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Inconsistências espalhadas
Inconsistências espalhadas
Inconsistências espalhadas
E-book240 páginas2 horas

Inconsistências espalhadas

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Sobre este e-book

"Inconsistências espalhadas" é uma coleção de rascunhos, fragmentos, pensamentos e contos, divididos em vinte e uma seções diferentes.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de dez. de 2023
ISBN9798223322467
Inconsistências espalhadas
Autor

Simone Malacrida

Simone Malacrida (1977) Ha lavorato nel settore della ricerca (ottica e nanotecnologie) e, in seguito, in quello industriale-impiantistico, in particolare nel Power, nell'Oil&Gas e nelle infrastrutture. E' interessato a problematiche finanziarie ed energetiche. Ha pubblicato un primo ciclo di 21 libri principali (10 divulgativi e didattici e 11 romanzi) + 91 manuali didattici derivati. Un secondo ciclo, sempre di 21 libri, è in corso di elaborazione e sviluppo.

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    Inconsistências espalhadas - Simone Malacrida

    Inconsistências espalhadas

    SIMONE MALACRIDA

    Inconsistências espalhadas é uma coleção de rascunhos, fragmentos, pensamentos e contos, divididos em vinte e uma seções diferentes.

    ––––––––

    Simone Malacrida (1977)

    Engenheira e escritora, atuou em pesquisa, finanças, políticas energéticas e plantas industriais.

    ÍNDICE ANALÍTICO

    I - UM ANO

    II - VISUALIZAÇÕES

    III - VIAGENS ESPALHADAS

    IV - NO MUNDO

    V - CORRENTES

    VI - ANIVERSÁRIOS

    VII - ONTEM

    VIII - UMA HORA

    IX - ÂNGULOS

    X - PENSAMENTOS DISPERSOS

    XI - NO SINGLE

    XII - LAÇOS

    XIII - CALENDÁRIO

    XIV - HOJE

    XV - UM DIA

    XVI - PERSPECTIVAS

    XVII - SONHOS DISPERSOS

    XVIII - NO DENTRO

    XIX - POSSIBILIDADES

    XX - PROGRAMAS

    XXI - AMANHÃ

    I

    UM ANO

    JANEIRO

    Início de tudo, embora diferente dependendo dos hemisférios.

    Memórias tangíveis de frio intenso e pôr do sol vermelho.

    Luz ascendente, embora ainda limitada.

    Tudo é dado pela nossa experiência e pelo nosso estar ancorado na parte mais populosa e menos natural da Terra.

    Se perguntássemos a outros, australianos ou argentinos, eles diriam o contrário.

    Uma época de calor e mar, de lazer e alegria.

    Aqui, porém, é o vórtice polar, a sua ruptura e a sua descida para latitudes temperadas que reina.

    É uma espera cansativa.

    Talvez o momento dominante do ceifador de antigamente.

    Não há muito a notar além do grande brilho do incipit. De resto, tudo passa inexoravelmente, mas lentamente.

    ––––––––

    FEVEREIRO

    Interlúdio temporário cheio de simbolismo e antecipação.

    A Riviera de Nice ou os nevoeiros generalizados?

    O fim do grande meio-dia do sul ou o vento forte das estepes?

    Revolucionário em si na sua concepção.

    O mais curto e irregular.

    Uma mudança repentina no céu estrelado, que poucos admiram agora, exceto com instrumentos científicos cada vez mais sofisticados.

    A luz como símbolo de renascimento, às vezes até dos primeiros botões (mas que risco!).

    Sujeito a uma rajada repentina.

    Um sopro da grande Mãe que pode até ser fatal.

    Ainda não é hora de nós.

    Ou talvez não queiramos sair do torpor?

    Autoconfiança doméstica que ainda luta para dar os primeiros passos.

    Rápido como o anterior foi lento.

    Nem parece existir.

    ––––––––

    MARCHAR

    Por que guerra em nome?

    Durante muito tempo, foi o verdadeiro começo.

    O começo da vida e o ano novo.

    Nele consta uma data significativa, já considerada em tempos remotos e graças à qual foram erguidos monumentos e escritos poemas.

    Explosão de vitalidade aqui, tempo preparatório para dormir em outro lugar.

    Imensamente mais denso que os anteriores para aniversários, lembranças e lembranças.

    As experiências flutuam no éter luminoso, tremendo como as primeiras flores agitadas pelo vento.

    Branco e primeiros sinais de verde jovem.

    É um mundo que desperta entre violinos dançantes e mulheres etéreas, mas nunca toma tudo como garantido.

    É um momento para voltar à escuridão.

