para os primeiros afetados por esta Lei, ou seja, os estudantes do ensino médio regular noturno.

    No discurso oficial, esta Lei pontua alguns itens bastante relevantes, como o abaixo:

    Título I, Da Educação, Artigo 1º, parágrafo 2º: A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e a prática social (BRASIL, 1996).

    A modalidade NEJA (Nova Educação de Jovens e Adultos) de ensino estadual no Rio de Janeiro, é um modo de abarcar populações de jovens, adultos e idosos com a educação e que deveriam ter dado continuidade ao estudo. A LDB dispõe sobre isto, em sua Seção V, Artigo 38, § 1º, item II, onde diz que os exames da Educação de Jovens e Adultos realizar-se-ão, no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos (BRASIL, 1996).

    Para que se possa desenhar novas abordagens educacionais para esta modalidade específica do ensino, é importante conhecer o ambiente escolar, o entorno sócio geográfico e o público-alvo. Para caracterizar estes aspectos, tomamos como exemplo a caracterização do bairro e da Escola-foco, local onde este estudo foi feito.

    1.1.1. Descrição do Espaço físico e demais dados da Escola-foco:

    1.1.1.1. Santa Cruz

    Os dados pesquisados no Portal MultiRio (2019) informam que o bairro de Santa Cruz fica na Zona Oeste do estado do Rio de Janeiro e tem divisa com os bairros Sepetiba, Paciência, Cosmos e Guaratiba, além dos municípios de Itaguaí e Seropédica. Ainda, o bairro era cruzado pelo segundo ramal ferroviário mais importante do Rio, o de Santa Cruz e lá se situa a sede da XIX Região Municipal Administrativa, registrando, nos últimos anos, as mais altas temperaturas do estado. Sabe-se, ainda, que nas décadas de 1970 e 1980, a Companhia Estadual de Habitação (Cehab) construiu diversos conjuntos habitacionais na periferia de Santa Cruz, com destaque para Antares, Pistóia, Otacílio Camará (Cesarão), Olímpio dos Santos (Urucânia), Boa Esperança, João XXIII, Guandu, Miécimo da Silva, São Fernando, Rio Grande, Novo Mundo e Alvorada, o que tornou Santa Cruz um bairro bastante populoso.

    Segundo o portal, o perfil demográfico de Santa Cruz diz que ele é o terceiro bairro mais populoso da cidade do Rio de Janeiro, superado apenas por Campo Grande e Bangu. Com 217.333 moradores, sofreu um aumento populacional da ordem de 13,29% entre 2000 e 2010, segundo o mais recente Censo do IBGE (IGBE, 2000). A proporção de idosos é baixa em comparação a outros bairros e chega a 9,89%, o que soma 21.501 indivíduos. Em compensação, os jovens entre zero e 24 anos chegam perto da metade do número total de moradores: 93.383, ou 42,97%. Quanto à distribuição dos gêneros, é das mais equilibradas da cidade. As mulheres somam 51,98% da população, ou 112.966 moradoras.

    Ainda, sabe-se que a denominação, delimitação e codificação do bairro se acham no Decreto Nº 3.158, de 23 de julho de 1981 (RIO DE JANEIRO, 1981), com alterações do Decreto Nº 5.280, de 23 de agosto de 1985 (RIO DE JANEIRO, 1985). No que tange ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), Santa Cruz tem o número 0,742, um dos mais baixos da cidade do Rio de Janeiro (IBGE, 2000).

    A pesquisa mostrou que, na década de 1960, depois da passagem da Capital Federal para Brasília e do surgimento do, então, Estado de Guanabara, Santa Cruz acompanhou o processo de industrialização daquele momento, recebendo o projeto do Distrito Industrial de Santa Cruz, pensado para abrigar empresas dos setores siderúrgico e metalúrgico, dada a proximidade com o Porto de Sepetiba e a simplicidade de escoamento da produção. Assim, com o tempo, várias empresas se instalaram em Santa Cruz, tornando o bairro um grande polo industrial (RIO DE JANEIRO, 2020).

    Nesse contexto, o referido bairro é segundo o Plano Diretor da Cidade do Rio de Janeiro, é uma macro-zona de ocupação assistida, em outras palavras, deve ter estimulado o seu progresso e melhoria de condições de vida (RIO DE JANEIRO, 2011).

    1.1.1.2. A Escola-foco

    O local enfocado neste estudo foi a unidade 186913 (aqui, chamado de escola-foco), situado no mesmo bairro (área de planejamento 5.3, macro-zona de ocupação assistida), no estado do Rio de Janeiro, com funcionamento em horário noturno, ministrando aulas para turmas da Nova Educação de Jovens e Adultos (NEJA) em colaboração com a direção municipal do mesmo e tem o seu trabalho dificultado pela própria localização e atendimento a comunidades carentes de recursos como, por exemplo, condições de saneamento básico e esgoto, envolvimento de alguns estudantes com o tráfico de drogas e horário de chegada destes mesmos estudantes. Ainda assim, este colégio é vocacionado para o desenvolvimento do trabalho educacional em articulação com toda a comunidade e tem sua organização administrativa com princípios democráticos.

    Concordando com o Projeto Político-Pedagógico da Escola-foco e com o Plano Nacional de Educação(BRASIL, 2014) em uma de suas estratégias, deve ser mantido o programa nacional de educação de jovens e adultos visando a conclusão do ensino fundamental e à formação profissional inicial, de forma a estimular a conclusão da educação básica para o noturno. Como conclui Perrenoud (2004, p. 21): Viver hoje em dia é muito mais complexo do que há 50 anos: exige novos conhecimentos, novas competências.

    Nesta linha de raciocínio, há um problema grande que é a evasão escolar do estudante do ensino médio noturno. Os educandos das escolas noturnas do estado do Rio de Janeiro formam um grupo de pessoas, geralmente, com idade avançada, que viveram em uma época em que o acesso à educação era mais difícil. Neste grupo, se têm os analfabetos e pessoas com baixa escolaridade. Outro grupo bem mais numeroso e igualmente diverso abandonou os estudos por fatores extra escolares relacionados a pobreza, entrando de forma precoce no mercado de trabalho para sustento próprio ou arrimo e, também, por fatores escolares em função de ter sua história escolar interrompida, mal sucedida com sucessivas reprovações que acabam levando ao desestímulo e consequente abandono escolar precoce. Há, ainda, outro grupo que está surgindo devido à valorização da criminalidade e alteração de valores (FANTI et al., 2016, p.

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