    Esfaqueamentos traiçoeiros, sangue corrente e crimes que agora estão demasiado institucionalizados.

    Tudo gira em torno do antigo incipit, da data das datas, no centro do mundo perdido encantado pelos raios da primeira era.

    Talvez esta seja a verdadeira guerra.

    Aquela que temos quando percebemos a transitoriedade do tempo e da nossa existência.

    ––––––––

    ABRIL

    Despreocupado e alegre.

    Explosão de cores e vida.

    É tudo um burburinho e ressurge graças à luz e à água, dois elementos tão vitais e inseparáveis.

    Momentos de extrema partilha.

    Escapa para dois ou mais.

    Como os redemoinhos giram!

    Imagem nítida de flores de cerejeira ciclônicas e em espiral, graciosas sem nunca tocar o chão.

    O rio corre em você e no mundo.

    Reconexão com a harmonia suprema, como um concerto interrompido e agora retomado, anos depois.

    Uma eterna busca pela perfeição que nunca atinge o seu ápice, pois é um fim em si mesmo.

    Comovente e poderoso, não utilitário.

    Vivemos para isso sem qualquer reflexão sobre praticidade.

    Sem sonhos, o que seríamos?

    Matéria informe e construção simples da química orgânica.

    É um mistério nunca revelado, nunca verdadeiramente compreendido e nunca redutível aos primeiros princípios.

    Somos nós, com todo o nosso fardo de ambiguidade e pequenez.

    Se houve um tempo em que tínhamos empatia pelo Universo, aqui ele é retratado e sugerido.

    Fugaz e breve, gostaríamos de agarrá-lo para sempre, mas permanece apenas um toque impressionista e perturbador.

    ––––––––

    PODERIA

    Que densidade e que percepção!

    Que grandes espaços abertos no horizonte!

    Luz e luz havia.

    Água e água eram.

    Um tempo encantado, como o dos amores e das paixões, como quem sabe que são transitórios e não quer sucumbir à lógica suprema da transitoriedade.

    Somos tudo e o oposto.

    Unidos numa dança eterna, mas na realidade tão efémera em tempos e formas.

    Canções e hinos, festas e feriados.

    O verde contrasta com o azul, o amarelo com o branco, o vermelho com o rosa.

    Paleta infinita de tons.

    Certeza de que a Natureza supera sempre a reconstrução artificial e artificial e que o homem só pode tentar imitar, sem nunca atingir a perfeição.

    Existe a ideia de negociar maior duração por mais qualidade, mas isso é apenas um mero simulacro de verdade.

    Por toda parte reina a dupla lei da beleza interligada com a instabilidade.

    Nada dura.

    Mesmo uma rosa que é perfeita hoje não será mais perfeita amanhã.

    Ou algumas horas são suficientes?

    Onde está o pico e começa o declínio?

    Difícil de cristalizar, quer se trate de um evento único ou na totalidade.

    Então o que resta?

    O momento e (ou será?) a grande consciência de tê-lo vivido.

    ––––––––

    JUNHO

    Os antigos viam este período como o grande ápice e realização.

    A luz que domina (aqui, enquanto em outros lugares há trevas perpétuas).

    Sempre as estrelas que determinam tudo.

    Os ciclos naturais e agrícolas e, portanto, biológicos.

    O início de uma grande abundância em termos de necessidades primárias, daquele período em que é preciso acumular e conservar para superar as dificuldades que virão.

    Ótimo planejamento e imensas estratégias, insights do intelecto, para trabalhar duro para o bem.

    Hoje esquecemos tudo isso.

    Hoje tudo é dado como certo.

    Hoje o clímax está adiado, quando as sombras já se alongam.

    Hoje estamos em distonia.

    É no passado que se redescobrem as verdadeiras tradições do homem, daquela espécie animal que procura elevar-se mas que, no entanto, está ancorada no ser terrestre.

    Não se deixe enganar.

    Siga a luz.

    A luz dos ancestrais que ilumina o caminho do homem medroso.

    Ritos de sacrifício para nos lembrar quem somos.

    Deveríamos parar e refletir sobre nós mesmos e a palavra progresso.

    Retorne às origens.

    Vá e então reapareça.

    ––––––––

    JULHO

    O verde tornou-se agora pesado e intenso e perdeu toda a sua veemência juvenil.

    Terra nua e ressecada, solo escaldante exposto ao calor intrépido.

    Quase não há refresco.

    A natureza é acusada quando não muito antes de tudo isso ser desejado.

    Nem percebemos o início do declínio, tão entorpecidos estão os nossos sentidos.

    A inércia natural às mudanças está agora definitivamente derrotada, pelo menos na sua parte primária, e os grandes frutos da Mãe são aguardados com ansiedade.

    É possível conceber algo diferente?

    Parece que não.

    Os antípodas coincidem descaradamente, embora ninguém pense nisso, mas é exatamente o contrário.

    ––––––––

    AGOSTO

    Isso agora foi estabelecido como o ponto culminante.

    Mas este não é o caso se seguirmos a Natureza.

    Deveria ser o grande momento das últimas férias, mas às vezes é apenas o começo.

    Somos assíncronos e distônicos.

    Caminhamos por caminhos divergentes com relógios diferentes.

    No entanto, tudo nos lembra uma grande transitoriedade.

    Ao meio-dia, onde as almas mais puras são libertadas e não sujeitas a concessões.

    Temos a certeza de que estamos noutro lado, que mergulhamos em novas sensações, ano após ano, sempre as mesmas no fundo, sempre nunca verdadeiramente possuídas.

    ––––––––

    SETEMBRO

    Sem fôlego e secretamente chegou.

    A hora do meio-dia e do pôr do sol.

    O tempo da transitoriedade.

    Você não tem consciência imediata porque deseja prolongar o clímax de uma forma extrema.

    Mas começou tarde, quando já existiam os primeiros sinais de declínio.

    Se tivesse começado mais cedo, teríamos aproveitado os momentos e todas as grandes descobertas das longas férias juvenis, quando ainda é fácil correr pelos campos sem pensar no mundo e nos seus problemas.

    O que é necessário para nos fazer perceber nossa ilusão?

    Às vezes basta um sopro de vento.

    Outras vezes descendo água.

    E aqui a verdade se revela em toda a sua crueldade.

    Acabou tudo, mas queremos continuar aproveitando momentos e sensações.

    Mais cedo ou mais tarde teremos que ceder.

    Espero que seja então.

    ––––––––

    OUTUBRO

    O verde quase não existe mais.

    É tudo um floreio de tons quentes.

    Amarelo e vermelho, acima de tudo.

    É um espetáculo para ser visto.

    Pôr do sol marcante que aparece não no céu, mas na terra e de forma infinita e repetida.

    Cada árvore é, em si, um pôr do sol.

    Uma montanha de emoções e memórias, de sons perdidos e esquecidos.

    Como você pode não amar tudo isso?

    Como não nos sentirmos atraídos a resistir até prova em contrário?

    De que adianta resistir se o seu destino é cair?

    Quem manda uma folha ficar ali?

    A vida é dele e ele não pode escapar dela.

    É o trabalho dele.

    Aqui está o grande ensinamento da Natureza e dos seus ciclos, se soubéssemos ouvir.

    Não estou dizendo para aprender, mas bastaria ouvir e escutar.

    ––––––––

    NOVEMBRO

    Muitos não gostam disso. É o prelúdio da ruptura iminente e do frio e começa de uma forma assustadora.

    No entanto, é um passo necessário.

    Um momento de transição (mas, em última análise, tudo é transição e nada é o que é ou mesmo o que parece).

    Se ao menos pudéssemos aproveitar cada momento sem pensar no que vem a seguir.

    Em vez disso, há sempre esta preocupação subjacente.

    E então?

    Resistimos, um pouco como a Natureza. Você não quer entregá-lo ao Tempo pensando que a força de vontade e a inércia são suficientes para neutralizar a lei inexorável.

    Tudo é em vão e nós sabemos disso.

    Mas fazemos isso, sempre, sempre.

    Por que?

    Está na nossa natureza.

    Não querendo mudar, mas seguindo o fluxo.

    E quando percebemos o quanto mudou lá fora, já é tarde demais.

    A luz quase desapareceu e é hora de envolver a escuridão.

    ––––––––

    DEZEMBRO

    Só agora percebemos a grande virada, só no final.

    É como se o homem precisasse de um começo e de um fim para perceber a passagem do Tempo.

    Sem a ideia de ciclo e retorno, conceberíamos tudo de forma linear, sem nunca refletir.

    É por isso que construímos artifícios e artefatos para nos lembrar que tudo vem e volta.

    Não sabíamos o tempo todo?

    Claro, mas esquecemos.

    E agora o que resta?

    Uma memória fugaz, algo que nos remete a áreas completamente diferentes.

    Tudo parece tão rápido que nem provei nada.

    Pelo menos ajudou a aprender?

    Não.

    Em breve um novo ciclo começará, mas é como se apagássemos todas as memórias.

    Achamos que podemos

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